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quarta-feira, 29 de julho de 2020

Check Point encontra vulnerabilidades críticas no site e no aplicativo móvel de relacionamento OkCupid

Essas falhas de segurança colocariam em risco a privacidade de 50 milhões de usuários em todo o mundo, as quais permitiriam a um cibercriminoso ter acesso ao perfil, mensagens privadas e fotografias das pessoas

 

Os pesquisadores da Check Point Research (CPR), divisão de inteligência de ameaças da Check Point® Software Technologies Ltd. (NASDAQ: CHKP), uma fornecedora global líder em soluções de cibersegurança, identificaram e ajudaram a resolver várias vulnerabilidades críticas no site e no aplicativo móvel OkCupid. No caso de um cibercriminoso tentar explorar essas falhas de segurança, ele poderia ter acesso e roubar informação privada e confidencial dos usuários desse serviço, bem como enviar mensagens a partir dos seus perfis sem o conhecimento deles.

Lançado em 2004, o OkCupid é um dos principais serviços online gratuitos para relacionamentos do mundo com mais de 50 milhões de usuários registrados em 110 países. Em 2019, este aplicativo promoveu em torno de 91 milhões de conexões entre as pessoas resultando em mais de 50 mil encontros por semana. Durante a pandemia da COVID-19, esse serviço alcançou um crescimento de 20% no total das conversas. No entanto, a quantidade de informações e os detalhes pessoais que os usuários disponibilizam no momento da criação dos seus perfis convertem aplicativos como o OkCupid em alvos atraentes para os cibercriminosos, quer para ataques direcionados aos seus usuários ou para obter informações que serão vendidas posteriormente a terceiros.

Os pesquisadores da Check Point encontraram vulnerabilidades no aplicativo e no site do OkCupid que poderiam dar a um cibercriminoso o acesso total ao perfil de um usuário, suas mensagens privadas, orientação sexual, endereço residencial e respostas enviadas para o questionário de preenchimento obrigatório no momento da abertura de um perfil nesse aplicativo móvel. Essas vulnerabilidades também possibilitariam a manipulação dos dados da pessoa alvo e o envio de novas mensagens a outros contatos de sua conta, de modo que o cibercriminoso se passasse por ela para realizar atividades fraudulentas ou maliciosas.

Como esta vulnerabilidade funciona

Os pesquisadores detalharam o método de ataque em três etapas utilizado pelos cibercriminosos com o qual procuraram explorar a vulnerabilidade:

• Gerar um link maliciosos contendo um payload (uma carga) para desencadear o ataque.

• Enviar o link à vítima ou publicá-lo num fórum aberto para que os usuários cliquem nele.

• Uma vez que o link tenha sido acessado, o código malicioso é executado permitindo ao cibercriminoso o acesso à conta da vítima.

"A análise que realizamos sobre o OkCupid, uma das plataformas de relacionamento online mais popular, se centrou na dúvida que tínhamos com relação aos níveis de segurança deste tipo de aplicativo. Demonstramos que um cibercriminoso poderia manipular a informação sigilosa, fotografias e mensagens das pessoas, razão pela qual todos os desenvolvedores de aplicativos de relacionamentos e seus usuários devem parar e refletir sobre as garantias de segurança oferecidas à sua informação e fotografias privadas que são hospedadas e compartilhadas por meio deste tipo de aplicativo. Felizmente, a empresa OkCupid atuou de imediato em relação à nossa descoberta e implementou as recomendações, resolvendo as vulnerabilidades no seu aplicativo móvel e site", relata Oded Vanunu, chefe de pesquisa de vulnerabilidade de produtos da Check Point.

Os pesquisadores da Check Point divulgaram com responsabilidade suas descobertas aos responsáveis do OkCupid, os quais reconheceram as falhas de segurança em seus servidores e solucionaram as mesmas de modo que os usuários não tivessem de realizar qualquer tipo de ação extra. De acordo com uma declaração emitida por eles, "a Check Point Research informou aos nossos desenvolvedores sobre as vulnerabilidades encontradas, bem como a resolução das falhas para garantir que os usuários continuassem utilizando o aplicativo de forma segura. Nenhum usuário foi impactado por estas vulnerabilidades, já que fomos capazes de corrigi-las em 48 horas. Agradecemos o apoio de parceiros como a Check Point que nos ajudam a manter a segurança e privacidade dos usuários como uma das nossas prioridades".

Em março deste ano, especialistas do CyberNews, um site de notícias sobre tecnologia, análises e avaliação de produtos dos Estados Unidos, descobriram outro problema em que era possível rastrear usuários do OkCupid e encontrar sua localização exata. A OkCupid corrigiu esse problema na ocasião, logo após o CyberNews ter reportado isso aos responsáveis.

