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sábado, 29 de agosto de 2020

TRABALHE SUA AUTOESTIMA E DEIXE DE SABOTAR O SEU SUCESSO

A baixa autoestima está associada  a pensamentos negativos que a pessoa tem sobre si mesma


Vivemos em um momento na qual sentir-se empoderado é quase que uma obrigatoriedade, estamos expostos 24h por uma constante chuva de informações, repleta de regras, metodologias, padrões e atalhos milimetricamente estudados por profissionais e influenciadores que nos guiam através de dicas de como devemos nos apresentar, falar ou sermos belos para atingir o tão sonhado sucesso.

Esse é o preço da felicidade a ser pago para que possamos nos enquadrar em uma sociedade que exige e estimula a desenfreadamente a competição, seja ela através da forma física, ganhos materiais ou da posição social ao qual almejamos pertencer.

Todas essas informações são diariamente promovidas pelas mídias digitais impulsionadas pela publicidade e projetadas pela potência do noticiário, automaticamente replicadas espontaneamente por meio das mídias sociais facilmente acessadas por qualquer simples mortal em menos de um minuto apenas através de um clique.

Motivados pela curiosidade, esse bombardeio de informações podem se tornar envolventes ao ponto de querermos experimentar essas sensações, que quando menos percebemos, já estão atuando e sendo aplicadas em nossas vidas.

As redes sociais são um bom exemplo disso, campo fértil para essa fábrica de vaidades e competições, na qual pessoas de verdade se escondem através de avatares, fotos e vídeos vendendo uma falsa ideia de felicidade.

De forma positiva ou não, não devemos julgar, mas o fato é que desviamos do nosso real propósito e de quem realmente somos, deixamos de lado as nossas conquistas e principalmente o protagonismo da nossa vida, para observar a dos outros, sem que percebemos, entramos em um ritmo de cobrança interna, nos obrigamos a provar cada vez mais as nossas capacidades para os outros, mexendo profundamente com a nossa autoestima e abalando a nossa estrutura emocional . 

No jogo da comparação, a tendência é sempre achar que a grama do vizinho é mais verde  que a nossa, consequentemente dando o nosso poder pessoal ao outro que sempre sairá vencedor.

Uma vez que a baixa estima e a inveja é estimulada, desenvolvemos uma atitude extremamente perigosa quando se trata de manter o equilíbrio para o bom funcionamento do fluxo das funções e obrigações cotidianas, para consigo, a fim de extrair  melhor aproveitamento no desempenho das atividades do dia-dia.

É natural e humano querer se sentir amado, valorizado e diga-se de passagem querido, no entanto, a busca incessante  por aprovação, querer ser sempre o centro das atenções ou dono absoluto da razão, pode se tornar nocivo e ao mesmo tempo desesperador.

Devemos ter em mente que somos diferentes e que dentro dessa pluralidade humana,  possuímos peculiaridades e qualidades que tornam cada ser humano único e especial, extremamente importante para cada núcleo da sociedade.

Como no reino animal, as pessoas foram feitas para viver em grupo por isso é necessário haver um ambiente longe de conflitos e brigas que são os principais aditivos das grandes guerras.

Por isso, o amor-próprio, ou melhor, dizendo a autoestima é fundamental e faz parte de ganhos tanto para nossa essência quanto para o coletivo, sendo parte importante para o cultivo da nossa paz interior e autoconhecimento para mantemos relações mais sólidas e de qualidade com nós mesmos e com os outros.

É uma arma importante, pois assim podemos defender nossos interesses e opiniões para  evitar a submissão e o consentimento para que  não sejamos manipulados e o outro não nos faça algo que não é do nosso agrado, evitando motivos de tristeza ou problemas,  munidos de inteligência emocional, longe da forma impositiva , mas de maneira construtiva através do diálogo e do conhecimento.

Segundo o filosofo e escritor israelense Gad Adler, as pessoas culturalmente  possuem um bloqueio em torno do assunto e confunde o amor-próprio, autovalorização ou propriamente a autoestima como uma forma de prepotência, enxergando quem se valoriza perante os demais, como indivíduo arrogante.

Trata-se de uma crença limitante, repassada de pai para filho, influenciada ao longo dos anos pelas religiões, um absurdo que não leva em consideração que a baixa autoestima atua diretamente na qualidade das relações pessoais sejam elas no âmbito da  família, profissão ou no campo afetivo, elementos profundamente ligados a sentimentos negativos, como problemas de aceitação, autoimagem, traumas e rejeições.

Fazer uma autoanálise ainda é o melhor método para identificar  quais  são os fatores responsáveis pela insatisfação pessoal, melancolia, pensamentos negativo e até mesmos estados depressivos em fase inicial para que essas atitudes possm ser localizadas, melhoradas e corrigidas. Descobrir a felicidade interna e o sentido da vida é um trabalho solitário que depende apenas de nós mesmos, afirma o filósofo.

 



Gad Adler é filósofo, nascido em Jaffa, Israel, terapeuta motivacional e palestrante.Formado em Filosofia e História das Religiões pela Universidade de Tel Aviv, escreveu o livro “Você não pode tudo!Mas pode e merece ser feliz.“; é criador do método Melhor Maneira de aperfeiçoamento emocional para uma vida melhor, além de  administrar o site:www.melhormaneira.com.br com conteúdo motivacional e que leva o mesmo nome da técnica.

Insta:@melhor.maneira

https://www.youtube.com/channel/UC8AsBDCFpRuSiLlSXFhOUGQ

 

Setembro Amarelo: precisamos falar sobre suicídio

 Desde 2003, o dia 10 de setembro é conhecido como o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Porém, desde 1994 já existia a campanha “Setembro Amarelo”, que teve início nos Estados Unidos com os pais e amigos de Mike Emme, um jovem de 17 anos que tirou a própria vida. Mike tinha grandes habilidades para lidar com mecânica automotiva, e recuperou e pintou de amarelo um Mustang ano 1968. As habilidades levaram Mike a ficar conhecido como "Mustang Mike". Já a fita amarela virou tradição quando os jovens amigos de Mike as prenderam na lapela, no cabelo ou no chapéu no dia do funeral do jovem, onde também distribuíram cartões com a inscrição "It's ok to Ask4help", que basicamente significa "não tem problema pedir ajuda". A fita amarela lembrava a cor do Mustang de Mike, e o formato da fita em coração era para lembrar as pessoas que ele deixou. Impressionantemente, em cerca de três semanas o primeiro cartão distribuído no funeral chegou às mãos de um professor, com um pedido de socorro de uma aluna.

