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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Conheça as quatro estratégias de marketing digital fundamentais para o setor de intercâmbios

O marketing digital já se tornou parte estratégica de diversas empresas dos mais diferentes portes e segmentos. Quando utilizado de forma correta, por meio de investimentos em tráfego pago e criação de conteúdos humanizados, contribui fortemente para alavancar o alcance da marca e potencializar as possibilidades de novos clientes. Para o setor de intercâmbios – um dos mais penalizados pela pandemia – tais ações se tornam ainda mais importantes para sua retomada econômica.

Cerca de 87% dos brasileiros possuem acesso à internet, especialmente por seus aparelhos telefônicos, segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico. Nesta tendência, grandes players no mercado já estão conseguindo atrair cada vez mais candidatos utilizando estratégias de geração de conteúdo massivo, explicativo e didático. Para fazer parte deste crescimento, confira as quatro estratégias de marketing digital que não podem ficar de fora do seu planejamento:


#1 Funil de vendas: Ter um funil de vendas bem estruturado é a base para qualquer estratégia de marketing digital, uma vez que este modelo irá proporcionar uma visão mais clara sobre toda a jornada do cliente em seu negócio – desde seu primeiro contato com a marca até a concretização da venda. Ele permitirá um melhor entendimento sobre o perfil de todos que estão buscando seus serviços, suas necessidades e, se estão de fato interessados e propensos a fechar um pacote de intercâmbio. Com essas informações, será possível organizar um plano de vendas mais assertivo.


#2 Conteúdos pagos e orgânicos: a grande maioria dos interessados em fazer um intercâmbio costumam pesquisar o máximo de informações sobre o destino antes da sua viagem. Por isso, as agências devem sempre se preocupar em produzir conteúdos relevantes sobre os países em seu site e em, principalmente, otimizá-los pela divulgação orgânica e paga, simultaneamente. Certamente, diversos candidatos chegarão até seu domínio por meio desses materiais, criando uma autoridade para a marca e, consequentemente, o aumento de leads de possíveis futuros intercambistas.


#3 Lives e webinars: de forma complementar à produção de textos informativos e de curiosidades sobre os destinos, as lives e webinars vêm se tornando recursos cada vez mais organizados na divulgação de todas as novidades de intercâmbio. Normalmente, um porta-voz ou especialista do negócio realiza uma palestra para tirar as principais dúvidas sobre algum processo que ainda não está claro ou que ainda será lançado. Ambos proporcionam uma interação rica com os candidatos por meio de perguntas e respostas, criando uma maior aproximação entre as partes.


#4 Redes sociais: grande parte do público-alvo do setor de intercâmbios está concentrado nas redes sociais – o que as tornam parte imprescindível de toda estratégia de marketing digital. Todas essas plataformas criam um canal de comunicação próximo e interativo, podendo ser utilizadas para divulgação dos conteúdos criados, streaming das lives, compartilhamento das grandes novidades, assim como todas as informações essenciais sobre os destinos e os pacotes oferecidos.

Mesmo diante da imensa globalização do mercado, muitos jovens ainda enfrentam diversos empecilhos ao fechar pacotes de viagens – desde em encontrar todas as informações sobre as oportunidades ofertadas pelas instituições de ensino, até o custo de vida na região e sua cultura local. Felizmente, o marketing digital veio para driblar essas barreiras.

Cada uma dessas estratégias, quando bem alinhadas e, principalmente, metrificadas a todo momento, podem contribuir significativamente para uma maior conversão de leads para a sua agência. Tudo deve ser testado e acompanhado a todo momento, a fim de analisar as ações que estão dando resultado e as que não devem ser insistidas. A criatividade aliada ao planejamento são as chaves para o marketing digital, e farão toda a diferença para a prosperidade do seu negócio.

 


Danilo Veloso - diretor comercial da SEDA College. Formado em administração de empresas, trabalhou por seis anos como camelô até conquistar uma vaga na área de cartão de crédito e conciliação bancária em uma companhia aérea. Após três anos no cargo, deixou a posição para estudar inglês na Irlanda, onde começou a trabalhar em agências de intercâmbio.

Escola do Intercâmbio


 

Estudo revela que faturamento do e-commerce cresceu 26% em 2021 e traz tendências para 2022

Dado do Relatório sobre o Comportamento do Consumidor, elaborado pela All iN | Social Miner e seus parceiros

 

Os dados são os maiores aliados de todos os negócios. Eles possibilitam analisar comportamentos, tendências, mudar rumos e se preparar para novos desafios. Pensando nisso, a All iN | Social Miner, em parceria com a Neotrust, Vindi, Octadesk e Delivery Direto lançam o Relatório sobre o Comportamento do Consumidor, que analisa as bases de dados das empresas, para contar como foi 2021 para o varejo online e trazer tendências do comportamento do público para os meses que estão por vir.  

Vamos começar com uma boa notícia: apesar do último ano duro para a economia, o faturamento do varejo online cresceu 26% em relação a 2020. Para Ricardo Rodrigues, líder de produtos da All iN | Social Miner, “o varejo se mostrou resiliente e, com criatividade, estratégia e apoiado pela tecnologia, vem entregando resultados positivos”. O faturamento chegou a R 161 bilhões no ano, com 353 milhões de pedidos e ticket médio de R 455. Dentro destes valores, as categorias de produtos que mais faturaram foram Celulares (20%), Eletrodomésticos (13%), Eletrônicos (10%), Informática (9%) e Moda (9%).

