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quarta-feira, 30 de março de 2022

Dores e rigidez nas articulações do joelho e quadril?

Os sintomas podem indicar casos de osteoartrite, mais frequentes em pessoas com mais de 65 anos e com quadros de obesidade Infiltração com ácido hialurônico é uma das alternativas para adiar intervenções cirúrgicas


As dores frequentes no joelho e quadril, que muitas vezes provocam rigidez nas articulações e comprometem a movimentação diária ou atividades esportivas, podem ser o sinal de osteoartrite (OA), uma doença articular degenerativa caracterizada pelo desgaste da cartilagem e por alterações ósseas, entre elas os osteófitos, também conhecidos como “bicos de papagaio”1. Embora seja mas comum em pessoas com mais de 65 anos, o problema pode acometer jovens e atletas que desenvolvem esforços físicos repetitivos ou atividades de grande impacto como futebol, vôlei e maratona.

A osteoartrite se inicia com sintomas leves, principalmente rigidez matinal, mas pode evoluir por estímulo de alguns fatores, tais como idade, excesso de peso, esforço competitivo, histórico familiar e alterações hormonais. Em seu portal, o Dr. Drauzio Varella explica que a patologia se instala quando há aumento do conteúdo líquido no interior do tecido cartilaginoso2. “Cerca de 80% a 90% das pessoas acima de 40 anos mostram sinais iniciais de osteoartrite em um raio X, embora grande parte não apresente sintomas. A intensidade das queixas aumenta progressivamente com a idade”, explica.

Com o aumento da população brasileira acima de 65 anos, é possível que o número de casos também cresça nos próximos anos.3-4-5 Segundo a Dra. Márcia Uchoa, professora do Departamento de Ortopedia e Traumatologia do HCFMUSP, estudos apontam que os brasileiros acima de 65 anos passaram de 1,6 milhão, em 1950, para 8,7 milhões no ano 2000. A expectativa é que esse número salte para 42 milhões em 2050. “Haverá, portanto, grande aumento do número de casos de OA, já que sua prevalência tem relac
̧ão direta com o aumento da idade da população, explica.

No Reino Unido, por exemplo, 40% dos indiv
íduos com idade superior a 65 anos sofrem com sintomas associados à osteoartrite nos joelhos e quadris.6 Além da longevidade, outro fator que pode contribuir para o surgimento de novos casos é a obesidade. “Durante a pandemia, as pessoas comeram mais, engordaram e enfraqueceram sem a prática de atividade física”, destaca a ortopedista.

Um levantamento do Centers for Disease Control and Prevention (CDC)7 sobre prevenção de doenças crônicas em 2009, ou seja, quase dez anos antes do início da pandemia, já indicava que a prevalência da osteoartrite é de 26,5% nas pessoas com sobrepeso (IMC: 25 -29,9); de 33% nos casos de obesidade classe I (IMC:30 -34,9); de 37,9% em pessoas com obesidade classe II (IMC: 35 -39,9) e de 44% em pacientes com obesidade classe III (IMC>40).


 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a doença representa cerca de 30% a 40% das consultas em ambulatórios de Reumatologia.8 Pelos 75 anos,

85% das pessoas têm evidência radiológica ou clínica da doença, mas somente 30% a 50% dos indivíduos com alterações observadas nas radiografias queixam-se de dor crônica. Dados da Previdência Social no Brasil apontam que a OA é responsável por 7,5% de todos os afastamentos do trabalho, sendo a segunda patologia entre as que justificam o auxílio inicial, com 7,5% do total, e em relação ao auxílio-doença, com 10,5%. A osteoartrite também aparece em 4º lugar do ranking dos motivos que determinam aposentadoria (6,2%).9


Como tratar?

O comprometimento da lubrificação (viscosidade) adequada nas articulações pode levar a um processo inflamatório, crônico e degenerativo, que provoca fortes dores e, nos casos mais avançados, necessita de cirurgia. Para retardar a colocação de uma prótese, vários ortopedistas e reumatologistas indicam a viscossuplementação (VS), que nada mais é que uma injeção de ácido hialurônico (AH) exógeno nas articulações visando restaurar as propriedades reológicas do líquido sinovial, com o objetivo mecânico, analgésico, anti-inflamatório e condroprotetor. O AH é indicado para interromper o desgaste da cartilagem, que é uma estrutura importante para suavizar o impacto de um osso com o outro.10

“A osteoartrite não tem cura, mas tem tratamento. A infiltração de ácido hialurônico é uma das alternativas ao tratamento não cirúrgico. A utilização dessa substância sintética contribui no alívio da dor e na preservação do tecido articular por um maior período. Em casos de osteoartrite leve a moderada, o paciente pode permanecer sem dor por um período que varia de seis meses a um ano”, destaca Dra. Márcia Uchoa.

De acordo com a especialista, os benefícios do AH estão relacionados à redução das células inflamatórias que causam destruição articular, estímulo da produção do próprio ácido hialurônico endógeno e de células cartilaginosas, além da estabilização do desgaste contínuo da cartilagem articular, garantindo mais qualidade de vida ao paciente.

Desde a década de 90, alguns laboratórios começaram a produzir o ácido hialurônico exógeno (sintético) para os processos de viscossuplementação, que deve ser realizado exclusivamente por um médico especialista (ortopedista, fisiatra ou reumatologista). Atualmente, uma das tecnologias mais modernas é a NASHA®. Esse processo produz um AH estabilizado e mais resistente a partir uma molécula de ocorrência natural, que fornece lubrificação e amortecimento em uma articulação normal.

“A viscossuplementação é pouco praticada no Brasil em relação a países da Europa e Estados Unidos. Isso leva a um alto gasto público com cirurgias de prótese. A infiltração de ácido hialurônico é segura e funciona como um lubrificante no local em que houver o desgaste da cartilagem. Ao aumentar a viscosidade, o AH melhora o quadro clínico, além de representar um melhor custo/benefício para pacientes, médicos e clínicas”, explica Dr. Hélio Osmo, diretor médico da Zambon e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Farmacêutica.