A história de Mike é comovente e tenho de certeza que sensibiliza a muitos, mas infelizmente no dia a dia a realidade não é bem esta, pois, o suicídio muitas vezes é alvo de preconceito e mitos, tanto por parte da população leiga quanto da comunidade médica. É preciso entender que o suicídio não é uma doença. Entretanto, na maioria das vezes, ele é o resultado de algumas doenças como o transtorno bipolar e a esquizofrenia. Entre 80% e 90% das pessoas que cometem suicídio estão sofrendo de algum tipo de transtorno do humor, ou seja, estão tão doentes como aquele paciente que teve um infarto ou um acidente vascular cerebral (AVC). Muitas vezes, o paciente psiquiátrico sofre preconceito até mesmo por médicos de outras áreas e outros profissionais da saúde, em hospitais gerais. Ironicamente os médicos fazem parte de uma das profissões que mais cometem suicídio no mundo.

Entre a população leiga o preconceito em relação ao suicídio se amplifica. A falta de empatia pelo paciente pode ser exemplificada por meio de vários casos. Em um deles, uma pessoa estava tentando tirar a própria vida saltando de uma ponte entre Vila Velha e Vitória, no Espírito Santo. O resgate levou algumas horas, e neste intervalo as pessoas se expressavam de todas as maneiras, sendo a mais frequente o pedido para que o suicida se jogasse de uma vez por todas. Algumas, inclusive, afirmaram que se dispunham a empurrá-lo. Em um certo momento iniciou-se um buzinaço, e assim por diante. Empatia é um fator importante para que exista o acolhimento do paciente psiquiátrico, e isso pode ser decisivo em momentos emergenciais. Ainda bem que no caso do Espírito Santo existia uma equipe dos bombeiros muito bem treinada, que demonstrou empatia e cuidado com o paciente, evitando o suicídio.

Podemos observar, também, o preconceito em relação a algumas populações no Brasil, como as indígenas, que chegam a ter uma prevalência de suicídio triplicada quando comparada à da população em geral. Isso demostra um descaso da sociedade em geral, do governo e das entidades responsáveis por esta população, que demonstra negligência diante de um número tão expressivo de suicídios. As campanhas de prevenção são de extrema importância para pessoas que consideram a possibilidade do suicídio, pois cada vez mais a medicina entende que isso pode ser prevenido. Entretanto, os profissionais da área da saúde precisam se atualizar e entender os novos fatores de risco para doenças mentais. Alguns estudos, por exemplo, demonstram que cyberbullyng e o tempo que se passa na internet estão relacionados a suicídio.

Algumas formas de prevenção passam por abordagens psicoterápicas e outras pelo uso de psicofármacos. Entre as abordagens psicoterápicas se destaca o CVV (Centro de Valorização da Vida), que desde 1962 exerce um grande papel na sociedade, trabalhando na prevenção do suicídio. O CVV atende 24 horas por telefone ou site, além de realizar atendimento pessoal. Quanto à questão psicofarmacológica, a maneira mais efetiva e importante de prevenção ao suicídio é o uso do lítio. Hoje, esta abordagem já é fato. Mas ela precisa ser disseminada entre médicos clínicos que atendem pacientes, principalmente nos prontos-socorros. Precisamos ter em mente a questão da recidiva das tentativas de suicídio. Muitas vezes o sofrimento psíquico não é levado com a seriedade devida. Apenas com medidas preventivas e educacionais, episódios como o que ocorreu na ponte poderão deixar de existir. E as pessoas, em vez de torcerem para que o suicida se jogue da ponte ou do alto de um edifício, terão o mínimo de empatia em relação ao sofrimento humano. 

 

 

Dr. Sivan Mauer - médico psiquiatra especialista em transtornos do humor. O profissional é mestre em pesquisa clínica pela Boston University School of Medicine, dos Estados Unidos, e doutor em Psiquiatria pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

 

Carência X Amor: A psicóloga Amanda Fitas explica como identificar essa diferença

 A especialista em relacionamentos amorosos fala sobre o assunto e dá uma dica imprescindível.

 

A carência é um sentimento comum em praticamente todas as pessoas e podemos agir guiados por ela em qualquer momento de nossas vidas. Segundo a psicóloga Amanda Fitas, essa necessidade emocional tem diversos níveis. Todos nós carregamos dentro de si, já que estamos nesse mundo para preencher um sentido de vida. “Ao longo dos anos, construímos um caminho, e a carência está em alguns desses momentos, de maneira mais leve, é natural, assim como a insegurança. Você é humano, sente medo e também insegurança”.

Duas coisas que os seres humanos mais precisam: aliviar suas dores e sentir prazer. Estamos sempre em constantes buscas por maneiras de encontrar nos outros uma forma de aliviar esses sentimentos. “A roda da carência prende de uma tal forma que começamos a criar algumas ilusões, começamos a ver uma pessoa e fazer algum tipo de plano com ela, começamos a imaginar como seria perfeito a vida com ela, nos prendemos em um círculo de ilusão que nos traz um bem-estar”, explica a psicóloga.

Normalmente, a carência é aquela sensação na qual qualquer pessoa que aparecer, se torna interessante. Amanda deixa claro que nessas situações, a pessoa só deseja ser preenchida por outra, seja ela boa ou não, seja uma relação de longo ou curto prazo. É como se não houvesse um filtro, um critério.

A especialista em relacionamentos conta que a pessoa carente procura alguém que traga o amor, afeto, prazer e também a sensação de que ela é boa o suficiente. “De certa forma, ela acaba entrando em desespero pela busca desse outro alguém, que a complete e que traga sentido. Há uma falta de reconhecer o próprio valor”.

 

E como sair dessa roda da carência? Criando seu próprio sentido.

Para criar esse sentido você terá que olhar, encarar a sua realidade dolorida, é preciso construir um sentido para vida que dependa das suas ações. “Saia dessa roda da carência, pois nela quem está produzindo seu sentido são esses personagens e situações criadas através das suas ilusões”.

