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terça-feira, 29 de março de 2022

Quantidade de brasileiros ilegais flagrados nos EUA cai 48% em fevereiro

No entanto, nos dois primeiros meses do ano, crescimento já é de 47% em comparação com 2021


 

Em fevereiro, 1.588 brasileiros foram detidos ou expulsos nas regiões de fronteira dos Estados Unidos, tentando entrar ilegalmente no país. O número é 48% menor do que os 3.086 encontros de janeiro, mas ainda assim 47% acima do anotado em fevereiro de 2021 (1.077). Os dados são de um levantamento realizado pelo escritório de advocacia imigratória AG Immigration, com informações do Serviço de Proteção das Fronteiras dos EUA (CBP, na sigla em inglês).

 

Nos dois primeiros meses do ano, as autoridades imigratórias americanas já registraram 4.674 encontros com brasileiros, bem acima dos 1.511 realizados no mesmo período do ano anterior. O crescimento é de 209%.


Encontro é um termo técnico dos órgãos de controle de fronteiras e refere-se a dois tipos distintos de eventos: apreensões, em que imigrantes são levados sob custódia para aguardarem julgamento; e expulsões, quando eles são imediatamente enviados para o seu país de origem ou último país de trânsito, sem serem mantidos em custódia.

 

“Tivemos um pico nas apreensões e detenções de brasileiros entre abril e dezembro do ano passado, com os números mensais sempre na casa dos oito ou dez mil, mas parece que a situação está se normalizando agora no começo de 2022”, analisa o sócio-fundador e CEO da AG Immigration, o advogado Felipe Alexandre.

 

De acordo com ele, pode ter havido um ímpeto maior dos brasileiros, em 2021, para entrar ilegalmente nos EUA, imaginando que a administração do presidente Joe Biden, em seu primeiro ano de governo e assumidamente mais amigável aos imigrantes, pudesse ser mais branda no controle de fronteira. “Mas não foi isso o que aconteceu. Ainda que, de fato, Joe Biden esteja dinamizando o sistema imigratório americano e facilitando a entrada de certos imigrantes, ele não pode simplesmente deixar de cumprir as leis de imigração do país”, afirma Alexandre.

 

Do total de encontros com brasileiros efetivados em janeiro e fevereiro, 24 foram relacionados a crianças desacompanhadas.


 

Brasil: o sétimo país mais deportado


A Polícia de Imigração e Alfândega (ICE) ainda não divulgou a versão completa de seu relatório anual de operações referente a 2021, mas dados de 2020 revelam que o Brasil foi o sétimo país que mais teve cidadãos deportados naquele ano, atrás apenas de México, Guatemala, Honduras, El Salvador, Equador e Índia.

Foram 1.902 remoções, número que é 7,45% superior ao registrado em 2019, quando o Brasil era o oitavo colocado da lista. A estatística é elaborada com base na cidadania da pessoa deportada, não necessariamente em seu país de residência.

A expectativa dos especialistas é de que o número de 2021 pode apresentar um salto bastante significativo.

 

 

Encontros com russos e ucranianos

 

A invasão da Ucrânia pela Rússia, iniciada em 24 de fevereiro, ainda não impactou os números de ucranianos detidos ou expulsos nas fronteiras americanas. Em fevereiro, foram 1.147 – mesmo patamar dos meses anteriores. Em janeiro, por exemplo, haviam sido 1.142.

 

Quando analisados juntos, contudo, os dois primeiros meses do ano somam 2.289 apreensões ou expulsões de ucranianos, um número 74% maior do que as 1.315 do mesmo período de 2021.

 

São, porém, os encontros com russos que chamam mais a atenção. Desde maio do ano passado, notou-se um aumento repentino das apreensões e remoções de cidadãos da Rússia nas fronteiras dos EUA, o que alguns observadores avaliam como uma antecipação por parte desses imigrantes dos efeitos de uma possível guerra que se anunciava.

 

Em abril, por exemplo, já havia notícias na imprensa internacional apontando que a Rússia estava posicionando cerca de 100 mil soldados na divisa com a Ucrânia. Desde então, os Estados Unidos começaram a alertar sobre uma possível invasão.

 

Em dezembro, a quantidade de encontros com russos nas fronteiras americanas atingiu o pico: 3.406 – seis vezes mais do que a média para o mesmo mês nos dois anos anteriores. Em janeiro e fevereiro, já são 4.645 encontros – 207% acima dos 1.510 do mesmo período de 2021.

 


 

Dr. Felipe Alexandre - fundador da AG Immigration é referência internacional em assuntos ligados a imigração, vistos e green cards. Figura há 5 anos como um dos 10 melhores advogados de imigração do Estado de Nova York, prêmio concedido pelo “American Institute of Legal Counsel”. Considerado, em 2021, um dos 10 principais advogados da Califórnia, em votação da revista jurídica “Attorney & Practice Magazine”, e reconhecido pela “Super Lawyers (Thomas Reuters)” como referência no campo das leis imigratórias dos EUA. Nascido no Brasil, mudou-se para os Estados Unidos ainda criança. Tem dedicado sua carreira à comunidade estrangeira que busca viver legalmente no país.  

www.agimmigration.law 


MEI precisa declarar Imposto de Renda como Pessoa Física?

