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segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Tempo seco e mudanças bruscas no clima levam crianças a quadros de alergias respiratórias

Segundo especialista do CEJAM, patologias podem prejudicar o sono, o paladar e até o desenvolvimento


Tempo seco, falta de chuvas e constantes mudanças no clima. O inverno tem sido marcado não apenas por variações de temperaturas, mas também por uma seca fora do comum, mistura que pode potencializar o surgimento de doenças como gripes, resfriados e alergias respiratórias.

O resultado são obstruções nasais, olhos lacrimejando e nariz escorrendo, entre outros sintomas que dificultam a respiração tanto de adultos como das crianças, sendo nestas últimas ainda mais preocupante.

A médica Elaine de Oliveira Khouri, pneumologista pediatra que atende no AMA Especialidades Capão Redondo, gerenciado pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, explica que as alergias respiratórias interferem diretamente na qualidade de vida das crianças, influenciando no sono e paladar, questões cruciais para o desenvolvimento.

“Estas comorbidades podem levar os pacientes mais vezes a emergências, faltas escolares, uso de medicações recorrentes, como antibioticoterapia, e alterações na rotina familiar”, alerta.   

Conforme a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), cerca de 30% dos brasileiros possuem alguma alergia respiratória, estando a rinite e a asma entre as principais. No caso da população mundial, segundo a Organização Mundial da Alergia, a rinite atinge entre 30 e 40% das pessoas, enquanto a asma é considerada um grande problema de saúde pública.



Identificando as alergias respiratórias

A alergia respiratória é uma resposta aumentada do sistema imune a substâncias alérgenas, destacando os inalantes como os mais comuns. Dra. Elaine explica que eles penetram no organismo através das vias aéreas. Ácaros, poeiras, fungos, pelos de animais e pólens das flores estão entre os principais causadores.

Segundo a especialista, os riscos de não tratar a rinite podem resultar em complicações como episódios de sinusites, conjuntivites, faringites, hipertrofia de adenoide e amígdalas – responsáveis pela apneia obstrutiva do sono –, comprometimento da fala, alterações de arcada dentária e distúrbios do crescimento.

Na asma, o descontrole provoca o agravamento das crises, podendo colocar os pacientes em risco a cada episódio, ocasionando até mesmo complicações atelectasias, como é chamado o colapso completo ou parcial de um pulmão, e pneumonias.

De acordo com a médica, é possível identificar as alergias em casa. No entanto, exames laboratoriais são importantes para avaliar as causas. “Em crianças em idade escolar, a rinite se apresenta com espirros persistentes, coceiras no nariz, olhos, ouvidos e faringe, entupimento nasal, coriza e tosses. Em quadros de asma, elas podem apresentar tosses, falta de ar, cansaço aos esforços físicos e dores no peito. Para ambos, os sintomas acontecem de forma recorrente”, reitera.

Dra. Elaine explica que os sintomas podem ser confundidos com os de resfriados comuns, causados por vírus respiratórios. Entretanto, ressalta que é possível diferenciá-los, em alguns casos, quando aparecem associados à febre, dores no corpo, falta de apetite e queda do estado de saúde geral.

“Para a confirmação, é necessário buscar um médico, que solicitará a realização de exames específicos.”



Prevenção

A médica explica que a prevenção da sensibilização em crianças deve começar muito cedo. “O essencial é que seja a partir da menor exposição possível a aeroalérgenos dentro de casa e nas escolas.”

Os cuidados intradomiciliares devem ser mais rigorosos durante os tempos secos e mudanças constantes no clima. Além disso, a especialista destaca que uma forma de prevenção, principalmente para recém-nascidos de pais asmáticos e/ou que sofrem de rinite, é o aleitamento materno.

Dra. Elaine explica algumas medidas importantes à desinfecção ambiental. “Evitar tapetes, cortinas e móveis estofados; e manter o quarto bem arejado e ventilado, procurando evitar umidade e mofo e o acúmulo de brinquedos de pelúcia ou pano, mantendo-os e higienizados com frequência, são algumas das medidas necessárias.”

Ela ainda alerta aos riscos dos umidificadores de ar e vaporizadores, pois eles estimulam o crescimento de ácaros e fungos, causando ainda mais danos à saúde.



Tratamento

Em casos de sintomas recorrentes, buscar ajuda pediátrica ou de médicos de família deve ser o primeiro passo a ser seguido.

“Na maioria dos casos, as patologias são tratadas diretamente na Unidade Básica de Saúde. E, caso a resposta seja inadequada, os pacientes podem ser encaminhados a especialistas como alergistas, otorrinolaringologistas e pneumologistas”. finaliza.

 

CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” - entidade filantrópica e sem fins lucrativos.

 

Medo de tomar vacina é comum entre pessoas de todas as idades

pexels
40% dos adolescentes passam mal em procedimentos com agulhas; pais e cuidadores podem ajudar a diminuir o medo incentivando a imunização e evitando que o trauma se perpetue pela vida


Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), 40% dos adolescentes passam mal em procedimentos com agulhas.  Esse, assim como o sentimento de pânico e choro, são  sintomas de pessoas com aicmofobia, nome dado para a fobia de agulhas. Diferente do que muitos pensam, a aicmofobia não é frescura, mas sim uma patologia que pode ser minimizada ainda na infância, com medidas paliativas e muita conversa antes e no momento da vacinação.

