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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Dia Mundial do Coração


Pessoas com diabetes têm o dobro de risco para infarto agudo do miocárdio

Sociedade Brasileira de Diabetes chama atenção à necessidade de bom controle da doença para prevenir complicações cardiovasculares
 


Você sabia que as doenças cardiovasculares são as principais complicações decorrentes do diabetes? De acordo com a International Diabetes Federation (IDF), até 80% dos pacientes com diabetes tipo 2 morrem por causas relacionadas a problemas cardíacos: mundialmente, os índices são superiores aos óbitos ligados ao HIV, à tuberculose e ao câncer de mama.

Contudo, a pessoa com diabetes precisa diminuir o risco de infarto com um programa de prevenção que inclui alimentação saudável, atividade física, eliminando o hábito de fumar,  fazendo exames periódicos e usando medicações preventivas que devem ser prescritas pelo médico.

A incidência de complicações cardiovasculares é grande no diabetes devido ao aumento dos níveis de glicose no sangue, que, juntamente ao colesterol e à pressão arterial, promovem a formação de placas de colesterol que entopem as artérias, como explica o Dr. Marcello Bertoluci, médico endocrinologista, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e coordenador do Departamento Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). “Com níveis muito altos de glicose no sangue, várias coisas acontecem: o colesterol torna-se mais agressivo, formando maior número de placas nas artérias coronárias. Além disso, o aumento excessivo da glicose no sangue favorece a maior produção de coágulos que também podem obstruir as artérias. Quando uma artéria sofre uma obstrução o coração entra em sofrimento por falta de oxigênio e o tecido sadio morre sendo substituído por cicatriz. Dependendo do tamanho da área afetada pode ser fatal ou deixar sequelas irreversíveis, como a insuficiência cardíaca".

O especialista reforça que esses fatores se somam a outros fatores de risco que elevam os riscos de doenças cardíacas, como a hipertensão, colesterol alto, obesidade, sedentarismo, tabagismo e o histórico familiar de casos precoces de infarto agudo do miocárdio. “Esses fatores se potencializam quando a pessoa tem diabetes e devem ser rigorosamente controlados. Por isso é fundamental o acompanhamento médico e a realização de exames preventivos periódicos”.

Atenção: sintomas do infarto agudo do miocárdio podem ser diferentes no diabetes

Na pessoa com diabetes, os sinais clássicos de infarto agudo como a dor forte no peito, irradiando para o braço podem não ser muito evidentes. Em algumas pessoas, os sintomas de falta de ar (dispneia) surgida sem explicação, uma sensação de mal estar generalizado com sudorese, náuseas e vômitos, um desmaio inexplicável e até mesmo uma descompensação  da glicose podem ocorrer.

De acordo com Bertoluci, isso, em parte, acontece por conta de outra complicação do diabetes: a neuropatia autonômica, uma disfunção que afeta o sistema nervoso simpático e parassimpático. “Essa condição resulta em menos dor torácica ou ainda ausência de dor típica e o quadro clínico do infarto fica mascarado. É, portanto, importante que, quando sintomas estranhos surjam repentinamente a pessoa deva procurar ajuda imediatamente em uma unidade médica de emergência, aparelhada para atender este tipo de problema”.

Outra complicação importante é o acidente vascular cerebral (AVC). No AVC, os sinais mais comuns são a perda ou diminuição súbita da força ou surgimento de dormência em apenas um lado do corpo, como o braço ou a perna. Pode haver o surgimento súbito de uma fala arrastada, de confusão mental com troca de palavras ou mesmo um desvio na boca, ou ainda um desmaio. O atendimento precisa ser imediato, pois a reversão tardia do fluxo sanguíneo cerebral pode deixar sequelas irreversíveis ou mesmo ser fatal. Outra complicação vascular que pode ocorrer é a insuficiência arterial  periférica, quando artérias que nutrem os membros  são obstruídas, levando à gangrena e a amputações dos membros inferiores. É importante, por isso, que o paciente com diabetes faça exame periódico dos pés.