O prazo de envio da declaração de pessoa física iniciou em 7 de março e termina dia 29 de abril

 

O Microempreendedor Individual (MEI) informa a renda como pessoa Jurídica por meio da chamada Declaração Anual Simplificada para o Microempreendedor Individual (DASN-SIMEI). Mas ele também tem suas responsabilidades fiscais como Pessoa Física caso se enquadre em alguma das situações de obrigatoriedade.

Se o empreendedor conseguiu como MEI uma soma superior a R$ 40 mil no ano, deverá entregar a declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). A Receita obriga todos que receberam rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima desse valor a entregar a declaração de Pessoa Física.

O mesmo acontece caso o MEI tenha recebido rendimentos tributáveis em 2021 superiores a R$ 28.559,70. Essa situação pode acontecer se o empreendedor possui outra fonte de renda, por exemplo, trabalhando também com carteira assinada.

Ele também é obrigado a entregar a declaração se possuir bens e direitos superiores a R$ 300 mil, entre outros casos listados mais abaixo.


COMO DECLARAR A RENDA OBTIDA COMO MEI?

Depois de formalizado o cadastro como MEI, o contribuinte poderá fazer retiradas a título de lucros ou pró-labore. Os lucros são isentos até o limite dos percentuais estabelecidos na legislação ou em valor maior, se apurado mediante escrituração contábil.

Se, por exemplo, a atividade exercida for prestação de serviços, é preciso aplicar 32% sobre a receita bruta anual para encontrar o rendimento isento e informá-lo em "Lucros e Dividendos Recebidos", da ficha Rendimentos Isentos e Não Tributáveis. No caso de comércio, indústria e transporte de carga, a faixa de isenção é 8%. Para transporte de passageiro, ela é 16%.

Eventual excesso deve ser informado como rendimento tributável na ficha Rendimentos Tributáveis Recebidos de PJ pelo Titular. Demais valores, como, por exemplo, retirada de pró-labore ou salários recebidos, são tributados na fonte e na declaração de ajuste anual também devem ser informados na ficha Rendimentos Tributáveis.

Veja um exemplo elaborado pelo Sebrae. Considere um MEI do setor de Serviços que tenha uma receita anual bruta de R$ 60 mil e que comprove uma despesa de R$ 10 mil. Nesse caso, os cálculos seriam feitos conforme a tabela abaixo:

Neste caso, como os rendimentos tributáveis ultrapassam R$ 28.559,70, ele estaria obrigado a entregar a Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física. O preenchimento do exemplo seria da seguinte forma:

- Ficha de Rendimentos Tributáveis Recebidos de PJ: R$ 30.800.
- Ficha de Rendimentos Isentos - Lucros e Dividendos recebidos pelo titular: R$ 19.200.

 

MAIS SOBRE O IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA

PRAZO PARA ENTREGA

O prazo de envio iniciou às 8 horas do dia 7 de março e termina às 23h59 do dia 29 de abril de 2022.

 

QUEM DEVE DECLARAR

Rendimentos tributáveis - Quem recebeu, no ano-calendário de 2021, rendimentos tributáveis cuja soma foi superior a R$ 28.559,70. Ou o produtor rural que obteve receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50.

Doações – Aquele que efetuou doações, inclusive em favor de partidos políticos e candidatos a cargos eletivos.

Rendimentos isentos – Quem recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40.000,00.

Ganho de capital – Quem obtive, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas.

Bens e direitos – Aquele que, em 31 de dezembro, acumulou a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300.000,00.

Novos residentes – Quem passou à condição de residentes no Brasil em qualquer mês e nessa condição encontrava-se em 31 de dezembro.

Imóveis residenciais – Aquele que optou pela isenção do IR incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no País, no prazo de 180 dias contado da celebração do contrato de venda, nos termos do art. 39 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005.

 

TIPOS DE DECLARAÇÃO

Completo – Permite fazer deduções, como de dependentes, Previdência, pensão alimentícia, livro caixa, empregado doméstico, entre outros.

Simplificada – Possibilita desconto de 20% dos rendimentos tributáveis na declaração, limitado a R$ 16.754,34.

 

O QUE PODE SER ABATIDO DO IR

Dependentes – limitado a R$ 2.275,08

Educação– com limite de R$ 3.561,50

Contribuição para Previdência oficial – valor pago durante o ano

Previdência complementar – desconto limitado a 12% dos rendimentos

Pensão alimentícia – valor pago

Livro Caixa – despesas permitidas

Doações ECA (cultura, esporte, idosos) – limitada a 6% do IR devido

 

  

Redação DC 

Da equipe de jornalistas do Diário do Comércio

https://dcomercio.com.br/categoria/leis-e-tributos/mei-precisa-declarar-imposto-de-renda-como-pessoa-fisica

 

Os impactos da alienação parental na criança e as consequências para o/a alienante

Você já ouviu falar em alienação parental? É qualquer interferência no desenvolvimento mental da criança ou adolescente promovida ou instigada por um dos parentes, geralmente mãe, pai ou avós, mas pode ser praticada por qualquer outro adulto que esteja na supervisão, autoridade ou controle da criança ou adolescente. De maneira prática, essa alienação consiste em proibir um dos pais ou responsável pela criança de ver o menor ou difamar e induzir a criança a ter uma aversão do GA (genitor alienado) de maneira negativa. Esse tipo de ação abala muito a saúde mental da criança e, infelizmente, aumentou dez vezes nos últimos cinco anos, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O agravante é que, na maioria dos casos, a alienação é praticada pelo(a) genitor(a) que detém  a guarda da criança. Isso acontece, sobretudo, quando há um desafeto entre os genitores do menor. E, nesse caso, a mãe começa a dizer que o pai é má companhia, ou vice-versa, e afasta a criança dele, julgando que é a melhor decisão.