Mudança de hábitos

Após identificar as medidas terapêuticas para diminuir a dor e ampliar a capacidade de realizar as atividades, os médicos ressaltam a importância de mudar a rotina, que inclui perda de peso e prática de exercícios físicos para fortalecimento da musculatura que envolve a articulação comprometida.

“Os ossos e os músculos precisam de estímulo para se fortalecer e potencializar o equilíbrio muscular, articular e postural. É importante escolher atividades de baixo impacto, como caminhar ou nadar, sempre com a orientação de um profissional, além de adotar bons hábitos alimentares para evitar a obesidade”, complementa Dr. Hélio.


Artroplastia

O Departamento de Ortopedia e Traumatologia do Hospital do Coração de São Paulo desenvolveu a pesquisa “Artroplastia total de joelho e quadril: a preocupante realidade assistencial do Sistema Único de Saúde”.12 O objetivo era analisar o número de autorizações de internação hospitalar para cirurgias de artroplastia total de joelho (ATJ) e quadril (ATQ) no Brasil, no período de 2008 a 2015, e observar como o SUS assiste a população brasileira para essas cirurgias em caráter estadual, regional e nacional, além de correlacionar com os indicadores internacionais.

O aumento das artroplastias totais de joelho (ATJ) e quadril (ATQ) produz impacto social e econômico relevante e, por esse motivo, países como Austrália, Estados Unidos (EUA), Inglaterra, Canadá e Coreia do Sul fazem estudos12-13-14

epidemiológicos e financeiros para essas cirurgias. No Brasil, as informações sobre artroplastias são escassas. Dados nacionais sobre essas cirurgias no Sistema Único de Saúde (SUS) são disponíveis através do site do Ministério da Saúde. Entretanto, esses indicadores não expressam a dimensão assistencial em relação à população brasileira.

Segundo o levantamento, as cirurgias de quadril e joelho demonstraram crescimento no Brasil. No entanto, a oferta de artroplastia na rede pública expôs resultados insatisfatórios quando comparada com as promovidas nos países desenvolvidos. Os destaques negativos ficaram com o Nordeste e o Norte. A primeira região, com aproximadamente um quarto da população idosa total do País, fez apenas 7,8% e 12,9% das ATJ e ATQ, ou seja, a pior relação ATJ/idoso e segunda relação ATQ/idoso. Já o Norte, com 5% dos idosos, fez 2,6% e 1,2% das ATJ e ATQ, demonstrando a pior relação ATQ/idoso e a segunda relação ATJ/idoso.12-13-14

 

 

Zambon

 

https://www.zambonpharma.com/br/pt/

 

Referências

  1. Sociedade Brasileira de Reumatologia: https://bit.ly/3IP14AW
  2. https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/artrose-osteoartrite/
  3. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21396464/
  4. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/14762225/
  5. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/14994410/
  6. Senna ER, De Barros AL, Silva EO, Costa IF, Pereira LV, Ciconelli RM, et al. Prevalence of rheumatic diseases in Brazil: a study using the COPCORD approach. J Rheumatol. 2004;31(3):594-7.
  7. Prev. Chronic Disease 2009 April: 6(2): A56 CDC
  8. https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/osteoartrite-artrose/
  9. http://www.hgb.rj.saude.gov.br/noticias/not.asp?id=1507#:~:text=De%20acordo%20com%20pesquisas%20realizadas,%25%3B%20%C3%A9%20a%20quarta%20a
  10. https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/colunistas/daniel-baumfeld/2021/02/25/noticias-saude,268678/quais-os-beneficios-do-acido-hialuronico-no-tratamento-da-artrose.shtml
  11. Revista Brasileira de Ortopedia: https://bit.ly/3pGYFRu
  12. http://rbo.org.br/about-the-authors/2711/pt-BR
  13. https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/26274
  14. https://journals.lww.com/jbjsjournal/Abstract/2018/09050/Projected_Volume_of_Primary_Total_Joint.3.aspx

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Catarata: Maioria tem alguma comorbidade nos olhos

Levantamento mostra que 6 em cada 10 têm alteração na lágrima. Tratamento garante mais precisão à cirurgia.

 

Ao lado da catarata e falta de óculos que respondem por 3 em cada 4 casos de deficiência visual no País, a síndrome do olho seco é a doença mais frequente para quem já passou dos 60 anos e em muitos caos até antes. Para se ter ideia, um levantamento realizado pelo oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier nos prontuários do hospital, mostra que de 180 pacientes diagnosticados com catarata, 60% tinham olho seco. Desses, 81 eram mulheres, 27 homens e 45% nem desconfiavam da deficiência na lágrima que também deixa a visão embaçada. Isso porque, explica, a doença em muitos casos é assintomática, como acontece com mais da metade das alterações nos olhos.

 

Dá para se livrar dos óculos?

O médico afirma que a cirurgia de catarata é um dos procedimentos que mais agregou novas tecnologias nos últimos anos. “Já não está restrita à troca do cristalino, lente interna do olho, por uma lente intraocular (LIO) implantada no olho.  Hoje os pacientes têm expectativa de excelente qualidade de visão após a cirurgia”, comenta.  A cena é recorrente. Após o diagnóstico a primeira pergunta que muitos fazem é se vão ficar livres dos óculos quando passarem pela cirurgia, comenta. De fato, o oftalmologista diz que a última geração de lentes intraoculares, as trifocais,  oferecem excelente visão a uma distância de 30 e 60 centímetros. Cirurgias feitas com estas lentes eliminam simultaneamente a catarata, miopia, astigmatismo, hipermetropia ou presbiopia em um único procedimento. Mas o resultado depende muito da experiência do cirurgião, das condições de saúde dos olhos e de medidas exatas do globo ocular, a biometria, que determina a personalização da lente para cada caso.  Queiroz Neto afirma que a lente trifocal não é indicada para todos. “Por exemplo, para motoristas profissionais que fazem longas viagens noturnas com frequência a nitidez da visão à distância pode ficar abaixo do que necessitam. Já para quem passa a maior parte do tempo trabalhando no computador pode ser perfeita”, explica.

