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segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Nacionalização da carteira de habilitação ganha fôlego em 2024: de 50 dias de prazo para 48

 

Nova estrutura de atendimento do Detran-SP, com centrais estaduais especializadas, une especialização e padronização de processos a transformação digital para ganhar velocidade


De dezembro para cá, portadores de habilitação estrangeira que queiram obter autorização para dirigir no Brasil conseguem concluir o processo em 48 horas. Antes, quem quisesse nacionalizar a carteira de outro país tinha de esperar quase dois meses - isso quando o processo não voltava à estaca zero por alguma inconformidade.  A mudança ocorreu com a criação da Central Estadual de Condutores, parte da nova estrutura de atendimento ao cidadão do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP).  

 

Com cerca de cem pessoas voltadas a analisar demandas de habilitação, a Central Estadual de Condutores encurtou o caminho que uma solicitação fazia para obter uma resposta. Hoje, o cidadão ainda deve procurar o Poupatempo, já que a apresentação do documento original, assim como de sua tradução juramentada, é imprescindível. Mas, a partir do momento em que um colaborador do posto escaneia a documentação e compartilha com o Detran-SP por meio do Serviço Eletrônico de Informações (SEI), plataforma online governamental, o trabalho é assumido pela equipe especializada da autarquia, capaz de avaliar o caso com celeridade. Assim, a Central Estadual de Condutores recebe o documento na mesma hora em que ele chega ao SEI, faz sua análise e, se julgar o pedido procedente, cadastra a habilitação estrangeira e autoriza a emissão da CNH brasileira no ato, sem precisar repassar essa função a outro time.


“Nosso papel, enquanto serviço público, é contribuir para a melhoria da qualidade de vida do cidadão. Diminuir os gargalos da burocracia e promover eficiência na prestação do serviço. Ao elencar pessoas especializadas, alinhar processos e somar isso à transformação digital, obteremos resultados positivos para todos”, diz Lucas Papais, diretor de Atendimento ao Cidadão do Detran-SP, órgão vinculado à Secretaria de Gestão e Governo Digital (SGGD). 

 

Até o final do ano passado, o condutor precisava procurar um posto do Poupatempo com a documentação em mãos. O atendimento na unidade era responsável pela primeira análise dos documentos, sob a supervisão de um funcionário do Detran-SP. Caso ocorresse a aprovação dessa primeira fase, o pedido seguia para uma segunda análise, feita por uma equipe própria da autarquia. Em cada uma dessas duas primeiras etapas, o processo poderia durar até dez dias. Aprovado, o processo chegava à instância final, na sede do Detran-SP, onde poderia permanecer por trinta dias úteis antes de ter um veredicto. Em caso positivo, o processo era cadastrado e retornava à unidade responsável pelo atendimento. A depender da origem da habilitação estrangeira, o cidadão ainda precisava realizar o Exame Prático de Direção Veicular. Caso a análise final verificasse alguma inconsistência documental, ou necessidade de complementação, o processo voltava ao começo, reiniciando a longa contagem de dias. 

 

Outro avanço na reestruturação do serviço foi o desenvolvimento de um aplicativo pela Diretoria de Atendimento ao Cidadão para consulta interna dos servidores. A ferramenta oferece informações claras e detalhadas sobre as diversas regras específicas aplicáveis a cada um dos mais de 80 países signatários da Convenção de Viena sobre o Trânsito. Antes do app, a taxa de indeferimento era elevada devido às diferenças nas exigências entre países signatários e não signatários, por exemplo. Com a ferramenta e uma abordagem mais didática, a lacuna de documentações foi significativamente reduzida. Isso resultou em uma queda considerável no retrabalho, permitindo que a equipe, agora menos sobrecarregada, pudesse processar os pedidos de maneira mais ágil e eficiente. 

 

Vale lembrar que o processo de registro de habilitação estrangeira, uma espécie de dupla cidadania para o motorista de fora, que pode com ela dirigir no Brasil, ou para o brasileiro que se habilitou em outro país e agora busca a CNH brasileira, é diferente da habilitação para conduzir além das nossas fronteiras. Neste caso, trata-se da Permissão Internacional de Dirigir (PID), aceita pelos países signatários da Convenção de Viena, que pode ser solicitada no portal do Detran-SP

 


Centrais estaduais do Detran-SP 


A Central Estadual de Condutores é fruto do novo modelo de atendimento ao cidadão do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP). Nesse novo modelo, equipes são focadas em temas específicos, um olhar dedicado que, com o apoio de processos padronizados e de sistemas digitais, permite centralizar e otimizar o processamento de solicitações de todo o estado.  