Você precisará atravessar muitas camadas, ter autorresponsabilidade, assumir o controle da sua vida, não culpar as pessoas, encarar suas dores, seus pontos a serem melhorados e criar uma realidade na qual veja valor e se orgulhe.

 




Amanda Fitas - psicóloga, escritora e palestrante com mais de 1,5 milhão de seguidores nas redes sociais. Autora de 4 livros de relacionamentos que já ultrapassam 40 mil cópias vendidas: “Amores Saudáveis”, “Textos Obrigatórios Para Você Se Relacionar Melhor”, “Aprenda a ser mais interessante” e “Viva um Amor Leve”. Ajuda as pessoas a encontrarem a leveza nas relações e o equilíbrio necessário para desenvolver o amor próprio, a autoestima e autoconfiança, em vários campos da vida. Suas mensagens são simples, diretas e atraentes para todos os públicos.

https://www.instagram.com/amandafitas/

 

Por que roncar não é sinônimo de dormir bem?

 O ruído é sinal de obstrução nas vias respiratórias e prejudica quase um bilhão de pessoas em todo o mundo


O ser humano dorme em média 8 horas por dia, o que dá cerca de 2,9 mil horas por ano e, provavelmente, um terço de toda a vida. No entanto, nem todas as pessoas conseguem se deitar e pegar no sono imediatamente. Isso pode ocorrer por diversos motivos, mas um dos mais comuns é o ronco ou, mais profundamente, a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono.

A revista The Lancet – uma das mais importantes publicações científicas do mundo – divulgou em 2019 que mais de 936 milhões de pessoas convivem com o problema, número quase 10 vezes maior que a estimativa de 2007 da Organização Mundial da Saúde (OMS), que indicava a ocorrência em cerca de 100 milhões pacientes.

De acordo com o otorrinolaringologista e cirurgião de ouvido, nariz e garganta do Hospital Santa Cruz, Dr. Mohamad Feras Al-lahham, o ronco é um ruído provocado pelo estreitamento ou obstrução das vias respiratórias superiores durante o sono que, consequentemente, dificulta a passagem do ar e provoca a vibração dessas estruturas.

A apneia do sono é tudo isso somada à pausa da respiração enquanto se dorme, o que causa um impacto ainda maior na saúde. “Por isso, não tem como falar sobre ronco sem mencionar e investigar a apneia do sono. Nem todo paciente que ronca tem apneia, mas quem sofre desse problema, provavelmente ronca”, enfatiza.

 

Como o ronco prejudica a saúde?

Quando dormimos, nossos processos vitais entram em uma linha básica, reduzindo o gasto de energia. Com isso, os chamados hormônios do dia (adrenalina, cortisol e insulina) também dormem, enquanto o hormônio do descanso (melatonina) começa a se espalhar pelo organismo para promover o repouso necessário e a recuperação celular. Quando há alguma alteração nesse ciclo devido à obstrução das vias aéreas, a saturação sanguínea começa a diminuir até chegar a um nível tão baixo que o cérebro interpreta como sufocação.

“Quando chega a esse ponto, o corpo desperta para inalar mais oxigênio, fazendo com que nossos processos vitais e hormônios diurnos despertem também. É a partir disso que começamos a sentir os efeitos colaterais como insônia, palpitação, taquicardia, respiração rápida e ansiedade. Além disso, o efeito dos hormônios inapropriados pode levar a pressão alta, obesidade, alterações no colesterol e triglicerídeos, problemas no coração e no cérebro, sono diurno e cansaço crônico”, alerta o otorrinolaringologista.

 

Tratamento médico

Apesar da patologia ser comum, muitas pessoas não dão a devida importância ao problema e ao tratamento. “No consultório, a primeira coisa que precisa ser feita é a apuração do que causa o ronco ou a apneia de sono. A partir disso, é preciso descobrir se o problema tem origem obstrutiva como desvio de septo, hipertrofia do corneto inferior, sinusite crônica, pólipos nasais, entre outras patologias”, diz Dr. Mohamad.

De acordo com o médico, a melhor solução para corrigir essas disfunções precisa ser construída em conjunto com o otorrinolaringologista. “Se for uma rinite crônica, por exemplo, iniciamos sempre com medicamentos e acompanhamos a evolução. Porém, a maioria dos casos são cirúrgicos e demandam certo tempo de repouso, apesar da recuperação ocorrer rapidamente de modo geral”, explica.

 

Como podemos evitar ou melhorar o nosso sono?

Atitudes simples que reduzem o ronco e a apneia de sono

  • Dormir de lado: a obstrução das vias aéreas acontece mais quando se dorme de barriga para cima porque a língua e o palato mole são empurrados contra a garganta.
  • Perder peso: quando se está acima do peso, é possível que haja acúmulo de gordura em volta da traqueia, o que dificulta a passagem do ar.
  • Evitar álcool e nicotina: além de fazerem mal à saúde de modo geral, essas substâncias provocam o relaxamento dos músculos e o aumento da obstrução.
  • Exercitar a língua, a faringe e a garganta:  tentar levantar o sininho da garganta, segurar e relaxar; abrir a boca tentando manter a língua grudada no céu da boca;  posicionar o dedo na parte interna da bochecha entre os dentes pressionando a bochecha para fora são alguns exercícios que ajudam a diminuir o ronco.

 



Hospital Santa Cruz

www.hospitalsantacruz.com

  

Quarentena, ansiedade e relacionamento são temas mais buscados em plataforma de apoio emocional na internet

De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), o número de casos de ansiedade e estresse cresceram em 80% durante a quarentena causada pelo novo coronavírus. Tais dados aclaram as informações registradas pela plataforma Sunas, de apoio emocional na internet. 

A rede social, que possibilita que os usuários compartilhem problemas, sentimentos e experiências por meio de um espaço seguro e anônimo, registrou que nos últimos dois meses, as categorias com mais engajamento foram Quarentena e  Ansiedade, com 12% e 10% dos acessos e interações, respectivamente.

