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segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

“Flurona”: especialista fala sobre infecção de COVID-19 e Influenza em conjunto

Pneumologista explica a doença e como se proteger

 

O ano de 2022 começou com uma notícia que deixou o mundo inteiro em alerta: o primeiro caso de um paciente com Covid-19 e gripe ao mesmo tempo havia sido identificado em Israel. A baixa adesão à vacinação contra o vírus da influenza ao longo de 2021, o relaxamento das medidas de distanciamento nos últimos meses e as festas de fim de ano, que coincidiram com a chegada de uma variante mais transmissível, ajudaram a criar o cenário para que a “flurona” aparecesse.  

A preocupação geral se deve à semelhança dos sintomas das duas infecções. Segundo o pneumologista Daniel Fonseca Espinola, membro da Doctoralia, “os dois vírus afetam o trato respiratório e causam tosse, coriza, espirros e dor de garganta, que são mais comuns a essas doenças, além de febre, dores de cabeça e no corpo, fadiga e mal estar, específicos de quadros virais”. Além disso, de acordo com o especialista, as infecções simultâneas podem aumentar os casos com necessidade de hospitalização, já que estas costumam intensificar os sintomas do paciente.  

Apesar da dupla infecção ter ganhado um nome, cientistas afirmam que não é uma nova doença. Na realidade, é comum ter coinfecções, pois “quando o indivíduo desprotegido contrai algum vírus, neste caso a Covid-19, seu corpo fica debilitado, portanto, mais vulnerável a outros micro-organismos como a influenza ou até mesmo a nova variação da gripe suína, H3N2”, explica o pneumologista.  

E em caso de suspeita de coinfecção, “é importante buscar testes e atendimento médico quando há indícios de um quadro respiratório agudo, garantir o esquema vacinal completo da Covid-19, a vacinação contra Influenza, e continuar com as medidas de distanciamento e proteção de vias aéreas”, finaliza o especialista.

 

Doctoralia

Como diferenciar os sintomas de Influenza, Ômicron e Flurona?

Especialista do Hospital Paulista alerta para principais sinais de cada doença e destaca importância de manter distanciamento e uso de máscara


Um novo termo tem se popularizado nos últimos dias: "Flurona". A palavra tem sido utilizada para descrever os casos de infecção simultânea ou coinfecção por Covid-19 e gripe.  

Dra. Cristiane Passos Dias Levy, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, explica que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, não se trata de um novo vírus, mas uma contaminação concomitante de dois vírus diferentes.  

Conforme a especialista, Flurona vem da junção da palavra gripe em inglês (“flu”) com o Coronavírus (“rona”). O termo, segundo a médica, serve para descrever uma situação mais comum do que se imagina.

“Infectar-se por dois vírus não é uma situação rara de acontecer. Isso é comum, principalmente em períodos como o que estamos passando, com números elevados de pessoas com Covid-19 e Influenza, ambas doenças de fácil transmissão.”

Dra. Cristiane afirma que, como consequência dos dois tipos de vírus, é possível que, em alguns casos, o paciente apresente sintomas das duas doenças ao mesmo tempo.

“Em ambos os quadros, os sinais tendem a ser muito semelhantes, porém, no caso da Covid, eles podem mudar de acordo com a variante. Atualmente, a Ômicron já é responsável pela maioria dos casos no Brasil.”

 

Confira os sintomas mais comuns em cada caso:

 

Influenza A (H3N2 de cepa Darwin) -- Febre alta, tosse, garganta inflamada, calafrios, fadiga e dores de cabeça, no corpo e nas articulações. “Nos últimos meses, esse tipo de gripe contribuiu para um aumento de infecções em um período atípico no Brasil. Isso preocupa, pois torna a mucosa nasal mais exposta a outros vírus, como o da Covid-19”, explica a médica.

 

Variante Ômicron -- Cansaço extremo, dores pelo corpo, na cabeça e inflamação na garganta e febre.