 

E qual mês mais rendeu para o varejista online? 

Novembro foi o mês com maior destaque em visitas, cadastros e vendas em 2021 - não à toa, uma vez que de acordo com Pesquisa sobre a jornada de compra na Black Friday, feita em parceria com Opinion Box no ano passado, 60% tinham intenção de comprar na data e cerca de 43% dos consumidores afirmaram monitorar preços até um mês antes do maior evento comercial do ano. 


Como todo varejista sabe, a venda não é a única etapa e a jornada não acaba ali. Para fidelizar o cliente, é importante criar um relacionamento e grande parte desse trabalho passa pelo atendimento. E entre os diversos canais possíveis para esse contato, o WhatsApp foi o mais utilizado - sendo também o que mais cresceu no último ano. “Provavelmente isto se deve por ser um canal que está sempre à mão, prático e ágil para o dia a dia”, diz Ricardo.



 Os mais procurados

Entre as diversas categorias de produtos disponíveis no varejo online, Farmácia e Saúde é a que mais cresceu em número de visitas no ano de 2021, com aumento de 132% em relação ao ano anterior. Para Rodrigues, “crescimento este que, além do consumo de remédios, pode estar atrelado à comercialização de produtos como dermocosméticos, no país que é o quarto maior mercado de beleza e cuidados pessoais do mundo”. Outra categoria que teve um expressivo crescimento foi Materiais de Construção, com incremento de 46% nas visitas. 

Dentro de 2021 também aconteceram variações nas buscas entre o primeiro e segundo semestre do ano. Eletrodomésticos e Eletroportáteis foram procurados 58% a mais na segunda parte do ano. Já Materiais de Construção e Bebidas tiveram destaque na primeira metade de 2021.



Já quando o assunto é delivery de comida, quem ganhou em receita foi a culinária japonesa. Apesar de contar com um volume de pedidos inferior ao das pizzarias, os restaurantes deste tipo faturaram mais, o que pode estar atrelado a um maior investimento do consumidor em pedidos com um custo mais alto



 Consumo por região

Outra variação interessante é a que acontece nas regiões do Brasil. Primeiro, em quantidade de acessos, o Sudeste segue liderando, seguido do Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte. Segundo, existe diferença nas categorias mais buscadas em cada região: Beleza e Cosméticos é a categoria mais procurada pelos consumidores do Norte (32%) e Nordeste (30%); A categoria que mais cresceu em visitas, Farmácia e Saúde, é a que mais atrai o público do Sudeste (48%) e Centro-oeste (25%); Bebidas concentra o maior tráfego (49%) dos residentes do Sul. “Essas diferenças de visitas em períodos do ano e regiões do país indicam que o comércio eletrônico não é algo padronizado. É preciso conhecer o seu consumidor para conquistá-lo com o melhor produto na hora certa”, diz Ricardo.

  


A hora e a vez do mobile

Outro ponto de destaque é o tipo de acesso por onde o potencial consumidor acha o seu produto. De acordo com o relatório, as visitas por mobile cresceram mais de 28% no segundo semestre. Para o executivo, "este é um movimento que pode estar atrelado a popularidade do Social Commerce, por exemplo, considerando que nossos estudos com Opinion Box revelam que 76% dos brasileiros utilizam as redes sociais para pesquisar produtos”.



 Questões que pesam no bolso

Outro ponto importante para todo e-commerce é o frete. De acordo com os dados do Relatório, a prática do frete grátis cresceu de 2019 a 2021 e diminuiu o valor médio quando ele é cobrado. Para Ricardo, “isto indica que o comerciante está ligado com o que o consumidor deseja. E hoje as empresas já têm acesso a uma grande base de dados que pode ser usada para nortear essas estratégias para oferta de benefícios como esses, a fim de que cupons ou frete grátis, por exemplo, sejam distribuídos de forma inteligente para aqueles consumidores com maior potencial de conversão”.



Quanto às formas de pagamento, o cartão segue liderando em 2021, crescendo 4.7 pontos percentuais em relação ao ano anterior, chegando a representar 71,7% das vendas. A participação dos boletos caiu de 32,4% para 24,4% e o PIX representa 3,6% das transações em 2021.



Para Ricardo Rodrigues, “o relatório mostra que alguns setores que se destacaram em 2021, a exemplo de Farmácia e Saúde, podem continuar relevantes neste ano. Além disso, vale sempre destacar que é essencial para os varejistas usar os cadastros e os dados coletados na sua base para entender o comportamento do consumidor e qual a melhor forma de se comunicar — dica que vale para todos os segmentos.”

 Para acessar a pesquisa completa, clique aqui.

 


All iN | Social Miner - empresa de tecnologia que une inteligência artificial, automação e humanização para oferecer uma suíte de soluções que ajuda marcas a transformar dados em experiências de consumo personalizadas e omnichannel, otimizando investimentos, aumentando as vendas e trabalhando a retenção.


Brasil registra R$5,8 bilhões em tentativas de fraude em 2021, aponta Mapa da Fraude da ClearSale

Estudo faz o mapeamento completo do cenário de ataques virtuais ao consumidor digital no último ano


Na linha da aceleração do crescimento do mercado digital, vários segmentos como e-commerce, vendas diretas, telecomunicações e mercado financeiro, sofreram ainda mais tentativas de fraudes em 2021 do que em 2020. Ao total, foram evitados R$5,8 bilhões de transações potencialmente fraudulentas, segundo aponta o Mapa da Fraude divulgado nesta quarta-feira (02) pela ClearSale, referência em soluções antifraudes. O valor representa um aumento de 58% em relação ao ano anterior.