“É muito importante enxergar a vacinação com mais tranquilidade e tentar reforçar sobre a importância da imunização, tentando gerar na criança uma consciência maior sobre a saúde e o bem-estar dela e de todos que a cercam”, explica a enfermeira especialista em vacinação da Clínica Vacinne, Kátia Oliveira. Ela explica que, caso seja feita uma má condução, a criança pode crescer com um trauma crescente, fazendo com que sinta ainda mais dificuldade em lidar com a situação da vacinação na vida adulta. “Vemos muitos jovens e adultos desmaiarem em procedimentos com agulhas, mas a síncope (perda temporária dos sentidos) não ocorre por causa da vacina,  isso é uma construção feita na infância, pela cultura do medo de injeções. Por isso é tão importante que pais ou cuidadores conduzam o procedimento com sabedoria”, afirma.

Kátia explica que algumas dicas podem ajudar muito na hora dos pais lidarem com a vacinação. "É importante diminuir o pavor com muita conversa e nunca colocar a vacina como uma punição. Além disso, opções que distraiam a criança são muito bem vindas. Aqui na clínica, por exemplo, nós oferecemos óculos de realidade virtual para tornar esse momento menos estressante. Os óculos funcionam como uma distração no momento de aplicação do imunizante, reduzindo muito a ansiedade e a percepção da dor. É bem interessante, pois com essa tecnologia, a criança pode escolher o filme ou desenho de sua preferência e ficar mais tranquila na hora da aplicação. Os óculos podem ser usados também por adultos que apresentam fobia de agulhas”, finaliza.

 

Dicas para tornar o momento da vacinação menos estressante:

 

Converse sobre vacinas, não apenas no dia da aplicação

Converse sobre a importância das vacinas, dando exemplos de como elas protegem as  pessoas, coloque os benefícios em primeiro lugar com exemplos de doenças que foram extintas pela vacinação.

 

Evite demonstrar pena

Evite ser muito empático com dizeres como: “tadinho”, “seja forte”, “é difícil, mas…”, pois isso pode criar ainda mais medo. Trate como algo natural e acolha a dor física e emocional com palavras carinhosas e amorosas. 

 

Nunca associe a vacina a uma punição

Evite relacionar momentos de desentendimentos com a vacina, com “se não comer tudo vai tomar injeção”. Isso só potencializa o medo. 

 

Esteja ao lado

Os pequenos tendem a ficar mais calmos quando os pais estão perto, dando colo e secando suas lágrimas. Em casos de bebês, as mães podem amamentar no momento da vacinação, pois a sucção da mama e o leite materno ajudam no relaxamento

 

Use artifícios de distração

Podem ser brinquedos, vídeos e algum objeto com música, tudo que prenda a atenção da criança ou adultos pode contribuir muito para minimizar o medo. 


 

2 milhões de brasileiras em idade reprodutiva têm SOP

 

Setembro é mês de conscientização sobre a síndrome dos ovários policísticos

 

A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma das desordens endocrinológicas mais comuns nas mulheres em idade reprodutiva, afetando cerca de 10% delas, segundo a FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia). De acordo com a federação, estima-se que no Brasil haja 2 milhões de mulheres com essa condição. 

“A SOP é considerada uma das principais causas de infertilidade feminina por fator ovulatório, sendo as principais características desta síndrome a presença de hiperandrogenismo (aumento dos hormônios masculinos) e a anovulação/ oligovulação crônica”, afirma Carlos Moraes, ginecologista e obstetra pela Santa Casa/SP, membro da FEBRASGO e Especialista em Perinatologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein, e em Infertilidade e Ultrassom em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO. 

Já segundo a endocrinologista Claudia Chang, pós-doutora em endocrinologia e metabologia pela USP e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM); a SOP possui relação com alterações metabólicas, presença de acne, queda de cabelos (alopecia androgenética), aumento de pelos em áreas androgênio dependentes (hirsutismo), resistência à ação da insulina (50-70% das pacientes), diabetes, hipertensão arterial, entre outros. 

“A obesidade tem relação direta com a SOP, acometendo cerca de 50% das pacientes. Diante do quadro de resistência insulínica, há maior chance do ganho de peso e maior dificuldade para emagrecer. Sendo assim, a SOP é entendida hoje como uma doença metabólica, com todas as suas implicações. O foco deixou de ser exclusivamente o sistema reprodutivo, englobando o organismo como um todo”, explica Claudia Chang.

 

Síndrome pode dificultar gravidez

Mulheres portadoras de SOP podem ter desde a diminuição até a parada dos ciclos ovulatórios e, consequentemente, da menstruação. “Quem menstrua a cada 3 meses, por exemplo, ovula somente a cada 3 meses. Ou seja, a mulher tem apenas 4 ovulações ao ano, dificultando as chances de engravidar.

No entanto, a paciente com SOP só é considerada infértil caso não menstrue (ciclos amenorreicos, o que quer dizer que ela não ovula) ou que esteja tentando gestar há mais de um ano e não tenha conseguido”, pontua Carlos Moraes.