 

Flurona -- Tosse seca, febre, cansaço e perda do paladar ou do olfato, além de dores de cabeça, garganta inflamada, olhos vermelhos ou irritados.  

A especialista destaca que as principais diferenças entre os sintomas da Influenza e da Ômicron estão relacionadas à evolução do quadro. “No caso da Influenza, o início é súbito, com manifestações importantes: nas primeiras 48 horas há febre alta e dor no corpo, melhorando ao longo do tempo. Essa gripe dura sete dias, em média.”  

A Covid, por sua vez, apresenta uma evolução mais progressiva. “Ela pode começar com sintomas leves, como febre baixa e discretas dores no corpo, que costumam ficar mais importantes com o passar do tempo. Em casos moderados, a febre e a tosse são persistentes, bem como a fraqueza muscular e a falta de apetite. Já nos casos graves, a falta de ar e a queda da saturação do oxigênio são mais frequentes.”

 

Prevenção 

Além do aumento nos casos de Covid, principalmente pela variante Ômicron, o Brasil ainda enfrenta um surto de Influenza em diversas capitais.  

De acordo com a otorrino, o aumento dos casos de Covid se deve à facilidade de transmissão da nova variante, além da redução das medidas de proteção. Sobre os casos de gripe, Dra. Cristiane explica que o aumento pode estar ligado à linhagem Darwin, que não está incluída na composição das atuais vacinas em uso no hemisfério Sul.  

Para prevenir ambas as infecções, incluindo a coinfecção Flurona, a especialista recomenda o uso de máscaras faciais, principalmente as do tipo PFF2 ou N95; evitar aglomerações e praticar a desinfecção frequente das mãos com álcool gel 70%, ou, preferencialmente, a lavagem com água e sabão; manter o distanciamento social; e evitar compartilhar objetos de uso pessoal. 

Segundo a médica, a maioria dos casos graves ocorreu em pacientes não vacinados contra a Covid-19, por isso a vacinação é a mais importante medida de proteção.  

“Devemos nos vacinar, completando todas as etapas de imunização indicadas pelo Ministério da Saúde, além de manter as recomendações de distanciamento e evitar aglomerações. Não é momento de afrouxar os cuidados, mas intensificá-los para que, no futuro, possamos sair dessa”, finaliza a médica.



Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

Saiba dos cuidados necessários com a saúde bucal em tempos de Covid-19

Especialista explica os cuidados adequados com a higiene bucal para evitar doenças e destaca a importância de fazer a troca da escova dental após infecção pela Covid-19


Em tempo de pandemia, o cuidado com a higienização das mãos é primordial para evitar o risco de contágio pelo novo coronavírus. No entanto, é preciso estar atento também à saúde bucal, que tem impactos em todo o corpo, já que a boca pode ser uma porta de entrada para bactérias e outros microrganismos. A cirurgiã-dentista e coordenadora do curso de odontologia da Faculdade Pitágoras, Carolina Lage, explica que doenças bucais podem ser agravantes para a Covid-19. “Qualquer doença que acomete a boca gera riscos para todo o organismo porque essas doenças podem ter envolvimento de bactérias, fungos e até mesmo vírus. E estudos mais recentes, publicados em revistas de referência para a odontologia como o Journal of Clinical Periodontology, trazem associações de doença periodontal à maior gravidade da Covid-19”, pontua a dentista. 

Carolina Lage explica que doença periodontal é uma inflamação que acomete a região ao redor do dente, o periodonto, e que alguns estudos a associam a uma maior gravidade em casos de coronavírus. “É uma doença inflamatória considerada uma comorbidade. Pessoas com doenças periodontais, caso contaminadas pela Covid-19, correm um risco 3 a 4 vezes maior de desenvolver casos graves. Importante ressaltar que a doença periodontal não causa Covid-19, mas pode agravar o quadro se a pessoa for infectada pelo vírus”, explica a profissional da saúde. 