 

Há mais de dez grupos de trabalho. Além da Central de Condutores, que hoje avalia cerca de noventa pedidos de nacionalização de habilitação por dia, há centrais como a de Fiscalização de Dublês, que investiga casos de veículos com placas clonadas, e a Central de Apurações, responsável pela coordenação dos processos de apuração internos de possíveis irregularidades cometidas por servidores ou empregados públicos. 


As equipes são ligadas às diversas diretorias do órgão, como Auditoria Interna, Educação para o Trânsito e Fiscalização, Habilitação, Veículos e Atendimento ao Cidadão, caso da Central de Condutores. 


Maus hábitos financeiros: aprenda a identificar e eliminar gastos supérfluos para um fim de mês sem surpresas

Apenas um em cada três brasileiros economiza algum dinheiro; especialista ensina a enfrentar as dificuldades que impedem de poupar

 

Poupar dinheiro é um assunto delicado entre brasileiros; apenas 34% conseguem fazer uma reserva financeira, segundo a última pesquisa realizada pela Ipsos. Pequenos hábitos que passam despercebidos no dia a dia, disfarçados de vontades impulsivas e falsas necessidades, são alguns dos principais vilões das carteiras. Eles acabam consumindo as economias e, muitas vezes, as consequências só são percebidas no fim do mês. 

Apesar de vilões, eles não têm superpoderes e podem ser superados com um pouco de disciplina, atenção e noções básicas de educação financeira. “Pequenas mudanças podem fazer grandes diferenças. Gastos desnecessários podem passar despercebidos, mas ocupam o orçamento silenciosamente. Identificá-los e eliminá-los pode transformar a maneira com que lidamos com o dinheiro, proporcionando uma sensação de controle e bem-estar financeiro”, explica Ana Paula Oliveira, executiva de negócios da Simplic, fintech de crédito pessoal. 

A gestão eficiente das finanças pessoais traz segurança para o presente e para o futuro, e também abre portas para novas oportunidades e realizações. Seja para construir uma reserva de emergência, planejar a viagem dos sonhos ou viver com mais conforto, otimizar o orçamento pessoal é um passo importante.
A seguir, Ana Paula elenca cinco dicas práticas para eliminar gastos desnecessários e turbinar o orçamento pessoal. Confira:



Faça uma auditoria pessoal 

Nem sempre é possível saber para onde vai cada centavo do dinheiro. O ideal é anotar todas as despesas durante um mês. Sim, até aquele cafezinho! Use uma planilha, um aplicativo de finanças ou um caderno para registrar cada gasto, por menor que seja. Ao final, terá um mapa claro de onde estão seus gastos e verá o que pode cortar.
Essa prática ajuda a identificar padrões de consumo que podem ser ajustados, eliminando desperdícios e abrindo espaço para economias significativas. “Isso permite visualizar áreas onde a pessoa pode economizar, como assinaturas de serviços que não usa ou compras impulsivas”, explica Ana.



Priorize o que realmente importa 

É fundamental conseguir diferenciar o que é essencial do que é supérfluo. Gastos essenciais incluem moradia, alimentação, transporte e saúde. Já os supérfluos são aqueles dispensáveis para sua sobrevivência, como refeições frequentes fora de casa ou delivery todo dia. Ao priorizar o básico, você garante que as necessidades estejam sempre cobertas, evitando endividamentos desnecessários. 

“Uma boa prática é listar as despesas em ordem de importância e cortar ou reduzir aquelas que estão no final da lista. Também considere criar um orçamento mensal, destinando uma quantia fixa para cada categoria de gasto”, orienta a executiva de Negócios.



Planeje para evitar surpresas

Imprevistos podem ser inimigos do orçamento pessoal. Por isso, planeje as compras e faça listas antes de sair de casa. Siga-as à risca e aproveite promoções apenas para itens de que realmente precisa. Esta prática não só ajuda a evitar compras por impulso, mas também maximiza o valor de cada real gasto. 

Além disso, compare preços entre diferentes lojas e considere compras em atacado para produtos usados regularmente. Utilizar aplicativos e sites de comparação de preços para garantir que está fazendo a melhor escolha financeira é uma excelente estratégia.



Poupe primeiro para gastar depois

Transforme a poupança em prioridade. Separe qualquer quantia do salário assim que receber, antes de começar a gastar. Isso cria um hábito saudável e prepara a pessoa para imprevistos. Ter uma reserva financeira proporciona segurança e tranquilidade, evitando o uso de crédito e os juros elevados associados. 

Considere criar diferentes contas para objetivos específicos, como emergência, viagens e aposentadoria. Uma boa tática é automatizar, configurando transferências para a poupança (ou investimentos) assim que o salário cair na conta. 