Outra forma comum é usar os filhos para atingir o ex-companheiro ou vice e versa, privando-o de vê-los para causar sofrimento. A criança cresce ouvindo a mãe ou o pai falar mal um do outro. Muitas vezes, uma das partes é acusada de estar “criando errado” ou ser uma péssima influência, tirando a autoridade dela sobre o filho. Imagina o emocional dessa criança como fica diante dessa situação.

Mas como justificar uma alienação parental? Para o GA se defender, deve coletar provas e evidências de que está sendo alienado para, então, entrar com uma ação. Então será marcada uma audiência e, caso seja comprovado que a alienação está acontecendo, o juiz aplicará uma advertência ao genitor alienante. Caso ele não mude de comportamento, são aplicadas outras medidas como aumento do tempo de guarda do GA, multa ao alienante, ou até mesmo alteração da guarda, convertendo a guarda compartilhada para unilateral em favor do GA. Por fim, o juiz pode emitir uma medida cautelar que remova autoridade parental do genitor alienante, incluindo obrigação ao menor de seguir acompanhamento psicológico para lidar com essa situação.

Há situações extremas em que os agentes públicos concluem que nenhum dos pais tem condições de criar os filhos, tampouco os avós, tios ou parente mais próximo. Então, essas crianças são colocadas em abrigos e instituições. Inclusive, o Estado tem o poder e o direito de colocar essa criança, cujos pais foram julgados incapazes para cuidar dos filhos, num centro de adoção.

Visando melhor elucidação dos genitores, os tribunais de justiça de diversos Estados implementaram um sistema educacional aos pais para que eles saibam o que é a alienação parental, sem nenhum detalhe técnico ou jurídico. Apenas de cunho emocional para que os pais se conscientizem do mal que cometerão à própria prole ao se alienarem. Há inclusive, uma participação pioneira por parte do Estado de São Paulo em ensinar aos pais o que é alienação parental e, segundo especialistas, o zelo do Estado em cuidar dos adultos que têm filhos surtiu efeito, e muitos se conscientizaram do mal que estavam fazendo a seus filhos.

Diante de tudo isso, o ideal, para se evitar processos e disputa judicial, é a criança passar por um psicólogo para que seja avaliado o que está acontecendo e possa chamar os pais para eles conversarem a respeito. Afinal, a alienação parental é diferente de ser superprotetor – que são regras seguidas consensualmente pelo casal. Na alienação existe a negação por uma das partes de ceder a prole por inúmeros motivos e isso pode causar um dano para toda a vida do menor.

 

Dra. Catia Sturari - advogada especializada em Direito de Família, atuando há 12 anos na área. Formada pela IMES (Hj, USCS), em São Caetano do Sul, atualmente cursa pós-graduação em Direito de Família pela EBRADI. Condutora do programa Papo de Quinta, no Instagram, voltado às questões que envolve o Direito de Família, também é palestrante em instituições de ensino e empresas e é conhecida pela leveza em conduzir temas difíceis de aceitar e entender no ramo do Direito de Família.


Anguilla retira o requisito de autorização de viagem para visitantes totalmente vacinados a partir de 1º de abril

A paisagem paradisíaca de Anguilla num dia ensolarado

Evidência de status de vacinação completa e resultado negativo do teste de COVID-19 ainda são necessários


O Ministério da Saúde de Anguilla divulgou novas diretrizes para os protocolos de entrada no país, que entrarão em vigor na sexta-feira, 1º de abril de 2022: todos os viajantes totalmente vacinados com 18 anos ou mais não precisarão mais solicitar permissão para entrar na ilha por meio do portal de viagens em IvisitAnguilla.com. Ainda será necessário comprovar a vacinação completa com uma vacina aprovada e um teste COVID-19 negativo, ou seja, um teste NAA/PCR/RNA realizado nos 3 dias anteriores à viagem ou um teste rápido de antígeno realizado nos 2 dias anteriores à viagem. Estas informações devem ser apresentadas nos terminais de embarque para a ilha, hotéis, restaurantes etc. 

 

O teste na chegada não será mais necessário para pessoas que foram totalmente vacinadas nos últimos seis meses e para pessoas que tomaram uma dose de reforço onde a vacinação completa ocorreu seis meses ou mais antes da chegada à Anguilla, assim como um resultado de teste negativo válido deve ser apresentado. 

 

Adultos e menores imunizados, que foram totalmente vacinados com mais de 6 meses antes da chegada, mas não receberam uma dose de reforço, ainda são considerados totalmente vacinados e não precisarão solicitar entrada pelo portal. Devem, no entanto, ser submetidos a testes na chegada custeado pelo próprio viajante, devendo ser apresentado um resultado de teste de pré-chegada negativo válido. A taxa de teste é de US$ 50. 