A especialista reforça que problemas bucais podem repercutir em todo o corpo, levando a algumas situações extremas como infecções generalizadas. “Infecções da cavidade bucal podem cair na corrente sanguínea. Além disso, a cavidade bucal tem íntima relação com outras estruturas corporais como a cavidade nasal e fossa craniana. Ela também se comunica com os tratos digestório e respiratório e, ainda, com o coração por meio das veias e artérias. Toda e qualquer alteração na saúde bucal pode desencadear em problemas sistêmicos. Manter a saúde bucal é imprescindível”, alerta a docente.

Outro ponto de atenção é com a troca da escova dental. Uma dúvida muito comum é se quem teve Covid-19 precisa trocar a escova. A professora conta que a troca da escova de dentes deve acontecer sempre que se adoece, independentemente de ser coronavírus ou outra doença. “A indicação é trocar a escova após a recuperação da doença. Toda vez que temos qualquer tipo de doença respiratória ou que tenha envolvimento de vírus ou bactérias, eles podem ficar alojados na escova de dente. Ela é um local úmido que permite a fácil proliferação de fungos e bactérias. Se você não trocar a escova, o vírus pode ficar armazenado nela e corre o risco de ter uma reinfecção”, alerta a dentista. Outra indicação da especialista é que, independe de doenças, o ideal é que as escovas sejam trocadas de três em três meses ou quando as cerdas não estiverem mais eficientes.  

E para manter a boca saudável, a professora destaca outros pontos além da escovação. “Usar fio dental e visitar regularmente o cirurgião-dentista são cuidados fundamentais para manter a saúde bucal. Mesmo em tempo de pandemia é importante manter as visitas regulares ao dentista”, conclui Carolina Lage.
 

 

Faculdade Pitágoras

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Kroton

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Janeiro Verde: 10 mitos e verdades sobre câncer do colo do útero que você precisa ficar de olho

No mês de conscientização da doença, que tem como principal causa o HPV, é preciso combater a desinformação. Especialista comenta informações relevantes sobre o tema

 

Câncer do colo do útero é assunto sério, mas a boa notícia é que ele pode ser evitado quando alguns cuidados são colocados em prática, como a vacinação de meninas entre 9 e 14 anos e meninos entre 11 a 14 anos contra o HPV - doença que ocorre em quase 99% dos casos por causa do Papilomavírus Humano. 

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) é estimado que durante o triênio 2020/2022 hajam 16.590 casos de câncer do colo do útero no Brasil ao ano. De acordo com a Dra. Larissa Gomes, oncologista da Oncoclínicas São Paulo, as lesões pré malignas podem ser diagnosticadas precocemente evitando o aumento dos casos de neoplasia em si.  

"O câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer que mais afeta as mulheres no Brasil, em algumas regiões chega a ser o segundo. O exame Papanicolau, por exemplo, é uma maneira de identificar as lesões pré-malignas antecipadamente. O diagnóstico precoce é fundamental para que possamos agir o mais rápido possível para evitar o diagnóstico em estágios mais avançados.", comenta. 

Mas, mesmo com as mais diversas informações sobre a doença, é preciso ficar de olho quanto às fake news, que podem atrapalhar no entendimento do câncer do colo do útero e influenciar negativamente no diagnóstico precoce. Abaixo, a Dra. Larissa Gomes lista quais são os principais mitos e verdades sobre o tema:

 

Qualquer mulher ativa sexualmente pode ter HPV 

Verdade. Qualquer mulher que tiver relações sexuais pode ser exposta ao vírus. Apesar do HPV ser um vírus autolimitado - no qual a infecção é resolvida até os 30 anos - é estimado que 8 em cada 10 mulheres tenham contato com o vírus alguma vez em suas vidas, porém a grande maioria devido a sua imunidade consegue combater a infecção sem desenvolver uma doença ou lesão.
 

O câncer do colo do útero não é prevenível 

Mito! O câncer do colo do útero é uma doença que pode ser prevenida através do rastreamento e diagnóstico precoce com a rotina ginecológica/Papanicolau ou através da vacinação contra o papilomavírus humano - HPV, protegendo assim contra os seus subtipos de alto risco (16 e 18).
 