 

Diagnóstico

A etiopatogenia da SOP é multifatorial e não completamente conhecida e há várias outras doenças que cursam com a presença de hiperandrogenismo (excesso do hormônio masculino) e podem mimetizar o mesmo quadro clínico da SOP. De acordo com Claudia Chang, o ginecologista ou endocrinologista precisa descartar essas doenças com quadros semelhantes, pois a SOP é um diagnóstico de exclusão.  

“É importante ressaltar que somente a presença das características ultrassonográficas da SOP, isoladamente, não fecha o diagnóstico da síndrome, assim como também não é obrigatória a sua presença. O diagnóstico é realizado a partir da presença de, ao menos, dois dos três critérios: oligo-amenorreia, hiperandrogenismo clínico e/ou laboratorial e alterações ultrassonográficas”. 

Segundo o ginecologista Carlos Moraes, o que caracteriza os “ovários policísticos” no ultrassom transvaginal é a presença de um número de folículos por ovário, maior do que 20 e/ou um volume ovariano maior do que 10ml, garantindo a ausência de corpos lúteos, cistos ou folículos dominantes.

 

Tratamento

A primeira linha de tratamento para SOP inclui modificações no estilo de vida. “Para muitas mulheres que sofrem de SOP, perder apenas 10% do peso corporal já pode restaurar os padrões menstruais normais. Além de corrigir a dieta, adotar a prática de atividade física e controlar o estresse auxiliam muito no tratamento”, diz a endocrinologista Claudia Chang. 

Os tratamentos farmacológicos abrangem desde o uso de anticoncepcionais orais, antiandrogênios (medicações contra hormônio masculino), sensibilizadores de insulina (metformina) e indutores ovulatórios, para as mulheres que desejam gestar.  

Já os anticoncepcionais hormonais combinados são o manejo farmacológico de primeira linha para o tratamento de irregularidade menstrual e hiperandrogenismo, sem recomendação específica de preparações. 

“Em casos mais complexos, a cirurgia ovariana é indicada. É feita por laparoscopia, cujos folículos são drenados com uma pequena agulha para ajudar a estimular a ovulação. A cirurgia é realizada apenas se o tratamento médico falhar, pois os ovários podem ser danificados se o procedimento não for feito corretamente”, alerta o ginecologista Carlos Moraes.


Vitamina D é uma vitamina? Veja 9 dúvidas

 Superdosagem pode causar alterações sensoriais, hipercalcemia, pancreatite ou lesão renal aguda

 

Muito além de contribuir para a nossa saúde óssea, a vitamina D tem um papel essencial no combate de doenças que afetam o trato respiratório, infecções que atingem o sistema imunológico, doenças crônico-degenerativas, entre outras.  

Com a pandemia, a preocupação com a saúde foi intensificada, principalmente em relação ao desenvolvimento do sistema de defesa natural do organismo. Segundo dados da ALANAC (Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais), a venda de vitamina D cresceu 93% em 12 meses, entre abril de 2020 e abril de 2021. 

Mesmo sendo popular, a vitamina D ainda desperta incertezas quanto ao modo de uso, dosagem, benefícios, contraindicações e outros fatores. Para auxiliar quem pretende fazer o uso correto, Paula Molari Abdo, farmacêutica pela USP, diretora técnica da Formularium, especialista em Atenção Farmacêutica pela USP e Membro da ANFARMAG (Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais), tira as principais dúvidas sobre o nutriente:

 

Vitamina D é uma vitamina?

A chamada vitamina D, na realidade, é um hormônio. Foi chamada desta forma em alusão à matéria-prima que precisamos manter no organismo para produzi-la: o dehidrocolesterol. Suas funções são tão importantes e complexas que se denominou de sistema endocrinológico Vitamina D. 

Ela consiste em duas formas: ergocalciferol (vitamina D2) e colecalciferol (vitamina D3). A vitamina D2 está presente em plantas e alguns tipos de peixe. Já a vitamina D3 é produzida quando a pele é exposta à radiação ultravioleta B (UVB). “Somente 20% das nossas necessidades vêm da dieta. Os outros 80% são sintetizados pela pele por meio da exposição solar”, diz Paula Molari.

 

O que determina a síntese da vitamina D?

A síntese da vitamina depende de uma série de fatores como pigmentação da pele, localização geográfica, estação do ano, vestuário, idade, uso de protetor solar e condições meteorológicas locais.  

Os níveis de vitamina D, por exemplo, são consideravelmente mais baixos na raça negra do que na raça branca, devido a maior pigmentação da pele. Nas latitudes nórdicas, estes níveis reduzem cerca de 20% desde o final do verão até meados do inverno. No entanto, 30 minutos diários de exposição ao sol durante o verão são suficientes, evitando o sol entre 10h e 16h, quando a radiação é mais intensa.

 

Em quais casos há indicação do suplemento?

Existem alguns grupos que são mais suscetíveis à deficiência de vitamina D e, por isso, necessitam de suplementação, assim como os idosos, já que o envelhecimento é um fator de risco pois a atrofia da pele (própria da idade avançada) reduz a capacidade de síntese do nutriente no organismo. Além disso, a vitamina é fundamental para a fixação do cálcio nos ossos, sendo recomendada para prevenir o risco de quedas e fraturas. 