 

Visitantes não vacinados menores de 18 anos só podem entrar em Anguilla se estiverem acompanhados por viajantes totalmente vacinados. A isenção para mulheres grávidas foi removida, uma vez que várias vacinas contra a COVID-19 estão agora aprovadas para uso na gravidez. 

 

Os viajantes que chegarem a Anguilla sem a documentação apropriada (comprovante de vacinação e resultados de exames) deverão retornar ao seu país de origem; e se não for possível retornar, devem completar os testes de entrada e saída, e ficar em quarentena por 5 dias às suas próprias custas. Cada visitante autorizado a ficar em quarentena deverá pagar ao governo de Anguilla uma taxa de US$ 200, além de quaisquer multas por entrada não aprovada. 

 

Os visitantes não vacinados que obtiverem uma isenção médica serão obrigados a se inscrever no portal de entrada, realizar teste na chegada, ficar em quarentena por 5 dias e receber um resultado de teste negativo para sair da quarentena. A taxa é de US$ 100 por pessoa.  

A ilha teve pouquíssimos casos de COVID-19 e foi elogiada pela OMS pela condução da pandemia. Para mais informações, acesse www.ivisitAnguilla.com. Instagram: @VisiteAnguilla

 

Sobre Anguilla

Aninhada no nordeste do Caribe, Anguila é uma beleza tímida, com um sorriso caloroso. Formada por coral e calcário, coberta de verde, a ilha é brindada com 33 praias, consideradas as mais bonitas do mundo pelos viajantes mais experientes e pelas principais revistas de viagens. Uma cena culinária fantástica, uma grande variedade de acomodações de qualidade com preços variados, uma série de atrações e um calendário rico em estivais fazem de Anguila um destino atraente e fascinante. Anguila fica fora dos roteiros principais, por isso, manteve um caráter e apelo encantadores. No entanto, pode ser facilmente acessada via Porto Rico ou St. Maarten. Romance? Elegância pé na areia? Chique descomplicado? Felicidade sem limites? Anguila é Beyond Extraordinary (“mais que extraordinária”, em tradução livre). Acesse www.ivisitanguilla.com.

 

Interamerican Network


segunda-feira, 28 de março de 2022

Prédio da Prefeitura ganha iluminação roxa para conscientizar sobre a epilepsia

Outros prédios públicos, entre hospitais, pontes e os monumentos às Bandeiras entram na campanha do Março Roxo

 

Até o dia 31 de março, o Edifício Matarazzo, sede da Prefeitura do Município de São Paulo, ficará iluminado em alusão ao Março Roxo para simbolizar o compromisso da cidade com a conscientização da epilepsia. A ação faz parte da campanha promovida pela Associação Brasileira de Epilepsia (ABE) que tem como mote combater o estigma e preconceito sobre a doença.

A cor da campanha ganhou força em 2008 quando Cassidy Megan, uma criança de 09 anos à época, com o apoio da Associação de Epilepsia da Nova Escócia (EANS) teria escolhido a cor roxa para a data pela referência à flor de lavanda e sua frequente associação à solidão, sentimento que, aos olhos da menina, melhor definia as pessoas que sofrem com a Epilepsia.

Outros espaços como a ponte Estaiada, Viaduto do Chá, Assembleia Legislativa de São Paulo, Unifesp e o monumento às Bandeiras também estão iluminados. “Ao iluminar seus espaços, a Prefeitura de São Paulo valida a importância da conscientização e endossa o debate sobre a epilepsia”, finaliza Maria Alice Susemihl, presidente da Associação Brasileira de Epilepsia.


Sobre Associação Brasileira de Epilepsia

A ABE é uma Associação sem fins lucrativos que se estabeleceu como organização para divulgar conhecimentos acerca dos tipos de epilepsia, disposta a promover a melhora da qualidade de vida das pessoas que convivem com a doença. Integra o International Bureau for Epilepsy e é composta por pessoas que têm epilepsia, familiares, neurologistas, nutricionistas, advogados, assistentes sociais, pesquisadores e outros profissionais. Atua formando grupos de autoajuda, facilitando a reabilitação profissional, lutando pelo fornecimento regular de medicamentos nos postos de saúde e hospitais públicos, além de batalhar, incansavelmente, pelo bem-estar das pessoas que convivem com a doença e pelo fim dos estigmas e preconceitos sociais.


Complexo Tatuapé recebe SAS Brasil com a campanha "Doe Sangue e Salve Vidas"

Carreta itinerante para a coleta de sangue ficará no estacionamento externo do Shopping Metrô Tatuapé, entre 30 de março e 1º de abril 

 

O Complexo Tatuapé, formado pelos shoppings Metrô Tatuapé e Metrô Boulevard Tatuapé, receberá, nos dias 30 e 31 de março e 1º de abril, a campanha “Doe Sangue e Salve Vidas”, realizada pela SAS Brasil, em parceria com a Drogaria São Paulo e da Roche.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, no Brasil, menos de 2% da população é doadora regular de sangue. Um número inferior ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 5%. Para Karen Cruz, gerente de Marketing do Complexo Tatuapé, facilitar o acesso da população para a doação é muito importante para que esses números aumentem. “A campanha é uma forma de incentivar as pessoas que frequentam o shopping ou moram na região a contribuir”, pontua Karen.