Toda mulher com HPV terá câncer do colo do útero 

Mito! Pelo HPV promover uma infecção autolimitada, menos de 10% das mulheres irão desenvolver de fato o câncer do colo do útero. Aquelas pacientes que apresentam algum grau de comprometimento de sua imunidade como, portadoras do HIV, transplantadas ou sob tratamento que afetam a sua defesa podem facilitar a reprodução do vírus. Por isso, mais uma vez, a vacinação contra o HPV se faz essencial.

 

O Papanicolau é uma maneira de identificar o câncer do colo do útero 

Verdade. O exame, realizado dos 25 aos 64 anos de idade (anualmente e depois a cada três anos) é uma maneira de identificar lesões pré-malignas ou de realizar um diagnóstico precoce, ou seja, em estádio inicial. É importante ressaltar que a rotina ginecológica deve ser realizada mesmo se a mulher já for vacinada.

 

Os sinais da doença podem demorar para aparecer 

Verdade. Na maioria dos casos, o câncer do colo do útero é assintomático, mas pode ser possível notar dor na relação sexual, sangramento ou, ainda, secreção vaginal com odor, quantidade ou aspecto diferente do usual. Quando a doença está avançada, a paciente pode apresentar dores mais intensas em região pélvica, alterações urinárias ou intestinais, perda de peso não justificada ou dores nas pernas e costas, ou cansaço extremo relacionado a perda sanguínea (anemia).

 

Usar preservativos impede a transmissão do HPV 

Mito. O vírus pode ser transmitido através de outras regiões da genitália, uma vez que também estão expostas durante a relação sexual. É estimado que a camisinha consiga proteger em até 70% o contágio do HPV. Além disso, vale ressaltar que o uso de preservativos pode evitar outras doenças sexualmente transmissíveis, por isso seu uso é fundamental. A vacinação contra o HPV é capaz de proteger contra lesões pré malignas e neoplasias de colo uterino, vulva, vagina, ânus e cabeça e pescoço.
 

Mulheres jovens não precisam se preocupar com o câncer do colo do útero 

Mito! Apesar da maioria dos casos ocorrer após os 40 anos, é importante ressaltar que ele pode acontecer em qualquer idade e por este motivo, é recomendado que se faça o exame do Papanicolau a partir dos 25 anos ou quando a mulher começa a ter relações sexuais. Devido a falta de aderência a vacinação e aos exames ginecológicos de rotina, vemos um aumento dos casos em paciente jovens, o que mais uma vez nos mostra que a prevenção é fundamental desde cedo.
 

Sangramento durante a menopausa pode ser um sintoma de câncer do colo do útero

Verdade. O sintoma deve ser avaliado por um especialista, pois pode ter outras causas relacionadas, sendo o câncer do colo do útero uma delas.
 

Quem toma a vacina contra HPV não precisa usar camisinha 

Mito! A vacina contra o HPV não protege contra os mais de 150 subtipos do vírus, mas previne contra os tipos 16 e 18, que causam mais de 70% dos casos de câncer do colo do útero. É fundamental utilizar preservativos para evitar não só o HPV, mas também outras doenças sexualmente transmissíveis, além da realização periódica de exames preventivos.
 

Menos de 10% das mulheres infectadas pelo HPV podem desenvolver câncer do colo do útero 

Verdade. Apesar do HPV nem sempre evoluir para o câncer do colo do útero, é fundamental marcar consultas periodicamente com o ginecologista para acompanhamento. Por isso, é importante ter atenção e cautela.


Janeiro Roxo alerta para conscientização sobre a hanseníase

Doença estigmatizada ainda é cercada por mitos, mas tem tratamento e cura

 

Ao longo dos tempos, a hanseníase foi cercada por mitos e preconceitos. Neste ano, para a campanha comemorada no dia 30, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu o tema “Precisamos falar sobre Hanseníase”, devido a necessidade de informação sobre a doença. O objetivo é o de reduzir a detecção de novos casos, abordar incapacidades físicas - especialmente entre crianças -, e combater o estigma e discriminação em países endêmicos. 