“A educação financeira é uma ferramenta poderosa. Entender como o dinheiro entra e sai do bolso é o primeiro passo para fazer escolhas mais conscientes e estratégicas. É possível viver bem gastando menos, sem abrir mão de qualidade de vida. Com disciplina e planejamento, qualquer um pode alcançar uma situação financeira mais saudável”, completa Ana Paula. 



Simplic


FUVEST 2025 – Abertura das inscrições para o vestibular 2025 se inicia em 19 de agosto

Mais de 8 mil vagas estarão disponíveis para ingresso na Universidade de São Paulo

 

A FUVEST inicia hoje, 19 de agosto, as inscrições para o Concurso Vestibular 2025. A taxa de inscrição tem valor total de R$ 211,00. 

Os candidatos poderão escolher entre mais de 180 cursos da Universidade de São Paulo (USP), divididos em três áreas do conhecimento, ciências biológicas, exatas e humanas, e distribuídos em 42 unidades de ensino e pesquisa em sete cidades do estado de São Paulo (Bauru, Lorena, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto, São Carlos e São Paulo). 

Todos os candidatos contemplados com isenção ou redução da taxa de inscrição devem realizar a inscrição normalmente dentro do prazo estipulado. 

Este ano, a FUVEST oferecerá 8.147 vagas para ingresso na USP, sendo 4.888 vagas para ampla concorrência, 2.053 vagas para pessoas egressas de escolas públicas e 1.206 vagas para pessoas egressas de escolas públicas autodeclaradas negras, de cor preta ou parda, e indígenas. 

As inscrições para o Concurso Vestibular FUVEST 2025 estarão abertas entre 19 de agosto e 8 de outubro. A 1ª fase do exame está agendada para 17 de novembro e a 2ª fase para 15 e 16 de dezembro. 

Para auxiliar os candidatos, a FUVEST disponibiliza guias com as principais informações sobre o processo, incluindo datas, documentos necessários, programa das disciplinas, recursos disponíveis para candidatos com necessidades específicas. Já estão disponíveis os guias de Inclusão, Jornada e Carreiras e Cursos, que podem ser acessados no site.

 

Calendário vestibular Fuvest 2025 

  • Inscrições Fuvest 2025: 19/08 a 08/10/2024
  • Data final para pagamento da taxa de inscrição: 08/10/2024
  • 1ª Fase Fuvest 2025: 17/11/2024
  • 2ª Fase Fuvest 2025: 15/12 e 16/12/2024
  • Provas de competências específicas: entre 09/12/2024 e 09/01/2025, a depender da carreira
  • Divulgação do resultado da Fuvest 2024: 24/01/2025

 

Para mais informações, acesse o site.

 

TikTok é o novo Google da Gen Z? Veja como adaptar suas estratégias de marketing


Com a mudança de gerações, é normal que as empresas precisem se adaptar para lidar com novos públicos-alvos e modelos de consumo. É aquela velha história: pessoas diferentes, mentes diferentes, e o que funcionava antes pode não ser mais tão efetivo em termos de marketing. Enquanto o Google ainda é o principal buscador e já está consolidado na mente de todas as pessoas, a atual e crescente ascensão do TikTok trouxe também outros comportamentos em relação à busca de produtos e serviços. Para se ter ideia, um levantamento realizado pela Adobe neste ano mostra que 64% dos jovens nascidos entre 1995 e 2010 já trocaram o Google e utilizam o TikTok como ferramenta de busca. 

 

Nesta realidade, é necessário levar em consideração que, por mais que o resultado possa ser o mesmo, a principal diferença está no modo em como se dá a conexão entre cliente e marca. “É importante, antes de tudo, entendermos que as gerações enfrentam desafios semelhantes, porém com ferramentas diferentes para lidar. No caso da mais atual, a tecnologia é predominante, logo seus comportamentos serão diferentes”, explica Gustavo Alves, sócio e Head de Projetos e Atendimento na Karu, agência de marketing especializada em soluções tailor made.

 

“Por meio dos criadores de conteúdo, o TikTok tem construído, durante esses anos, uma narrativa imagética e verbal diferente e que demanda uma criação exclusiva para o canal. Quando pensamos com quem vamos falar, boa parte de seus usuários contemplam a Gen Z, e mais uma vez é necessário personalizar a comunicação, para que, de forma segmentada, a marca ou criador consiga se comunicar com toda a plataforma”, complementa ele.

 

Gen Z x marca x consumo

 

Graças à familiaridade da Gen Z com a tecnologia e o acesso à informação, ela acabou desenvolvendo o hábito de pesquisar intensamente sobre produtos e serviços antes de tomar decisões de compra. Willian Amaral, fundador da Nice House, plataforma de entretenimento com foco em vídeos verticais e geração Z, defende que para essa geração, as marcas precisam ser autênticas e envolventes nas mídias sociais.