A campanha tem o apoio do Banco de Sangue Paulista, que atua há mais de 60 anos em prol da população, e é uma referência em transfusões e na distribuição de bolsas de sangue no País para os hospitais conveniados, e do projeto Amorsedoa. “Acolhemos essa campanha porque conhecemos e confiamos no trabalho realizado pelos parceiros. É uma alternativa de espaço acessível e seguro, para que a população possa doar sangue”, explica a gerente.

O atendimento na carreta itinerante que ficará no estacionamento externo do Shopping Metrô Tatuapé, acontecerá das 9h às 15h. Para evitar filas e agilizar o atendimento aos doadores, os interessados devem realizar o agendamento prévio, pelo site www.sasbrasil.org.br/hemocentro.

Para fazer a doação, é preciso portar um documento oficial com foto, ter entre 16 e 69 anos e pesar acima de 52 kg. Menores de idade precisam de autorização do responsável legal. Também é importante evitar comer alimentos gordurosos com três horas de antecedência do horário agendado, estar bem hidratado e descansado, e não ter feito tatuagem nos últimos 12 meses. 

Este ano, devido à vacinação, é preciso seguir algumas orientações:

- Idosos acima de 60 anos só devem doar, se já tiverem completado o esquema vacinal contra a covid-19 (duas doses, além da dose de reforço).

- Em caso de sintomas gripais ou de resfriado, febre e diarreia recente, não é permitido doar.

- Grávidas e mulheres pós-parto também não podem doar.

- Quem fez tatuagem deve esperar um período de 12 meses para poder realizar a doação. O mesmo período deve ser respeitado por quem fez maquiagem definitiva ou micropigmentação de sobrancelha.

- Pessoas com doença de Chagas ou malária, quem teve hepatite após os 11 anos, quem tiver evidências clínicas ou laboratoriais de doenças sexualmente transmissíveis, como hepatite B ou C, aids (vírus HIV), doenças ligadas ao vírus HTLV I ou II, não podem doar.

- Quem foi vacinado contra a covid-19 ou qualquer outra vacina deve esperar um período, que varia conforme o imunizante, para doar. Confira:

  • Coronavac (Sinovac/Instituto Butantan): 48 horas após cada dose.
  • Cominarty (Pfizer/BioNtech): sete dias após cada dose.
  • Covishield (AstraZeneza/Oxford/Fiocruz): sete dias após cada dose.
  • Ad26.COV2.S (Janssen-Cilag): sete dias após a dose única.

- Outras vacinas:

  • Vacina contra a gripe: 48 horas após.
  • Vacina contra sarampo ou tétano: um mês após.

 

Serviço:

Complexo Tatuapé – Doe Sangue e Salve Vidas

Onde: Shopping Metrô Tatuapé

www.adshopping.com.br, www.admall.com.br e www.alugueon.com.br.

Data: 30 e 31 de março e 1º de abril de 2022

Horário: das 9h às 15h

Endereço: Rua Melo Freire, s/n, Tatuapé – São Paulo, SP  

Agendamento: www.sasbrasil.org.br/hemocentro.

 

A importância do bem-estar no trabalho nas empresas

O bem-estar além de manter o trabalhador saudável e satisfeito, contribui para a produtividade com eficiência e responsabilidade social


O bem-estar vem ganhando cada vez mais espaço na lista de prioridades de grandes corporações, até porque a pandemia de Covid-19 transformou as pessoas, o mercado de trabalho, a rotina e outros aspectos da vida pessoal e profissional.

Este é o momento de as empresas reverem suas prioridades e repensarem suas estratégias com base nas tendências de bem-estar. Essa deve ser uma das prioridades das organizações para realizar ações de promoção ao bem-estar físico, mental e social dos colaboradores, dentro e fora da empresa.

O bem-estar corporativo precisa se tornar um dos índices de RH para medir a qualidade de vida e bem-estar dos funcionários. A empresa só tem a ganhar, com a diminuição do turnover e com o aumento da produtividade dos profissionais satisfeitos com a instituição.

De acordo com o médico e gestor em saúde Ricardo Pacheco agora é a hora de colocar em prática as ações que contribuem para o bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores. “Fazer desse ano que começou há pouco um novo ciclo para promover as melhorias necessárias que contribuem para o bem-estar é uma excelente forma de contribuir para o aumento da produtividade e diminuição dos afastamentos e absenteísmo. Pensar em bem-estar é considerar um estado de satisfação e conforto em que corpo e mente estejam em tranquilidade e sintonia. São sensações importantes para garantir a segurança e a saúde emocional das pessoas”, afirma o CEO da Oncare Saúde e presidente da ABRESST (Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho). 


Bem-estar no trabalho é um conjunto de ações que garantem qualidade de vida aos colaboradores no ambiente corporativo

O bem-estar além de manter o trabalhador saudável e satisfeito, contribui para a produtividade com eficiência e responsabilidade social

       Promover o bem-estar torna a equipe mais engajada e faz com que as atividades de rotina sejam executadas de forma mais assertiva, o que otimiza os processos.

       A promoção do bem-estar acontece por meio de multiespecialidades que envolvem inclusive o serviço de saúde ocupacional, que ajudam a manter um time saudável e satisfeito no desempenho das suas funções.