 

Outro assunto muito comentado entre os usuários do Sunas foi Relacionamento, que incluiu as categorias namoro, família, amizades e término de relacionamento. Ao todo, as categorias somaram 21%  das interações e ficaram na frente de Inseguranças e Trabalho. 

O levantamento recente feito pela plataforma possibilita concluir que lidar com os tópicos Quarentena, Ansiedade e Relacionamento nos últimos meses tem sido um problema para mais de 40% dos usuários nesta pandemia. 

“Acompanhando de perto tudo que é postado, consigo perceber que as pessoas costumam guardar para si muitas questões, e isso acaba abrindo espaço para que pensamentos negativos apareçam, pois tendemos, inconscientemente, a esperar o pior das situações”, comenta a fundadora do Sunas, Sarah Pires.

Percebendo a necessidade que os usuários tinham de se expressar melhor e conversar com profissionais, a fundadora do Sunas criou uma nova função para a rede social, os grupos de partilha. Conduzidos por psicólogos, via plataforma de audioconferência instalada dentro do site, os grupos são realizados gratuitamente todos os dias para todos os membros da comunidade e abordam diversos assuntos como racismo, relacionamentos abusivos, conflitos do cotidiano, relação com o trabalho home office, entre outros.

O intuito dos grupos é aproximar os membros do Sunas dos psicólogos, proporcionando um espaço seguro e anônimo para que possam se expressar, ouvir outros membros e receber auxílio dos psicólogos, que participam como mediadores voluntários. 

Sarah destaca que tudo o que é publicado no Sunas, desde as postagens anônimas até as postagens de profissionais da saúde, passam por uma curadoria para ser aprovado: “Os critérios levados em consideração são: não ser ofensivo, agressivo ou preconceituoso, preservar o anonimato, ter um teor positivo e empático. Com relação aos conteúdos profissionais, é levado em consideração se o material traz um conteúdo relevante e que de fato visa ajudar”.

Pra Sarah, que teve a ideia de criar o Sunas ao vivenciar situações em que se beneficiou ao perceber que outras pessoas viviam o mesmo que ela, compartilhar os problemas e experiências traz benefícios relacionados com a identificação entre as pessoas e o alívio de colocar para fora sentimentos e os conflitos.

É importante chamar a atenção para o fato de que a plataforma não é de uso exclusivo de pessoas que buscam por apoio. Quem tem vontade de ajudar o próximo, também pode participar da comunidade do Sunas. Atualmente a rede social conta com mais de uma centena de profissionais da saúde como psicólogos e terapeutas.

Para fazer parte dessa comunidade, acesse: https://www.sunas.com.br e faça seu cadastro gratuito.

 

Especialista alerta que meditação para crianças precisa ser simples e lúdica, mais fácil do que muitos pais imaginam


 Crédito da foto: Irene Esther/Pexels

"Muitos pais contam que tentaram meditar com os filhos, ao menos por cinco minutos, mas não conseguiram pela agitação das crianças e pelo fato delas não conseguirem ficar paradas por instantes. Mas, meditação para crianças não é igual a meditação para adultos. Para os pequenos ela precisa ser inserida aos poucos, preferencialmente de forma lúdica, e podem envolver desenhos, pinturas, contos, dinâmicas, entre outras atividades". 



A afirmação é de Flávia Sato, especialista em gestão emocional do Programa Soul no Brasil, que contempla o ensino do conteúdo socioemocional e de mindfulness para crianças e adolescentes e a inserção desses de forma estruturada na grade escolar.

Segundo ela, há um tabu de que a meditação requer manter a crianças em posição de lótus e coluna ereta para minutos de reflexão. Muitas vezes isso não será possível. Importante iniciarmos com atividades que remetam ao conceito de ‘atenção plena’, que é o princípio da meditação mindfulness, com duração similar à de uma brincadeira - com início, meio e fim - para se chegar ao propósito da prática.

Um dos exemplos de atividades citadas pela especialista é a chamada ‘previsão do tempo’ que ajuda as crianças a se expressarem, de forma lúdica, como estão se sentindo naquele momento. "Explicamos que, assim como existe a previsão do tempo lá do céu, existe a previsão do tempo dentro dela", conta. O uso de desenhos, como de um Sol radiante ou de uma nuvem azul ou carregada, auxilia o entendimento de emoções como da alegria, tranquilidade, preocupação ou ansiedade.

A especialista explica que atividades como essa irão exercitar a atenção plena ao ambiente, ao corpo, à respiração, aos pensamentos, às emoções e podem ser feitas por crianças a partir de 5 anos de idade, de preferência junto aos pais ou cuidadores.

"É um trabalho de desenvolvimento humano contínuo, que fortalece uma postura mais presente, focada, consciente e positiva da vida e que, por isso, deve ser perene. A forma como se dá a prática meditativa precisa mudar de acordo com a idade dessa criança ou adolescente para que seja sempre experiência compatível com seu momento de vida, portanto instigante e prazerosa", conta Flávia.

Confira algumas dicas de práticas de mindfulness para crianças a partir de 05 anos:


ANDANDO PARA FRENTE

• Adequado para crianças: a partir de 5 anos.
• O que você vai precisar: nenhum recurso é necessário, apenas espaço para as crianças se locomoverem.

Essa atividade é uma atividade de caminhada com atenção, e vamos conectar os passos a uma reflexão de equanimidade. Forme uma fila com as crianças, uma ao lado da outra, de um lado da sala. Sua orientação será para que as crianças caminhem apenas quando você pedir.

Peça para que as crianças respirem bem fundo e soltem o ar de duas a três vezes.

• "Pense em uma pessoa que você ama muito, pode ser alguém da sua família ou seu melhor amigo ou amiga. Dê um passo para a frente. Deseje ‘Que você seja feliz’ (em voz alta).

• "Pense em uma pessoa que você gosta muito, algum colega querido, por exemplo. Dê um passo para a frente. Deseje ‘Que você seja feliz’ (em voz alta).

• "Pense em uma pessoa que você não conhece muito. Dê um passo para a frente. Deseje "Que você seja feliz’ (em voz alta).

• "Pense em uma pessoa que você tem dificuldades, ou até que não gosta muito. Dê um passo para a frente. Deseje ‘Que você seja feliz’ (em voz alta).

