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terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Vacina contra febre amarela deve ser aplicada 10 dias antes da viagem



A orientação é apenas para quem vai para as áreas com recomendação e nunca tomou a vacina. Quem já tiver tomado uma dose ao longo da vida, não precisa mais se vacinar 


O Ministério da Saúde reforça a orientação de vacinação contra a febre amarela para todos os viajantes que irão visitar alguma área de recomendação de vacina. Para garantir a proteção, a dose deve ser aplicada com, pelo menos, 10 dias de antecedência à viagem, tempo necessário para o organismo produzir os anticorpos contra a doença. Integram a Área com Recomendação de Vacinação cidades de 20 estados e o Distrito Federal. Para quem vai se deslocar no período do Carnaval para uma dessas áreas, a recomendação é buscar a imunização até o fim de janeiro. 

Os casos de febre amarela registrados no país permanecem no ciclo silvestre da doença, ou seja, a febre amarela é transmitida apenas pelos mosquitos encontrados no ambiente silvestre, dos gêneros Haemagogus e Sabethes. O último caso de febre amarela urbana foi registrado no Brasil em 1942. Portanto, os cuidados devem ser redobrados para os viajantes que se deslocarem para zonas rurais e áreas de mata.

Para garantir a vacinação de quem vai viajar para essas regiões, o Ministério da Saúde distribui, mensalmente, doses da vacina para todas as unidades da federação. Desde 2017 até o momento, foram encaminhadas cerca de 57,4 milhões de doses da vacina. Para os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia foram enviados cerca de 48,4 milhões de doses da vacina febre amarela, com objetivo de intensificar as estratégias de vacinação de forma seletiva, sendo 18,3 milhões (SP), 10,7 milhões (MG), 12 milhões (RJ), 3,7 milhões (ES) e 3,7 milhões (BA).


DOSE ÚNICA – É importante lembrar que quem já tomou a vacina ao longo da vida não precisa repetir a dose. Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema da dose única, recomendado desde 2014 pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Estudos comprovaram que uma dose é suficiente para proteger durante toda a vida.

A vacina para a febre amarela é a medida mais importante para prevenção e controle da doença, e confere proteção entre 90% e 98%, além de ser reconhecidamente eficaz e segura. Entretanto, assim como qualquer vacina ou medicamento, pode causar eventos adversos.

Para algumas populações, a vacina é contraindicada, como pessoas com alergia grave ao ovo; portadores de doença autoimune; pacientes em tratamento com quimioterapia/radioterapia; crianças menores de seis meses de idade e pessoas que vivem com HIV/Aids (com contagem de células CD4 menor que 350 células/mm3). Para essas pessoas, a prevenção pode ser feita com uso de repelentes e roupas de manga comprida, além de evitar locais com evidência de circulação do vírus.

Outros grupos devem ser vacinados somente se estiverem em áreas de risco, e antes devem ser avaliados por um serviço de saúde para definir se há necessidade de vacinação. É o caso das gestantes, mulheres que estão amamentando, idosos, pessoas que vivem com HIV; pacientes que já terminaram o tratamento com quimioterapia/radioterapia e pessoas que fizeram transplante.

Por isso, a orientação é que a população siga rigorosamente as orientações do Calendário Nacional de Vacinação e mantenha a caderneta de vacinação atualizada, que deve ser guardada junto aos demais documentos pessoais.

No caso de perda da caderneta, o Ministério da Saúde recomenda ao cidadão que procure o posto de saúde onde habitualmente recebe as doses para resgatar o histórico de vacinação e fazer a segunda via do documento. Caso isto não seja possível, a recomendação é colocar a vacinação em dia, de acordo com a faixa etária e demais indicações.


CAMPANHA – Na ultima quinta-feira  começou a campanha para vacinação contra febre amarela em municípios dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, com a utilização da dose fracionada. No estado da Bahia, a data será no dia 19 de fevereiro. Ao todo, 77 municípios adotarão a estratégia de fracionamento.
A adoção do fracionamento das vacinas é uma medida preventiva e recomendada pela OMS quando há aumento de epizootias (morte de macacos) e casos de febre amarela silvestre de forma intensa, com risco de expansão da doença em cidades com elevado índice populacional. A dose fracionada tem apresentado a mesma proteção que a dose padrão. Estudos em andamento já demonstraram proteção por pelo menos oito anos e novas pesquisas continuarão a avaliar após esse período.