 

Pré-cirúrgico

O especialista ressalta que independente do tipo de lente, o tratamento do olho seco antes da cirurgia faz toda diferença. Isso porque, vários estudos mostram que o filme lacrimal instável ou irregular sobre a córnea que responde por mais de 70% da refração em nosso olho provoca imprecisão no cálculo da lente intraocular e compromete a correção refrativa da cirurgia.  Por isso, todo paciente passa por completa avaliação da lágrima antes da biometria que determina a potência da lente intraocular.

 

Tratamento

Em pacientes com insuficiência aquosa no filme lacrimal, Queiroz Neto afirma que o tratamento  pode incluir lágrima artificial, ácido hialurônico para dar suporte à regeneração da camada externa da córnea, oclusão do canal lagrimal em casos severos e soro autólogo. Quando a insuficiência ocorre na camada lipídica, que corresponde a 70% dos casos, as terapias utilizadas pelo oftalmologista são suplemento oral de ômega 3, e aplicações de luz pulsada na desobstrução profissional da glândula de  meibômio, higienização das pálpebras e tratamento dos casos de rosácea.

 

Cirurgia

O oftalmologista afirma que a cirurgia é rápida, indolor e no mesmo dia o paciente recebe alta. É feita com sedação e anestesia local com uma gota de colírio. Por uma pequena incisão no canto da córnea a catarata e expirada por um delicado instrumento e a lente é inserida na sequência. Muitos pacientes já acordam da cirurgia encantados com o ganho imediato de visão. Primeiro é operado um olho e depois o outro. Para que não haja intercorrências o médico afirma que é muito importante instilar os colírios rigorosamente conforme a indicação do cirurgião. Todos os pacientes recebem um manual de recomendações pós cirúrgicos. Qualquer desconforto a recomendação é marcar uma consulta imediatamente com o cirurgião.

 

7 hábitos e posturas que prejudicam os ombros

Você pode não perceber, mas seus hábitos e posturas adotados no dia a dia podem prejudicar seus ombros.


Segundo a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista em RPG e Pilates, ao longo da vida é comum adotarmos posturas mais confortáveis para os mais diversos movimentos.
 
“Contudo, conforto não é sinal de postura correta. Esses hábitos se tornam vícios de postura que se refletem em dores e problemas musculoesqueléticos".

"Em relação aos ombros, há uma série de hábitos e posturas que os prejudicam. A dor nos ombros só perde para as lombalgias e cervicalgias. Mais da metade da população tem ou terá quadros dolorosos nessa articulação”, diz Walkíria.
 
Para ajudar você a cuidar melhor dos seus ombros, com a contribuição da especialista, elaboramos uma lista dos principais erros de postura e como corrigi-los. Confira. 


 

1- Dormir em cima do ombro

A má postura durante o sono pode causar diversos problemas. Muitas pessoas costumam dormir de lado. Para essa posição, o mais comum é apoiar o peso do corpo sobre o ombro.

Essa posição prejudica a circulação e pode provocar, ao longo tempo, tendinites e bursites. Outra consequência pode ser a ruptura do manguito rotador, uma das principais causas de problemas nos ombros.
 
Recomendação: A melhor posição para dormir é de lado. Contudo, é preciso deixar o ombro mais para frente do corpo. Além disso, é preciso usar um bom travesseiro e, se possível, um outro travesseiro no meio das pernas.


 

2- Usar o computador sem a ergonomia adequada

Usar o computador sem móveis adequados e com posturas ruins, sem dúvida, são as principais causas de problemas nos ombros. Manter a coluna ereta é a dica mais popular quando se fala em estação de trabalho.

Todavia, a altura da cadeira em relação à mesa é essencial para prevenir lesões nos ombros e na coluna cervical. Uma cadeira muito baixa em relação à mesa faz com que o ombro fique em uma posição mais elevada.

Outro aspecto é quando o teclado fica muito distante dos braços ou ainda quando a pessoa usa um notebook com um teclado muito pequeno, por exemplo. Todas essas posições levam, naturalmente, a pessoa a elevar os ombros para poder digitar.
 
Por fim, a falta de um apoio para o antebraço na hora de digitar também pode causar dores e lesões mais importantes nos ombros.
 
 
Recomendações

  • A cadeira deve ter uma altura em relação à mesa que permita que os antebraços fiquem bem apoiados
  • Os pés devem tocar o chão e as pernas devem formar um ângulo de 90 graus
  • A tela precisa estar a uma distância e em uma altura que evite a necessidade de abaixar ou de levantar demais a cabeça
  • Se possível, opte por teclados maiores e por mouses à parte no caso dos notebooks.

 
3- Manter os ombros elevados no dia a dia

A cifose, famosa “corcunda” é um desvio muito frequente da coluna. Muitas pessoas adotam essa postura, com inclinação do tronco para frente, na hora de trabalhar, estudar, usar o celular, comer e caminhar. O problema é que nessa postura, o ombro tende a se elevar mais do que deveria.
 
Recomendações
Manter uma postura ereta em todos os movimentos do dia a dia contribui para um melhor posicionamento dos ombros. Além disso, a autopercepção da posição em que os ombros se encontram também é importante para colocá-los no lugar certo.


 
4- Carregar muito peso em um ombro só


Carregar mochilas, bolsas e sacolas muito pesadas de um só lado vai sobrecarregar os ombros, bem como a região do pescoço e da coluna cervical. Quando isso é feito de forma rotineira, aumenta o risco do desenvolvimento de lesões nos ombros, como tendinites e bursites. 

Recomendações
Caso precise levar muitos itens no dia a dia dentro da bolsa, o melhor é usar uma mochila ou uma bolsa mochila. Para as compras de mercado, por exemplo, o ideal é dividir o peso nos dois braços. Caso seja possível, o melhor é usar os carrinhos ou mala de rodinhas para carregar as compras.