“Quando uma empresa investe em bem-estar, ela ganha em organização, produtividade, resultados e, consequentemente, o sucesso da marca. O inverso acontece quando as pessoas não se sentem bem no ambiente de trabalho ou não sentem que suas necessidades estão sendo atendidas. Em casos mais graves, cansaço e frustração podem evoluir para distúrbios emocionais relacionados ao trabalho, como depressão, Burnout, síndrome do Pânico e transtornos de ansiedade”, alerta o médico e CEO da Oncare Saúde.

 O médico lembra que a estrutura física precisa ser observada para obter o bem-estar no trabalho. “O ambiente físico influencia na saúde emocional dos colaboradores e é por isso que a norma nº 17 da Portaria MTE/MPS nº 3.751 de 1990 dispõe sobre ergonomia. É importante planejar o ambiente de trabalho e investir, por exemplo, em cadeiras macias com encosto no ângulo adequado para coluna, ombros e braços; em mesas reguladas na altura ideal para manter a postura do colaborador e em um ambiente bem iluminado e com temperatura apropriada. O objetivo é reduzir danos evitando os riscos de acidentes, impactos e lesões por esforço repetitivo”.


O bem-estar no trabalho e a saúde mental

Sabemos que o bem-estar também está muito relacionado com saúde mental. O colaborador que não está com sua saúde mental comprometida é capaz de realizar suas atividades com envolvimento e eficiência e, assim, potencializar os resultados da empresa.

Um maior enfoque na saúde emocional vai beneficiar dos acionistas aos trabalhadores. Por isso, segundo a pesquisa, o bem-estar emocional é prioridade para 97% das empresas, que já estão realizando algumas ações específicas. Elas incluem: promover soluções de cuidados virtuais; fazer uso de campanhas e comunicação para mudar a visão sobre problemas emocionais; medir o estresse da força de trabalho e suas principais causas; oferecer suporte emocional sobre luto; patrocinar grupos de empregados com foco em saúde mental, entre outras.

“O trabalhador tem que ser cuidado em todas as suas necessidades e, nesse sentido o serviço de saúde corporativa tem um papel fundamental, já que avalia mais que os riscos físicos, por meio de um serviço de psicologia consegue também avaliar os riscos de distúrbios mentais. O ser humano é complexo e a medicina no trabalho também precisa ser”, completa o médico e CEO da Oncare Saúde.

 

Oncare Saúde


Saúde mental de 53% dos brasileiros piorou entre 2020 e 2021 e o mundo do trabalho foi impactado por um número recorde de afastamentos

Foram mais de 570 mil afastamentos por transtornos mentais e comportamentais em 2020, o que alertou as empresas a partir do ano passado a adotarem estratégias de detecção e tratamento 

 

Já em 2018 a OMS (Organização Mundial da Saúde) alertava sobre o aumento dos casos de transtornos de ansiedade e depressão, e dizia que estas seriam as maiores causas de afastamento do trabalho em todo o mundo até 2020. Foi exatamente naquele ano que se iniciou a pandemia da Covid-19 e os impactos na saúde mental foram além de qualquer estimativa.

Segundo a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, o Brasil registrou 576 mil concessões de afastamentos por transtornos mentais e comportamentais em 2020, 26% a mais do que o registrado em 2019, a maior alta já registrada. Os números do ano passado ainda não foram compilados, mas a tendência é de aumento dos casos e dos afastamentos.

Fato é que o aumento dos transtornos mentais e comportamentais podem ter uma relação com a pandemia, inclusive com o risco de se contaminar sendo considerado fator estressor para a saúde mental.

Outros fatores impactam na saúde mental do trabalhador brasileiro, como as mudanças abruptas na rotina, a adaptação ao home office, a volta ao presencial, o trabalho híbrido e as incertezas em relação ao futuro pós-covid.

Para Ricardo Pacheco, médico CEO da Oncare Saúde e presidente da ABRESST (Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho), nem sempre é possível perceber os sintomas de depressão e ansiedade. “Muitas pessoas continuam nas suas atividades laborais sem sinais aparentes de que algo não vai bem, por isso é preciso prestar atenção a mudanças significativas na qualidade de vida do indivíduo. Sensações prolongadas de tristeza ou de inutilidade e abuso de substâncias como álcool e drogas são pontos de alerta”, alerta.

Cristina Rodrigues, psicóloga organizacional da Oncare Saúde enfatiza que sem saúde mental, não existe saúde. “Por isso, é fundamental que as empresas reforcem os critérios para avaliação, e estamos vendo esse comprometimento. Uma pesquisa intitulada Gestão de Pessoas na Crise de Covid-19, da Fundação Instituto de Administração (FIA), apontou que desde o início da pandemia 75% das empresas brasileiras desenvolveram iniciativas para cuidar da saúde mental dos colaboradores. O nosso serviço se saúde enfatiza sempre que é preciso ter um olhar mais atento e cuidadoso para as questões de saúde mental”.


Mais de 50% dos brasileiros afirmaram que sua saúde emocional e mental piorou desde o início da pandemia

         Esse índice é superior à média dos 30 países pesquisados pelo Instituto Ipsos, que entrevistou 21 mil pessoas para o levantamento encomendado pelo Fórum Econômico Mundial. 