Para traçar este mapeamento completo deste panorama, a empresa analisou mais de 375,5 milhões transações. Para o e-commerce, foram considerados apenas pagamentos via cartão de crédito.

A categoria de produto mais fraudado segue sendo a dos celulares. Da totalidade de compras desta categoria, 5,61% dos pedidos foram possíveis fraudes. Produtos eletrônicos (5,11%) e Automotivos (3,13%) aparecem na sequência do levantamento.

“O aparelho celular oferece grande liquidez no mercado secundário, podendo ser facilmente revendido para gerar lucro rápido, além de serem fáceis de transportar. Por isso ele costuma liderar a lista de produtos com mais tentativas de fraude”, Marcelo Queiroz, head de Estratégia de Mercado da ClearSale.


Regiões

A região Norte, assim como em todo 2020, segue com o maior índice de tentativas de fraude sobre a quantidade total de transações: em 2021, 3,92% dos pedidos na região foram alvo de ataques. Na sequência, aparecem Centro-Oeste com 2,51% e Nordeste com 2,45% e, por fim, Sudeste e Sul completam com 2,11% e 1%, respectivamente.


Gênero

O Mapa mostra que os homens foram mais vítimas de fraude do que mulheres em 2021. Em relação ao total de pedidos, o público masculino sofreu com 3,03% de tentativas de fraude versus 1,36% das mulheres. Analisando por faixa etária, pessoas até 25 anos foram as mais visadas.


Datas comemorativas

Quando o assunto é datas comemorativas, o Dia das Crianças foi o período que mais sofreu com ataques: 2,52% do total de tentativas de fraudes. Em seguida, estão Dia dos Pais (2,25%), Natal (2,11%), Dia dos Namorados (1,97%) e Dia das Mães (1,91%). Durante a Black Friday, apesar do número de pedidos fraudulentos crescer bastante, a quantidade de bons pedidos cresce muito mais – dessa forma, o percentual fica reduzido a ponto de não figurar entre as datas mais visadas.


Outros mercados

A expertise da ClearSale também possibilita enxergar o cenário de fraudes na análise de transações em setores como mercado financeiro, telecom e vendas direta.

No mercado financeiro, isto é, nas transações relativas a bancos, financeiras, fintechs e administradoras de cartões de crédito, foram analisadas mais de 35 milhões de propostas e as tentativas de fraude chegaram a mais de 1 milhão. Ou seja, 3,30% de todas as transações nesse setor foram golpes tentados em processos como abertura de contas, emissão de cartões, Pix, empréstimo pessoal e CDC por meios digitais.

O setor de telecomunicações também foi analisado. Nele, a ClearSale revisou mais de 16 milhões de propostas e contratos em 2021 e verificou 876 mil tentativas de fraudes, ou seja, 5,31% do total. Entre os golpes nessa área, destacam-se o uso indevido de dados, desvio de equipamentos, venda indevida de produtos ou serviços, redução indevida de fatura e upsell de serviços não contratados, entre outros.

Por fim, quando o assunto são vendas diretas, ou vendas porta a porta, foi possível analisar 3 milhões de transações e atestar 69 mil tentativas de fraudes, ou seja, 2,33% dos pedidos. Nesse segmento, os principais tipos de fraude são cadastro indevido de novos consultores, realização de pedidos falsos e uso indevido de dados de terceiros.


Dicas úteis de segurança

Links estranhos

Desconfie e ensine seu cliente a desconfiar de qualquer link de origem desconhecida.

Cuidado com as senhas

Use senhas fortes, nada de senhas óbvias.

Promoções e phishing

O phishing nada mais é do que o meio que os fraudadores mais utilizam para roubar senhas e dados de contas. Para realizá-lo, fraudadores costumam forjar links para oferecer produtos e serviços a preços muito baixos. A dica: se realmente preciso do ítem no link em questão, vá até a página da loja e compre por lá. Isso evita que você caia em páginas falsas, pague pelo produto e nunca receba.

"O consumidor está mais esperto, mas o fraudador também se sofisticou e, por isso, é preciso redobrar a atenção", afirma Marcelo Queiroz.

 


ClearSale - especialista em soluções antifraude nos mais diversos segmentos, como e-commerce, mercado financeiro, vendas diretas, telecomunicações e seguros, sendo pioneira no mapeamento do comportamento do consumidor digital.

 

Brasileiro passa quase 6h por dia em aparelhos móveis

O tempo de uso do mobile cresceu nos últimos anos

 

 

Possuir um aparelho móvel hoje em dia é sinônimo de praticidade, acessibilidade e comunicação, e quem tem um dispositivo em mãos usa e abusa (às vezes até demais) dessa facilidade. Tendo isso em mente, a plataforma de descontos online CUPONATION compilou dados sobre o uso dos eletrônicos ao redor do mundo.

 

Uma pesquisa realizada no começo do ano pela companhia de dados internacionais App Annie e divulgada pelo CUPONATION estimou quanto tempo a população mundial gastou usando dispositivos móveis durante os últimos anos.

 

Entre as 17 nações presentes no estudo, o Brasil aparece ocupando o primeiro lugar do ranking, com os brasileiros navegando em smartphones e tablets por cerca de 5 horas e 40 minutos diariamente nos últimos 12 meses.