Para saber mais detalhes sobre as vulnerabilidades identificadas pelos pesquisadores da Check Point e assistir ao vídeo explicativo sobre como os cibercriminosos poderiam explorá-las, acesse em https://research.checkpoint.com




Check Point Software Technologies Ltd.

https://www.checkpoint.com/pt/

Blog: https://research.checkpoint.com/

Twitter: https://twitter.com/_cpresearch_

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Governo muda regras alfandegárias para incentivar as exportações

Ministério da Economia publica novas diretrizes para facilitar e ampliar o comércio internacional


Para estimular a economia e as exportações, o governo federal publicou a Portaria SECEX nº 44 que revisa as normas de concessão, utilização e encerramento do regime aduaneiro especial de drawback – um mecanismo que permite a desoneração tributária de insumos aplicados na produção de bens exportados.

O ato normativo foi publicado no Diário Oficial da União dessa semana (27 de julho) e a medida entrará em vigor em 30 dias. “Essa decisão traz mais segurança jurídica, transparência, simplifica e reduz procedimentos burocráticos, possibilita a diversificação e o aumento do volume exportado do país”, assegura Arthur Achiles de Souza Correa, advogado especialista em Direito Aduaneiro, Empresarial e Internacional que atua no setor há 18 anos.

                                                           Divulgação


Abrangência

Dentre os segmentos de negócios que utilizam a modalidade de drawback, destaque para a cadeia de minérios de ferro, cobre e seus concentrados; carne de frango congelada, fresca ou refrigerada; celulose; óxidos e hidróxidos de alumínio; automóveis de passageiros; embarcações; couros e pele; polímeros; produtos semimanufaturados de ferro ou aço, entre outros.

Segundo dados obtidos junto ao Ministério da Economia, o regime aduaneiro auxilia a exportação de cerca de R$ 50 bilhões anuais.

“A evidência empírica disponível sugere que o drawback é um regime que não apenas contribui para o aumento do volume exportado pelo país, como também para a diversificação da nossa pauta exportadora, a chamada margem extensiva do comércio internacional”, afirma o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz.


O que é o drawback

O regime aduaneiro especial de drawback foi criado em 1966, serve como um incentivo fiscal à exportação. Ele é concedido a empresas e consiste na suspensão ou isenção de tributos incidentes sobre a aquisição de insumos utilizados na produção de bens, que serão exportados outros países.

Ao longo dos anos, o drawback passou por modificações legais e tecnológicas para tornar o benefício acessível às companhias que vendem para o exterior e ajudam a equilibrar o saldo da balança comercial do país.


Abatimentos

Os principais tributos que são isentos ou suspensos pelo regime de drawback são o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); Imposto de Importação (II); Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) e Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS).

“Essa condição torna os produtos feitos no Brasil mais competitivos no mercado internacional”, ressalta Arthur Achiles de Souza Correa, que mantém escritório comercial  de trade law em Curitiba.

A Portaria SECEX nº 44 - que foi objeto de consulta pública entre os meses de fevereiro e abril deste ano - também elimina custos de transação desnecessários, cria incentivos para que mais empresas utilizem esse regime especial e abre oportunidade aos estreantes no comércio internacional.


Sebrae orienta bares, restaurantes e lanchonetes para retomada das atividades

O objetivo da Instituição é amparar os pequenos negócios a voltarem ao funcionamento mantendo a segurança dos clientes e colaboradores


A alimentação fora do lar é um dos setores que mais sofreu com a pandemia do coronavírus. Bares, restaurantes e lanchonetes tiveram que fechar suas portas durante o período de isolamento social. Pouco a pouco, em muitos os estados brasileiros, essa situação começa a mudar. Em algumas cidades, decretos já autorizam estabelecimentos a funcionarem, tomando medidas de segurança e priorizando serviços de delivery. Focado em apoiar os pequenos negócios nessa retomada do funcionamento, o Sebrae preparou uma série de orientações a serem seguidas pelos proprietários de bares, restaurantes e lanchonetes.

O material foi produzido baseado em protocolos de segurança de organizações nacionais e internacionais, tais como Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ministério da Economia, Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e Associação Nacional de Restaurantes (ANR). A premissa fundamental é assegurar que a população possa voltar a frequentar bares, restaurantes, lanchonetes, cafés e demais negócios de alimentação com a garantia das condições higiênico-sanitárias dos estabelecimentos.

A primeira orientação é para atenção diária aos decretos federais, estaduais e municipais. É através desses instrumentos regulatórios que o governo tem estabelecido as regras gerais de retomada do funcionamento. Como muitos dos estudos sobre coronavírus ainda estão em andamento e nem todos os protocolos de higiene e segurança foram confirmados e/ou declarados pelo Ministério da Saúde, é fundamental acompanhar diariamente as atualizações voltadas para o segmento de alimentação e implementar aquilo que estiver oficialmente estabelecido.


Cuidado com o espaço

O uso de máscaras faciais e a disponibilização de álcool em gel é unanimidade em todos os negócios, e vale para clientes, funcionários e proprietários. Uma das primeiras preocupações do empreendedor ao retornar suas atividades é adaptar o ambiente de negócio para garantir a segurança dos colaboradores e consumidores. De maneira geral, é importante manter o mais alto padrão de higiene, reforçando cuidados com a limpeza de todo o estabelecimento.