Indivíduos portadores de obesidade também apresentam mais risco de deficiência, já que as concentrações dos metabólitos ativos da vitamina D são inversamente proporcionais ao índice de massa corporal. Ou seja, indivíduos com alto peso corpóreo possivelmente acumulam essa vitamina, que é lipossolúvel, no tecido adiposo.  

Outros grupos que também devem fazer a suplementação são: gestantes, lactantes, crianças, indivíduos de fototipo elevado (já que a melanina limita a penetração dos raios solares e reduz a produção de colecalciferol) e pessoas com uma dieta alimentar pouco variada.  

Além destes, pacientes com quadro de raquitismo ou osteomalácia; portadores de osteoporose; pacientes com síndromes de má absorção (fibrose cística, doença inflamatória intestinal, doença de Crohn, cirurgia bariátrica, entre outras); pacientes com insuficiência renal ou hepática; com hiperparatiroidismo; indivíduos que tomam medicações que interfiram no metabolismo da vitamina D; e pacientes de doenças granulomatosas e linfomas.

 

Como saber se estou com níveis baixos da vitamina D?

Para saber se temos deficiência, é necessário realizar um exame de laboratório que mede o nível da vitamina D ativa no organismo. Os valores considerados normais, levando-se em consideração o equilíbrio do cálcio no sangue e a saúde óssea, variam de 20 a 32 ng/mL. 

Entretanto, segundo Paula Molari, especialistas concordam que, para correção de algumas doenças causadas pela sua deficiência, redução do risco de quedas com fraturas e a máxima absorção do cálcio, a melhor dose é de 30 ng/mL.

 

Como o déficit de vitamina D compromete o organismo?

A vitamina D é única entre as vitaminas, pois funciona como um hormônio. Além dos seus efeitos no metabolismo do fósforo e do cálcio, evidências recentes relacionam sua deficiência com o risco de desenvolvimento de outras patologias não ósseas. 

Algumas dessas doenças incluem: transtorno depressivo, declínio cognitivo, enxaqueca, esclerose múltipla, TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade), TEA (transtorno do espectro autista), diabetes tipo 2, doença hepática e cirrose, tireoidite de Hashimoto, sarcopenia, osteoporose e osteopenia, artrite reumatoide, infecções recorrentes do trato urinário (ITUS), asma e rinite alérgica, pré-eclâmpsia, atrofia vaginal induzida por alguns quimioterápicos no câncer de mama, dermatite atópica e psoríase.      

 

Ela reduz o risco de eventos cardiovasculares, como o infarto e o derrame?

A vitamina D apresenta um papel importante no sistema cardiovascular através de vários mecanismos, como a inibição da migração e a proliferação das células para o músculo liso vascular, evitando a calcificação vascular. Inibe também a inflamação interna na parede dos vasos, o que pode levar a lesões vasculares.  

“Além disso, regula o movimento cardíaco. Assim, evita a formação de trombos e diminui a pressão arterial. Todos esses fatores, contribuem para se evitar o infarto e o derrame”, pontua Paula Molari.

 

Superdosagem da vitamina D pode causar riscos à saúde? Quais?

A toxicidade da vitamina D, muitas vezes considerada rara, pode ser fatal se não for identificada prontamente. A ingestão excessiva da vitamina pode causar náuseas, vômitos, alterações sensoriais, constipação, hipercalcemia, pancreatite, lesão renal aguda, entre outras condições.

 

É possível garantir os níveis de vitamina D por meio da alimentação? 

A melhor fonte é a síntese da vitamina D pela pele quando exposta ao sol. No entanto, é possível garantir através da alimentação. “No entanto, poucos alimentos da nossa rotina alimentar contêm na sua composição esta vitamina. Portanto, passam despercebidos”.  

A vitamina D está presente em peixes e vegetais mais ricos em gordura como salmão, atum, sardinha, óleo de fígado de bacalhau e abacate, também na gema do ovo e oleaginosas. Outra grande fonte são os cogumelos.

 

A deficiência de vitamina D na infância pode estar relacionada a transtornos mentais na vida adulta?

Um estudo do The Journal of Nutrition avaliou que a baixa síntese ou a carência da vitamina D em crianças pode ter relação a problemas de comportamento na adolescência e, posteriormente, em depressão e esquizofrenia em adultos. 

“A descoberta de metabólitos da vitamina D no líquido cefalorraquidiano em adultos saudáveis sugere que ela pode desempenhar um papel no desenvolvimento do cérebro e uma ação funcional no sistema nervoso”, complementa a especialista.  

“Vale frisar que não se recomenda a suplementação de vitamina D além das necessidades diárias para a prevenção de doenças ou mesmo para aumentar a qualidade de vida. Portanto, consulte um médico para avaliar se você realmente precisa do suplemento e qual a dosagem que atenderá suas necessidades”, finaliza Paula Molari Abdo.

 

Tecnologia nas lentes para Catarata melhora visão de idosos ativos em computadores e celulares

A catarata é uma condição bastante comum em homens e mulheres, após os 60 anos. Com o atual perfil deste público, muito mais ativo social e profissionalmente, a procura pela correção da patologia tem aumentado significativamente.  Afinal, estudos apontam que mais de 30% das pessoas na faixa etária entre 65-75 usam dispositivos digitais e uma boa visão se tornou essencial para uma melhor qualidade de vida no seu cotidiano.