 

Indo mais além, não estando no topo da lista somente em 2021, o levantamento surpreende ao apontar que o território brasileiro estaciona  nesta posição desde 2019: somando por volta de 4 horas no primeiro ano de pesquisa, e subindo para 5h e 20m no ano seguinte. 

 

Fazendo uma comparação entre os anos, a plataforma de descontos online registrou que o tempo gasto por aparelhos móveis pelos brasileiros cresceu de forma significativa nos últimos 3 anos - totalizando 31,71% de aumento no uso.

 

O país que surge em segundo lugar é a Indonésia, completando a mesma quantidade de horas brasileiras em 2021, seguida pela Coreia do Sul, em que os coreanos acessam os dispositivos por 5 horas redondas, todos os dias. Com 3h e 20m, a China consegue o último lugar do ranking. Confira o estudo completo no infográfico interativo do CUPONATION.

 

O top 3 da lista são os únicos territórios que superam a marca de 5h.  No geral, as 10 primeiras nações apresentadas no levantamento ultrapassaram as 4 horas e meia no ano passado, o que significa uma média de crescimento de 30% de uso comparado com 2019. 

 


 

O Direito à Saúde para a “Sociedade da Vitalidade” no lugar de “Sociedade do Cansaço”: uma questão de cidadania

Publicado há mais de cinco anos, Sociedade do Cansaço, de Byung-Chul Han, contextualizou que “cada época possuiu suas enfermidades fundamentais. Desse modo, temos uma época bacteriológica, que chegou ao seu fim com a descoberta dos antibióticos. Apesar do medo imenso que temos hoje de uma pandemia gripal, não vivemos numa época viral. Graças à técnica imunológica, já deixamos para trás essa época. Visto a partir da perspectiva palotógica, o começo do século XXI não é definido como bacteriológico nem viral, mas neuronal. Doenças neuronais como a depressão, transtorno de déficit de atenção com síndrome de hiperatividade (TDAH), Transtorno de personalidade limítrofe (TPL) ou a Síndrome de Burnout (SB), determinam a paisagem patológica do começo do século XXI.” 

Os anos de 2019 e os que rapidamente se sucederam demonstraram que embora a Ciência esteja extremamente avançada e com capacidade de dar respostas céleres para novos desafios, inclusive virais, ainda temos muitos desafios atrelados com vírus. A estes se somam a aventada onda de casos envolvendo saúde mental que parecem se avolumar mais no que se refere ao diagnóstico a cada dia, especialmente no Brasil, país sempre apontado entre os primeiros nos rankings de ansiedade e depressão. 

A reflexão que proponho agora é que a busca pela efetividade do direito à saúde integral das pessoas, da qual faz parte a saúde mental, é uma luta que não começou agora. Há leis nacionais e internacionais a respeito, diversos órgãos e entidades cotidianamente atuando em prol de melhores condições à saúde das pessoas há muito tempo e com alguns avanços, porém muitos desafios. De qualquer forma, a saúde de cada um, aliás, impacta no coletivo e deve ser cada vez mais tema de interesse individual e coletivo. 

A Organização das Nações Unidas, por meio da Agenda 2030, dá especial ênfase à saúde e bem-estar das pessoas e mesmo antes dessa, por meio de seu clássico conceito de saúde, já reforçava a importância do assunto. Aliás, como Ingo Wolfgang Sarlet destaca, saúde se conecta de maneira inconteste com vida, “como critério aferidor do que seja uma vida saudável, parece-nos apropriado utilizar os parâmetros estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde, quando se refere a um completo bem-estar físico, mental e social, parâmetro este que, pelo seu reconhecimento amplo no âmbito da comunidade internacional, poderia igualmente servir como diretriz mínima a ser assegurada pelos Estados” (2009, p. 37). 

Devemos pensar a cada dia como vamos colaborar para o completo bem-estar físico, mental e social das pessoas e, também, de cada um de nós. As escolhas cotidianas, nossas intenções e práticas para um estilo de vida cada vez mais saudável, isto é, que dialogue com prevenção e tratamento de aspectos físicos, mentais e sociais, é fundamental. 

Com isso, reforçamos que a saúde é de fato direito de todos e dever do Estado, só que não esqueçamos que, embora o Estado deva ter uma estrutura capaz de assegurar o mínimo para este direito, fato é que nós somos partícipes do mesmo e podemos auxiliar muito para que a saúde realmente seja efetivada. 

Por onde começar? Sugiro algumas práticas bem simples: prestemos mais atenção em nós mesmos, mapeando de maneira preventiva eventuais necessidades em saúde; cuidemos melhor de nossos hábitos e relacionamentos interpessoais (laços de família e de amizade são tão importantes para nossa saúde); em hipótese alguma menosprezar uma questão de saúde mental, pois merece este respeito e acolhimento adequados; e que superemos a ideia de que somos uma “Sociedade do Cansaço”, nos tornando uma “Sociedade de Vitalidade”. Cada ação virtuosa de cidadania ativa conectada com o potencial humano de transformar realidades é fundamental.


 

Aline da Silva Freitas - professora de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie em Campinas e doutora em Direitos Humanos pela USP.