Hoje, graças ao avanço da ciência, a enfermidade tem cura. Para o coordenador e especialista no curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, Wilder Moggi, é importante saber sobre o modo de reconhecê-la, além dos procedimentos que podem ser adotados para a recuperação. “Embora o contágio se dê pelas vias respiratórias, a hanseníase evolui de forma lenta no organismo. Por esse motivo, torna-se uma doença crônica, no qual é possível observar lesões na pele e mucosas, atrofia de mãos e pés e uma acentuada diminuição na força muscular”, explica o docente. 

Quando o médico bacteriologista norueguês Gerhard Hansen descobriu o bacilo Mycobacterium Leprae, a bactéria passou a ser conhecida como hanseníase, o que causou a exclusão do convívio social de pessoas contaminadas que eram levadas para confinamento em colônias. A molécula se reproduz lentamente e o período médio de incubação e aparecimento dos sinais levam em torno de cinco anos, de acordo com informações da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). 

 

Reconhecimento e tratamento da doença 

De acordo com Moggi, a detecção e o tratamento precoces são essenciais para que o paciente evolua sem sequelas e para diminuir a chance de transmissão para outras pessoas, em especial aquelas com quem convive regularmente. “Um dos sinais e sintomas são: manchas avermelhadas, nodulações ou caroços, ressecamento dos olhos, câimbra, formigamento e perda de sensibilidade e diminuição da força muscular. Quando os casos não são tratados no início dos primeiros indícios, a doença pode causar sequelas progressivas e permanentes.”, ressalta. 

No mês de conscientização, um dos grandes desafios é informar que o tratamento ocorre de forma simples e gratuita, com a integração de serviços de saúde para seu combate. “É fundamental o diagnóstico em estágio inicial para começar a terapia com antibióticos, que pode ser realizada sem custos em postos de saúde da região do portador, durante seis meses. Assim, é possível interromper a cadeia de transmissão e impedir complicações e incapacidades do enfermo”, explica o especialista.

 


Anhanguera

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Kroton

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Cuidados no verão: as 6 doenças comuns da estação

Médica clínica e nutróloga do Vera Cruz Hospital, Gisele Figueiredo Ramos, dá dicas preciosas para se evitar e tratar as patologias típicas da época

 

Verão, crianças em férias escolares. Para animar e entreter os filhos, muitos pais planejam passeios ao ar livre, viagens e muitas atividades. A estação é a mais quente do ano, regada a frequentes chuvas e mudanças na temperatura, o que pode fragilizar o organismo e deixá-lo mais vulnerável para algumas patologias. 

Para que a diversão não termine mais cedo, a médica clínica e nutróloga do Vera Cruz Hospital, Gisele Figueiredo Ramos, alerta a população para algumas doenças comuns nessa época. “Atendemos pacientes com quadros de intoxicação alimentar, desidratação e até queimaduras do sol. No Vera Cruz Hospital, temos a melhor estrutura de atendimento, com exames e profissionais altamente capacitados para um diagnóstico mais preciso e que resulta em um tratamento mais efetivo”, destaca. 

Entre as doenças mais recorrentes no verão está a intoxicação alimentar, que atinge cerca de 600 milhões de pessoas no mundo todos os anos, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). Seus principais sintomas são vômitos, diarreia, náuseas, dor abdominal e cólicas, e podem surgir horas após a ingestão de um alimento contaminado. “As temperaturas elevadas desta época do ano dificultam a conservação dos alimentos e facilitam a proliferação de bactérias. É recomendado beber água potável e evitar alimentos crus, mal cozidos ou em conserva, como palmito e molhos a base de maionese”, exemplifica. 