 

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a catarata é responsável por 47,8% dos casos de cegueira em todo o mundo. Sua principal causa é o próprio envelhecimento, mas também pode ser congênita ou provocada por traumas, diabetes e uso excessivo de colírios com corticoides na fórmula. 

 

"A demanda pela cirurgia de catarata cresceu porque a expectativa de vida aumentou e as pessoas idosas estão ativas, viajam mais, trabalham e estão conectadas, usando diariamente computadores e aparelhos celular. E a necessidade de enxergar bem é essencial para exercer todas essas tarefas.”, destaca o Dr. José Jesu Sisnando, Preceptor de Catarata da Residência Médica da UFPA (Univ. Federal do Pará).


 

Como identificar a catarata? 

 

A patologia é causada pela perda progressiva da transparência do cristalino, lente natural dos olhos, localizada atrás da íris e que possui a função de focalizar os raios de luz diretamente para um ponto específico da retina, regulando o foco dos objetos. No entanto, em determinado ponto, a opacidade começa a prejudicar a visão e dificultar a realização de algumas atividades rotineiras lentamente ao longo de anos.

 

O mais comum é acomodação do cristalino, após os 40 anos, com a perda de foco para perto, que resulta na mudança na forma do cristalino, através de alteração na sua curvatura e espessura central, modificando o poder dióptrico do olho.  A evolução é lenta e, naturalmente, se desenvolve a presbiopia (conhecida como vista cansada), antes do surgimento de catarata. O diagnóstico é feito em uma consulta oftalmológica de rotina. 


 

Tratamento e Tecnologia

 

O único tratamento totalmente eficaz na cura da catarata é a cirurgia. Através dela, o cristalino pacificado é substituído por uma lente intraocular (LIO) artificial.

 

No Brasil, as lentes intraoculares TRIVA TRIFOCAL, fabricadas na Alemanha pela Humanoptics e distribuídas com exclusividade pela Advance Vision, são as que oferecem a maior tecnologia e design inteligente, sendo uma opção para alcançar o desejo de independência dos óculos por serem amplamente resilientes e seguras. Através de três áreas focais estendidas, são capazes de corrigir tanto a visão de longe, como a intermediária e de perto, podendo tratar miopia, hipermetropia e astigmatismo com grande eficácia. 

 

Um dos diferenciais da TRIVA TRIFOCAL é a tecnologia - com platô focal estendido de 36 cm para perto e 80 cm intermediário, com a quantidade menor de anéis - sete - que proporciona ótima visão para longe diminuindo os efeitos de aberração de alta ordem, cujos sintomas são visão desfocada, distorção das imagens ou imagem fantasma.

 

A lente é otimizada para a visualização de computador, tablets e smartphones e protege contra os efeitos adversos da luz azul, o que as torna ideais para pacientes que fazem grande uso de dispositivos com telas, tornando a experiência mais confortável. “O que percebi de diferente nessa lente é que o anel central com a zona óptica bem ampla diminui bastante a formação de halo e glare, uma queixa frequente dos pacientes, além da visão intermediária do computador ficar bem mais confortável, segundo os pacientes”, observa Dr. José Jesu Sisnando.

 

“O mercado oftalmológico tem avançado muito, o que é extremamente positivo, pois ainda há quem tenha receio de fazer a cirurgia de catarata. Mas depois que a patologia é formada, não existem medicamentos, dietas ou óculos que possam reverter o processo”, finaliza.


Sandoz e Turma da Mônica fazem parceria inédita e lançam revista temática sobre Distúrbios do Crescimento

Iniciativa tem como objetivo alertar sobre o diagnóstico, causas associadas e tratamento para a condição que acomete dezenas de crianças no País

 

A Sandoz do Brasil, líder global em medicamentos genéricos e biossimilares, e a Turma da Mônica acabam de lançar uma revista especial sobre Distúrbios do Crescimento. A iniciativa tem o objetivo de auxiliar familiares e responsáveis na identificação de sinais relativos ao déficit de crescimento infantil. Em formato lúdico, Mônica protagoniza receios, questionamentos e dúvidas sobre o seu próprio crescimento, que são explicados no decorrer dos quadrinhos. O material está disponível no hub de conteúdo, “Além da Altura”, da farmacêutica, e, ainda este mês, exemplares serão distribuídos gratuitamente no Parque da Mônica, em São Paulo, e em estações da Turma da Mônica alocadas em outras capitais do Brasil. 

O crescimento linear das crianças, ou seja, estatura, aumento de massa muscular e redução de gordura corporal depende principalmente de fatores genéticos, mas também do GH, sigla em inglês para hormônio do crescimento. Quando há falta desse elemento e a criança passa a apresentar peso e estatura abaixo do esperado para sua idade, temos um quadro de Distúrbio do Crescimento. 

“Mais do que uma questão de altura, o Distúrbio do Crescimento é uma questão de saúde que deve ser observada com atenção. A criança que não atinge o tamanho esperado para a idade também tem dificuldades em desenvolver alguns órgãos. E, como nem sempre é algo fácil de ser diagnosticado, resolvemos unir forças com a Mauricio de Sousa Produções para alertar pais e responsáveis, compartilhando conhecimento sobre os melhores caminhos na jornada do paciente, para encurtar o tempo do tratamento e avaliar com cautela a saúde da criança”, afirma o diretor Médico da Sandoz do Brasil, Cleber Sato.

