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segunda-feira, 6 de junho de 2016

Você perde a respiração durante o sono?





Cuidado! Apneia do sono pode levar à morte
Ronco, sonolência excessiva durante o dia, falta de memória, problemas de concentração, irritabilidade e dores de cabeça. Esses são os principais sintomas da síndrome da apneia obstrutiva do sono, doença acomete principalmente homens, ou mulheres que já estão na menopausa. Em casos mais severos, a doença pode levar à morte por parada cardíaca.

Caracterizada pelo fechamento repetitivo da passagem do ar pela garganta durante o sono, a apneia pode interromper a respiração por até 40 segundos. São essas paradas respiratórias que fazem com que o indivíduo tenha pequenos despertares durante a noite, que interrompem o sono e prejudicam o descanso. 

”Durante o dia, a pessoa sente uma sonolência excessiva enquanto assiste à TV, a uma palestra ou mesmo enquanto dirige”, explica Dra. Cristina Jardelino do Centro de Deformidades da Face. “Outros sintomas como falta de concentração, fadiga, alteração de humor, perda de memória e libido também são comuns.”, completa a Dra. Cristina.

Pacientes com mais de cinco paradas respiratórias por hora de sono já são diagnosticados com apneia. Quando esse número sobe para trinta o caso é considerado grave e merece atenção especial. No Brasil, os números apontam um risco de 32% em um período de nove anos “A doença é progressiva e a tendência é piorar com o tempo. Quanto mais o paciente demora para iniciar o tratamento, mais grave a apneia fica”, alerta o Dr. Alexandre Maurity, cirurgião bucomaxilofacial do Centro de Deformidades da Face. Segundo o especialista, a morte da pessoa com apneia pode ser causada por um infarto agudo.

Apesar de ter uma maior incidência em homens, a apneia noturna pode também afetar mulheres na menopausa ou qualquer pessoa que tenha problemas respiratórios no nariz. As chances de desenvolver a doença aumentam em pessoas que tenham problemas com peso, nasais ou que consumam álcool. 

”Por ser uma interrupção da passagem de ar pela garganta durante o sono, a apneia pode ainda ser causada por um encaixe errado dos dentes ou pela deformidade de posicionamento da mandíbula ou maxila. Tais alterações maxilomandibulares são melhores corrigidas por meio de uma cirurgia ortognática, que reposiciona os maxilares e cria uma via aérea permeável e livre. Com a cirurgia ortognática a via aérea fica maior, permitindo que o indivíduo respire melhor”, explica Maurity.

Fatores que aumentam as chances de apneia:
- Aumento de peso;
- Envelhecimento;
- Predisposição genética;
- Problemas nasais (como alergia, desvio de septo e sinusite);
- Uso de substâncias, a exemplo de álcool e remédios.

No entanto, a atenção não deve ser voltada apenas aos adultos. Crianças e adolescentes com problemas nasais ou com alergia respiratória também podem desenvolver a apneia do sono. Especialistas em neurologia dizem que a diferença é que nas crianças, a apneia se manifesta com uma hiperatividade. E alertam para o fato de que crianças com a doença tendem a ir mal na escola, por ficarem irritadas e com dificuldade de concentração. Elas podem ter ainda uma dificuldade de crescimento, uma vez que o hormônio do crescimento é produzido durante o sono. No entanto, quando a apneia é tratada, a produção do hormônio GH, responsável pelo crescimento, volta ao normal. 

Quando diagnosticada com exames detalhados feitos no paciente a apneia possui tratamento e, em alguns casos, pode ser curada. Os tratamentos para estes problemas são diversos e variam entre 19 com intervenção cirúrgica e 13 não cirúrgicos.

Entre os não cirúrgicos, vale citar um simples aparelho oral que tem por objetivo estabilizar a mandíbula em posição protruída enquanto a pessoa dorme. Também existe o CPAP que é o que possui o maior índice de sucesso, mostrando ser efetivo na redução da apneia. Ele age expandindo pneumaticamente a via aérea faríngea através de uma máscara nasal que o paciente usa enquanto dorme.

Dentre os cirúrgicos, de acordo com os especialistas do Centro de Deformidades da Face, podemos citar, com propriedade, a cirurgia de avanço e recuo maxilomandibular (cirurgia ortognática) que é realizada nos pacientes que apresentam retrusão de mandíbula ou maxilar. Os pacientes com perfil de “passarinho” ou os que apresentam “queixo” muito para frente são candidatos a cirurgia ortognática, pois possuem as vias aéreas encurtadas.  Esta cirurgia é realizada por dentro da boca, portanto não deixa cicatrizes.

Curiosidade:
Você Sabia? A apneia grave se não tratada pode matar em 10 anos. Apneicos têm dificuldades de perda de peso, disfunção sexual e risco de morte súbita.


CDF Rio – Centro de Deformidades da Face do Rio de Janeiro
Dr. Bruno Chagas
Dr. Alexandre Maurity
Dra. Cristina Jardelino

Infectologistas defendem uso das vacinas para erradicar doenças




 

Neste 9 de junho, dia nacional da Imunização, vale lembrar que as pessoas vacinadas têm menos riscos de adoecer e tem garantida a sua qualidade de vida



Para médicos, influência de correntes antivacinas podem ter contribuído para o ressurgimento de casos de sarampo na Europa e EUA, e de caxumba no Brasil

Na semana do Dia Nacional da Imunização, celebrado em 9 de junho, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) faz um alerta para que a população siga atentamente o calendário de vacinação do país e mantenha sua carteirinha em dia. Para a entidade a influência dos movimentos antivacinas é preocupante e causa um retrocesso em termos de saúde pública no mundo todo.

A coordenadora do Comitê Científico de Imunizações da SBI, a infectologista Lessandra Michelin, lembra que grandes avanços, como o fim da varíola, só foram possíveis graças à vacinação em massa. Outra vitória importante foi a do Brasil e de países da América que conseguiram em1994 o Certificado Internacional de Erradicação da Poliomielite (paralisia infantil).

Segundo ela, a erradicação de doenças é possível por meio da vacinação, desde que haja um esforço mundial para isso. No caso da poliomielite, por exemplo, a vacinação só continua acontecendo porque a doença segue sendo transmitida em alguns países, com o detalhe de que hoje o contágio das doenças se dá de forma ainda mais rápida por conta da globalização e do acesso ao transporte aéreo.

Correntes antivacinas

A médica ainda faz um alerta para que as pessoas não se deixem influenciar pelas correntes antivacinas que se espalham pelo mundo, pois elas usam como fundamento de argumentação o medo e o desconhecimento, além de situações políticas e religiosas. A infectologista chama a atenção para o fato de nenhuma corrente apresentar argumentos científicos robustos nas objeções que faz contra o uso de vacinas. Hoje as vacinas são feita com modernas tecnologias que garantem altíssimos padrões de segurança.

Ela ressalta que a influência das correntes antivacinas já se reflete no comportamento da população que deixa de vacinar os filhos e colabora para ressurgimento de doenças que estavam controladas como o sarampo nos EUA e países da Europa, e a caxumba no Brasil.

“Quem luta contra vacina não tem contato com milhares de pessoas que nos procuram em hospitais e clínicas com doenças graves que poderiam ter sido prevenidas, com pacientes que morrem por não terem tido a chance de evitar a doença”, afirma a infectologista.
 
Todas as vacinas recomendadas nos calendários nacionais específicos para as diversas faixas etárias são imprescindíveis, pois foram selecionadas devido a importância para proteger a população contra as doenças.



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