Imigrantes legais são contra a imigração nos Estados Unidos

Daniel Toledo, especialista em Direito Internacional, relata diversos fatores que contribuem para esse posicionamento de imigrantes e americanos


Pode parecer irônico, mas diversos imigrantes legais nos Estados Unidos são contra a imigração no país. Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, explica que o aumento da criminalidade é uma das principais preocupações de americanos e de imigrantes que já residem legalmente nos EUA. “Sim, um crescimento desenfreado na imigração pode também elevar o número de crimes. Se observarmos a região do sul do Texas, a criminalidade é absurda, principalmente do lado mexicano, que é controlado por narcotraficantes. E é justamente por ali que diversas pessoas se arriscam a atravessar aquele território para entrar ilegalmente nos Estados Unidos”, relata.

Ao adentrar no país, muitos imigrantes ilegais acabam visualizando o crime ou as ruas como a única forma de sobrevivência. “Essas pessoas provavelmente não vão conseguir empregos, pois elas não têm autorização de trabalho. Logo, acabam roubando, furtando e entrando de vez na criminalidade. Se esse não for o caso, é possível que esses imigrantes se tornem homeless, que também é um problema recorrente nos Estados Unidos”, detalha.

De acordo com o advogado, os imigrantes que conseguem viver e ganhar dinheiro com trabalhos como limpeza e jardinagem acabam pedindo um valor menor para a execução dessas funções, desvalorizando a mão de obra do país e, muitas vezes, tirando o trabalho dos nativos e imigrantes legais. “Se um americano cobra 35 dólares para realizar uma função, o brasileiro que entrou de forma ilegal no país vai cobrar 20. Essa competição desesperada beira ao desleal e acaba prostituindo os valores do mercado de trabalho”, revela.

Para Toledo, outro problema que se destaca é a dificuldade de imigrantes para se adaptarem à cultura local americana, algo que acontece principalmente com a comunidade brasileira no país. “Eu vejo muitos brasileiros querendo manter os seus costumes dentro dos Estados Unidos, fazendo as mesmas coisas que eles faziam no Brasil e isso pode ser um grande obstáculo. As pessoas querem sair do Brasil por causa de todos os problemas que existem por lá, mas mantém os mesmos hábitos culturais, seja corrupção, malandragem ou o famoso jeitinho brasileiro, tentando tirar vantagem de todas as situações possíveis. Os americanos estão cientes desse comportamento e ele é cada vez mais malvisto”, pontua.

Segundo o especialista em Direito Internacional, ao se mudar para um novo país é primordial que os imigrantes se atentem à cultura local, se adequando a determinados estilos de vida. “Ao chegar em qualquer país do mundo, a primeira coisa que você precisa fazer é se entrosar com a cultura local, entender quais são os costumes, as regras e respeitar as normas do local que você está indo. Tentar implantar a cultura do seu país naquela região é algo que não se deve fazer, pois provavelmente causará estranheza nos moradores daquela localidade”, finaliza.

 


Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com quase 150 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB São Paulo e Membro da Comissão de Direito Internacional da OAB Santos.

 

Toledo e Advogados Associados

contato@toledoeassociados.com.br.

 

Lee Toledo Law

https://leetoledolaw.com/


Volta às aulas com mesada digital e cartão de banco

Conta para crianças e adolescentes do C6 Bank é gratuita e oferece facilidades como Pix, transferência de mesada e controle de gastos via SMS aos pais

 

Com o início do ano letivo e a retomada das aulas presenciais, as famílias estão organizando os últimos detalhes para a volta das crianças ao ambiente escolar. Isso inclui pensar em como os filhos vão lidar com dinheiro se precisarem comprar lanche na cantina ou almoçar fora alguns dias da semana. Em muitas famílias, também é hora de combinar a mesada e falar sobre consumo consciente.    

A conta Yellow do C6 Bank, desenvolvida para crianças e adolescentes, é a ferramenta ideal para pais e filhos neste momento. Com ela, é possível que os pequenos recebam mesada, enviem e recebam Pix e façam operações com cartão de débito – como comprar o lanche na cantina do colégio sem precisar andar com dinheiro no bolso.   

Uma pesquisa encomendada pelo C6 Bank ao Datafolha em novembro do ano passado mostrou que 29% dos adolescentes e jovens brasileiros têm algum produto financeiro em seu nome, especialmente nas classes A e B, em que o percentual é de 48%. O mais comum é ter conta com cartão de débito (20%) e poupança (14%).    

A contratação da conta Yellow é feita diretamente no app do C6 Bank e só pode ser aberta pelos pais dos jovens com até 17 anos e seis meses de idade. É preciso que um dos pais já seja cliente do banco para fazer a solicitação, pois a Yellow ficará vinculada a essa conta. Depois de uma análise, a criança ou adolescente pode baixar o aplicativo próprio da conta Yellow no smartphone, finalizar o cadastro e escolher a cor do seu cartão de débito Mastercard. São cinco opções: amarelo, azul, verde, rosa pink e laranja, que já vêm com tecnologia contactless (que permite o pagamento por aproximação). A conta é gratuita, não havendo taxa para abertura nem mensalidade.   

Todas as compras feitas pelas crianças são comunicadas aos responsáveis por SMS e estão limitadas ao saldo em conta. No banco, o atendimento é feito pela conta do responsável, que também pode acompanhar a movimentação e o extrato da conta Yellow. Para ajudar na organização financeira, a conta possui a função “mesada”, que permite aos pais enviar, gratuitamente, um valor mensal para a conta dos filhos. Com o cartão também é possível fazer saques nos caixas eletrônicos das redes Banco24Horas e Saque e Pague.   