 

“Nossa geração valoriza conteúdos relevantes, divertidos e genuínos; dessa forma, a interação direta e a responsividade das marcas são importantes para nós, assim como o alinhamento com causas sociais e ambientais. Nesse sentido, o TikTok se destaca por ser uma plataforma intuitiva e de fácil navegação, especialmente se levarmos em consideração que encontramos conteúdos criativos, como danças, humor, educação e até mesmo vídeos de ‘faça você mesmo’, muitas vezes incluindo produtos de outras marcas”, contextualiza.

 

Neste contexto, Gustavo faz um adendo: “O medo de inovar, testar e criar não deve fazer parte do dia a dia dos times que hoje criam conteúdo para o TikTok. Diariamente um novo vídeo viraliza, uma nova pessoa fica famosa, um comportamento é criado. Não olhar para essas movimentações pode nos fazer perder tempo, e também significa que possivelmente estamos visando um horizonte sem perspectiva”. 

 

Para as pessoas nascidas entre 1995 e 2010, o que mais chama a atenção nas plataformas são os conteúdos considerados emergentes. “A Gen Z valoriza sustentabilidade, personalização, uma abordagem mais social de e-commerce e também o valor social. Temos uma preocupação muito grande com o meio ambiente, mas priorizamos quando as marcas demonstram individualidade e exclusividade em seus produtos”, explica Willian.

 

No âmbito do marketing, Gustavo enfatiza a questão dos 3C - confiança, conexão e criatividade, uma tríade essencial para pensar conteúdos exclusivos e relevantes para quem consome vídeos no TikTok. “A confiança é o primeiro atributo, pois sem ela o usuário não ficará e nem vai querer se conectar com sua oferta ou conteúdo, e para ajudar na conexão, a criatividade precisa ser a principal aliada”, conclui ele. 



Gustavo Alves- sócio e Head de Projetos e Atendimento na Karu,


Willian Amaral - fundador da Nice House


Gestão de Crise de Comunicação: Como proteger a reputação corporativa em tempos de adversidade

Tragédias e desastres são desafios para empresas de comunicação

 

Em um mundo onde as informações circulam com uma velocidade sem precedentes, a gestão de crise de comunicação tornou-se uma das competências mais cruciais para as empresas. A habilidade de uma organização em lidar com crises de forma eficaz não só define o impacto imediato da situação, mas também determina sua capacidade de recuperar e preservar sua reputação a longo prazo. 

Nos últimos anos, com o crescimento exponencial das redes sociais e a amplificação das vozes dos consumidores, as crises de comunicação têm ocorrido com maior frequência e intensidade, tornando a preparação e a resposta eficazes mais importantes do que nunca. 

A gestão de crise de comunicação é, essencialmente, o conjunto de estratégias e práticas que uma organização adota para mitigar os danos de uma situação crítica que ameaça sua imagem pública. 

Crises podem surgir de diversas fontes, como um produto defeituoso, uma acusação de comportamento inadequado por parte de um executivo, um desastre ambiental envolvendo a empresa ou até mesmo uma campanha de marketing mal recebida pelo público. 

Independentemente da origem, o fator comum é que uma crise pode causar danos significativos à reputação da organização, impactando sua relação com clientes, investidores, funcionários e o público em geral. 

"Ter um plano de crise é essencial para grandes empresas, especialmente para aquelas que trabalham com serviços ou atividades de alto risco. O plano precisa ser desenhando pensando desde fluxograma de contatos de emergência até a estruturação de discursos", afirma Henrique Beirangê, sócio-diretor da Corporate Relações Públicas. 

O primeiro passo crucial na gestão de crise de comunicação é o planejamento antecipado. Muitas empresas cometem o erro de subestimar a importância de estar preparadas para uma crise até que se encontrem no meio de uma. No entanto, a preparação é a chave para uma resposta eficaz. 

"Sempre conversamos com nossos clientes sobre estes temas. Um deles é da área de mineração. A necessidade de saber como lidar em situações de emergência precisa seguir alguns pontos básicos de comunicação", lembra Beirangê. 

Um plano de crise bem estruturado deve incluir a identificação dos riscos potenciais, a designação de uma equipe de resposta e a criação de protocolos claros sobre como a informação será gerida e divulgada. Além disso, treinamentos regulares e simulações de crise ajudam a garantir que todos na organização saibam exatamente o que fazer quando a crise real ocorre. 