“É fundamental também destacar que, na população geral, estas complicações vasculares tradicionalmente afetam mais os homens do que as mulheres. Entretanto, quando se trata de diabetes, estas diferenças desaparecem. Homens e mulheres têm incidências semelhantes de infarto agudo do miocárdio e AVC, mas representam o dobro quando comparados a pessoas sem diabetes. Outra coisa importante é que quando ocorre em mulheres tende a ser mais grave, com maior mortalidade”, analisa Bertoluci.


Movimento Para Sobreviver quer mudar esse cenário            
  

O diabetes tipo 2 é uma das doenças de maior crescimento mundial – ainda segundo a IDF, nos próximos 30 anos, o número de casos deve dobrar no Brasil. Para prevenir seu avanço, bem como de suas complicações cardiovasculares, por meio do debate acerca da oferta de medicamentos modernos, criou-se a coalizão Para Sobreviver, cuja pauta também engloba o compromisso em reduzir a mortalidade e evitar alto custo do tratamento.

A Sociedade Brasileira de Diabetes integra o movimento, ao lado das ONGs Associação Diabetes Brasil (ADJ), Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (ANAD), Instituto Lado a Lado Pela Vida, Rede Brasil AVC, Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e as farmacêuticas Boehringer Ingelheim e Eli Lilly do Brasil.




Sociedade Brasileira de Diabetes


Doença de Pompe


Dificuldade para respirar e subir escadas, insônia ou fraqueza nos músculos. Estes podem ser um sinal da Doença de Pompe. Trata-se de um mal progressivo raro que, quando não tratada, se agrava com o tempo. É causado pela deficiência na atividade da enzima Alfaglicosidade Ácida (GAA), que gera o acúmulo gradativo de glicogênio e interfere na função celular


As células são danificadas, resultando em fraqueza muscular que afeta a movimentação, a respiração e a função cardíaca². Os músculos pélvicos, glúteos, do abdome e das coxas são os primeiros a sentirem os efeitos da falta de energia. Embora a deficiência genética responsável por causar a doença esteja presente desde o nascimento, os sintomas podem aparecer pela primeira vez a qualquer momento, na infância ou até na idade adulta.


Segundo o Coordenador do Departamento Científico de Moléstias Neuromusculares da ABN, Dr. Marcondes França Jr, estima-se que a doença de Pompe afete 2.500 pessoas no Brasil, mas apenas 10% estão diagnosticadas e pouco mais de 100 pacientes estão em tratamento. No mundo, a doença afeta 1 a cada 57 mil pessoas nascidas¹. “Por ser uma doença rara com sintomas comuns, exige cuidados. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores são as chances de se gerenciar a doença e proporcionar mais qualidade de vida ao paciente”, explica o neurologista.



EXAMES E DIAGNÓSTICO


O primeiro passo para identificação da doença é uma avaliação clínica com base nos sintomas apresentados. Após a suspeita, um exame de sangue ajudará a medir a atividade de enzima Alfaglicosidade Ácida (GAA). Se o valor ficar abaixo do normal, aumentam as chances da doença. Um exame de DNA é solicitado para obter a confirmação da doença através da identificação de mutações no gene GAA3.



TRATAMENTO

Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores são as chances de administrar a doença e oferecer mais qualidade de vida ao paciente. O tratamento é feito com a reposição da enzima deficiente, administrada por meio de injeções intravenosas (na veia). Uma equipe multidisciplinar formada por fisioterapeuta, endocrinologista, neurologista e ortopedista acompanham o paciente e a evolução da doença em todas as fases da vida4.



POMPE E AS DIFICULDADES DO DIA A DIA


A prática de atividades físicas
 
Um dos principais sinais pode ser a dificuldade de praticar atividades físicas. O paciente, muitas vezes, não consegue correr ou andar pela diminuição de força muscular. “Quando respira, apoia as mãos nos joelhos, sente muito cansaço, dor muscular crônica e o esforço para inspirar/expirar é maior”, explica Dr. Marcondes.
 

