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quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Onde procurar atendimento médico de acordo com o problema de saúde apresentado pelo paciente


Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade orienta sobre qual serviço deve ser procurado de acordo com as necessidades das pessoas


Muitas pessoas têm dúvidas sobre onde e como procurar atendimento médico no Sistema Único de Saúde (SUS) devido à oferta de diferentes serviços em serviços diversos como unidades básicas de saúde, ambulatórios, hospitais e serviços de emergência.  A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) orienta sobre qual serviço de saúde deve ser procurado de acordo com a necessidade da pessoa, para que seu problema seja solucionado da melhor forma possível:

Unidade Básica de Saúde (UBS): a UBS é o lugar para o cuidado integral das pessoas, devendo ser a porta de entrada para quase todos os problemas de saúde, especialmente os mais comuns, e ser resolutiva em cerca de 90% dos casos. Ofertam atendimentos variados, por meio das equipes da Estratégia  Saúde da Família.  Oferecem não apenas serviços de assistência à saúde, mas também ações de prevenção, cura e reabilitação para maximizar a saúde e o bem-estar, sempre considerando o contexto onde a pessoa está inserida. 

 
As UBS oferecem assistência a casos urgentes, como dores fortes, febre, dificuldade para respirar, e também são efetivas para cuidar de pessoas com problemas crônicos como hipertensão, diabetes, asma, dores crônicas e problemas de saúde mental como depressão e ansiedade, além da realização de ações de caráter preventivo como consultas de pré-natal e acompanhamento do crescimento e desenvolvimento de crianças. As ações são desenvolvidas não apenas no consultório, mas também por atendimento domiciliar, e proporcionam não só resultados como a redução do número de internações, mas a melhoria da saúde da população como um todo. A maioria das unidades funciona das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira, com alguns locais funcionando até horários noturnos e aos sábados, e estão espalhadas por todo o país. 

 
Unidade de Pronto-Atendimento (UPA): demandas de emergência (situações que envolvam risco iminente de morte, como infartos, AVCs (os chamados "derrames"), problemas respiratórios graves, acidentes envolvendo traumas), além de situações de urgência como dores intensas, dificuldade para respirar, diarreias, que necessitem de exames de laboratório ou de imagem, que serão atendidas de forma rápida e encaminhadas a hospitais, quando necessário.. Algumas UPAs oferecem atendimento em ortopedia, destinado a pessoas que sofreram fraturas, luxações ou outros traumas dos ossos e articulações. Funcionam 24 horas por dia, sete dias da semana. A maioria dos grandes hospitais hoje tem seus serviços de urgência e emergência ligados às UPAs e ao SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência), com a porta fechada para pessoas que procurem estes hospitais diretamente.

 
“Por todo Brasil sabe-se que 70% dos pacientes que procuram as UPAS, poderiam ter seus problemas resolvidos na atenção primária. Importante que cada município tenha redes de atenção primária estruturadas para isso, e posso regular melhor esse fluxo. As mais de 40 mil equipes que compõem a Estratégia de Saúde da Família formadas por médicos de família e comunidade, enfermeiros, agentes de saúde e dentistas, têm a capacidade de resolver 90% dos problemas apresentados nas consultas de rotina ou urgências”, explica o médico de família e comunidade Thiago Trindade, membro da SBMFC.

A procura por serviços de emergências para gripes, resfriados, alergias, problemas respiratórios que demandam de tratamento e acompanhamento médico, assim como hipertensão arterial e diabetes em índices fora do normal podem ser e devem ser direcionadas às Unidades Básicas de Saúde. Mesmo algumas demandas de corte e feridas que necessitam de pontos podem ser feitas nas unidades, o que potencialmente iria diminuir a fila dos prontos-socorros, UPAs e hospitais. 


Ministério da Saúde divulga novo boletim sobre suicídio


Aproveitando o Setembro Amarelo, especialista afirma que a chave da prevenção ao suicídio é a comunicação

O novo Boletim Epidemiológico de Tentativas e Óbitos por Suicídio no Brasil, divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira, faz um alerta sobre a intoxicação exógena (substâncias químicas intoxicantes), meio utilizado por mais da metade das tentativas de suicídio notificadas no país, de acordo com o levantamento. Com relação aos óbitos, a intoxicação é a segunda causa, com 18%, ficando atrás das mortes por enforcamento, que atingem 60% do total. As mulheres, inclusive, representaram quase 70% do total de tentativas de suicídio por intoxicações desse tipo. Dos agentes tóxicos utilizados, os medicamentos representam 74% das tentativas entre as mulheres e 52% entre os homens.

Segundo o Ministério, nos últimos onze anos, dos 470.913 registros de intoxicação exógena, 46,7% foram devido à tentativa de suicídio. Em 2017, o número registrado foi cinco vezes maior do que 2007, saiu de 7.735 para 36.279 notificações.

O problema, que muitas vezes é um grande tabu, pode não ser previsível, mas ele pode ser "prevenível", principalmente entre os jovens, uma vez que o problema é, entre os homens de 15 e 29 anos de idade, a terceira maior causa de morte. No público feminino (de mesma faixa-etária), é a oitava. 