Cerca de 53% dos brasileiros declararam que seu bem-estar mental piorou entre 2020 e 2021, índice somente maior em quatro países: Itália (54%), Hungria (56%), Chile (56%) e Turquia (61%). Em outra pesquisa global de março de 2020 41% dos brasileiros disseram ter sintomas como ansiedade, insônia ou depressão.

O médico Ricardo Pacheco lembra que a saúde mental do trabalhador é uma das grandes preocupações das organizações. “Especialmente considerando as diversas transformações ocorridas nesses ambientes devido à pandemia do novo coronavírus. Entre as doenças mentais que podem estar relacionadas ao trabalho estão a depressão, a ansiedade, as dependências de álcool e outras drogas e a Síndrome de Burnout − um distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema relacionada ao trabalho de um indivíduo. Juntas, essas doenças e síndromes estão entre as principais causas de afastamento do trabalho no Brasil, segundo a Previdência Social”, afirma o CEO da Oncare Saúde.

Já Cristina Rodrigues chama a atenção para o fato de que grande parte das organizações não estão preparadas para lidar de maneira satisfatória com os problemas relacionados à saúde mental dos colaboradores. “Aquelas que estão mais preparadas o fazem por meio da assistência – o que também é importante, mas não é suficiente, já que esse respaldo não influencia nas causas das doenças. É óbvio que ações de assistência, corretivas, são necessárias. Mas o ideal é trabalhar com a prevenção e com diagnósticos preventivos contínuos dos trabalhadores. Atuar na saúde mental envolve um nível de investigação muito maior. Fazemos esse trabalho preventivo com acolhimento que traz excelentes resultados”, completa a psicóloga da Oncare Saúde.

De acordo com Ricardo Pacheco, o meio ambiente do trabalho adequado é uma forma de prevenir a saúde mental do trabalhador. “É preciso que se busque um meio ambiente do trabalho psicologicamente hígido a partir da relação entre os riscos psicossociais laborais e os transtornos mentais ocupacionais, cujo tema é de extrema atualidade e importância no campo das relações de trabalho, especialmente no momento em que vive o Brasil, diante de verdadeira epidemia de doenças ocupacionais, com destaque para o aumento das doenças mentais que atingem os trabalhadores”, conclui o CEO da Oncare Saúde e presidente da ABRESST.

ALERTA DA ANGIOLOGIA E CIRURGIA VASCULAR

Brasil sofre um “apagão” na realização de cirurgias para varizes na rede pública em todas as regiões

 

De acordo com especialistas da SBACV, por conta da pandemia de covid-19, a queda nacional no volume de procedimentos chega a 69% nos últimos dois anos, o que exige uma campanha de esclarecimento para estimular a volta dos pacientes aos consultórios e medidas para reforçar a infraestrutura de atendimento para acolher a demanda reprimida.

 

O impacto deixado pela pandemia de covid-19 nos cuidados com as doenças crônicas começa a ser delineado aos poucos. Os números de procedimentos durante a emergência epidemiológica apontam um “apagão” no atendimento de doenças que já sofriam com filas de espera na rede pública. É o caso dos tratamentos para varizes nas unidades do Sistema Único de Saúde. Dados apurados pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) mostram uma queda média, em nível nacional, de 69% no total de cirurgias para essa doença que afeta milhões de brasileiros, quando comparados os procedimentos realizados entre janeiro a dezembro de 2021 em relação ao mesmo intervalo em 2019. 

“Para algumas pessoas, as varizes são problemas menores, que não carecem de atenção. Trata-se de engano limitar essa percepção de que é uma preocupação meramente estética. Pelo contrário, sem o cuidado devido, as varizes implicam em perda de qualidade de vida, sobretudo para as mulheres, onde são mais prevalentes, que podem sofrer com dores e desconforto, comprometendo sua rotina. Além disso, as varizes podem evoluir para situações graves e de difícil reversão, como as úlceras de estase, que são feridas crônicas de difícil cicatrização e que tem grande impacto econômico e na qualidade de vida do paciente”, ressaltou Julio Peclat, presidente da SBACV.

 

Tratamentos - Há dois anos, a rede pública contabilizou a realização de 68.743 cirurgias para varizes na rede pública. Este montante inclui tratamentos cirúrgicos de varizes bilateral e unilateral, bem como a ressecção das veias. Em 2020, ano em que a pandemia efetivamente se instalou no País a partir de março, este total caiu 59%, ficando com uma produção efetiva de 28.354 operações. 

Em 2021, houve um esforço dos serviços espalhados pelo País de retomada do atendimento. Mesmo assim, foi insuficiente para recuperar os patamares pré-pandêmicos, com um déficit de 24% no volume de cirurgias para varizes. O dado absoluto foi de 21.604 procedimentos. Ao longo de dez anos (2011-2021), o SUS respondeu pela realização de 552.332 operações de varizes, com uma média anual de 55.233 casos atendidos. Assim, o resultado alcançado ano passado foi de apenas 40% desse número. 