Finalize a atividade explicando que sempre podemos desejar o bem das pessoas e que elas sejam felizes, porque todos somos iguais.


PREVISÃO DO TEMPO

• Adequado para crianças: de 5 a 10 anos
• O que você vai precisar: papel e lápis de cor, giz de cera, para colorir.

Assim como existe a previsão do tempo lá do céu, existe a previsão do tempo dentro da gente.

A "previsão do tempo" é uma atividade para que as crianças expressem, de forma lúdica, como elas estão se sentindo no momento. Nesse momento, vamos trabalhar com conceitos simples, e você deve orientá-los a desenhar e colorir sua previsão da seguinte forma:

» Uma nuvem azul: relaxado, tranquilo
» Uma nuvem cinza: preocupado, ansioso
» Uma nuvem chovendo: triste
» Um sol: alegre

Pode acontecer de a criança querer fazer uma composição de elementos. Nesse caso, tente encontrar com ela o que é predominante, e privilegiar uma emoção apenas. É mais interessante, nesse momento, saber reconhecer cada "elemento" separadamente, para só então ter mais consciência sobre essas sobreposições.

Como estou me sentindo agora? Desenhe a forma e dê cores!


O SAPINHO ATENTO

• Adequado para crianças: de 5 a 8 anos
• O que você vai precisar: nenhum recurso é necessário.

Nessa atividade, você irá contar a história do sapinho atento:

"Essa é a história do sapinho. O sapinho era bem conhecido entre os amigos por dar os pulos maaaaais altos. ‘O sapinho é o bicho mais agitado que eu conheço, ele pula muito rápido’, dizia a tartaruga. Já o lagarto, ficava impressionado com a altura dos saltos do sapinho, ‘um dia quero pular assim bem alto, igual ao sapinho agitado!’. Um dia os amigos foram chamar o sapinho para brincar. De longe avistaram o sapinho parado feito uma estátua, olhando sem piscar para uma folha. ‘Sapinho!’, chamaram os amigos. E o sapinho nem piscava. ‘Sapinho!’, continuavam chamando, mas ele não mexia nenhum músculo. Os amigos ficaram preocupados, porque o sapinho estava lá, parado feito pedra, há um tempão. Foi quando o lagarto olhou direitinho e percebeu que pousada na folha estava uma mosquinha bem pequena. E o sapinho bem focado, olhando para ela. De repente, o sapinho abriu a boca, soltou sua linguona e NHAC, comeu a mosca rapidinho. ‘Oi amigos! Desculpe, eu nem vi vocês chegarem’, disse o sapinho. ‘Você estava parado feito pedra, sapinho! Ficamos preocupados’, contou a tartaruga. E o sapinho respondeu: ‘Eu só estava concentrado, bem atento naquela mosquinha que eu queria comer’. E foi assim que os amigos aprenderam que o sapinho não era agitado que nada, ele era bem atento e focado: quando ia comer, prestava muita atenção. Quando ia saltar, prestava muita atenção, e era por isso que fazia tudo tão bem. Por isso, agora, vamos fazer a prática do sapinho atento!"

Peça para que as crianças sentem com as pernas cruzadas, de preferência no chão, com a coluna bem retinha. Elas podem se encostar na parede, umas nas outras ou, se sentirem dificuldade, na cadeira mesmo. Desenhe um círculo grande na lousa, e peça para que elas façam como o sapinho atento e fiquem concentradas nesse círculo. Conte em voz alta e lentamente até 10 da primeira vez. Nas próximas você pode contar mais lentamente ou até 15, 20 e ir aumentando o tempo aos poucos.

O sapinho atento está concentrado em alguma coisa. O que você acha que pode ser? 


Desenhe algo para onde o sapinho está e dê cores ao seu desenho!





Programa Soul

 site do Programa Soul.


Amanda Fitas diz quando devemos procurar a ajuda de um profissional

A psicóloga e influencer elenca indícios de que você precisa de ajuda

 

Na psicologia são diversas áreas de atuação, mas em tempos de pandemia e distanciamento social, cuidar da saúde mental nunca foi tão importante. 

"Em tempos de pandemia, a procura por ajuda, tanto psicológica quanto emocional, se tornou muito maior. Principalmente porque veio um evento externo que é grave, traz incertezas, e o ser humano não opera muito bem na incerteza, na insegurança. A crise sanitária mexeu até com pessoas que estavam melhores emocionalmente, mas receberam uma notícia de que perderam os seus empregos, ou perderam um amigo ou familiar, ou algo na sua rotina foi privada. Há pessoas que já estavam no seu limite emocional, não estavam bem, e que isto foi o estopim que acarretou crise de ansiedade, síndrome do pânico, depressão, e isso aumentou alguns casos", disse a psicóloga e influencer Amanda Fitas, que afirma que na crise sanitária a busca pelo autoconhecimento se tornou maior:

"Eu consigo ver esse movimento de ter mais interesse de olhar para si. Já que estamos sozinhos, vamos nos olhar, vamos buscar esse crescimento. Em tempos de incerteza, de frustração coletiva e medo coletivo, a terapia se torna ainda mais importante. Nesse cenário, muitas pessoas conseguiram perceber o quanto, muitas vezes, não estão preparadas para lidar com este tipo de evento. Com as emoções fortalecidas fica mais fácil". 

Mas será que todos nós precisamos de terapia? Amanda explica que não necessariamente, mas, se optarem por ter um acompanhamento de um psicólogo, poderão evoluir mais e crescer emocionalmente. 

"Todo mundo nasce com a capacidade e o potencial de ser melhor. A gente não nasce pronto. Nem perto de uma versão, muitas vezes, saudável. Repetimos padrões egocêntricos, que de fato vão atrapalhar os nossos resultados com emoções ruins e imaturidade, e tudo isso faz com que os nossos resultados não sejam positivos. Agora, conforme eu acredito que posso melhorar, eu posso fazer terapia, um autoconhecimento e investir nesse crescimento emocional, eu tenho mais possibilidades de ter resultados melhores. Não é que todo mundo precise e seja obrigado a fazer, mas, com certeza, se fizessem, teriam resultados muito mais satisfatórios. Sou a favor do autoconhecimento, da busca por entender como você funciona, o que pode ser aprimorado, quais padrões de pensamento, quais padrões da infância te acompanham. Acho importante, sim, fazer terapia", pontua.