Aproveitando o Setembro Amarelo, o mês de prevenção ao suicídio, Jussara Cavalcanti, psicóloga da Clínica Maia, explica que é preciso mais espaço para falar sobre os sentimentos, poder "botar pra fora" a tristeza, raiva, angústia, decepção, frustração, e não só demonstrar a costumeira e ilusória felicidade das redes sociais. "Nós não temos mais espaço para sofrer. E isso é algo que não afeta só adultos, mas também, em especial, os jovens. Os pais (ou responsáveis) precisam acolher mais o sofrimento de seus filhos e enxergar que tipo de sofrimento ele está tentando 'comunicar'. É imprescindível não só ouvi-los, como também realmente escutá-los: acolhê-los, percebê-los", ressalta.

Segundo Jussara, que é especialista em atendimento e acolhimento infantil, adolescente e familiar, na adolescência, por exemplo, nem tudo deve ser tido como normal, comum, "coisa da fase". O isolamento do convívio social e familiar de qualquer tipo deve acender um alerta. "Nem sempre é timidez demais, nem sempre passa. Seu filho se isolou? Converse com ele, tente entender o que está acontecendo e qual a raiz do problema. Esse pode ser um sinal de socorro. É preciso ficar atento às atitudes estranhas, comportamentos incomuns, que surjam de repente, como sono excessivo ou falta dele, ausência de entusiasmo, sinais físicos de automutilação (uma prática perigosa e um sinal claro de uma saúde mental fragilizada). É essencial sempre dialogar para verificar o que está dando origem a esse tipo de comportamento". 

De acordo com a profissional, palavras e frases como fracasso, "você não será nada na vida", "você não serve para nada", assim como comparações com outros irmãos e/ou amigos, só causarão mais a dor. É importante não julgar, mas sim cuidar.

A especialista aponta também que a irritabilidade, tanto em crianças, quanto em adolescentes, é comum sim, mas se ela for intensa, extrema, corriqueira, agressiva, há um problema aí - assim como manifestações de tristeza e infelicidade. "É sempre importante não agir como se fosse tudo normal, porque há grandes chances de não o ser.A juventude pode ser assustadora, com pressões de todos os lados: expectativas sobre o adolescente, necessidade de aceitação, abordagem da orientação sexual e o horror ao fracasso e à exclusão/segregação. É essencial bater um papo com os jovens sobre isso, falar das próprias experiências como adultos e pais e deixar claro que ele pode contar com você e desabafar. Isso é algo extremamente importante".

Além disso, a psicóloga também faz um alerta: o ambiente de casa e da escola precisa ser saudável e inclusivo. "O jovem já tem de lidar com uma série de transformações na transição da fase infantil para a da adolescência e, posteriormente, para a fase adulta e, muitas vezes, ter de encarar também fatores externos a isso pode afetar a sua saúde emocional consideravelmente. Esse é um fator muito importante e pode ser aconselhável a ajuda de um profissional, não devendo nunca esse auxílio ser motivo de preconceito." 

Algumas formas de se expressar, de acordo com a profissional, também são "sintomas" importantes:" 'Estou cansado demais de tudo'; 'Não aguento mais isso'; 'Eu não vou suportar se eu não conseguir'; 'Eu gostaria de sumir'. Não é drama. É importante saber o porquê delas e orientar, aconselhar. É imprescindível que esse tipo de manifestação emocional não seja negligenciada, tantos em jovens como em adultos. A depressão, por exemplo, é uma doença séria e como tal deve ser tratada. Ela chega de forma silenciosa e aos poucos vai tomando espaço, de forma que as pessoas tentam buscar no suicídio o alívio para esta dor e para o vazio interno que costumam sentir", esclarece a especialista.

Para Jussara, a chave da prevenção ao suicídio é a comunicação. É fundamental sempre conversar com a criança, com o adolescente, com o adulto em sofrimento, independente de qualquer coisa. "É necessário se mostrar aberto, dizer 'eu também sofro', mostrar que é algo humano, que é possível fracassar, que na vida há sofrimentos, com altos e baixos, e que viver é a melhor opção, e a única saída é a ajuda. É preciso lembrar sempre que a confiança e o amor são fundamentais na prevenção de qualquer situação emocional. E, sobretudo, não ter receio de buscar auxílio de um profissional ou serviço de saúde. Se necessário (e é algo bem possível), procure auxílio para si mesmo também, como familiar, amigo, pai e mãe. Existem, inclusive, redes de apoio bastante acolhedoras e serviços de saúde", finaliza.


DIA MUNDIAL DA RETINA ALERTA SOBRE AS COMPLICAÇÕES DO DIABETES



A Retinopatia Diabética é uma das mais frequentes complicações do diabetes


O próximo dia 29 marca o dia internacional da Retina, que alerta à população sobre as doenças relacionadas à essa região do olho e que atinge mais de 3 milhões de pessoas no Brasil.

A Retina Brasil - associação formada por pacientes doenças ligadas à retina - alerta para a Retinopatia Diabética uma das frequentes complicações que os diabéticos possuem. A doença resulta das alterações de vasos sanguíneos, que causam má circulação na retina. O resultado é a perda da nitidez da visão que pode progredir até a cegueira.

Os sintomas variam conforme o estágio da doença, mas os mais frequentes são: visão borrada, percepção de pequenas "moscas" voando, flashes e perda repentina da visão. Uma das principais complicações da Retinopatia Diabética é o Edema Macular Diabético, principal causa de cegueira entre a população ativa.

Prevenção

Exames anuais com o oftalmologista nos dois tipos de diabetes (1 e 2) devem ser feitos pelos pacientes e são a melhor e mais importante forma da doença ser identificada em fase inicial e ser tratada com sucesso.Por isso, se você é diabético, sempre consulte seu oftalmologista e fique ligado no Dia Mundial da Retina, marcado para o dia 29 deste mês!



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