Outro aspecto fundamental da gestão de crise de comunicação é o monitoramento contínuo. As empresas precisam estar atentas ao que está sendo dito sobre elas em todas as plataformas de mídia, incluindo redes sociais, imprensa e fóruns de consumidores. 

Ferramentas de monitoramento permitem que as organizações identifiquem sinais de alerta precoce, permitindo que respondam antes que a situação saia do controle. Este monitoramento proativo é vital, pois crises que poderiam ser contidas podem rapidamente se tornar incontroláveis se não forem tratadas prontamente. 

Durante uma crise, a velocidade da resposta é essencial. Empresas que demoram a se pronunciar correm o risco de perder o controle da narrativa, permitindo que rumores e desinformação se espalhem. A comunicação rápida e transparente é crucial para manter a confiança do público. 

Mesmo quando todas as informações ainda não estão disponíveis, é importante que a empresa reconheça a situação e se comprometa a fornecer atualizações regulares. Isso ajuda a acalmar a ansiedade do público e demonstra que a empresa está no controle da situação.

Além da rapidez, a clareza e a consistência da mensagem também são fundamentais. 

Em momentos de crise, deve haver uma centralização da comunicação, com um porta-voz oficial designado para fornecer todas as atualizações. Isso evita mensagens conflitantes, que podem causar confusão e minar a credibilidade da organização. 

A consistência da mensagem é vital para que o público entenda exatamente qual é a posição da empresa e quais medidas estão sendo tomadas para resolver a crise. 

Um componente frequentemente subestimado, mas de extrema importância na gestão de crise de comunicação, é a empatia. Em momentos de crise, as organizações não estão lidando apenas com danos materiais ou financeiros, mas também com o impacto humano. 

Demonstrar empatia pelas partes afetadas, seja com clientes, funcionários ou o público em geral, é crucial para manter uma boa relação com essas partes. Além disso, assumir responsabilidade, quando aplicável, e expressar um compromisso sincero em corrigir a situação, pode ajudar a atenuar o impacto negativo e até mesmo fortalecer a reputação da empresa. 

O engajamento com todas as partes interessadas é outro pilar da gestão eficaz de crises. Manter um diálogo aberto e contínuo com clientes, investidores, funcionários e a mídia garante que todos estejam informados e cientes das medidas que estão sendo tomadas para resolver a crise. Isso não só ajuda a reduzir a incerteza, mas também permite que a empresa mantenha o controle da narrativa. 

Após a crise, é fundamental que a empresa conduza uma avaliação detalhada de como a situação foi gerida. Esse processo de revisão permite identificar o que funcionou bem e onde houve falhas, ajudando a fortalecer o plano de crise para o futuro. 

Crises inevitavelmente proporcionam lições valiosas, e as empresas que estão dispostas a aprender com essas experiências estarão melhor preparadas para enfrentar desafios futuros. 

Em resumo, a gestão de crise de comunicação é uma tarefa complexa e multifacetada, que exige preparação, rapidez, clareza e empatia. Em um ambiente onde a reputação corporativa pode ser destruída em questão de minutos, a capacidade de uma empresa de gerenciar eficazmente uma crise de comunicação pode ser a diferença entre uma recuperação bem-sucedida e um dano irreparável. 

Portanto, investir em uma estratégia de gestão de crise sólida não é apenas uma boa prática—é uma necessidade para qualquer organização que deseja prosperar em um mundo cada vez mais conectado e exigente. 

A preparação antecipada, o monitoramento contínuo, a comunicação rápida e transparente, a centralização da mensagem, a empatia e o engajamento com todas as partes interessadas são elementos essenciais para proteger a reputação corporativa em tempos de adversidade. 


As crises podem ser inevitáveis, mas o impacto delas pode ser significativamente reduzido quando uma organização está bem-preparada e sabe como responder de forma eficaz.

 

Brasil tem 4 mil superdotados identificados por entidade mundial, com 1,3 mil crianças e adolescentes mapeados

Identificação foi acelerada com uso de inteligência artificial no primeiro semestre de 2024. Do total de identificados no País, mais de 32% são de crianças e adolescentes 

 

A Associação Mensa Brasil, entidade que reúne pessoas com altas capacidades intelectuais no País e representante oficial da Mensa Internacional, principal organização de alto QI do mundo, acaba de ultrapassar a marca de 4 mil brasileiros com superdotação/altas habilidades identificados no território nacional, também chamados de “superinteligentes”, incluindo exatos 1283 crianças e adolescentes mapeados.
 
  Nos últimos seis meses, o crescimento foi de cerca de 1000 novos identificados. O esforço da Associação Mensa Brasil vem acompanhado da ampliação da capacidade de atendimento e de investimento em inteligência artificial. Para o presidente da organização, Carlos Eduardo Fonseca, “graças a parcerias firmadas, temos conseguido ser mais assertivos na identificação de superdotados e obtivemos benefícios em ações de gestão interna”.
 