 

Possíveis causas

As causas para os quadros de Distúrbios do Crescimento são variadas e a estatura final da criança depende primordialmente de sua carga genética, mas também sofre interferência de fatores como alimentação, saúde, higiene, local de moradia e outros cuidados gerais. Segundo um estudo da OMS (Organização Mundial de Saúde), nos países da África, Ásia e América Latina 43% das crianças menores de 5 anos possuem déficit de altura devido à subnutrição. 

Outros fatores também podem levar à alteração dos níveis de GH, como doenças inflamatórias ou infecciosas, problemas ósseos, traumas, entre outros. Ao notar que a criança não está crescendo dentro dos parâmetros adequados, o ideal é que pais ou responsáveis a levem a um médico pediatra ou endo pediatra (endocrinologista voltado ao público infantil) para a realização de exames clínicos e de identificação do possível déficit hormonal. Caso seja confirmado o diagnóstico, os profissionais de saúde buscarão a causa do distúrbio, ou seja, o motivo associado, para seguir com o melhor tratamento. 

“Mais do que contar histórias, nós da Mauricio de Sousa Produções nos preocupamos com o desenvolvimento humano, com o futuro e saúde das crianças. Ficamos muito contentes em termos sido procurados pela Sandoz para ter a turma do Limoeiro como protagonista dessa história, que contribui para a conscientização e cuidado na infância. É algo que realmente vem ao encontro de nossa missão e valores como empresa”, comenta Rodrigo Paiva, Diretor de Licenciamento da Mauricio de Sousa Produções. 

A revistinha especial da Turma da Mônica, ‘Quem é a Baixinha?’ pode ser lida no site: www.alemdaaltura.com.br. Também será possível encontrar a versão impressa em consultórios médicos.

 

Sandoz


Hábito de tomar chá pode reduzir risco de morte, indica estudo

Segundo pesquisadores, consumidores de chás são menos propensas a ter doenças cardiovasculares, doenças isquêmicas do coração ou acidente vascular cerebral (AVC)

 

O estudo publicado na semana passada na revista científica “Annals of Internal Medicine”, do Colégio Americano de Médicos mostrou que tomar duas ou mais xícaras de chá preto por dia está associado a um menor risco de morte em geral.

Os resultados são com base em uma análise feita com 500 mil homens e mulheres com idades entre 40 e 69 anos que participaram da pesquisa durante 6 anos mas tiveram um acompanhamento por cerca de dez anos após o trabalho original. Assim, descobriram que pessoas que bebiam duas ou mais xícaras de chá diariamente eram menos propensas a morrer por causas como doenças cardiovasculares, doenças isquêmicas do coração ou acidente vascular cerebral (AVC). 

Dado os benefícios, o alerta do farmacêutico homeopata Jamar Tejada (Tejard), da capital paulista, é para o consumo adequado da bebida:
 

Temperatura da água

Essa parte tão simples requer um cuidado especial: Não deve ser aquecida no micro-ondas já que assim fica impossível controlar a temperatura da água e isso será determinante no resultado final. Ao esquentar a agua, a mesma não deve chegar a ferver, ou seja, é preciso deixar no fogo até que ela chegue perto do ponto de ebulição e quando as primeiras bolinhas começarem a surgir, antes de borbulhar, já é hora de tirar.

Saber conservar

O armazenamento correto é o que vai assegurar o frescor, aroma, paladar e garantir todos os benefícios. Cada erva possui características específicas, por isso não é possível estabelecer um período de validade para os chás, mas depois de feito, nenhum deles deve ser consumido depois de 12 horas após a preparação e neste período devem ficar armazenados em recipiente de vidro e com tampa. “Isso porque, as bebidas tendem a perder as propriedades medicinais através do processo de fermentação causado pelo ar. Sendo assim, quanto menos ar o recipiente possuir, melhor. E sempre: guarda-los dentro da geladeira, caso contrário, as chances de ingerir bactérias é bem maior do que as chances de conseguir colher os benefícios dos chás”, fala Tejard.
 

Não exagerar

Para tudo existe limite e com os chás não deve ser diferente. As ervas também podem fazer mal se consumidas fora de controle. Algumas podem fazer desencadear doenças e para saber a quantidade certa, é preciso consultar um especialista.

Exagerar na hora de preparar o chá e deixa-lo muito forte também pode causar problemas. Seja qual for a erva e o objetivo escolhido, o consumo do chá não deve ultrapassar a dose de três xícaras por dia. Afinal, tudo o que ingerimos, necessariamente precisa ser metabolizado e eliminado pelo fígado e rins. Se consumido em excesso, o fígado pode não ter condições de eliminar totalmente as toxinas, levando à sobrecarga e intoxicação do organismo.
 

Não comprar pronto

Sempre a preferência deve ser ao chá caseiro, pela confiança em relação à origem dos ingredientes. As versões de saquinho, por exemplo, não têm a mesma qualidade de uma erva cultivada no seu jardim.
 