Outra orientação consiste na redução da capacidade de público do estabelecimento, de modo que seja possível uma separação mínima de 1m entre as cadeiras de clientes e 2m entre as mesas. Para isso, é possível inutilizar, por meio de sinalização, parte das cadeiras e mesas. Importante também promover o distanciamento de 1m entre pessoas nas filas, na entrada, ou para o pagamento. Os empresários podem, por exemplo, fazer marcações no chão com essa distância. Estabelecer o distanciamento também vale para o pessoal da cozinha que pode, se possível, ser dividida em turnos.

Toalhas de tecido nas mesas devem ser evitadas; e, se usadas, devem ser trocadas a cada cliente. Uma alternativa é a colocação de plásticos transparentes mais rígidos sobre as toalhas que possam ser desinfetados após cada cliente. Evite também colocar objetos sobre a mesa. Nesse sentido, o tradicional cardápio pode ser repensado. Como alternativa, podem ser utilizadas lousas, modelos plastificados (higienizáveis) e cardápios digitais, em que o cliente pode acessar os produtos do estabelecimento lendo um QR Code pelo celular. 

Os procedimentos de compra, recebimento e armazenamento de alimentos e mantimentos devem ter cuidados redobrados com a higienização. A entrega de fornecedores deve ser feita numa área exclusiva para esse fim e esse local deve ser higienizado com uma frequência maior. Ao receber os pacotes, todos devem ser higienizados.

Com todo estabelecimento pronto para receber as pessoas, é fundamental investir em uma experiência positiva para o cliente. Deixe uma pessoa na entrada para recepcionar e dar boas-vindas aos que chegam, orientando a respeito do distanciamento nas filas e demais dependências do local. Reduza a quantidade de pessoas permitidas no salão para evitar aglomeração. Quando possível, ofereça e incentive a opção de delivery ou atendimento com hora marcada, com a opção de o cliente ir até a loja apenas para buscar a refeição.


Premissas para a reabertura

  • Atenção aos decretos estaduais e municipais, normas das instituições reguladoras e protocolos oficiais
  • Acompanhe diariamente as atualizações voltadas para o segmento e implemente o que estiver oficialmente estabelecido
  • Foco na segurança das pessoas (colaboradores, fornecedores, clientes)
  • Os cuidados com a segurança dos alimentos não mudaram, mas precisam ser reforçados
  • As Boas Práticas descritas na Resolução RDC 216/2004 devem estar implementadas pelo serviço de alimentação


Dicas práticas


Para o ambiente:

  • Diminua a capacidade de público do estabelecimento conforme estabelecido no decreto do seu município/estado
  • Distanciamento de 2m entre mesas e 1m entre cadeiras de pessoas desconhecidas
  • Promova o distanciamento de 1m entre pessoas nas filas na entrada ou no pagamento
  • O ambiente deve ter boa ventilação, mantendo portas e janelas abertas
  • Sistema de ventilação revisado e higienizado e fluxo de ar não incidindo diretamente nas mesas, pessoas e alimentos
  • Guardanapos de papel devem ser oferecidos ao cliente  protegidos ou embalados
  • Guardanapos de tecidopodem ser levados ao cliente após este ter ocupado a mesa
  • Os pratos, copos e talheres devem ser oferecidos ao cliente com proteção
  • Repense o modelo de cardápio (higienizável, on line, em quadros, totens e outros painéis ou descartável)
  • Evite o uso de bebedouros no estabelecimento
  • Toalhas de tecido nas mesas devem ser evitadas – se usadas, devem ser trocadas a cada cliente ou receber uma cobertura higienizável 
  • Remova condimentos, enfeites, guardanapos ou qualquer item das mesas que possa ser tocado por mais de um cliente
  • Intensifique a higienização e a frequência das instalações dos sanitários de uso de colaboradores e clientes
  • Cardápios, mesas, cadeiras e maquininhas de cartão devem ser higienizados após cada uso com álcool 70%


Para os colaboradores:

  • Realize reuniões de alinhamento periódicas reforçando as medidas junto aos colaboradores
  • Capacite sua equipe com frequência sobre as principais precauções que devem ser tomadas no trabalho
  • Emita comunicações sobre evitar contatos muito próximos, como abraços, beijos e apertos de mão
  • Oriente quanto ao trajeto casa-empresa-casa e o uso de uniformes, que devem ser colocados apenas no local de trabalho;
  • Treine a equipe para falar sobre as medidas de segurança, utilize cartazes no salão e nos banheiros, displays de mesa, entre outros
  • Crie um ambiente para que eles guardem os objetos pessoais. Pode ser disponibilizado um tapete desinfetante ou mesmo álcool em um borrifador para higienizar o calçado, logo na entrada. Oriente para que eles levem a menor quantidade possível de bolsas e mochilas
  • Mantenha uma rede de contato com os colaboradores para que qualquer sintoma seja reportado e oriente casos suspeitos a procurarem ajuda médica


Atendimento aos clientes:

  • Dê as boas-vindas nos primeiros dias, informando as regras de funcionamento neste momento de retomada
  • Organize uma área de chegada para clientes disponibilizando álcool em gel para higienização das mãos
  • Coloque um cartaz alertando que clientes com sintomas (febre, tosse) não devem permanecer no estabelecimento
  • Informe aos clientes sobre a importância de evitar o compartilhamento de talheres, copos e outros objetos à mesa (como o telefone celular)
  • Nos banheiros e lavatórios, coloque cartazes com instruções sobre a lavagem correta das mãos e sobre o uso do álcool em gel, motivando os clientes a fazê-lo
  • Oriente os clientes a manter a distância mínima de segurança de 1 metro entre si e com os colaboradores
  • Solicite que o cliente use máscara própria ou disponibilize máscara descartável
  • Utilize comandas descartáveis, eletrônicas ou que sejam de material de fácil desinfecção
  • No balcão de atendimento do caixa, deve ser instalado uma proteção de acrílico ou vidro, a fim de reduzir a chance de contágio entre cliente e colaborador
  • As maquininhas de cartão devem ser envelopadas com papel filme e higienizadas sempre após o uso
  • Retire as garrafas térmicas de autosserviço de cortesia de chá e/ou café
  • Se for possível, atenda por meio de agendamento e delivery
  • Também faça a comunicação no site do estabelecimento e/ou redes sociais.

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Aumento de casos de violência doméstica na quarentena inspira adolescentes a criarem campanha

Cartaz foi produzido pela estudante Mariana Taques 

Crédito: Mariana Taques

Um projeto sobre violência doméstica que teve início como um trabalho escolar invadiu as redes sociais e, agora, os condomínios e estabelecimentos comerciais de Curitiba. Os estudantes Paola Nogaroli, de 17 anos, e Artur Cintra, de 16 anos, criaram a campanha "Você nunca estará sozinha" para a disciplina de CAS (Criatividade, Atividade e Serviço) do Colégio Positivo - Internacional, inspirados no aumento de casos de violência doméstica durante a pandemia. "O isolamento social intensificou a convivência entre os familiares. O cenário de ansiedade, apreensão, incertezas e adversidades imposto pela pandemia, além do consumo excessivo de álcool nesse período, colaborou para o aumento da tensão dentro de casa - o que tem desencadeado um aumento de diversas formas de agressão", conta Paola.

Em abril, quando o isolamento social imposto pela pandemia já durava mais de um mês, a quantidade de denúncias de violência contra a mulher recebidas no canal 180 deu um salto: cresceu quase 40% em relação ao mesmo mês de 2019, segundo dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMDH). "O que mais me preocupa não são os números gritantes de notificações, mas as pessoas que não conseguem denunciar", explica Artur. 

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Por isso, o foco da campanha é na divulgação das formas de denúncia, sendo a principal delas o telefone 180. Um cartaz destaca o número e traz um QR Code que leva a uma landing page com informações completas sobre o tema. A imagem impactante do cartaz, criada pela estudante Mariana Taques, se espalhou pelas redes sociais, com mais de 3 milhões de pessoas impactadas. Além disso, os estudantes contaram com o apoio de amigos e professores, que colocaram o cartaz em lugares públicos de grande circulação de pessoas, como elevadores e estabelecimentos comerciais. 

Agora, por meio de uma parceria com a Outdoormídia, a campanha chega às ruas de Curitiba (PR). O cartaz está sendo exibido em 16 outdoors digitais e mobiliários urbanos espalhados pela cidade toda. "Temos visto relatos de meninas e mulheres que estão sofrendo em isolamento com companheiros abusivos, vítimas de agressão física, abuso psicológico, emocional e sexual - e cabe a nós, enquanto sociedade, proteger essas mulheres", afirma Paola.



Governo de SP disponibiliza serviço de apoio tecnológico às pessoas com deficiência

TeleApoio Tecnológico, iniciativa da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, oferece atendimentos especializados voltados à inclusão digital


Com o objetivo de desmistificar o sentimento de medo e insegurança em acessar os recursos tecnológicos, garantindo maior autonomia e a inclusão da pessoa com deficiência, a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD) disponibiliza o TeleApoio Tecnológico, serviço de atendimento de inclusão digital.

A atividade é realizada por assessores em inclusão do Centro de Tecnologia e Inovação e do Serviço de Reabilitação Lucy Montoro - Jardim Humaitá, equipamentos da SEDPcD, e funciona com abrangência estadual de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. O atendimento pode ser feito pelo e-mail faleconosco@cti.org.br ou por meio do aplicativo WhatsApp (11) 99841-6685/99690-3359.

O serviço visa auxiliar a pessoa com deficiência no uso de aplicativos on-line. Com o isolamento social devido a pandemia de COVID-19, aumentou-se a necessidade do uso destes aplicativos e conhecimento em recursos tecnológicos, para isso a SEDPcD também oferece cursos de ensino à distância (EaD) sobre tecnologia voltados à pessoa com deficiência, que fazem parte da ação de inclusão digital.