Camila Bogaz
Agência Saúde



Capital promove ação de combate à Hanseníase



Além de adotar o roxo como cor símbolo, campanha busca divulgar os sintomas para o diagnóstico precoce da doença

        
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo, por meio do Programa Municipal de Combate da Hanseníase, promoverá nesta quarta-feira (31) uma ação de combate e prevenção da doença, ainda endêmica no Brasil. A ação é uma iniciativa do Ministério da Saúde e contará com a participação de outros municípios em todo território nacional.

         Em 2007, o município de São Paulo registrou 311 casos novos de hanseníase (coeficiente de detecção de 2,82 por 100 mil habitantes). Os dados preliminares indicam que em 10 anos, o número caiu para 89 (coeficiente de detecção de 0,76 por 100 mil habitantes). “Os principais objetivos da ação são intensificar a detecção de casos na população, por meio da sensibilização dos profissionais da rede básica de saúde para a suspeita diagnóstica e divulgar os sintomas e sinais da doença, como o aparecimento de manchas na pele com perda ou diminuição da sensibilidade. Temos de esclarecer à população o quanto é importante procurar uma unidade de saúde para o diagnóstico precoce”, afirma Carlos Tadeu Maraston Ferreira, coordenador do Programa Municipal de Controle da Hanseníase.

         Além de adotar como símbolo da campanha a cor roxa-purple, que iluminará alguns monumentos e viadutos da cidade, haverá ação de divulgação dos sinais e dos sintomas da doença, a fim de motivar as pessoas a procurarem manchas avermelhadas ou esbranquiçadas pelo corpo, com diminuição ou perda de sensibilidade, na Praça da República (Centro), das 10h às 15h, Praça do Forró (zona Leste), das 10h às 15h, Terminal Capela do Socorro (zona Sul), das 9h às 12h, Terminal Jabaquara (zona Sul), das 13h às 16h, Terminal Rodoviário Grajaú (zona Sul), das 9h às 12h. Além disso, as unidades de saúde também terão atividades de conscientização.

         As pessoas que apresentarem os sintomas serão instruídas a procurarem uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para consulta médica em busca do diagnóstico. Quem receber o diagnóstico positivo deverá iniciar o tratamento gratuito em alguma unidade de referência para hanseníase no município.

         O tratamento, além de garantir a cura, previne incapacidades físicas e bloqueia a transmissão da doença a partir da primeira dose do medicamento.

         Paralelamente, também serão estimulados os exames em familiares com contato direto com quem já faz o tratamento, com o intuito de conseguir o diagnóstico precoce e a interrupção da cadeia de transmissão da doença.


Manifestações da doença  

·         Manchas na pele esbranquiçadas ou avermelhadas com diminuição da sensibilidade – manchas dormentes, que não doem, não coçam e não incomodam e, por isso, muitas vezes passam despercebidas, principalmente se localizadas nas costas e nádegas;

·         Diminuição da sensibilidade ou formigamento de extremidades de mãos, pés ou olhos. Por não sentir dor, o paciente pode se ferir ou queimar e desenvolver complicações como úlceras e infecções locais.

·         Diminuição ou perda de força muscular em mãos, pés e pálpebras, levando a queda de objetos das mãos, andar arrastado, dificuldade em fechar as pálpebras devido ao ressecamento dos olhos.


Como se adquire a doença?

         A Hanseníase se transmite de pessoa para pessoa através de secreções das vias respiratórias (nariz e boca) e de um contato íntimo e prolongado com um doente sem tratamento. A evolução é lenta. Após o contágio, os sintomas podem surgir de dois a 10 anos.


Tratamento

           O tratamento da hanseníase não requer internação e é feito com a administração de remédios via oral por períodos que podem variar de 6 a 12 meses, dependendo da forma clínica da doença.






Se a água não rolar, o álcool gel pode ajudar!