Saber escolher bem as ervas

O poder das plantas medicinais que os chás proporcionam é graças a extração do princípio ativo que se dissolvem na água quente e assim, podem aliviar, tratar e até curar algumas doenças. Sejam folhas, raízes ou ervas, os ingredientes naturais possuem ações antioxidantes, anti-inflamatória e antibacteriana e ainda auxiliam no processo metabólico, mas existem algumas contraindicações para algumas pessoas -- por isso devem ser consumidos com orientação.
 

Estudo: Link

Jamar Tejada - Farmacêutico graduado pela Faculdade de Farmácia e Bioquímica pela Universidade Luterana do Brasil, RS (ULBRA), Pós-Graduação em Gestão em Comunicação Estratégica Organizacional e Relações Públicas pela USP (Universidade de São Paulo), Pós-Graduação em Medicina Esportiva pela (FAPES), Pós-Graduação em Comunicação com o Mercado pela ESPM, Pós-Graduação em Formação para Dirigentes Industriais com Ênfase em Qualidade Total - Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-(UFRGS) e Pós-Graduação em Ciências Homeopáticas pelas Faculdades Associadas de Ciências da Saúde. Proprietário e Farmacêutico Responsável da ANJO DA GUARDA Farmácia de manipulação e homeopatia desde agosto 2008. 


Casos de depressão aumentam em 25% no mundo, diz relatório da OMS


Segundo o Relatório Mundial de Saúde Mental de 2022, divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), houve um aumento de 25% em casos de depressão ao redor do mundo.

Apesar desses dados, muitas pessoas ainda consideram o transtorno como “frescura” ou “mimimi” e, por isso, acabam negligenciando sinais como tristeza constante, desinteresse pelas atividades, perda da autoestima e de peso, entre outros sintomas que precisam ser avaliados por profissionais especializados.

A psicóloga da Clínica Maia, Myriam Albers, conta que existe ainda uma resistência por parte das pessoas em procurar ajuda. “Uma das dificuldades dentro do tratamento é a busca pela psicoterapia. Quando falamos da doença, as pessoas ainda consideram que o que resolve é somente o remédio e, desse modo, colocam em segundo plano as necessidades a serem trabalhadas no acompanhamento psicológico”.

De acordo com a especialista, apesar de a medicação ter, sim, a função de equilibrar as alterações cerebrais que estão associadas à depressão e, por consequência, diminuir os sintomas, é preciso também falar de sentimentos, pensamentos, descobrir as causas e buscar soluções na terapia.

Para que o tratamento seja eficaz, a profissional destaca também a necessidade de mudanças nos hábitos. “Nosso organismo precisa de nutrientes e vitaminas específicas que auxiliem no tratamento do transtorno, através de alimentos que aumentem a produção de serotonina, por exemplo. Já os exercícios físicos, por sua vez, proporcionam ao paciente melhora da socialização, da autopercepção e da mudança de pensamento”, explica Myriam.

Por isso que, muitas vezes, é até fundamental um atendimento multidisciplinar, com orientação complementar de um nutricionista e de um educador físico para darem suporte a quem sofre com o problema nas transformações a serem feitas no estilo de vida.

É muito importante também que pessoas que estejam com a saúde mental fragilizada tenham ao seu lado familiares e amigos verdadeiramente empáticos e companheiros. Essa rede de apoio é crucial para o sucesso do tratamento”, conclui a psicóloga.

Famílias comemoram aprovação de tratamento com edição genética no Dia Internacional de Duchenne

 

Valentin, 4 anos, símbolo do projeto 'A Vida Vale'
Divulgação

Após três anos de desenvolvimento, o Cure Rare Disease recebeu a aprovação da FDA para administrar a primeira terapêutica CRISPR em humanos para a distrofia muscular de Duchenne


O próximo dia 7 de setembro é o Dia Internacional de Duchenne, uma doença genética rara degenerativa e que leva prematuramente à morte. Neste ano, porém, a esperança de uma cura para a doença, que que hoje acomete 1 a cada 3.500 nascidos vivos do sexo masculino, está sendo celebrada por profissionais de saúde e familiares de pacientes no mundo todo.

 

O FDA, órgão do governo americano, responsável pelas aprovações de medicamentos, autorizou, após três anos de desenvolvimento, o primeiro fármaco utilizando a tecnologia de edição genética CRISPR em humanos para a distrofia muscular de Duchenne, uma doença caracterizada pela ausência da produção de distrofina, uma proteína essencial para a integridade muscular, causando uma degeneração progressiva de todos os músculos do corpo, inclusive do coração.

 

A tecnologia CRISPR (Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats)funciona como uma espécie de tesoura genética, capaz de editar uma parte específica do DNA, que permitirá restaurar a capacidade do gene DMD de produzir distrofina.

 

O tratamento está sendo desenvolvido pela Cure Rare Disease, uma colaboração global de especialistas em terapia genética, sem fins lucrativos, criada para desenvolver meios de intervenção personalizados para doenças raras que ainda não tem cura.

 

A instituição foi criada por Richard Horgan que, sem medicamentos ou testes de tratamentos disponíveis para ajudar a frear a doença do irmão (Terry Horgan, hoje com 20 anos), enviou centenas de e-mails para pesquisadores, proprietários de laboratórios, químicos, biólogos e médicos até fundar a instituição, que possui hoje um pipeline terapêutico de mais de 19 programas destinados a salvar a vida de pacientes raros. É justamente o irmão de Rich que será o primeiro paciente a receber este tratamento.