Para David Quintão, diretor de operações da empresa de inteligência artificial Technium, parceira da organização, “essa parceria nos permite apoiar a Mensa Brasil em seus pilares estratégicos. Utilizamos a inteligência artificial não apenas para identificar superdotados, mas também para otimizar processos internos, aumentando a eficiência de sistemas. Além disso estamos fortalecendo o engajamento dos membros e ajudando a Mensa Brasil a se tornar uma associação ainda mais capacitada a oferecer suporte e desenvolvimento aos seus associados, de maneira inovadora e diferenciada”.
 
Segundo mapeamento da entidade, do total de pessoas identificadas no Brasil, o estado de São Paulo lidera a lista, com 1700 superinteligentes. Em seguida estão Rio de Janeiro, com 423 pessoas, Minas Gerais, com 322, Paraná, com 308, e Distrito Federal, com 250 (veja lista completo abaixo).
 
Do total de superinteligentes identificados pela entidade no Brasil, cerca de 32% são menores de idade, somando 1283 crianças e adolescentes. A primeira criança entrou na entidade em setembro de 2006, quando tinha 9 anos. Os identificados mais novos atualmente pela Mensa Brasil possuem 2 e 3 anos de idade. Já o identificado com mais idade possui atualmente 75 anos.
 
Com o intuito de ampliar a descoberta de pessoas com superdotação/altas habilidades, a entidade tem realizado periodicamente rodadas de testes em diversas cidades brasileiras. E num esforço de ampliar a atuação institucional, aprovou este ano a criação da Fundação Mensa Brasil, com o propósito de ampliar o debate público sobre o papel e os potenciais de desenvolvimento do País a partir de mais iniciativas destinadas aos indivíduos com superdotação/altas habilidades.
 
A entidade pretende promover ainda os “superinteligentes” em prol da sociedade com o desenvolvimento de atividades educacionais, de assistência social, de defesa e garantia de direitos, culturais e de fomento a pesquisas.
 
Segundo o presidente da Associação Mensa Brasil, Carlos Eduardo Fonseca, o tema das altas capacidades cognitivas é de suma importância para o desenvolvimento do País. “Identificar pessoas com inteligência alta é ferramenta fundamental para ajudar o Brasil a desenvolver políticas públicas de superdotação e altas habilidades, que hoje não alcançam a população a ser atendida. Se até 11% da população é superdotada e menos de 27 mil têm atendimento na educação escolar, por exemplo, significa que o Brasil falha em identificá-los”, explica. “Portugal, por exemplo e similaridade cultural, possui apenas 10 milhões de habitantes, mas tem 60 mil superdotados identificados. O Brasil pode e deve melhorar sua identificação de superdotados para melhorar políticas públicas para este público tão carente de direitos”, observa o presidente da entidade.
 
“Trazer esse problema para o debate público é imprescindível para alcançarmos o pleno atendimento dos direitos de indivíduos com alto potencial. A Mensa tem papel fundamental neste trabalho, no sentido de contribuir com processos de identificação e proporcionar ambientes que auxiliem no desenvolvimento de potenciais de indivíduos superdotados”, conclui.
 
A Mensa Brasil recomenda aos governos brasileiros a adoção de sistema nacional estruturado de avaliação da inteligência de crianças matriculadas nos ensinos infantil e fundamental, tanto nas instituições de ensino públicas quanto nas privadas. Esta medida já é aplicada em diversos países, com resultados importantes e positivos.
 
Na visão da entidade, este modelo serviria de base para a ampla identificação dos chamados superinteligentes, ainda nos primeiros anos de escolarização, contribuindo para um melhor direcionamento, desenvolvimento e aproveitamento dos potenciais intelectuais no Brasil, contribuindo para a evolução destes indivíduos e beneficiando a sociedade brasileira.
 
Este ano, a Associação Mensa Brasil realizará dois grandes eventos para seus públicos. De 21 a 22 de setembro, em São Paulo, a organização realizará o AGzinho – encontro nacional para os Jovens Brilhantes (crianças e adolescentes membros da Mensa), que ocorrerá no Centro de Inovação da USP. Na programação estão oficinas multiculturais, palestras e mesa redonda, campeonatos de xadrez, cubo mágico, soletração e conhecimentos gerais; apresentação de trabalhos realizados pelos Jovens Brilhantes; além de gincanas e eventos sociais. As inscrições já se esgotaram. Mais informações em https://agzinho.mensa.org.br
 