As pessoas com deficiência interessadas, poderão se matricular nos cursos de: Alfabetização Digital, Digitação, Redes Sociais e Tecnologia Assistiva voltada para pessoas com deficiência visual. As inscrições podem ser realizadas pelo link http://bit.ly/2WwSWzd .

 

TeleApoio

O TeleApoio da SEDPcD é um serviço de atendimento psicológico às pessoas com deficiência. Com abrangência também estadual, a ação busca promover o bem-estar emocional das pessoas com deficiência neste momento de pandemia de COVID-19.

O serviço pode ser contatado de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, via e-mail faleconosco@cti.org.br ou aplicativo de WhatsApp (11) 99841-6685/99690-3359.

  

FecomercioSP pede que empresas não sofram corte de energia durante estado de calamidade

Entidade sugere a inclusão da medida na MP que trata de ações no setor elétrico enquanto durar a pandemia



A FecomercioSP e o seu Conselho de Sustentabilidade consideram positiva a Medida Provisória 950/2020, que prevê medidas temporárias emergenciais relacionadas ao setor elétrico enquanto durar o estado de calamidade pública decorrente da pandemia do covid-19.
 
Nesse sentido, a Federação encaminhou ofício ao relator da MP, deputado Léo Moraes (Podemos/RO), em apoio à inclusão do artigo que permite a postergação dos reajustes e das revisões tarifárias de energia elétrica às empresas, visto que, mesmo com a retomada gradual da economia, a recuperação tende a ser lenta, e os empresários não têm condições de arcar com mais esse custo em 2020.
 
Além disso, a Entidade solicitou aos deputados federais e a líderes de frentes parlamentares de apoio aos setores de comércio e de serviços que fosse inserido um dispositivo prevendo que as empresas, sobretudo as pequenas, não tenham corte no fornecimento de energia no caso de inadimplência.
 
A FecomercioSP  também sugeriu anteriormente à Aneel e aos ministérios da Economia e de Minas e Energia outras medidas, como: isenção de impostos federais nas contas de consumo de energia elétrica pelo prazo de seis meses; adoção de tarifa mínima, nos casos possíveis; concessão de benefícios temporários, como a postergação e o parcelamento de faturas/pagamentos de contas pendentes durante o período de calamidade pública,  sem incidência de multa nem de juros nessas faturas; e autoleitura no caso de suspensão da medição e impedimento de suspensão ou de corte por inadimplência, além do faturamento pelas quantidades efetivamente consumidas, e não pelos limites mínimos contratuais (demanda contratada).
  

Pronampe: micro e pequenas empresas têm urgência de socorro


E agora, José? O dinheiro do Pronampe praticamente acabou, e a linha de crédito deu conta de salvar apenas uma pequena parcela de micro e pequenos empresários. Em apenas um mês, instituições financeiras que aderiram ao programa já emprestaram mais de 90% dos recursos liberados pelo Governo Federal. Em pleno começo da retomada, com a reabertura do comércio, não ter dinheiro em caixa pode ser o estopim para que uma crise econômica ainda mais grave atinja o país.

De acordo com o Sebrae, as micro e pequenas empresas representam mais de 30% do PIB nacional e são responsáveis por mais da metade dos empregos formais no país, concentrados principalmente nas atividades de Comércio e de Serviços. Somente de 2006 a 2019, elas foram responsáveis pela criação de cerca de 13,5 milhões de vagas de trabalho. Perder uma parcela tão significativa para a economia é um risco que nenhum país em desenvolvimento pode se dar ao luxo.

O quase esgotamento dos recursos do Pronampe mostra, na prática, como essas empresas têm urgência de socorro. Elas precisam do dinheiro hoje, pois pode não haver um amanhã. Se o excesso de burocracia exigido pelos bancos na concessão de crédito era antes o problema, hoje não há rapidez no processo que possa salvar as empresas se o Governo Federal não der mais incentivo financeiro ao programa.

A dificuldade de acesso ao crédito é fatal neste segmento. Uma pesquisa recente do Sebrae mostrou que dos empresários que fecharam as portas durante a crise, 43% disseram que o que mais teria ajudado a evitar essa situação seria apoio financeiro do governo, e 18% citaram um empréstimo bancário.

Enquanto isso, há um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados que prorroga o Pronampe até dezembro, entendendo que os próximos meses serão cruciais para as empresas – afinal, mesmo com a possibilidade de reabertura, é fato que restaurantes, bares, salões de beleza, casas noturnas e instituições de ensino (em especial, da primeira infância) não estão tendo o mesmo movimento que antes da pandemia. A falta de medidas de urgência eficazes somada à imprevisibilidade de quando tudo voltará ao “normal”, principalmente até anunciarem uma vacina, podem significar demissões e fechamentos em massa.