A conta Yellow pode ser uma importante ferramenta de educação financeira. Por isso, além de aprender na prática, os jovens correntistas receberão pequenas lições pelo app sobre como se relacionar de uma forma saudável e inteligente com o dinheiro. “É uma oportunidade para aprender a usar Pix e cartão, consumir de forma inteligente, entender a importância de economizar e de investir o dinheiro, sendo uma boa preparação para quando começar a receber seus primeiros salários”, diz Liao Yu Chieh, head de educação financeira do C6 Bank.

 

 

C6 Bank

https://www.c6bank.com.br

 

Empresas poderão ser responsabilizadas por danos materiais e morais a trabalhadores infectados pelo coronavírus

 Trabalhadores também têm responsabilidade em manter-se em segurança, mas justiça considerará risco de exposição ao vírus em decisões sobre o tema

 

Empregadores poderão ser responsabilizados por trabalhadores infectados pelo coronavírus e obrigados a restituí-los por danos morais ou materiais. Portanto, empresas, organizações e instituições públicas deverão redobrar a atenção e investimentos em cuidados dentro do ambiente de trabalho, com tratamentos específicos aos equipamentos de segurança e cumprimento rigoroso dos protocolos sanitários. Caso seja comprovada exposição de funcionários e colaboradores a espaços e circunstâncias que facilitem a transmissão do vírus, a justiça terá lastro para decidir em prol das pessoas que adoeceram.  

É o que explica a professora de Direito da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília, Kelly Amorim, sócia fundadora do Escritório de Advocacia e Assessoria Costa Amorim em Brasília e autora de nove obras jurídicas, inclusive os livros “TST de A a Z” e “Cálculos Trabalhistas”, pela Editora Armador, Linha Revisaço da Editora Juspodivm e obras coletivas. Para a especialista, empregadores devem sempre avaliar o risco enfrentado pelos trabalhadores no ambiente de trabalho durante a pandemia.  

“É importante ampliar as estratégias de proteção individual, ou até mesmo optar pelo home office, quando possível, visando evitar a aglomeração. Porque caso ocorra a verificação de que essa doença decorreu do trabalho, do ambiente de trabalho, haverá, sim, o direito à indenização por dano moral ou material. O material, nesse caso, para cobrir consultas, remédios, internações. Isso somado também ao direito à estabilidade quando o empregado retornar da cobertura do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS)”, explicou. 

O órgão, inclusive, foi bastante exigido durante os dois primeiros anos de pandemia. Responsável pelo pagamento de mais de 36 milhões de benefícios, o que totalizou R 757 bilhões em 2021. No ano passado, o Meu INSS, sistema de atendimento público da entidade, registrou 429.480.478 acessos. A assistente virtual Helô orientou 23.514.294 cidadãos sobre como usar a plataforma. “Um número muito expressivo. E grande parte é decorrente da doença que acometeu o Brasil e o mundo”, acrescentou a professora.

 

Causalidade 

De acordo com a advogada, em regra, o coronavírus não é uma doença relacionada objetivamente ao ambiente de trabalho, porque, naturalmente, as pessoas podem se expor ao vírus em outros lugares. Porém, a justiça brasileira tem considerado o nexo de causalidade, ou seja, a responsabilidade civil do empregador justamente pelo risco de atividade. O entendimento é mais comum em relação a ambientes como os hospitais, por exemplo, mas pode ocorrer na avaliação de outros espaços de trabalho.  

“Considerando esse exemplo em específico, temos um caso de uma técnica de enfermagem que trabalhava em ambiente cirúrgico, pegou covid e ficou em estado grave. Foi percebido ali o nexo de causalidade, porque ela lidava com vários pacientes contaminados, foi para centros cirúrgicos e boa parte dos empregados do setor dela, colegas de trabalho, também foram infectados, ao contrário do que ocorreu em casa. A família dela não ficou doente. Então, a justiça considerou que era decorrente do trabalho”, explicou. 

A profissional teve direito a indenização por danos morais e ainda ficou respaldada pelo INSS, devido ao afastamento, tendo direito a estabilidade de doze meses em seu retorno. “Trazendo também um impacto ao Estado, uma vez que o empregador paga os primeiros 15 dias de afastamento e depois a responsabilidade passa a ser do INSS”, concluiu Kelly Amorim.


Mudança na Prova de Vida do INSS afeta 36 milhões de brasileiros

O governo federal extinguiu a exigência de prova de vida presencial para aposentados, pensionistas e outros beneficiários do INSS. De acordo com o Instituto, cerca de 36 milhões de brasileiros se deslocam para fazer a prova de vida e, desse total, 5 milhões têm mais de 80 anos de idade. 

A partir de agora a obrigação de provar que o segurado está vivo é do próprio INSS e não mais do beneficiário. Uma portaria assinada na quarta-feira (02/02/2022) em uma cerimônia no Palácio do Planalto, permite ao governo usar outras bases de dados para confirmar que a pessoa está viva. 

Para a advogada previdenciária Marília Schmitz, a mudança impacta positivamente os beneficiários. " São mudanças relevantes do ponto de vista da acessibilidade e do respeito ao idoso, pois facilita o exercício do direito do cidadão em cumprir com suas obrigações com maior comodidade, principalmente aqueles que encontram alguma dificuldade de locomoção". 