E quando é necessário o acompanhamento de um profissional? Amanda elenca os indícios e diz que não se deve esperar ter um quadro de transtorno emocional. Quanto mais cedo for o tratamento, mais rápido ele será. 

"Se ela [a pessoa] está percebendo que está sempre caindo em sofrimentos constantes, tendo problemas que, normalmente, deixam ela para baixo ou se de fato, ela está a ponto de desenvolver uma tristeza muito grande como se a vida não tivesse mais nenhum sentido, como se ela não pudesse se encontrar, como se ela tivesse perdida, não pertencesse a este mundo, ela está tendo indícios de que, normalmente, não está conseguindo lidar, tá difícil para ela elaborar a vida. Ela sabe que precisa de resultados melhores, que a vida não pode ser tão ruim assim. Tem a ver com esses picos de infelicidade que ficam mais frequentes, descontentamento, frustração, tudo isso é indício de que a procura de terapia se faz necessária. Não é só quando a coisa estoura. Muita gente espera estourar, que o problema já esteja no ápice. Eu não preciso ter uma crise de ansiedade, eu não preciso ter uma depressão para procurar a terapia. É igual no médico: se o problema está pequeno, mas eu estou vendo que está crescendo e eu não vou em busca de um tratamento, a chance de piorar é grande, então, devemos buscar o quanto antes. Quando você percebe você está mais para baixo com recorrência, percebe que sua vida fica cada dia pior, sem brilho, é um indício de que você está no espiral para baixo, que está descendo ao invés de estar subindo. Lembrando que dá para tratar em um transtorno sério, mas o melhor é fazer a prevenção antes, pois ela tende a sair mais rápido disso", finaliza.

 



Amanda Fitas - psicóloga, escritora e palestrante com mais de 1,5 milhão de seguidores nas redes sociais. Autora de 4 livros de relacionamentos que já ultrapassam 40 mil cópias vendidas: “Amores Saudáveis”, “Textos Obrigatórios Para Você Se Relacionar Melhor”, “Aprenda a ser mais interessante” e “Viva um Amor Leve”. Ajuda as pessoas a encontrarem a leveza nas relações e o equilíbrio necessário para desenvolver o amor próprio, a autoestima e autoconfiança, em vários campos da vida. Suas mensagens são simples, diretas e atraentes para todos os públicos.

https://www.instagram.com/amandafitas/


Setembro Amarelo: acolher para salvar

 A depressão é o principal fator que leva ao suicídio. Mulheres são mais depressivas e tentam se matar mais que os homens


Dados da OMS, divulgados pelo Centro de Valorização da Vida (CVV) indicam que 90% dos casos de suicídio poderiam ter sido evitados se a vítima tivesse tido ajuda. Esse número alarmante ganha ainda mais notoriedade durante o próximo mês com a campanha Setembro Amarelo, um alerta para conscientização sobre a prevenção ao suicídio.

Pesquisas indicam que as mulheres tentam tirar a própria vida com mais frequência do que os homens, embora eles se matem mais. A depressão apresenta-se como um dos principais fatores que levam as pessoas ao suicídio. Acompanhada da culpa, ansiedade, medo, humilhação e a sensação de pressão externa.

Além de tentarem se suicidar mais, as mulheres também apresentam mais quadros de depressão que os homens. Dra. Ana Lucia Beltrame, ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana, alerta para os perigos da depressão feminina. "As alterações hormonais, menopausa, TPM e principalmente o pós-parto causam alterações emocionais importantes que podem cursar para quadros de depressão e ansiedade", enfatiza.

A fase do pós-parto apresenta-se como um fator de risco ainda mais delicado, principalmente em situações em que a mulher não desejava a gravidez ou que já tenham tido depressão em outros momentos da vida.

Segundo Dra. Ana Lúcia, é papel do obstetra orientar a paciente a respeito do pré-natal e do pós-natal. "Nós profissionais temos que acalentar essa paciente, orientar sobre o pós-parto e orientar a família a acolher essa mãe também. É uma pressão muito grande. As mães se sentem classificadas entre as que amamentam e as que não amamentam, as que tem parto normal e as que não tem. Existe um mito do amor materno, uma espécie de conto de fadas, e é como o conto de fadas da amamentação", destaca a médica.

Os dados do CVV, assim como as afirmações da Dra. Ana Lúcia, enaltecem que uma pessoa depressiva dá sinais. E são para esses sinais que a família precisa estar atenta. Os mais frequentes são: tristeza persistente, baixa autoestima, perda de interesse pelas atividades normais, variação de humor e sensação de desamparo.

A campanha Setembro Amarelo foi criada em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida, Conselho Federal de Medicina e Associação Brasileira de Psiquiatria. As pesquisas comprovam a necessidade de médicos e pacientes debaterem mais sobre o tema suicídio.

 



Dra. Ana Lúcia Beltrame - Formada pela Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo, especializou-se logo em seguida em Ginecologia e Obstetrícia, fazendo residência médica no Hospital das Clínicas, na Universidade de São Paulo. Foi na mesma universidade que Dra. Ana realizou sua pós-graduação como mestra em Ciências, tornando-se especialista na área de Reprodução Humana. Além disso, hoje é especialista em laparoscopia e histeroscopia pela Federação de Ginecologia e Obstetrícia. Dra. Ana participa de congressos internacionais e é Membro da ASRM (American Society for Reproductive Medicine) e da ESHRE (European Society of Human Reproduction and Embriology). Há mais de 15 anos atua na área de reprodução humana, ajudando a formar famílias. Preza pela humanização do seu atendimento e dos partos que realiza e tem a consciência da responsabilidade médica, da orientação e da informação da população.


Síndrome de Burnout: o esgotamento e estresse diário no trabalho pode deixar você doente

Dr. Paulo Lessa comenta como ela afeta a vida profissional e pessoal das pessoas.


Síndrome de Burnout parece se tornar um fenômeno de massa, e o seu crescimento foi explosivo com a pandemia do coronavírus. Mesmo que muitos estejam trabalhando de suas casas, no modelo home office, suas tarefas aumentaram dentro das 24 horas diárias.. Observamos ao longo dos últimos meses a intensificação do desemprego. Porém, quem permanece empregado ou se recolocou, percebe que o cenário nas organizações é insano.