Outro ponto que merece atenção é que muitas linhas de crédito disponíveis, como a do Pronampe, exigem como contrapartida a manutenção dos empregos por um determinado período. Porém, se as empresas não estiverem lucrando nesse período, a demissão de alguns funcionários pode ser inevitável. A consequência disso é que, ao descumprir as regras do empréstimo, elas podem ter que devolvê-lo. Sem renda, com acúmulo de dívidas e sem equipe, não será possível sustentar o próprio negócio, o que provocará uma dependência ainda maior de recursos do governo, como o Bolsa Família e auxílio-desemprego.

Por fim, acredito que três medidas são primordiais neste momento. A primeira é que o Governo Federal aprove a liberação de mais recursos para bancos cadastrados no Pronampe. O prazo do programa ainda está valendo, mas é também fundamental prorrogá-lo até dezembro - este é o segundo ponto. Se muitas empresas não tiveram tempo hábil para se adequar a todas as exigências dos bancos, isso dará o fôlego necessário para que elas se coloquem nos trilhos. E a terceira é continuar a simplificar os processos, diminuir a burocracia, como fez o Banco Central ao desobrigar as empresas de apresentar a Certidão Negativa de Crédito. Ao invés de perder tempo discutindo a volta de impostos federais, como a temida CPMF, o governo deve buscar manter as fontes de renda de tantas famílias brasileiras. Podendo exercer suas funções, elas continuarão a manter a economia e incentivar o consumo, fazendo com que o país supere a crise sem deixar tantos para trás.

 



Regina Fernandes - perita contábil, trainer em gestão, mentora e responsável técnica da Capital Social, escritório de contabilidade com 10 anos de atuação que tem como objetivo facilitar o dia a dia do empreendedor. Localizado na cidade de São Paulo, atende PME´s do Brasil inteiro por meio de uma metodologia de contabilidade consultiva, efetiva e digital.

https://capitalsocial.cnt.br/

 


Cinco aprendizados que a comunicação interna e o RH vão tirar dessa pandemia


Ainda é cedo para falarmos que já está claro como será o "novo normal", mas certamente já podemos aprender algumas lições com os últimos quatro meses e traçar táticas para nos reinventarmos.


Dentre os diversos atores que cumpriram um papel essencial durante a crise, a comunicação interna das empresas ganhou um posto de destaque. Contar com uma CI estruturada e atuante se tornou crucial para manter o engajamento e a produtividade, alinhar as mensagens e cuidar da saúde mental dos profissionais e da cultura organizacional. Tudo isso se tornou fundamental para manter a reputação positiva e contribuir para que as empresas continuem caminhando neste momento. Para muitas companhias, nem todos os planejamentos funcionaram ou conseguiram seguir com sucesso, mas ainda há tempo de repensar novas rotas e aprender com o que já passou.


Abaixo, listo cinco aprendizados que a comunicação interna teve com a covid-19:



1 - Estratégia humanizada: pessoas em primeiro lugar. Esse foi um aprendizado que muitas empresas tiveram durante o pico da pandemia. Nunca se discutiu tanto a necessidade de uma cultura interna humanizada e estratégias que olham com mais atenção para a saúde física e também mental dos colaboradores. Principalmente neste cenário, onde muitas pessoas se viram afetadas. A comunicação tem que ter um papel de empatia.


De acordo com a quinta edição do Estudo Global de Tendências de Talentos, a experiência do funcionário é a principal prioridade do RH e 58% das organizações estão passando por mudanças para se tornarem mais centradas nas pessoas, mas ainda apenas 29% dos líderes de RH têm uma estratégia de benefícios de saúde e bem-estar estruturada. Por isso, é importante continuar desenvolvendo essa estratégia mais humana, para que isso vire comportamento diário em todas as corporações.



2 - Adotar a transformação digital:  a quarentena e a mudança para o modelo a distância representaram também uma passagem forçada para o digital. Empresas que já estavam preparadas para esse transformação se saíram melhor e outras precisaram se adaptar rapidamente. Do ponto de vista estratégico, todas as soluções inovadoras tecnológicas, como por exemplo o Zoom e outras ferramentas online, foram responsáveis por manter muitos negócios funcionando.

Com as restrições de deslocamento e mobilidade, o RH e a comunicação interna precisaram se modernizar para atingir todos os colaboradores fora do espaço físico. O resultado? Cerca de 90% das empresas intensificaram o uso da comunicação digital com a criação de canais, plataformas e redes sociais corporativas.



3 - Comunicação transparente: a crise trouxe um momento de muitas incertezas e a comunicação se mostrou essencial para trazer não apenas conforto, mas direcionamento para toda a equipe. Uma comunicação constante e principalmente transparente durante um momento de crise mostra aos colaboradores que eles não estão sozinhos e que a companhia está ciente e preparada para lidar com todos os possíveis cenários. A transparência na comunicação também está diretamente ligada a sensação de confiança entre a equipe e a liderança, interferindo diretamente na produtividade e engajamento.