A prova de vida é um procedimento padrão que serve para evitar fraudes e garantir a manutenção do pagamento do benefício. Alguns exemplos de dados do cidadão que podem ser coletados pelo INSS para servir como prova de vida são: 

● Emissão ou renovação do passaporte; 

● Emissão ou renovação da carteira de identidade ou a de motorista;

● Emissão ou renovação de documento de eleitor; 

● Transferência de veículo; 

● Aquisição ou renovação de empréstimo consignado.

O governo anunciou que pode usar também bases de informações dos governos estaduais e municipais, além de registros de vacinação e consultas no SUS (Sistema Único de Saúde). 

As mudanças passam a valer para os segurados que fizerem aniversário a partir da data de publicação da portaria.

 Segundo o que foi divulgado, quando não for possível a comprovação de vida, o beneficiário será notificado no mês anterior ao do seu aniversário sobre a necessidade de realização da prova, preferencialmente, pelo aplicativo Meu INSS. 

A previsão é de que a cada 10 meses o INSS faça o cruzamento das informações para confirmar a prova de vida.

O INSS tem até o dia 31 de dezembro para implementar as mudanças e até essa data o bloqueio de pagamento por falta de comprovação de vida está suspenso.

 

Combate ao roubo de cabos de telecom e a Reforma Tributária estão entre as prioridades legislativas para 2022

Congresso Nacional retomou os trabalhos na quarta-feira (2). Nos municípios, prioridades envolvem a aprovação de leis para atualizar o processo de licenciamento de antenas.

 

Projetos que ajudem a combater o furto, o roubo e a receptação de cabos e equipamentos de telecomunicações e que visem realizar uma ampla Reforma Tributária são alguns dos considerados prioritários pelo setor de telecom durante o ano de 2022. Com a retomada dos trabalhos do Congresso Nacional nesta quarta-feira (2), o setor defende o avanço das propostas que ajudem a ampliar a conectividade e garantir maior segurança jurídica no Brasil.
 
Os problemas decorrentes dos crimes que prejudicam a infraestrutura de telecomunicações afetam o serviço de milhões de brasileiros todos os anos. Apenas em 2020, 6,7 milhões de cidadãos em todo o Brasil tiveram seus serviços interrompidos pelo furto, roubo e receptação de cabos e equipamentos e ficaram sem poder acessar serviços essenciais como Corpo de Bombeiros, Polícia e emergência médica.
 
O setor de telecomunicações defende uma ação coordenada de segurança pública envolvendo o Judiciário, o Legislativo e o Executivo, tanto o federal, quanto os estaduais e municipais, e a aprovação de projetos de lei que adequem e endureçam as penas desses crimes e ajudem a combater essas ações criminosas. Entre os projetos estão o PL 5846/2016, em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara e sob a relatoria do deputado Felipe Francischini (PSL-PR).  Ainda no tema, o setor estará atento ao avanço dos PLs 3410/2021 e 4997/2019, que tramitam no Congresso Nacional.
 
Outro ponto de extrema importância que aguarda a análise do Legislativo é a Reforma Tributária, num molde que promova uma tributação mais justa para o setor. 
 
“O setor defende uma Reforma Tributária ampla, que leve à uma redução de impostos e tributos cobrados em cima de telecom. Hoje pagamos impostos semelhantes a bens supérfluos, mesmo a conectividade sendo tão essencial na vida de todos”, afirmou o presidente executivo da Conexis Brasil Digital, Marcos Ferrari.
 
Ferrari destaca que reduzir impostos vai aumentar a capacidade de investimento das operadoras, hoje na ordem de R$ 32 bilhões por ano, o que impactará imediatamente em setores produtivos, gerando mais arrecadação e beneficiando diversos setores da sociedade. Ainda neste sentido, é positiva a proposta de reabertura do Programa Especial de Regularização Tributária (PERT).
 
O setor também destaca a necessidade de uma simetria de regras entre as empresas provedoras de aplicações, mais conhecidas como Big Techs, e as operadoras de telecomunicações. Enquanto há excesso de regulamentação e tributação recorde sobre os serviços de voz e dados oferecidos pelas prestadoras de telecomunicações, aplicativos de mensageria e outras aplicações não estão sujeitos a índices de qualidade, não pagam as mesmas taxas, nem impostos setoriais, como o FUST, e não assinam contratos em papel. Essas diferenças, destaca o presidente executivo da Conexis, evidencia uma diferença desleal entre a carga regulatória e tributária dos dois grupos de empresas. “A isonomia de condições entre os serviços é essencial para a concorrência”, afirma.
 
Modernização das leis municipais para a chegada do 5G
 
No âmbito municipal, o setor continuará trabalhando e buscando a atualização das leis municipais de antenas. Houve avanços importantes no último ano, como a aprovação de novas legislações em São Paulo, Florianópolis e Rio de Janeiro, além da implantação do licenciamento totalmente digital em Porto Alegre. Com a mudança, o licenciamento na capital gaúcha sai na hora, sem intervenção humana. A modernização dessas leis e a facilitação do processo de instalação de antenas e infraestrutura de telecom é fundamental para o avanço da conectividade das cidades, especialmente para a chegada da tecnologia 5G nos próximos anos.
 
Além das leis municipais, a expansão da infraestrutura pode ser facilitada com o silêncio positivo, medida que autoriza a instalação de antenas caso a autoridade não se manifeste acerca do pedido depois de 60 dias. O PL 8518/2017, de autoria do deputado Vitor Lippi (PSDB/SP), é uma oportunidade neste sentido e está pronto para votação no Plenário da Câmara Federal.