Para os adultos, a Associação Mensa Brasil realiza o primeiro Glam (Gathering of Latin American Mensas), de 14 a 18 de novembro, no Rio de Janeiro. Na programação, palestras, debates e mesa redonda, assim como passeios culturais para membros das Mensas Brasil, Argentina, México e de outras nacionalidades. As inscrições foram abertas esta semana em www.mensaglam.org


 
Total de superdotados identificados pela Mensa Brasil por estado (adultos e crianças somados)
  

 
Crianças superdotadas identificadas pela Mensa Brasil por estado
 

 


Associação Mensa Brasil 


Narcisismo parental: como identificar e lidar com pais tóxicos

Segundo o doutor em psicologia Danilo Suassuna, muitos pais narcisistas são habilidosos em mascarar o comportamento tóxico como preocupação ou amor 

 

O papel dos pais é fundamental no desenvolvimento emocional e psicológico dos filhos. No entanto, quando esse papel é distorcido por comportamentos tóxicos, como o narcisismo parental, ele pode causar sérios danos ao bem-estar dos filhos. 

Segundo Danilo Suassuna, doutor em psicologia e diretor do Instituto Suassuna, que oferece pós-graduação e forma psicólogos atuantes, o narcisismo parental é um padrão de comportamento no qual os pais colocam suas próprias necessidades e desejos acima dos de seus filhos. “Pais narcisistas frequentemente utilizam seus filhos como extensões de si mesmos, buscando validação e atenção através deles. Esse comportamento pode se manifestar de diversas maneiras, incluindo controle excessivo e manipulação emocional”, explica. 

De acordo com o especialista, identificar o narcisismo parental pode ser desafiador, especialmente porque muitos pais narcisistas são habilidosos em mascarar seu comportamento tóxico como preocupação ou amor. No entanto, alguns sinais podem indicar a presença desse problema. São eles:

  • Necessidade Constante de Controle: “O pai narcisista tenta controlar todos os aspectos da vida do filho, muitas vezes desconsiderando os desejos e necessidades individuais da criança”, afirma Danilo Suassuna. 
  • Falta de limites: Ele ignora e desrespeita os limites pessoais dos filhos, tratando-os como extensões de si mesmo em vez de indivíduos independentes.
  • Manipulação Emocional: Segundo o doutor em psicologia, um pai narcisista utiliza táticas de manipulação, como culpar, envergonhar ou fazer com que o filho se sinta responsável por suas emoções.
  • Busca Excessiva por Validação: Um genitor narcisista depende do sucesso ou das realizações do filho para validar seu próprio valor, muitas vezes pressionando a criança a atender expectativas irreais.
  • Desvalorização: Frequentemente ele menospreza ou desvaloriza os sentimentos, opiniões e realizações dos filhos.

Para Danilo Suassuna, quem é filho de um pai narcisista precisa entender que não é responsável pelos comportamentos do mesmo, mas pode utilizar estratégias para lidar com a situação. “Uma delas é aprender a estabelecer e manter limites emocionais e físicos. Outra sugestão é buscar apoio, seja através de um terapeuta ou grupos que proporcionem um espaço seguro para o processamento das emoções”, sugere.

Além disso, o diretor do Instituto Suassuna recomenda que o filho de pai narcisista pratique sempre o autocuidado, envolvendo-se em atividades que promovam seu bem-estar físico e emocional. “Isso pode incluir hobbies, exercícios, meditação e tempo com amigos de confiança”, diz Danilo Suassuna. Ele também ressalta a importância de aprender sobre o tema para que possa entender melhor o comportamento narcisista e desenvolver estratégias eficazes para lidar com ele. 



Danilo Suassuna - Doutor em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2008), possui graduação em Psicologia pela mesma instituição. Autor do livro “Histórias da Gestalt-Terapia – Um Estudo Historiográfico”. Professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás e do Curso Lato-Sensu de Especialização em Gestalt-terapia do ITGT-GO. Coordenador do NEPEG Núcleo de estudos e pesquisa em gerontologia do ITGT. É membro do Conselho Editorial da Revista da Abordagem Gestáltica. Consultor Ad-hoc da revista Psicologia na Revista PUC-Minas (2011). Para mais informações acesse o instagram: @danilosuassuna.



Instituto Suassuna
Para mais informações, acesse o site
instagram e canal no youtube


Infância feliz também precisa de inclusão em sala de aula

No mês em que se comemora o Dia da Infância, Mara Duarte explica que cada aluno é único e a forma como é estimulado a aprender traz resultados que impactam toda a vida  

 

No próximo dia 24 de agosto é comemorado o Dia da Infância, uma data que tem como objetivo promover uma reflexão sobre como meninos e meninas têm vivido no mundo todo. Neste cenário, um dos temas importantes a serem tratados é a inclusão em sala de aula, já que  todo estudante é capaz de aprender, independentemente da condição imposta por uma deficiência ou transtorno.