 
 5- Praticar esportes que usam os ombros (sem fortalecimento da musculatura)


Poucas pessoas sabem, mas muitos esportes que exigem esforços repetitivos dos ombros, podem causar lesões. O risco é maior quando a pessoa não realiza um trabalho de fortalecimento da musculatura que faz parte dos movimentos dos ombros. Entre esses esportes podemos citar tênis, basquete, vôlei, natação etc.
 
Recomendações: Nesses casos, a principal recomendação é fazer alongamentos de forma contínua, antes e depois dos esportes. Além disso, é imprescindível realizar treinos para fortalecer a musculatura dos ombros.
 
 

6- Deixar os ombros caídos

Isso mesmo, o ombro caído também pode provocar dores e lesões na região. Algumas pessoas podem adotar essa posição durante o trabalho, durante a caminhada, ao usar o celular e em outras diversas situações do dia a dia.
 
Recomendações: Preste atenção na sua postura no dia a dia. Procure perceber se os ombros estão caídos ou levantados demais. Caso seja preciso, é possível corrigir a postura por meio da RPG.


 
7- Fazer mais força do que o necessário 

Em certos movimentos, como abrir uma porta, varrer o chão, passar aspirador ou pentear os cabelos, por exemplo, podemos empregar mais força do que o necessário. Isso também sobrecarrega os ombros e pode causar dores ou lesões.
 
Recomendações: Procure realizar os movimentos que envolvem o ombro com mais sutileza.
 
 Proteja seus ombros
 
No dia a dia, é importante prestarmos mais atenção aos nossos movimentos e posturas. Uma das formas mais importantes para prevenir as lesões nos ombros é fazer alongamentos e treinos para fortalecer a musculatura da articulação.
 
“Quando o problema já está instalado, ou seja, quando a pessoa já tem uma lesão ou doença no ombro, é preciso realizar sessões de fisioterapia para aliviar a dor e a inflamação. Depois, pode ser feito um trabalho de Reeducação Postural Global (RPG)”, comenta Walkíria.
 
“Contudo, o trabalho de correção das posturas vai além das sessões de fisioterapia. Ou seja, a pessoa precisa se conscientizar e mudar seus hábitos e posturas no dia a dia para prevenir lesões e dores”, finaliza a fisioterapeuta.  


Dia do Autismo- 2 de abril

  

Os direitos de saúde das pessoas com autismo
Crédito: Canva
com
Autistas têm direito a cobertura de tratamento pelo SUS ou planos de saúde

 

Lei garante que portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA) também têm direitos sociais como atendimento preferencial, transporte gratuito, meia entrada e outros; advogada especializada no Transtorno e em Saúde comenta garantias no Dia Mundial de Conscientização do Autismo, no dia 2 de abril

 

O Dia Mundial de Conscientização do Autismo é no dia 2 de abril, e é uma oportunidade para divulgar, além das informações sobre o transtorno, também os direitos dos autistas. Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais, o autismo é um “transtorno neurológico caracterizado por comprometimento da interação social e da comunicação verbal e não-verbal, como comportamentos restritos e repetitivos, que muitas vezes são estereotipados”. 

Crianças ou indivíduos que se enquadram no TEA podem ter um tipo de comprometimento intelectual que, por sua vez, compromete o desenvolvimento e a evolução nas esferas sociais e acadêmicas. O autismo pode ser definido como uma síndrome comportamental que pode incluir características como: dificuldade de interação social; déficit de comunicação social, tanto quantitativo quanto qualitativo; padrões inadequados de comportamento, que não possuem uma finalidade social. 

“Como é uma condição permanente, a criança nasce com autismo e torna-se um adulto autista. Assim como qualquer ser humano, cada pessoa com autismo é única. É muito importante destacar que o autismo não é uma doença, mas, sim, uma característica, assim como a cor dos olhos de cada um”, explica a advogada especializada em direitos da Saúde e em Transtorno do Espectro Autista, Tatiana Viola de Queiroz. 

Aproveitando o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, ela listou os principais direitos das pessoas com transtorno de espectro autista, em relação à Saúde, além de alguns amparos sociais:


Planos de saúde 

Quem tem plano de saúde particular tem direito à cobertura do tratamento para o TEA. No entanto, um problema comumente enfrentado por esses pacientes é o limite de sessões anuais de terapias que os planos privados impõem. “Porém, é fundamental destacar que esse consumidor está amparado pela lei para que todas as sessões prescritas pelo médico sejam fornecidas ou custeadas”, esclarece a advogada. 

“A Agência Nacional de Saúde (ANS) determina em sua Resolução Normativa nº 469 de 2021 que todos os beneficiários de planos de saúde portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA) de todo o País tem direito a número ilimitado de sessões com psicólogos, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos para o tratamento de autismo, o que se soma à cobertura ilimitada que já era assegurada para as sessões com fisioterapeutas, esclarece a especialista. 

É extremamente importante lembrar também que o médico é o responsável pela orientação terapêutica ao paciente, logo, se o médico responsável determinar que o paciente precisa de tratamento prolongado, sem limite de sessões, as operadoras de planos de saúde não podem determinar a quantidade de terapias”, afirma.


SUS 

Para os usuários do SUS, a premissa é a mesma e, para ter acesso ao tratamento, a primeira providência é conseguir o diagnóstico e o laudo do médico. Para isso, o usuário deve procurar a UBS - Unidade Básica de Saúde - mais próxima de sua residência e depois o CAPS - Centro de Atenção Psicossocial. 

“Em relação aos casos em que houver a necessidade de medicação, as pessoas com TEA têm direito ao remédio gratuitamente, mas para isso é fundamental que na receita conste o nome genérico do medicamento, e não o nome fantasia. Com a receita em mãos, o usuário deve ir a uma farmácia credenciada ou na rede própria do governo com documento de identificação com foto e solicitar o remédio”, orienta a advogada. 

Caso o remédio tenha um custo muito alto e não esteja na lista padronizada do SUS, dificilmente o paciente conseguirá o medicamento sem uma ordem judicial, no entanto, o pedido de forma administrativa deve ser feito sempre. “Caso haja negativa, será então preciso acionar o Poder Judiciário e comprovar três requisitos: que não há outro medicamento na lista do SUS que sirva para aquele paciente, que o medicamento pleiteado tem registro na ANVISA e que não possui condições financeiras de adquirir o remédio com recursos próprios”, afirma a especialista.