 

No Brasil, a família de Valentin Heymich, de apenas quatro anos, aguarda com ansiedade seu momento de participar do tratamento. Valentin iniciou a primeira fase em maio de 2022, com a biópsia muscular. Ainda devem levar mais dois anos para ele chegar na fase cinco, que envolve a administração do medicamento. Isso porque está sendo desenvolvido um tratamento personalizado, e específico, para a mutação genética do Valentin.

 

O grande desafio da Distrofia Muscular de Duchenne está na complexidade da doença, que pode envolver milhares de mutações no gene da distrofina, um dos maiores genes do corpo humano. Por isso o tratamento é tão difícil, e requer uma terapêutica específica para cada tipo de mutação do gene, como explica o médico pediatra Dr. Paulo T. Maluf Jr.

 

“Duchenne é uma doença muito complexa e difícil de resolver. O tratamento precisa considerar as especificidades de cada paciente e isso requer um grande investimento e tempo, o que infelizmente não é possível para a maior parte dos pacientes. O tratamento com a edição genética pretende corrigir a alteração diretamente no gene, o que permitirá a produção da proteína e o desenvolvimento normal do músculo. Isso sem dúvida é uma grande esperança, muito significativa para toda a comunidade, já que até o momento os tratamentos disponíveis para alguns tipos de MDM apenas contém os sintomas e avanço da doença”, explica o pediatra.


 

Dia Internacional de Duchenne 2022

 

Para ampliar a conscientização sobre a doença e angariar recursos para o desenvolvimento do medicamento foi criada a campanha A Vida Vale, por Nathália Negrini, mãe do Valentin. Durante o mês de setembro, o canal da campanha estará dedicado em disseminar informações sobre estudos, terapias, e dados sobre a doença. 

Além disso, amigos, familiares e apoiadores da campanha estão se mobilizando para multiplicar informações sobre os desafios dos pacientes de Duchenne e incentivar a mobilização de mais pessoas para apoiar a causa.


Setembro Vermelho: 8 perguntas e respostas sobre infarto

No mês de conscientização e prevenção das doenças cardiovasculares, o cardiologista Dr. Caio Henrique responde às principais dúvidas sobre o assunto

 

Chamado "Setembro Vermelho", este mês é marcado por uma série de campanhas de prevenção e conscientização a respeito das doenças cardiovasculares. A cada minuto, uma pessoa é vítima de uma condição cardíaca, a primeira causa de morte em todo o mundo. No Brasil, os números chegam a 350 mil mortes por ano. 

Por isso, cuidados com os níveis de colesterol, com a hipertensão, níveis de estresse, glicemia e até sobrepeso são essenciais para controlar e evitar as doenças cardíacas, garantido a saúde cardiovascular. 

Pensando nisso, o Dr. Caio Henrique, cardiologista pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, responde às principais dúvidas sobre os infartos. Veja abaixo:

 

1.O que são infartos? 

"O infarto é uma lesão no músculo do coração causada por uma diminuição do suprimento de oxigênio para as células", explica.

 

2.Quais são os tipos de infarto?

Atualmente, tem-se conhecimento de 5 tipos de infarto: 

  • Tipo 1: quando ocorre a ruptura da placa de gordura no interior da artéria.
  • Tipo 2: quando ocorre um desequilíbrio entre a quantidade de oxigênio que o coração precisa e a que realmente chega ao órgão, sem relação com a ruptura da placa de gordura.
  • Tipo 3: associado a morte súbita.
  • Tipo 4: associado ao procedimento de angioplastia pela hemodinâmica.
  • Tipo 5: associado à cirurgia cardíaca.

 

3.Qual a diferença entre infarto e ataque cardíaco?

"Ataque cardíaco é o termo mais popular para a denominação médica 'infarto agudo do miocárdio'", esclarece o Dr. Caio.

 

4.Quais os principais fatores de risco para o infarto?

Dentre os principais fatores de risco, temos a hipertensão, o diabetes, alterações do colesterol, tabagismo e histórico familiar.

 

5.Quais são os principais sintomas do infarto?

"Os sintomas possíveis do infarto são dor no peito, falta de ar, suor frio, palidez, náuseas, vômitos, tontura e desmaio", explica o especialista.

 

6.Como agir diante de uma suspeita de infarto?

Na suspeita de um infarto, a orientação é buscar imediatamente atendimento médico de emergência.

 

7.Qual o tratamento para infarto?

O tratamento dos pacientes de infarto é feito com medicamentos específicos - que variam caso a caso -, e muitos precisam também fazer um procedimento chamado angioplastia com colocação de stent via cateterismo cardíaco para recobrarem a saúde.

 

8.Como se proteger de um infarto?

"A proteção do infarto é feita com o tratamento adequado dos fatores de risco como hipertensão e diabetes, por exemplo", explica. "Além disso, a manutenção de um estilo de vida saudável faz parte da prevenção."

 

DR. CAIO HENRIQUE TORRES SOUSA - CARDIOLOGISTA E ARRITMOLOGISTA

CRM-SP 171474 / RQE 82939


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