Desafio para subir escadas e até mesmo levantar da cadeira
 
O grande desafio do paciente é ter força muscular para executar tarefas simples, como subir escadas ou levantar da cadeira. Os músculos mais afetados são os glúteos, abdominais e da região pélvica. “Não há perda de equilíbrio ou controle dos movimentos, apenas a falta de força muscular para realizá-los”, informa Dra. Carolina Fischinger, presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica (SBGM).
 

Dificuldade para dormir
 
Outra área afetada pela doença é o sono. Os pacientes, geralmente, não dormem direito. Segundo a presidente da SBGM, o motivo é a falta de energia para movimentar o diafragma e os músculos intercostais responsáveis pela inspiração/expiração. Isto acaba provocando interrupções no sono, insônia, irritabilidade, cansaço diurno e dor de cabeça.


Aumento no tamanho do coração 
 
O comprometimento do funcionamento da enzima Alfaglicosidade Ácida (GAA) causa aumento do tamanho do coração, o que acaba interferindo com sua função. Os pacientes podem desenvolver sintomas como falta de ar, inchaço no corpo e palpitações. “Quando não tratada adequadamente, essa manifestação cardíaca pode levar o paciente a óbito”, conclui Marcondes. 


5 Dicas para melhorar suas relações no trabalho


Saiba como usar a inteligência emocional para melhorar seus relacionamentos sociais e profissionais 

A inteligência emocional é o conjunto de condições emocionais e sociais que influenciam como nós nos expressamos, como mantemos relações sociais, como desenvolvemos e lidamos com desafios. 

Mas como aplicar essa habilidade às relações de trabalho, onde as pessoas vêm de culturas diferentes? Cinco fatores que fornecem informações fundamentais para o desenvolvimento da inteligência emocional são: como eu me vejo, como eu me mostro, como eu interajo, como faço uso das informações emocionais para meu processo de tomada de decisão e como lido com o cenário de imprevisibilidade e mudanças. 

“Quando as pessoas estão com as suas inteligências emocionais desenvolvidas, cria-se um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo. Ao invés de desprendermos tempo e energia com o que é irrelevante, vamos focar no que de fato importa para a organização”, afirma Chris Melchíades, especialista em Inteligência Emocional, com mais de 20 anos de experiência na área de desenvolvimento humano. 

5 dicas são fundamentais na hora de lidar com a sua inteligência emocional no trabalho:


Fortaleça sua autoestima 

Busque feedbacks de terceiros sobre seus pontos positivos e negativos. Faça um reconhecimento pessoal sobre o que você tem de bom e tente entender seus pontos de melhoria para se tornar uma pessoa e profissional cada vez melhor. 


Expresse-se emocionalmente

Tente encontrar palavras e expressões físicas para transmitir seus sentimentos de uma forma que não seja prejudicial às outras pessoas. Esse tipo de comportamento, no ambiente de trabalho, gera um clima de cooperatividade e de maior integração. 


Tenha empatia 

Antes de elaborar qualquer julgamento sobre seus companheiros de trabalho, coloquese no lugar dele e tente imaginar, a partir da perspectiva do outro, quais seriam os caminhos a seguir. Isso aumenta a tolerância e diminui os conflitos. 


Controle seu impulso 

Não aja no calor da emoção. Cometemos muitos erros quando agimos de forma impulsiva. Sempre que for tomar uma decisão importante, espere para tomá-la no próximo dia, de cabeça fria. O distanciamento da cena vai ajudá-lo na compreensão da situação. 


Saiba como lidar melhor com a pressão 

Muitas pessoas se sentem ameaçadas e tem reações negativas quando são obrigadas a trabalhar com pressão. Saiba identificar os sinais que o seu corpo dá quando você está ficando sobrecarregado. Crie estratégias para manter-se tranquilo em situações de estresse emocional. 





Chris Melchíades - Chris Melchíades é coach e especialista em Inteligência Emocional. Empresária com 20 anos de experiência na área de desenvolvimento humano. Fala sobre como desenvolver o cérebro, com base em estudos da neurociência, para ter mais inteligência emocional, melhorar relacionamentos na vida pessoal, familiar e trabalho. Fala também sobre transição de carreira e clima organizacional. 

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