 

Direitos sociais 

É previsto por lei que pessoas com deficiência - entre elas os autistas - têm direito à fila e atendimento preferencial em estabelecimentos públicos e privados. Os autistas também têm direito aos assentos preferenciais em transportes coletivos. “O autismo ‘não tem cara’, caso haja qualquer questionamento ou problema, basta informar sobre a condição. No entanto, é importante ter sempre o laudo médico em mãos para a necessidade de comprovação”, diz. 

O autista também tem como direito o não pagamento de alguns impostos na compra de um automóvel zero quilômetro (IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados), ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e Comunicação e IPVA - Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores). 

Outro direito garantido por lei aos autistas é estacionar o carro em vagas especiais. “No entanto, para comprovar esse direito é obrigatório o uso do cartão DEFIS. Caso a pessoa não coloque o cartão no carro, o automóvel pode ser multado e até mesmo guinchado”, alerta a dra. Tatiana. 

Ademais, é garantido ao autista a meia entrada em eventos culturais e esportivos, assim como o seu acompanhante. “Não há necessidade de ser de baixa renda, e para que o acompanhante tenha direito também não é preciso que o deficiente dependa dele para realizar as suas atividades”, finaliza a especialista.


 

Dra. Tatiana Viola de Queiroz - Sócia-fundadora do Viola & Queiroz Advogados, especialista em Autismo, tem mais de 20 anos de experiência como advogada. É Pós-Graduada e especialista no Transtorno do Espectro autista, em Direito Médico e da Saúde, em Direito do Consumidor, em Direito Bancário e em Direito Empresarial. É membro efetivo da Comissão de Direito à Saúde da OAB/SP. É diretora jurídica do Instituto Multiplicando de Apoio à Pessoa com Deficiência. Atuou por oito anos como advogada da PROTESTE, maior associação de defesa do consumidor da América Latina.


Mês do sono: ronco pode ser sinal de alerta para distúrbio

Especialistas recomendam consultar um profissional de saúde quando o ronco é muito alto, constante e regular

 

Um som rouco e áspero sendo emitido repetidamente durante a madrugada. O incômodo gerado pelo ronco é conhecido por muitas pessoas. O que poucos se dão conta é que, mais do que um ruído irritante, ele é um dos principais sinais de distúrbios do sono. Problemas como apneia obstrutiva, por exemplo, são bastante comuns. Segundo um estudo publicado em 2018 pela revista científica The Lancet, mais de 936 milhões de pessoas no mundo vivem com tal disfunção. 

O ronco ocorre a partir da vibração dos tecidos das vias aéreas quando o indivíduo faz muito esforço para respirar. Idade, obesidade, problemas nasais, cansaço, hábito de dormir com a barriga pra cima e consumo de bebidas alcoólicas são algumas das possíveis causas. Mas, quando é muito alto, constante e regular, o ronco pode ser sinal de alerta para a apneia do sono. 

“A interrupção da respiração por mais de 10 segundos já é considerada apneia do sono. Este distúrbio pode fazer com que a pessoa acorde várias vezes durante a noite e prejudica a qualidade do sono, causando irritabilidade, cansaço excessivo, entre outros sintomas. Além disso, quando não tratada, pode provocar hipóxia, que é a redução dos níveis de oxigênio do sangue e, até mesmo, alterações cardiorrespiratórias", explica a fisioterapeuta neurofuncional, Aline Cruz, que é preceptora da clínica de fisioterapia do Centro Universitário Newton Paiva.

 

Ajuda especializada 

Muitas pessoas têm dúvidas em relação ao profissional que deve ser procurado em casos de distúrbios do sono. Como são inúmeras as possibilidades de causas, médicos, fonoaudiólogos e psicólogos são alguns dos especialistas que podem atuar no diagnóstico e tratamento. Recentemente, a fisioterapia também entrou nessa lista, conforme a resolução nº 536/2021 do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO). Aline ressalta ainda que os fisioterapeutas são profissionais de primeira escolha, aqueles que podem ser procurados diretamente pelo paciente sem encaminhamento prévio. 

O papel da fisioterapia nesse tratamento é amplo. Uma das formas de atuação desse profissional é na utilização do chamado CPAP, uma máscara utilizada durante o sono para manter as vias aéreas abertas. “O fisioterapeuta ajuda o paciente a selecionar o modelo ideal, titular a pressão necessária e se adequar ao equipamento, que pode ter uma adaptação difícil”, explica a especialista. 

O fisioterapeuta também passa exercícios respiratórios e alongamentos adequados ao caso de cada paciente. Fatores que podem ser decisivos tanto na qualidade quanto na quantidade do sono. Além disso, ele tem autonomia para passar orientações gerais. “Evitar consumo de cafeína após às 18h, pegar sol durante o dia, dormir sempre em um ambiente escuro e praticar atividades físicas regularmente são algumas medidas que podem ajudar qualquer pessoa a dormir melhor”, finaliza a professora da Newton Paiva.

 

 Centro Universitário Newton Paiva


Março em cores - Mês de conscientização sobre o câncer colorretal

 Nova ferramenta online da Merck promove entendimento sobre a saúde do intestino e estimula a procura por ajuda especializada

  • Responder a 10 perguntas objetivas, que seguem acompanhadas de informações científicas, pode ser o primeiro passo em direção ao melhor cuidado da saúde intestinal

 

O diagnóstico correto e precoce do câncer colorretal é uma das principais estratégias contra a doença, podendo fazer toda a diferença no tratamento e prognóstico de um paciente. Entretanto, apenas 40% dos casos desse tipo de câncer são identificados em estágio inicial, pois, nesse início, a condição costuma ser assintomática[i]. Visando alertar sobre este cenário, a Merck, empresa líder em ciência e tecnologia, aproveita o mês de conscientização e prevenção do câncer colorretal para lançar uma ferramenta online e gratuita que tem como objetivo ajudar a compreensão da própria saúde intestinal e estimular a busca por um médico especialista. 