 

 

Conexis Brasil Digital

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Alongamento de dívida rural salva produtores afetados pela falta de chuvas

 Negociação é direito do agricultor, que pode propor novo cronograma para saldar os débitos


A forte estiagem que atinge o Paraná desde 2019 tem causado efeitos adversos na atividade agrícola e danos à produção. Essa situação afeta – e muito – os rendimentos do empresário do campo, que, mesmo contando com controle e planejamento, está sujeito a essa e mais diversas situações que colocam toda sua safra em risco. Nesses casos, o pagamento de dívidas contraídas com bancos e cooperativas de crédito fica comprometido, levando o agricultor a perder noites de sono por conta das dificuldades financeiras.

O que nem todo empreendedor rural conhece é seu direito de solicitar às instituições financeiras o alongamento da dívida rural. Esse mecanismo permite que o produtor repactue o vencimento de sua dívida por meio da proposição de um novo cronograma de pagamento que não comprometa seu patrimônio.

O alongamento da dívida rural é permitido em três situações específicas: quando o agricultor encontra dificuldade de comercializar seus produtos, quando ocorre quebra de safra por fatores adversos e por eventuais ocorrências que prejudicam o desenvolvimento das explorações. É o caso, além da falta de chuvas, da ocorrência de pragas e problemas de mercado.

O alongamento da dívida rural está previsto no Manual de Crédito Rural, que surgiu a partir da Lei n. 4829/65, que institucionaliza o crédito rural. Ele é um mecanismo criado para proteger a atividade agrícola com o objetivo de manter a produção rural ativa, evitando desabastecimento, enquanto fortalece o trabalho do agricultor, que ficaria desamparado em um momento de dificuldade”, explica Rafael Guazelli, advogado especialista em Direito do Agronegócio.

Para que o produtor consiga, junto ao seu banco ou cooperativa de crédito, a concessão do alongamento da dívida, é preciso que ele faça o pedido antes do vencimento, apresentando comprovação da ocorrência da situação que gerou a dificuldade financeira (dificuldades na produção, safra frustrada, desvalorização de preço no mercado, etc.) e de que sua capacidade de pagamento foi comprometida. “O ideal é que esse pedido seja feito com o apoio de um especialista, que fundamentará corretamente as alegações e apresentará as provas periciais necessárias”, diz o advogado.

Além disso, é necessário apresentar à instituição um novo cronograma de pagamento. Esse planejamento deve refletir a realidade financeira do agricultor e conter dados sobre os custos da safra, despesas programadas, expectativa de receitas e quanto será aportado para o pagamento da dívida em questão.

De acordo com Guazelli, a nova programação de pagamento precisa levar em conta a capacidade de pagamento do produtor e tem de coincidir com a época de entrada de receitas, de acordo com a safra. “A lei não determina prazos mínimos ou máximos para novo pagamento, nem mesmo requisitos semelhantes à exigência de percentual mínimo de quitação para possibilitar a negociação. Tudo vai depender de como o produtor conseguirá demonstrar que vai ter capacidade de cumprir o cronograma que está sugerindo”, explica.

Os bancos e cooperativas de crédito têm de seguir algumas regras na negociação. Algumas delas são a proibição de aumento das taxas de juros inicialmente pactuadas (e elas não podem superar 1% ao ano) e o impedimento da adição de mais garantias de pagamento – o que comprometeria o patrimônio do agricultor.

Esse tipo de tratativa tem uma sensível diferença em relação à renegociação de dívidas. Nesta opção, há um risco muito grande de o produtor aumentar ainda mais o seu débito por conta das imposições da instituição financeira. O alongamento de dívida tem regras próprias que protegem o empreendedor rural, fornecendo a ele uma alternativa para quitação, e não de adiamento de um problema”, alerta Rafael Guazelli.

Caso o banco ou cooperativa negue o direito ao agricultor, a via judicial é uma alternativa. É por isso que se indica que todas as etapas, desde o início, devem ser acompanhadas pelo especialista de confiança para que o produtor evite de ficar sem soluções em um dos maiores momentos de crise.


Seguro rural é opção de proteção adicional ao agricultor

Outra forma de o empreendedor do campo conquistar maior estabilidade para a sua atividade é a contratação de um seguro rural. Ele oferece segurança no caso de perdas de produção causadas pelos mesmos fatores que permitem a negociação do alongamento da dívida rural.

O seguro rural leva em conta o tipo e o tamanho da lavoura. Além disso, pode abranger o patrimônio do produtor, o crédito para venda dos produtos e até oferecer cobertura à vida do empreendedor rural. O valor que o agricultor desembolsa na contratação vai de 3% a 15% do custo de produção, variando de acordo com a região e com a amplitude da cobertura”, explica o especialista.

O prazo para recebimento da indenização é de 30 dias a partir do cumprimento de todas as exigências contratuais. A contratação pode ser feita diretamente com bancos e cooperativas, ou por meio de seguradoras especializadas.

 


Rafael Guazelli -constrói, diariamente, uma carreira sólida de sucesso, especialista nas áreas de Direito Tributário, Agrário e Bancário, entre outras. Contabiliza, atualmente, em seu escritório Guazelli Advocacia, cerca de 900 clientes atendidos e mais de 2.500 ganhos de causa. Possui formação em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2006) e é Técnico em Transações Imobiliárias desde 2009. Associado ao Instituto de Direito Tributário do Paraná – IDT, já foi membro Integrante da Comissão de Direito Tributário da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção do Paraná (OAB/PR).

 

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