Também conhecida como a Síndrome do Esgotamento Profissional, ela é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastantes, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. Segundo o Dr. Paulo Lessa, médico e proprietário do Instituto Lessa, a principal causa dessa doença, é o excesso de trabalho.

Para o médico, esta síndrome é comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes, como médicos, enfermeiros, professores, policiais, jornalistas, dentre outros. “Ela pode resultar em estado de depressão profunda, e, por isso, é essencial procurar apoio profissional no surgimento dos primeiros sintomas”.

Dr. Paulo separou os principais sinais e sintomas que podem indicar a Síndrome de Burnout:

 -Cansaço excessivo, físico e mental;

-Alterações no apetite;

-Insônia;

-Dificuldades de concentração;

-Alterações repentinas de humor;

-Fadiga;

-Dores musculares;

-Problemas gastrointestinais;

-Alteração nos batimentos cardíacos.

 

Muitas pessoas não buscam ajuda médica por não saberem ou não conseguirem identificar todos os sintomas. “Por muitas vezes, acabam negligenciando a situação sem saber que algo mais sério pode estar acontecendo”, deixa claro o médico. Não tome remédios sem prescrição médica. É fundamental manter o equilíbrio entre o trabalho, lazer, família, vida social e atividades físicas.

A atividade física regular e os exercícios de relaxamento devem ser rotineiros, para aliviar o estresse e controlar os sintomas da doença. Participe de atividades de lazer com amigos e familiares. “Faça atividades que "fujam" à rotina diária, como passear, sair para jantar ou ir ao cinema. Evite o contato com pessoas "negativas", especialmente, aquelas que reclamam do trabalho ou dos outros”, ressalta. Vale lembrar que é super importante que você converse com alguém de confiança sobre o que está sentindo. “Evite consumo de bebidas alcoólicas, tabaco ou outras drogas, porque só vai piorar a confusão mental. Outra conduta recomendada para prevenir a Síndrome de Burnout é descansar adequadamente, com boa noite de sono (pelo menos 8h diárias)”, finaliza.

 



Dr. Paulo Lessa é capixaba e especialista em saúde e qualidade de vida. Atualmente atende seus pacientes no Instituto Lessa, onde é proprietário com a sua esposa, em Vitória-ES. Também conta com mais de 190 mil seguidores em seu perfil no Instagram.

Instagram: @drpaulolessa

 

Filhos da quarentena - o impacto do distanciamento social no desenvolvimento das crianças

 Segundo especialista, os pequenos têm apresentado alterações de comportamento, atrasos no desenvolvimento da fala e em dar os primeiros passos

 

O afastamento social, por conta da pandemia do coronavírus, teve início em março deste ano e completa seis meses em vigor. A regra – necessária e importante - orientada pelas autoridades de saúde para controlar a disseminação do vírus, trouxe consequências duras, que afetam também as crianças em desenvolvimento. A rotina, fator importante na primeira infância, foi totalmente afetada pela crise sanitária. Mesmo os pequenos que não frequentavam a escola sofrem com as mudanças. 

Estudo realizado recentemente por uma universidade chinesa sobre os efeitos do estresse da pandemia no desenvolvimento infantil apontou que 36% dos pais perceberam dependência excessiva dos filhos. O levantamento ainda mostra que 21% das crianças tiveram problemas no sono; 18%, falta de apetite e 13% ficaram mais agitadas no período de isolamento. 

Segundo o ortopedista pediátrico David Nordon, os brasileirinhos que estão na fase de aprender a falar e a andar têm apresentado mudanças. “Com a restrição do convívio social, houve aumento nos relatos dos pais sobre atrasos na fala, alterações de sono, humor, apetite, maior irritabilidade e dependência. Além disso, em alguns casos, comentam sobre a regressão etária. A ausência de contato com outras crianças atrasa esse desenvolvimento social tão importante nesse estágio da vida”, explica Nordon. 

O médico ainda ressalta que, “presas” em pequenos espaços, sem contato com o mundo exterior, essas crianças ficam desestimuladas e o avanço das suas habilidades motoras é comprometido. “É essencial a experiência de subir ladeiras, balançar, correr, pular. Existe também o estímulo sensorial que, por conta do isolamento, fica restrito. A sensação de pisar descalço na grama e na areia, que auxiliam o desenvolvimento do equilíbrio, por exemplo, não pode acontecer nesse momento”, explica.

Com a suspensão dos passeios e brincadeiras ao ar livre, os parques e praças estão em baixa, assim como o “estoque” de vitamina D diária, tão importante para o organismo humano, inclusive para a manutenção da imunidade. Por outro lado, fatores prejudiciais à saúde estão em alta, como o aumento de peso e as dores no corpo causadas pelo sedentarismo. Quem estava aprendendo a nadar, a andar de bicicleta ou qualquer outra prática esportiva, teve de parar. De acordo com o médico, isso é muito frustrante. A nova rotina - permanecer em casa constantemente - na companhia de adultos, que também estão exaustos e desmotivados, interfere muito na condição física e emocional dos pequenos. 

“Não existe receita de bolo para nada. No entanto, o cenário exige muito equilíbrio. Lidar com as próprias angústias já é difícil. Imagine então ter filhos angustiados! Ser paciente, conversar – mesmo com os menorzinhos é essencial já que eles entendem as nossas expressões faciais e tom de voz. E, dentro do possível, mantenha o corpo e a mente dessa criança ativos”, finaliza Nordon.

 

SUS amplia idade para transplante de células-tronco para doenças sanguíneas em idosos

Sobe de 60 para 75 anos a idade máxima para realização do transplante, que pode aumentar a sobrevida de pacientes com doenças malignas de sangue em até 15 anos

 

A partir de agora, pacientes com até 75 anos poderão fazer transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de doenças sanguíneas. O Ministério da Saúde decidiu pela ampliação da idade máxima, aumentando a oferta de tratamento, já que os casos têm maior ocorrência na população acima de 60 anos. O procedimento pode aumentar a sobrevida de pacientes com doenças malignas de sangue em até 15 anos.