Os sintomas e sinais mais comuns do câncer colorretal, também conhecido como câncer do intestino grosso ou de cólon e reto, são: presença de sangue nas fezes; alteração do hábito intestinal, como diarreia ou prisão de ventre; dor ou desconforto abdominal; fraqueza e anemia; perda de peso sem causa aparente[ii]. Todavia, essa gama de sintomas também está presente em outros problemas de saúde como hemorroidas e infecções. Por isso, a investigação com um médico especialista é imprescindível para um diagnóstico correto2

“É muito importante conhecer os próprios hábitos intestinais e estar atento a qualquer alteração na frequência ou na aparência da evacuação, principalmente se o indivíduo fizer parte dos grupos de risco da doença”, comenta dr. Luiz Magno, diretor médico da Merck. Os principais fatores de risco do câncer colorretal são idade igual ou superior a 50 anos; excesso de peso corporal; alimentação pobre em frutas, vegetais e outros alimentos que contenham fibras; consumo excessivo de carnes processadas e carne vermelha; histórico familiar; tabagismo e consumo de bebidas alcóolicas3

“Evitar hábitos prejudiciais à saúde e acompanhar a saúde intestinal podem diminuir as chances de desenvolver a doença. Ferramentas como a que lançamos não substitui a consulta médica, mas são um ótimo indicador de que talvez seja melhor procurar a opinião de um especialista, caso algum padrão relacionado a doenças intestinais, incluindo o câncer, seja identificado”, finaliza Magno. 

Além de servir como um direcionador inicial sobre a saúde intestinal, a nova ferramenta online da Merck fornece, em poucos minutos, um relatório personalizado a partir das respostas selecionadas pelo internauta que pode contribuir para que ele tire suas dúvidas com o médico especialista. Esse lançamento dá continuidade à campanha Março em Cores, criada pela farmacêutica em 2017 para trazer atenção para o câncer colorretal, além de levar informação e empatia aos pacientes em tratamento. 

Este ano, o mote da campanha é “Março em Cores, um mês para lembrar, todos os dias para prevenir” e tem o intuito de fazer com que as pessoas se lembrem da importância da prevenção, já que durante a pandemia, os diagnósticos desse tipo de câncer diminuíram em 50%4

Além de ações com influenciadores e conteúdos para público leigo nas redes sociais, a campanha também contará com uma ativação presencial no Conjunto Nacional, localizado na Avenida Paulista, do dia 25 a 27 de março, das 10h às 18h, em que a população poderá tirar uma foto e contribuir para a montagem de um painel com objetivo de aumentar a conscientização sobre o câncer colorretal.
 

 

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[i]. Detecção precoce de pólipos e Câncer Colorretal. Oncoguia. Acesso em 7 de março de 2022.

2. Oncoguia -- Sobre o Câncer Colorretal. Acesso em 7 de março de 2022.

3. Tipos de câncer: câncer de intestino. INCA -- Instituto Nacional de Câncer. Acesso em 7 de março de 2022.

4. Após queda de 50% nos diagnósticos, pacientes de câncer enfrentam adiamento de cirurgias. Oncoguia. Acesso em 7 de março de 2022.


Mancha na unha pode ser sinal de câncer de pele: entenda a importância do diagnóstico e tratamento precoce

 Apesar de em muitos casos lesões nas unhas serem benignas, é muito importante ficar de olho nos sintomas. Oncologista comenta no que é preciso ficar atento e quando buscar por aconselhamento médico

 

Os cânceres de pele são os mais incidentes no Brasil, representando cerca de 33% os tumores malignos registrados -- um número que chega a 185 mil novos casos por ano, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). O melanoma corresponde a 5% deste total, mas, apesar de ser um dos tipos de tumores que afetam o órgão com menor prevalência entre a população, é considerado o mais grave e com grande potencial metastático. 

Quando a doença ocorre nas unhas, também conhecida como melanoma subungueal ou câncer de unha, a Dra Sheila Ferreira, oncologista da Oncoclínicas em São Paulo, conta que as manchas podem variar entre tons de marrom e cinza. “Muitas vezes pode ser apenas uma lesão benigna -- como um hematoma ocasionado por um impacto ou ainda por uma infecção localizada -, mas que não deve ser desconsiderada em um possível diagnóstico de melanoma ou outro tipo de tumor de pele”, reforça a médica. 

Além disso, a oncologista complementa que é fundamental que as manchas sejam investigadas o quanto antes. “É preciso buscar aconselhamento médico especializado principalmente quando a mancha surge repentinamente, sem algum acontecimento relacionado que justifique. Para comprovar se aquela alteração representa de fato um melanoma da unha, é necessário realizar a biópsia”, frisa a especialista. 

Feito o diagnóstico da lesão cancerígena, é recomendável a ressecção cirúrgica da área. Considerando o tumor localizado entre a cutícula e a unha, o procedimento consiste na retirada de todo o tecido comprometido, podendo chegar até o osso. Em situações mais graves, pode ser necessária a amputação parcial ou completa do dedo. 

Em estágios mais avançados da doença, além da cirurgia, o tratamento pode envolver radioterapia e/ou uso de terapia-alvo ou mais raramente quimioterapia Adicionalmente, diversos estudos apontam boas respostas de pessoas diagnosticadas com melanoma à chamada imunoterapia, medicação que estimula o sistema imunológico do paciente, fazendo com que o próprio sistema de defesa do organismo passe a reconhecer e combater as células “estranhas”. 

“Os sintomas não devem ser ignorados, mesmo que não causem dor ou algum outro tipo de desconforto. O melanoma pode avançar para os nódulos linfáticos e levar ao surgimento de metástases no cérebro, fígado, ossos e pulmões. O diagnóstico precoce é fundamental para o combate ao câncer”. 