4 - Capacidade de analisar e prever cenários: um período de crise deixa evidente como um bom planejamento pode ser um diferencial. Se em um primeiro momento o susto da pandemia fez com que diversas companhias corressem para revisitar suas estratégias, agora muitas já se sentem mais preparadas e capazes de analisar os diversos cenários e se preparar para o que pode surgir. Para esses dias, só podemos contar com o imprevisível e a capacidade de lidar com as mudanças está entre as habilidades que todos os gestores e líderes tiveram que desenvolver.



5 - Flexibilidade: se hoje o home office se tornou uma prática comum e até mesmo definitiva para muitas empresas, essa transformação só aconteceu devido a necessidade do distanciamento social. Uma Pesquisa da startup Pulse concluiu que 78% dos brasileiros se sentem mais produtivos trabalhando remotamente. Outro estudo, do Capterra, software da consultoria Gartner, detectou que, para 70% dos gerentes, as empresas poderiam funcionar em seu pleno potencial com uma equipe totalmente remota.


A flexibilidade do modelo de trabalho ainda vai ser pauta no pós-pandemia. Muitos falam sobre um possível modelo híbrido, entre presencial e home office, enquanto outros preferem a prática a distância como opção prevalente. Nessa discussão, existe um consenso frequente: as mensagens precisam atingir os colaboradores além do espaço físico do trabalho.


A comunicação interna certamente vai se tornar ainda mais estratégica daqui para frente. Novas formas de comunicação devem ser adotadas para suprir as necessidades do mercado de trabalho. Dar voz aos colaboradores, estimulando o sentimento de pertencimento e que aproxime a empresa e seus colaboradores será cada vez mais importante.

 

 


André Franco - CEO do Dialog.ci, startup responsável por desenvolver uma plataforma online de comunicação interna e RH para melhorar o engajamento dentro das empresas


CARTA A UM JOVEM FÃ DE CHE GUEVARA


        O moço manifestara dissabor com meu artigo "O vampiro argentino". Bem educado, em texto correto e movido por evidente boa intenção, ele se desgostou quando me referi ao fato de “jovens que não sabem apontar com o nariz para que lado fica a Bolívia e que não conseguiriam escrever meia página sobre os episódios de Cuba andarem pelas ruas ostentando camisetas com a estampa do Che". O meu leitor sabia as duas coisas e se magoou. Nas correspondências que trocamos, pedi a ele que em vez de apontar a Bolívia, me indicasse suas razões para reverenciar a memória do argentino. Respondeu-me que seu herói "renunciou às comodidades de que desfrutava como médico, buscou viver e alcançar seus ideais, lutou e deu a própria vida pelas suas convicções". E acrescentou que se havia algo que ele prezava e respeitava era "a coragem e a iniciativa de uma pessoa". 

        Imagino que esse leitor não seja o único que firma sua admiração a Che Guevara nas mesmas bases. Transcrevo aqui minha resposta na esperança de que sirva para outros em idêntica situação. 

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        Caro jovem: as razões que apontas estão muito mais no plano da reverência a certos sentimentos do que em fatos que os expressem de modo louvável. Valorizaste a coragem, os ideais, a renúncia aos confortos e bens materiais e à disposição de dar a vida por algo em que se crê. O problema do Che não estava obviamente aí, mas no uso que fez desses atributos de seu caráter. Tua referência à renúncia aos bens materiais, aliás, me fez lembrar o filme Diários de Motocicleta. Certamente o assististe. Nele, o diretor Walter Salles Jr. comete amazônica injustiça contra as religiosas que atendiam os índios no leprosário de San Pablo, no meio da selva, dezenas de quilômetros a jusante de Iquitos. Che é apresentado nas manipulações do filme como um anjo de bondade e as irmãs como megeras. No entanto, aquelas mulheres passaram suas vidas enfiadas em barracos de madeira, no meio do mato, cuidando de leprosos. Não uma semana. Vida inteira! E não por ódio a alguém, mas por puro amor ao próximo. Quem sabe passas a usar uma camiseta com a estampa das irmãs de San Pablo?

         E já que falei em cuidar de doentes, lembro outro caso. Em 1913, um talentoso jovem alemão, com doutorado em filosofia, teologia, medicina e música, exímio organista, considerado o maior intérprete de Bach em seu tempo, muito bem sucedido profissionalmente, decidiu instalar por conta própria um hospital às margens do rio Ogowe, no Gabão. Ergueu-o com as próprias mãos. Como forma de mantê-lo, voltava periodicamente à Europa a dar recitais. Fez isso não por uns dias, mas por toda a vida desde os trinta anos. Em 1953, sua contínua dedicação à tarefa que abraçou lhe valeu o Prêmio Nobel da Paz. É dele esta frase que bem serviria para a reflexão do vampiro argentino que se dizia sedento de sangue, médico como ele: "Tudo que é vivo deseja viver. Nenhum sofrimento pode ser imposto sobre as coisas vivas para satisfazer o desejo dos homens". Quem sabe usas uma camiseta com a estampa do pastor Dr. Albert Schweitzer?