Surtos de infecção de Hepatite A, doenças gastrointestinais, gripe e outras viroses respiratórias costumam ocorrer durante o carnaval. Higienizar corretamente as mãos reduz as chances de transmissão


“Atrás do trio elétrico, só não vai quem já morreu!". Caetano Veloso em 1969 já cantava um dos principais clichês de carnaval: o grande número de pessoas na rua. No ano passado, a Prefeitura Municipal de Salvador contabilizou 2,5 milhões de foliões na cidade. Rio de Janeiro e São Paulo receberam 6 milhões e 3,5 milhões de turistas, respectivamente, segundo dados da Rio Tour e da Prefeitura paulista. Com tanta gente na rua, não deve faltar animação para a folia, e nem os perigos de contaminação por agentes microbianos. Doenças respiratórias virais (Exemplo: adenovírus, rinovírus, parainfluenza e VSR ) e Hepatite A são algumas das doenças que potencialmente podem ocorrer sob forma surto neste carnaval.

Júlia Kawagoe, docente do Mestrado Profissional em Enfermagem da Faculdade Albert Einstein e consultora técnico – científica da B.Braun Brasil, explica que as mãos a principal via de transmissão nesses casos. “Nós nos contaminamos ao tocar em superfícies como corrimão de escada, suporte de ônibus/ trens/ metrô, entre outros e mexer em água contaminada. Com a nossa mão contaminada, inconscientemente tocamos nariz, boca ou olhos. E após isso, ainda continuamos tocando outras pessoas e outras superfícies e perpetuando a cadeia de transmissão de micro-organismos", explica a especialista.

Ainda segundo Júlia, o cuidado nas relações sexuais deve ser redobrado, já que doenças como a hepatite A podem ser transmitidas também através da relação sexual. “Além da necessidade do uso de preservativos para se proteger dessas doenças e também de uma possível gravidez indesejada, a proteção por meio da vacina é fundamental inclusive para adultos”. A especialista ressalta que como a doença pode ser transmitida através do contato, as crianças também devem ser imunizadas. “Para crianças de até 5 anos a vacina é gratuita”.

Outro modo de transmissão de agentes microbianos, especialmente os vírus que causam gripe e resfriados, ocorre pelos perdigotos contaminados durante o espirro e a tosse. "As mãos se contaminam ao cobrir a boca e o nariz, e se não forem higienizadas, podem contaminar as superfícies do ambiente a serem tocados logo a seguir”.

Banheiros químicos também são vilões disfarçados nessa esfera de contaminação, já que a falta de água para higienização das mãos acaba por alimentar a cadeia. "Parasitoses intestinais e até hepatite A podem ser transmitidas nesses casos. A dica para reduzir os riscos é levar um frasco de álcool gel pequeno no bolso ou na bolsa, para usar sempre que for utilizar o banheiro", afirma.

Alimentos também não estão imunes à contaminação. "Uma das ocorrências comuns nesta época do ano é a gastrenterocolite aguda (GECA), cujo quadro inclui vômitos e diarreia (podendo causar desidratação), devido à manipulação e consumo de alimentos produzidos sem condições higiênicas e má conservação.

Lembrando que entre os alimentos, as bebidas (leite, água – gelo também, sucos, batidas) também podem ser fonte de infecção. Os alimentos podem se contaminar durante e após o seu preparo, e ao ser consumido. As bactérias (Salmonella spp) ou suas toxinas (Staphylococcus aureus), e mesmo os agentes virais (norovírus, adenovírus) podem causar infecções intestinais".


COMO SE PREVINIR

Para tentar fugir de imprevistos e aproveitar a festa do Momo até o fim, a especialista cita algumas práticas que podem auxiliar no combate dessas doenças. São elas:

-Ao tossir e espirrar, cubra a boca e nariz com lenço de papel. Descarte o lenço em uma lixeira, e higienize as mãos – lavando-as com água e sabonete, ou friccionando-as com preparação alcoólica. Caso não tenha lenço de papel e não tiver recursos para higienizar as mãos, não deve tossir ou espirrar nas mãos – elas ficarão contaminadas e irão contaminar superfícies aos serem tocadas. Neste caso, tussa ou espirre na parte interna do cotovelo.

-Não leve as mãos à boca, olhos ou nariz. Evitará se contaminar.

- Atenção a alimentos e bebidas: não consuma alimentos se desconfiar da procedência, qualidade, acondicionamento e conservação térmica. A água deve ser tratada/filtrada, mesmo sob forma de gelo.

- Proteja-se nas relações sexuais utilizando preservativo.







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