De acordo com Sheila Ferreira, esse tipo de tumor surge por conta do crescimento anormal dos chamados melanócitos, células que produzem a melanina, dando cor e pigmentação à pele. “Pessoas de pele clara, cabelos claros e sardas são mais propensas a desenvolver o câncer de pele. A idade é um fator que também deve ser considerado, pois quanto mais tempo de exposição da pele ao sol, mais envelhecida ela fica. Evitar a exposição excessiva e constante aos raios solares sem a proteção adequada é a melhor medida -- e isso vale desde a infância. Vale lembrar que, mesmo áreas não expostas diretamente ao sol e menos visíveis -- como o couro cabeludo -- podem apresentar manchas suspeitas”, diz. 

O câncer de pele melanoma é, na maioria das vezes, agressivo. “São geralmente casos que se iniciam com pintas ou manchas escuras na pele, novas ou de nascença, que passam a apresentar modificações ao longo do tempo. As alterações a serem avaliadas como suspeitas são o que qualificamos como ABCDE -- Assimetria, Bordas irregulares, Cor e Diâmetro e Evolução”, explica a especialista.

  • Assimetria: quando metade da lesão é diferente da outra parte
  • Bordas: se a pinta, sinal ou mancha apresenta um contorno irregular
  • Cor: quando a lesão possui cores diferentes, podendo ser entre vermelho, marrom e preto
  • Diâmetro: caso a lesão apresente um diâmetro maior do que 6 mm
  • Evolução: mudanças nas características da lesão ao longo do tempo (tamanho, forma, cor)

"Trazer informações sobre o assunto é fundamental para que cada vez mais pessoas conheçam os sinais do seu próprio corpo e consigam identificar alguma anormalidade da pele. Além disso, deve-se sempre destacar sobre a necessidade do uso do protetor solar diariamente, sendo ele uma das principais alternativas para a prevenção da doença que atinge milhares de pessoas todos os anos. A boa notícia é que, atualmente, temos diversas opções de tratamento e que as chances de cura aumentam muito quando o diagnóstico é feito em estágios iniciais, daí a importância de procurar precocemente auxílio médico na identificação de uma lesão suspeita", finaliza Sheila Ferreira.


Quem tem endometriose pode ter filhos?

Créditos: MF Press Global
A possibilidade de engravidar depende das particularidades de cada caso

 

Antes de mais nada, vale ressaltar que quando falamos sobre infertilidade, nos referimos a dificuldade ou impossibilidade de engravidar de um casal e não somente da mulher. Existem fatores masculinos e femininos que contribuem igualmente em importância para a infertilidade do casal e dentre os fatores femininos, a endometriose tem um papel de destaque. 

A endometriose é uma doença ginecológica comum, estrogênio dependente e inflamatória que afeta cerca de 4 a 10% das mulheres em idade reprodutiva do mundo (176 milhões de mulheres). Ela é classicamente definida pela presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina e pode ser encontrada em basicamente 3 formas: implantes superficiais, cistos ovarianos (endometriomas) e profunda infiltrativa. 

Devido a doença não apresentar sintomas tão específicos e do diagnóstico só ser realmente confirmado após a visibilização das lesões durante procedimento cirúrgico vídeolaparoscópico e da análise dessas lesões removidas por uma médico patologista, o retardo no diagnóstico da doença é muito frequente, levando entre 7 e 10 anos para que se tenha o diagnóstico definitivo, em vários países desenvolvidos do mundo. Não existem métodos diagnósticos laboratoriais não invasivos capazes de diagnosticar a doença. 

O estilo de vida e o meio ambiente podem influenciar alterações de fatores imunológicos e inflamatórios em algumas mulheres, que parecem estar associados à presença e desenvolvimento da endometriose. Alterações da resposta celular aos hormônios esteroides levam a uma desregulação da resposta inflamatória promovendo a progressão da doença através da prevenção da morte celular do tecido endometrial fora do útero e formação de aderências, invasão de tecidos e proliferação celular.

Em pesquisas realizadas no endométrio de pacientes inférteis portadoras de endometriose, foram encontradas alterações das populações de células do sistema imune que poderão compor um novo rumo para o diagnóstico da doença, nesse grupo de pacientes em algum momento futuro.As pacientes portadoras de cistos ovarianos (endometriomas) podem apresentar, mesmo antes do tratamento cirúrgico, diminuição da reserva ovariana apresentando diminuição do número de folículos ovulatórios e consequentemente o número de óvulos viáveis, levando à infertilidade. 

O tratamento cirúrgico desses cistos pode contribuir para a diminuição da reserva ovariana de acordo com as técnicas aplicadas para remoção deles e de suas cápsulas. A remoção mecânica da cápsula dos endometriomas pode por si só causar danos ao tecido ovariano diminuindo o número de folículos, causando sangramento e formação de aderências, levando a necessidade de aplicação de energia no tecido ovariano para conter sangramento que gera um dano térmico do mesmo. 

Além disso, devido a proximidade e íntima relação entre as tubas uterinas e os ovários, no momento da remoção dos cistos e suas cápsulas, as tubas uterinas podem ser afetadas por dano térmico ou mecânico, apresentarem sangramento, envolverem-se em processos aderenciais futuros (pós-operatórios) que podem dificultar a sua livre mobilização e captação de óvulos no momento da ovulação. As tubas uterinas também podem apresentar lesões de endometriose na região das fímbrias, que são estruturas responsáveis pela captação dos óvulos, dificultando e até mesmo impossibilitando esse processo. 

A endometriose profunda infiltrativa também pode levar a infertilidade e as pacientes portadoras dessa forma de doença, apresentam taxas de gravidez espontânea baixas que variam entre 8,7 e 13%. Essa variação da doença é frequentemente encontrada no intestino, bexiga urinária, ureteres, infiltrando diafragma (músculo da respiração), parede abdominal, músculos pélvicos e nervos. 