         A fuga de um prisioneiro do campo de Auschwitz, em 1941 levou o comandante a sentenciar outros dez à morte por inanição. Entre os escolhidos para cumprir a condenação havia um pai de família que muito se lastimava pela orfandade que adviria aos filhos pequenos. Pois um senhor polonês, de nome Maximiliano Kolbe, que estava preso por haver dado fuga a mais de dois mil judeus, se apresentou para substituí-lo e cumpriu a sentença que recaíra sobre seu companheiro de prisão. Com tão justificado apreço pelos valores que apontas, por que não usas uma camiseta com a estampa de São Maximiliano Kolbe?

         As pessoas que mencionei, meu jovem (e existem inúmeras assim!) superam Che Guevara em tudo e por tudo. Exercitaram virtudes supremas sem qualquer ódio. Deram quanto tinham, inclusive suas vidas inteiras a seus ideais. Che fez isso? Fez. Mas, se colocou a própria vida em risco, como de fato podia fazer em nome de seus ideais, achou-se no direito de, pelo mesmo motivo, tomar a vida dos outros. E tal direito ele não tinha. Isso é muito diferente e desastrosamente pior! O resultado dos exemplos que citei foram vidas salvas. O resultado da obra de Che foram vidas tomadas, sangue derramado, liberdades extintas. Cordial abraço, Puggina. 

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         Agora, transcorridos 10 anos dessa carta, reproduzida na 2ª edição de "A tragédia da utopia" (2019), escrevo a quem me lê aqui: mesmo diante do que acabo de expor, muitos persistirão na admiração a Che Guevara. Mas estão forçados a admitir que é na revolução, na luta de classes, na tomada do poder pelas armas e no comunismo que repousam seus apreços. E nesse caso me permitam afirmar que camisetas do Che são tão ofensivas e ameaçadoras quanto a suástica, a foice com martelo, ou a cruz flamejante da KKK.

 

 


Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.



O coronavírus acelerou a Transformação Digital nas empresas?


A resposta para esta pergunta parece óbvia, no entanto, ele foi só um dos vários motivos que fizeram com que as empresas caminhassem com mais afinco para a jornada da Transformação Digital.

De acordo com a Harvard Business Review, em pesquisa realizada meses antes da pandemia se consolidar, os riscos da transformação digital já era a preocupação número um da direção das empresas, ainda assim mais de 70% das iniciativas de transformação digital não atingem suas metas e US$ 1,3 trilhão são gastos e US$ 900 bilhões desperdiçados. A luz vermelha já estava acesa.

Claro que empresas de Tecnologia da Informação estavam mais preparadas pela sua natividade no assunto. Para o setor, trabalhar remotamente foi um movimento praticamente instantâneo, além de seguro e confiável. Segundo um levantamento feito pelo sindicato patronal de TI no Rio de Janeiro com 120 empresas, nada menos que 119 optaram pela prática. No entanto, negócios tradicionais de uma hora para outra perderam sua base de sustentação e vão ter que se transformar digitalmente a “fórceps”, em vez de forma planejada e estratégica. As companhias serão obrigadas a acelerar projetos de TI que já deveriam estar em pleno funcionamento – há anos.

Muitas tecnologias já poderiam estar mais próximas das nossas tarefas diárias. E, claro, o Covid-19 e as medidas de isolamento estão catalisando esta reação. Segundo a consultoria Gartner até 2023 20% das organizações orçarão projetos de computação quântica, que permitirá a execução paralela e a escalabilidade exponencial dos computadores, permitindo resolver problemas complexos de maneira extremamente eficiente.

Somado a isso, a consultoria também prevê que 14,2 bilhões de equipamentos conectados em 2019 e chegará a 25 bilhões de dispositivos até 2021. Ou seja, produzindo cada vez mais um imenso volume de informações e que poderão ser integradas dentro de uma ferramenta de gestão qualificada e com Inteligência Artificial, que permite aprendizado e capacidades cognitivas que poderão entender o contexto e antecipar as demandas das empresas, realizando o trabalho com os usuários.

Não podemos esquecer também dos avanços feitos com o debate sobre a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que deve entrar em vigor no segundo semestre de 2021, e que vai garantir a privacidade das informações das pessoas físicas. Além disso, demos passos importantes na consolidação do Open Banking e da diversificação das modalidades de pagamento, que irá permitir experiências mais completas e seguras para os clientes. Também não podemos esquecer do salto no uso da tecnologia de Blockchain, que trará muito mais confiança e transparência para os clientes e para as empresas, além de reduzir conflitos entre os ecossistemas de negócios, diminuindo custos e o tempo gasto nas transações. Para consultoria Cearley, em 2030 o Blockchain será um mercado multimilionário e criará US$ 3,1 trilhões em valor de negócios.

Definitivamente a pandemia acelerou o processo de Transformação Digital, não tenho dúvidas quanto a isso. Mas também não podemos esquecer das iniciativas que já vinham sendo feitas e das inovações que estavam surgindo. Ainda há muito para ser feito e a tecnologia será uma grande aliada para liberar ainda mais o tempo das pessoas para que possam criar mais valor às suas tarefas.

 



Robinson Klein - CEO da CIGAM S.A.

 

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