Segundo Mara Duarte, neuropedagoga, psicopedagoga, psicomotricista, além de diretora da Rhema Neuroeducação, que atua com o objetivo de oferecer conhecimento para profissionais da educação e pessoas envolvidas no processo do neurodesenvolvimento e da neuroeducação infantil, tanto nas áreas cognitivas e comportamentais, quanto nas afetivas e sociais, os profissionais da educação podem fazer toda a diferença na infância de seus alunos se estiverem preparados para estimularem a inclusão. “Cada aluno é único e a forma como é estimulado a aprender trará resultados que impactarão toda a sua vida, por isso acreditamos tanto no poder da capacitação para quem lida com crianças e adolescentes”, afirma. 

De acordo com a neuropedagoga, a inclusão na sala de aula é um desafio enriquecedor, repleto de aprendizados tanto para os educadores quanto para os alunos. “A educação especial abrange diversas áreas de deficiência, como visual, auditiva, intelectual, física neuromotora, altas habilidades/superdotação e Transtorno do Espectro Autista (TEA); e é crucial entender que crianças com transtorno de aprendizagem também apresentam necessidades educacionais especiais, demandando adaptações metodológicas”, explica Mara Duarte.

Confira algumas estratégias e recursos a serem usados para incluir todos os alunos no âmbito educacional:

Para estudantes com deficiência visual:

  • Alertar o aluno sempre que ocorram mudanças na disposição da sala de aula.
  • Utilizar giz com cor que contraste com a cor da lousa.
  • Evitar os reflexos da luz no quadro e na superfície de trabalho.
  • Ler em voz alta enquanto escreve no quadro.
  • Proporcionar informações verbais que permitam ao aluno aperceber-se dos acontecimentos que ocorrem na sala de aula.
  • Utilização de filmes com audiodescrição.
  • Materiais concretos em relevo e maquetes.


Para estudantes com deficiência auditiva:

  • Presença do Tradutor e Intérprete de Libras, para realizar a interpretação e tradução das 2 línguas, de maneira consecutiva ou simultânea, nas aulas e atividades didático-pedagógicas, viabilizando o acesso aos conteúdos.
  • Planejar atividades com uso de recursos visuais.
  • Ao utilizar o quadro ou outros materiais de apoio audiovisual, primeiramente exponha os materiais e só depois explique ou vice-versa (ex: escreva o exercício no quadro ou no caderno e explique depois, e não simultaneamente).
  • Apresentar sempre instruções curtas e claras.
  • Promover a interpretação de textos por meio de material diversificados (desenho, pintura, murais, etc.) ou de material cênico (dramatização e mímica).
  • Assegurar que o estudante saiba o que está acontecendo o tempo todo.
  • Fornecer uma cópia dos textos com antecedência, assim como uma lista da terminologia técnica utilizada na disciplina.


Para estudantes com deficiência física neuromotora:

  • Utilizar materiais pedagógicos conforme os códigos de comunicação do estudante.
  • Utilizar alta tecnologia, como computadores, tablets, software de comunicação alternativa, vocalizadores, sensores e acionadores.
  • Flexibilizar o tempo de realização das tarefas.
  • Trabalhar em sala de aula com materiais diversificados.
  • Reorganizar o espaço físico, alterando a posição das carteiras para facilitar a interação.
  • Estar em contato com o professor da sala de recursos multifuncionais.


Para estudantes com altas habilidades/superdotação:

  • Proporcionar enriquecimento curricular em disciplinas nas quais apresentam maior habilidade.
  • Aprofundar o conteúdo, indo além do previsto para a turma.
  • Proporcionar atividades de aprofundamento e ampliação dos conteúdos.


Para estudantes com TDAH:

  • Organizar uma pauta para criar previsibilidade.
  • Valorizar a rotina para proporcionar adaptação gradual.
  • Informar previamente sobre mudanças.
  • Adotar estratégias para lidar com desatenção, agitação e dificuldades sociais.



Mara Duarte da Costa - neuropedagoga, psicopedagoga, diretora pedagógica da Rhema Neuroeducação. Além disso, atua como mentora, empresária, diretora geral da Fatec e diretora pedagógica e executiva do Grupo Rhema Neuroeducação. As instituições já formaram mais de 80 mil alunos de pós-graduação, capacitação on-line e graduação em todo o Brasil. Para mais informações, acesse instagram.com/maraduartedacosta.


Rhema Neuroeducação
https://rhemaneuroeducacao.com.br/

 

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