A pedido da pasta, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias em Saúde no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou a ampliação de idade, que foi embasada conforme indicação na literatura mundial sobre o tema, que evidencia que o procedimento pode ser realizado com segurança em pacientes idosos. 

O transplante de células-tronco hematopoiéticas é uma alternativa terapêutica curativa para diversas dessas doenças, benignas ou malignas, hereditárias ou adquiridas ao longo da vida e consiste na substituição de medula óssea doente por células de medula óssea sem alterações, oriundas de um doador aparentado ou não aparentado. O objetivo é a reconstituição do processo de formação de novas células sanguíneas (hematopoiese).

A modernização dos medicamentos imunossupressores, utilizados para evitar a rejeição do transplante, assim como o aparecimento de técnicas sensíveis e específicas que garantem maior compatibilidade entre doador e receptor e segurança do transplante, permitiu que a técnica fosse indicada no SUS para diversas condições, como doença falciforme, mucopolissacaridose tipos I, II, IV A e VI (MPS I, II, IV A e VI) e a hemoglobinúria paroxística noturna.

No Brasil, a expectativa de vida para o homem é de 72 anos e para a mulher de 79 anos. Nesse contexto, pacientes acima de 60 anos com doenças hematológicas malignas eram tratados apenas com quimioterapia. Com a melhora das condições gerais de vida da população nas duas últimas décadas, que impactou diretamente na expectativa de vida, tornou-se possível realizar o TCTH com segurança em indivíduos acima dessa idade.

Critérios para realização do procedimento

Apesar de a idade não ser mais, isoladamente, um fator limitante para realização do transplante de células-tronco, outros fatores devem ser avaliados em conjunto antes da indicação no procedimento neste grupo de pacientes, incluindo fatores fisiológicos, moleculares, endócrinos, imunológicos, nutricionais, neurológicos, psicológicos e motores.

A avaliação prévia do idoso é importante para um melhor prognóstico pós-transplante. Entre os critérios considerados para realização do procedimento estão incluídos padrões de funcionalidade, saúde mental, cognição, nutrição, uso de medicamentos, existências de outras doenças e condições e suporte social.



Agência Saúde

 

Sua empresa sabe lidar com a inclusão social?

Algumas companhias continuam a realizar esforços para promover a inclusão de minorias, pois   estas iniciativas contribuem para criar uma cultura integradora dentro e fora das empresas. Movimentos desta natureza são essenciais por promoverem a igualdade de direitos de toda e qualquer minoria, sejam LGBTQIA+, pretos, mulheres, índios, deficientes, como uma comunidade única e que acabamos enxergando de maneira segmentada e equivocada. 

Porém, um estudo realizado pelo Instituto Ethos aponta que as principais questões no trabalho de grupos como afrodescendentes, mulheres, pessoas com deficiência e o público LGBTQIA+  são a sub-representação e as dificuldades de ascensão, o que demonstra a necessidade de evolução destes processos inclusivos. 

Desta forma, vale ressaltar alguns pontos para promover de fato o equilíbrio ao incluir minorias:

 

  1. Frear a comunicação violenta

Seja no trabalho ou na vida pessoal é importante que todos estejam abertos ao diálogo. Incentive ambientes que promovam interações amigáveis e uma política que deixe claro que as pessoas não precisam convencer as outras sobre fazerem parte de alguma minoria ou explicar-se. Exceto quando um indivíduo ou um grupo esteja sendo muito prejudicado com agressões físicas ou verbais incessantes e incontroláveis, mas nesse caso o único caminho é o das autoridades. Trata-se de um desafio, mas é uma postura que se faz necessária.

 

  1. Inclusão geral

Muitos acreditam que a comunidade deve apenas interagir entre iguais, mas para um mundo diverso é importante entender a necessidade da inclusão de todos nas discussões e interações, minorias e maiorias. Por exemplo, iniciativas que abordem a questão de trabalho para o gênero feminino precisam ser compostas por mulheres, mas também por homens.

 

  1. Acolher e não esperar a preparação

Não estamos mais em um momento de preparar o ambiente para só depois acolher. Neste sentido, o público transexual demanda atenção especial, por ser uma minoria em situação delicada de vulnerabilidade. Além disso, sofre preconceito extremo. Desta forma, quando um profissional de qualidade é identificado o correto é oferecer uma oportunidade imediatamente, independentemente das escolhas pessoais.

Aumentar a visibilidade desta minoria no mercado é extremamente importante. Segundo pesquisa da Ordem dos Advogados do Brasil, 82% dos transexuais não finaliza os estudos e a consequência é a repercussão negativa no futuro profissional corporativo desse grupo. A questão extrapola muito o aspecto do trabalho, mas acaba por ser decisivo também nessa área. 


  1. Manter os aliados próximos

Aproveitar-se do apoio de grupos que possuem empatia pelas causas é uma boa iniciativa. Isso faz com que estas minorias tenham colaboradores dentro das empresas e com isso, sintam-se seguros para se abrir, o que gerar entendimento e proximidade, desmitificando o preconceito.

 

  1. Minorias na liderança

É essencial ainda que as organizações possuam em sua gestão líderes que façam parte de minorias, para criar referências e inspirar outros profissionais. 

Para que esta disparidade vire passado, as empresas devem colocar em prática as iniciativas inclusivas que comprovadamente promovem inúmeros benefícios, principalmente de incremento de receita por promover a avaliação das questões por diversos ângulos, com visões distintas, o que contribui para a inovação. Segundo o relatório Delivering Through Diversity realizado pela consultoria Mckinsey com 1.000 empresas em 12 países, as organizações que priorizam a diversidade obtêm rentabilidade 21% maior. 

Aplicar de fato a diversidade significa criar um ambiente inclusivo para que todas as pessoas, independente de sexualidade, gênero ou etnia, sejam elas mesmas no local de trabalho. É muito difícil desempenhar uma função com excelência se esse colaborador se sente obrigado a deixar parte de sua personalidade de lado quando atua no trabalho. Desta forma, a criação de um ambiente profissional inclusivo que está sendo timidamente aplicado, deveria ser intensificada e estar entre as prioridades de todas as organizações.

 



Guilherme Morais - líder de marketing da TOPdesk no Brasil


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