Pacientes submetidas a tratamento cirúrgico da endometriose intestinal com técnicas variada, como o shaving (remoção das lesões de endometriose da superfície da parede do intestino) ou ressecção de um fragmento da alça intestinal (discóide ou segmentar), resultam em uma mesma incidência de gestação pós tratamento, cerca de 52,1%. Porém, a obtenção de gestação espontânea, sem a necessidade de procedimentos de fertilização, é maior no grupo que realizou ressecção segmentar ou discóide, atingindo cerca de 73,7%. 

Pacientes que apresentam adenomiose e endometriose associadas no exame de  ressonância nuclear magnética de pelve, apresentam piores resultados na obtenção de gravidez do que as pacientes que apresentam diagnóstico de ressonância nuclear magnética de pelve, de adenomiose e endometriose separadamente. Estudos moleculares demonstram que as pacientes que apresentam alta expressão de determinadas moléculas nas células do endométrio, engravidam mais do que as que apresentam baixa expressão das mesmas.

 São muitos os fatores que podem influenciar na fertilidade da mulher que tem endometriose, pois a doença é uma alteração particular de cada uma e quanto mais cedo for realizado o diagnóstico detalhado da doença, melhores serão planejados os seus tratamentos e mais eficazes serão seus resultados. A mulher com endometriose pode sim engravidar e ter filhos, antes ou depois do tratamento a depender do tipo de doença e das particularidades de cada caso.


Práticas esportivas e uso de aparelhos auditivos: há restrições?

Pixaba
Ao contrário do que se pode pensar, próteses auriculares não impedem a prática de atividades físicas; especialista ressalta a importância de desmistificar a ideia de restrições à rotina em razão do aparelho

 

Quem pratica esportes regularmente sabe dos benefícios das atividades físicas para a saúde. E para quem utiliza aparelhos auditivos, a prótese não é desculpa para ficar com o corpo parado – muito pelo contrário, já que usar o equipamento pode até melhorar a performance em alguns casos.

“Aparelhos auditivos e atividades físicas combinam”, comenta Márcia Bonetti, fonoaudióloga e responsável técnica da Audiba, empresa paranaense de aparelhos auditivos. “Muitos usuários têm essa dúvida, mas é importante reforçar que não há contraindicação para a prática de exercícios. Aliás, em esportes em grupo, como futebol ou vôlei, o aparelho facilita a compreensão com os demais integrantes da equipe, além de contribuir para o equilíbrio e consciência espacial”.

É importante, contudo, que cada paciente seja avaliado por um fonoaudiólogo antes de iniciar as atividades. Com uma análise dos hábitos e dos exercícios realizados, o profissional irá verificar quais são as maiores necessidades do usuário, indicando o melhor aparelho para a sua rotina, além de realizar um acompanhamento periódico para adaptação e orientar sobre os cuidados principais com a prótese.

“De modo geral, deve-se cuidar com a exposição à umidade excessiva, uma vez que a água pode causar algum defeito técnico ao aparelho”, explica a fonoaudióloga. “Nesses casos, utilizar uma faixa de transpiração pode ser uma alternativa, já que evita o contato direto com o suor. Caso o usuário transpire em excesso, é preciso rever o uso contínuo”. 

Assim, exercícios que envolvam o contato direto com a água, como natação, também precisam ser feitos sem o aparelho.  Do mesmo modo, atividades de impacto não devem ser realizadas com a prótese, já que práticas como artes marciais podem causar danos ao equipamento e até mesmo lesões na orelha.


Desmistificar as restrições

Praticar atividades físicas é fundamental para a saúde, já que os exercício fortalecem o corpo, melhoram o equilíbrio, a coordenação motora e a agilidade e contribuem para recuperar diversas condições do organismo e estimular sensações de prazer. Assim, mesmo quem faz uso de aparelho auditivos deve manter a prática esportiva em sua rotina. Para tanto, o primeiro passo é desfazer a concepção de que há restrições para o uso da prótese. 

“As pessoas precisam desmistificar a ideia de que o aparelho é usado só em casa ou no trabalho. Ele proporciona uma vida normal e não impede que o paciente cumpra seus afazeres ou precise impor limites à sua rotina”, ressalta Marcia.

Para a especialista, realizar consultas regulares com fonoaudiólogo e se preocupar com a manutenção correta do aparelho de acordo com as recomendações irá garantir uma maior qualidade de vida para o paciente. 

“Hoje em dia, as próteses possuem alta tecnologia. Além de permitirem a audição em quase 100% em muitos casos, são visivelmente menores, o que não atrapalha em nada a estética”, conclui a responsável técnica da Audiba.


Mentiras no currículo podem fechar portas, adverte especialista do CIEE One

Informações falsas geralmente estão relacionadas ao nível de proficiência de um idioma e formação complementar


Com o objetivo de alcançar a tão sonhada vaga de estágio, alguns jovens acabam decidindo ‘turbinar’ o currículo da maneira menos apropriada: acrescentando experiências e competências que na verdade não possuem. De acordo com Renata Honda, supervisora do CIEE One - processos seletivos especiais, os candidatos costumam mentir a respeito da formação acadêmica, conhecimento de idiomas e chegam, até mesmo, a plagiar a redação solicitada no processo seletivo.

“Ao contrário do que os candidatos imaginam, a mentira pode ser facilmente identificada pelos recrutadores durante o processo seletivo. Para os casos de certificação do nível de proficiência de uma língua estrangeira, as empresas têm adotado testes on-lines com mecanismos de segurança para certificar que não existiu fraude durante o processo”, conta Renata.

No caso de cursos de formação complementar, é recomendado que o candidato descreva no currículo a instituição de ensino, além do tempo de duração do curso. Para quem deseja realmente aperfeiçoar o currículo, a instituição filantrópica disponibiliza cursos gratuitos por meio do CIEE Saber Virtual, plataforma que conta com tecnologia AVA.

A especialista ainda alerta que mentiras relacionadas ao interesse do jovem na vaga podem prejudicá-lo também. “Recomendamos que o jovem sinalize quando ele não estiver interessado na oportunidade, pois alguns simplesmente não aparecem na entrevista, ou inventam desculpas para não seguir no processo seletivo, e isso pode prejudicar em ocasiões futuras”, conta.

 

 

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