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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Dívidas com compras de Natal do ano passado deixaram dois em cada dez brasileiros inadimplentes, mostram SPC Brasil e CNDL



Valor total médio das dívidas que levaram a negativação é de R$ 922; 16% costumam gastar mais do que podem na compra de presentes de Natal

Se os consumidores não ficarem atentos com os gastos, a compra de presentes para o Natal pode se tornar uma grande dor de cabeça. Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) identificou que dois em cada dez brasileiros (19,4%) ficaram com o nome sujo por causa das dívidas feitas com a comprade presentes de Natal e festas de fim de ano em 2015.

Quase quatro em cada dez consumidores (36,4%) interessados em comprar presentes para o Natal deste ano possuem contas com o pagamento em atraso e, além disso, parte dos entrevistados deixará de pagar alguma conta, seja para comprar presentes (4,2%), em razão das festas de Natal (3,9%) ou para fazer as comemorações de ano novo (4,4%). Outros 39% dos que pretendem comprar presentes este ano estão com o nome sujo no momento, independente da compra.

No geral, considerando apenas quem ficou com o nome sujo devido as compras do Natal de 2015, 54%, ainda estão nessa situação. Dentre os que sabem dizer o valor das dívidas geradas com as festas e os presentes de Natal em 2015 e que acabaram levando à negativação (40,6%), o valor total chega a R$ 921,57, em média.

Segundo o educador financeiro do SPC Brasil e do portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli, o maior risco é se deixar levar pelas emoções que tomam conta das pessoas nesta época. “É normal querer agradar os amigos e familiares e participar das comemorações, mas não se pode desconsiderar a própria realidade financeira. Na hora de ir às compras, o ideal é planejar bem as despesas e saber exatamente o quanto a pessoa pode gastar com presentes e festas”, explica Vignoli. “Além disso, é preciso evitar as aquisições feitas por impulso, que frequentemente levam ao desequilíbrio financeiro. O melhor presente é sempre aquele que cabe no bolso do consumidor”, alerta.


58% irão parcelar as compras de Natal de 2016

A pesquisa mostra que 16,4% dos entrevistados admitem que costumam gastar mais do que podem na compra de presentes de Natal. O educador financeiro alerta para o que pode ser um aliado na hora das compras, mas também um grande impulsionador desse descontrole financeiro: o parcelamento.
Mais da metade dos consumidores (58,2%) que irão presentear neste Natal afirmam que irão parcelar as compras, percentual acima do identificado em 2015 (52,4%), principalmente os homens (63,9%) e pertencentes às classes A e B (66,3%). A razão mais citada para justificar essa forma de pagamento é o fato de conseguir ter condições de comprar os presentes para todas as pessoas que consideram importantes (30,6%).

Outros 20,8% garantem que mesmo tendo condições de pagar à vista, preferem parcelar em diversas prestações para garantir sobras de dinheiro nas finanças. Ainda assim, é relevante o percentual de pessoas que afirmam só comprar presentes de Natal que puderem pagar à vista, sem fazer dívidas (41,8% - abaixo dos 47,6% no ano passado).


Metodologia

As entrevistas se dividiram em duas partes. Inicialmente ouviu-se 1.632 consumidores nas 27 capitais para identificar o percentual de quem pretendia ir às compras no Natal e, depois, a partir de 600 entrevistas, investigou-se em detalhes o comportamento de consumo no Natal. A margem de erro é de no máximo 2,4 e 4,0 pontos percentuais, respectivamente. A uma margem de confiança de 95%. 

 


Férias com dinheiro no bolso em 5 passos




A proximidade das férias de final de ano desperta o desejo de viajar, mas nem todos os brasileiros se prepararam financeiramente para isso. A orientação, neste momento, é conhecer a situação financeira atual e traçar um planejamento para curtir as férias sem que precise se endividar, acumulando contas que possam levar a inadimplência.

Traçar um planejamento com antecedência é importante para que os detalhes sejam ajustados e seja possível poupar dinheiro e negociar os valores com antecedência, garantindo bons descontos. Muitos se frustram por não conseguirem realizar seus sonhos, mas esquecem de fazer o dever de casa e se programar com tempo hábil.

“Aos que organizaram as finanças com antecedência, ótimo. Resta agora alinhar os detalhes para que a viagem não saia mais cara do que o planejado. Aos que não se programaram e estão em endividados, é válido conversar com a família sobre viagens mais baratas e passeios que não comprometam ainda mais sua situação. E a todos que pretendem viajar, é preciso garantir a volta com dinheiro no bolso, considerando as despesas do inicio do ano”, recomenda o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos.

Se a pretensão for fazer uma viagem internacional, é imprescindível incluir no orçamento a conversão do real para a moeda local e a taxa de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Domingos orienta que 80% da quantia a ser levada para o exterior esteja em um cartão pré-pago e 20% seja levada em espécie, por garantia.


Confira 5 passos para aproveitar as férias sem dívidas:

  1. Após fazer o diagnóstico financeiro, considere quais passeios são melhores para essas férias de acordo com a sua situação. Se estiver endividado, o ideal é se organizar para realizar o sonho da viagem em um futuro próximo. Neste final de ano, considere passeios mais baratos e atividades de lazer para curtir com a família sem precisar comprometer ainda mais a sua situação financeira.

  1. Se o plano for viajar, coloque na ponta do lápis todos os gastos envolvidos: transporte, estadia, passeios, alimentação e despesas extras. É importante pesquisar as melhores opções e traçar um orçamento que deverá ser respeitado tanto antes, quanto no decorrer da viagem.

  1. Procure sempre negociar e pagar os valores à vista, para que a volta da viagem seja repleta de boas lembranças e não de faturas para pagar. Se for preciso parcelar o valor, opte pelo mínimo de parcelas possíveis desde que a quantia caiba no orçamento dos próximos meses.

  1. Tenha sempre em mente que o período é de aumento de gastos, incluindo ceia de Natal, presentes, celebrações, IPTU, IPVA, matrícula e material escolar. É muito importante considerar os gastos pós-viagem, para que não precise, nos próximos meses, se endividar e correr o risco de se tornar inadimplente.

  1. Inclua as crianças no planejamento, elas são participativas e gostam de fazer parte das decisões da família. É importante que elas tenham consciência de que há um limite de gastos e que são parte importante da realização de uma viagem tranquila, conforme o planejado.


Fonte: DSOP Educação Financeira



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