O fenômeno foi sentido em todas as regiões brasileiras, que registraram um comportamento semelhante nos seus indicadores informados oficialmente ao Ministério da Saúde, cujos dados disponibilizados foram analisados pela SBACV. Em termos proporcionais, dentre as regiões, o pior desempenho foi sentido na Região Norte, com uma queda de 72% no número de cirurgias, quando colocados em perspectivas as informações de 2019 e de 2021. Na sequência, aparecem o Sul (- 71%), o Sudeste (-70%), o Nordeste (-63%) e o Centro-Oeste (-51%).

 

Dados absolutos - O problema fica ainda mais evidente quando são relacionados os dados absolutos. No período analisado, o volume de cirurgias em cada região caiu significativamente. No Norte, foi de um total de 941 cirurgias (2019) para 262, em 2021. Isso na soma do que foi feito em sete estados. No Sul, a variação foi de 16.857 para 4.948, no mesmo intervalo. Nas quatro unidades do Sudeste, os números foram de 39.647, antes da pandemia, para 11.839, no ano passado. 

No período verificado pela SBACV, os nove estados do Nordeste tiveram redução em na produtividade de cirurgias, que foram de 8.123 para 3.010, em dois anos. O mesmo aconteceu nas quatro unidades do Centro-Oeste, com um decréscimo na realização de operações, que totalizaram 3.175 procedimentos, em 2019, e 1.545, em 2021.

 

Fonte: Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). Elaboração: SBACV. Procedimentos considerados: Tratamento cirúrgico de varizes bilateral e unilateral; ressecção de varizes.

 

Na comparação entre 2019 e 2021, dentre os 27 estados, 26 apresentaram variação percentual negativa ao avaliar os dados de realização de cirurgias para varizes. Os piores desempenhos relativos foram percebidos nas seguintes unidades: Acre (-95%), Espírito Santo (-92%), Mato Grosso do Sul (-92%), Bahia (-84%), Paraná (-84%), Distrito Federal (-74%), Minas Gerais (-73%), Ceará (-70%), Pará (-70%) e São Paulo (-67%). Em outras áreas, os índices variaram de -15% (Alagoas) a -66% (Paraíba). O único estado a registrar resultado positivo foi o Mato Grosso (44%).

 

Saúde pública - Na avaliação de Mateus Borges, diretor de Publicações da SBACV que coordenou o levantamento, é necessário entender que varizes são um problema de saúde pública, com consequências individuais e coletivas. “Neste caso específico, é preciso tomar medidas para recuperar os níveis de atendimento no período pré-pandêmico. Nos dois últimos anos, os serviços da rede SUS sofreram com a postergação dos atendimentos eletivos, caso das varizes, e com a priorização dos pacientes com covid-19”, ressaltou. 

Além disso, os especialistas da SBACV apontam o receio dos pacientes com varizes de irem aos consultórios e hospitais para consultas e cirurgias por medo de exposição ao coronavírus. Borges entende que esse cenário exige dos gestores a promoção de uma campanha de esclarecimento dos gestores para conscientizar a população sobre a importância dos cuidados. Julio Peclat acrescenta que isso deve ocorrer com a adoção de medidas de planejamento e reforço da infraestrutura de atendimento para acolher a demanda reprimida.

 

Doença - Varizes são veias alongadas, dilatadas e tortuosas que se desenvolvem abaixo da pele, que, em função de sua fase de desenvolvimento, podem ser de pequeno, médio ou de grande calibre. Os membros inferiores (pés, pernas e coxas) são os mais acometidos por ser doença que pode ser causada por múltiplos fatores, como predisposição genética, gravidez, idade avançada, sexo feminino, etc. Além do transtorno em si, causados pelos sintomas, as varizes podem ser responsáveis por alguma outra situação até mais. 

Quando não recebem os cuidados necessários, as varizes podem dar origem a outras complicações. As principais e de maior risco são flebites, tromboses, manchas nas pernas e feridas (úlceras). Também podem piorar na forma de insuficiência venosa, com sintomas como, sensação de peso, cansaço e queimação nas pernas, bem como dormência, alterações de mudança da textura da pele, deixando-a mais suscetível a lesões, úlceras, infecções e sangramento.

 

Gravidade - De acordo com a Classificação Clínica, Etiológica, Anatômica e Patológica (CEAP), referência entre os angiologistas e cirurgiões vasculares para classificar o nível de gravidade de doenças venosas, os problemas que afetam as veias podem ir do nível C0 -- menor gravidade, sem sinais visíveis de doença venosa, porém com possíveis sintomas -- até o C6 -- estágio mais grave, com úlcera aberta e ativa nos membros inferiores. 

Além da CEAP, os médicos especialistas em varizes utilizam o Escore de Gravidade de Clínica Venosa (VCSS -- sigla em Inglês) para entenderem como a situação das veias e os sintomas decorrentes comprometem a qualidade de vida dos pacientes. Os casos são avaliados individualmente para saber como a doença venosa afeta a rotina, ajudando a definir o melhor tratamento. 

Quando há indicação cirúrgica, o cirurgião vascular precisa recomendar o melhor tratamento de acordo com a necessidade do paciente. Independentemente da classificação de gravidade das varizes, ter um acompanhamento médico é essencial para evitar a evolução da doença. Estudos indicam que, no mundo, 80% da população pode chegar a ter estágios leves de doença venosa, 20% a 64% podem evoluir para graus mais altos e, entre 1% e 5% chegam aos casos severos. Entretanto, no Brasil, o último estágio varia entre 15% a 20%.


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