A desidratação também aparece frequentemente nos prontos-socorros. Os sintomas são aumento da sede, fraqueza, hipotensão arterial, cansaço e sonolência, tudo devido à baixa concentração de água e sais minerais no corpo. E os dados do DATASUS fazem um alerta: no primeiro trimestre do ano, cerca de 30% das internações na rede pública de saúde de SP são de pessoas com esse quadro. Segundo Gisele, os casos acontecem principalmente em crianças e idosos. “No verão, ocorre aumento dos casos de diarreia, que são gastroenterocolites virais e que podem levar aos quadros de desidratação. Priorize uma alimentação mais leve e hidratação com água de coco ou sais de reidratação oral”, pontua. 

A queimadura de pele também está na lista, e seu descuido a longo prazo pode levar ao desenvolvimento do câncer de pele, que representa 33% dos novos diagnósticos de câncer registrados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) a cada ano no Brasil. No primeiro momento, o excesso de exposição solar pode causar quadros graves de queimaduras com lesões avermelhadas e até bolhas. Dor, ardência, sensação de queimação, coceira, descamação, náuseas, vômitos e vertigem também podem estar presentes. “As queimaduras de sol acontecem de uma a seis horas após a exposição aos raios ultravioleta (UVA e UVB) e atingem o ponto máximo em 24 horas. A recomendação é evitar os horários de sol mais forte (entre 10h e 16h), sempre usar protetor solar com fator de proteção maior ou igual a 30, chapéu ou boné, guarda-sóis e beber muito líquido”. 

Em quarto lugar vem as micoses, oriundas da proliferação dos fungos devido à combinação de calor e umidade. A doença se manifesta em forma de manchas brancas que podem provocar coceiras e afetar o couro cabeludo. Para a médica, medidas simples podem evitar o surgimento da doença. “Secar bem as dobras do corpo após o banho, se necessário com secador frio (principalmente virilhas, axilas, espaços entre os dedos), não usar roupas úmidas em contato com a pele por muito tempo, usar chinelos em saunas, academias, vestiários e chuveiros públicos, não compartilhar objetos pessoais, evitar uso de sapatos fechados por muito tempo e uso do mesmo sapato por dias seguidos, além de cobrir espreguiçadeiras e bancadas de sauna com toalhas ou canga”, diz. 

Há duas doenças que estão ligadas aos banhos de mar ou piscina. A primeira é a Otite, cujos casos dobram no verão. A inflamação acomete principalmente o conduto auditivo externo e apresenta dor, coceira e a sensação de ouvido tampado. O tratamento é feito com antibioticoterapia tópica em gotas e analgesia, e, durante o tratamento, banhos de mar ou piscina devem ser evitados. 

Além da piscina, exposição prolongada ao sol, sauna, ar condicionado, exposição a aglomerações de pessoas e poeira são alguns fatores que predispõem à conjuntivite. A transmissão acontece pelo contato direto entre as pessoas, ou indiretamente, por meio de objetos contaminados. Os sinais são olhos vermelhos, lacrimejamento, secreção, coceira, sensação de areia nos olhos e pálpebras inchadas e grudadas ao acordar. “Ao se iniciarem os sintomas, lave os olhos com água filtrada ou soro fisiológico, troque as fronhas e as toalhas de rosto todos os dias, lave as mãos antes e depois de tocar os olhos. Também é importante procurar atendimento médico para avaliação”, orienta a especialista.

 


Vera Cruz Hospital


Cuidados com esportes descalço na areia

Os esportes na areia parecem que combinam com pés descalços. Mas, nem sempre essa deve ser a melhor escolha. O médico ortopedista, Dr. Bruno Takasaki Lee, a capital paulista, conta que para caminhar ou mesmo correr descalço só vale a pena quando os músculos do pé são treinados e preparados para tal.

“Cada pé contém 26 ossos, um quarto de todos os ossos do corpo, junto com 33 articulações e mais de 100 músculos e tendões. Isso significa que todos esses músculos, precisam ser estimulados lentamente para desempenharem bem a sua função. Saber andar e exercitar-se descalço leva tempo, paciência e as informações corretas”, avisa.

A areia, em relação a outros terrenos é menos vantajosa, apesar de absorver mais o impacto do que outros tipos de solo ela aumenta o contato do pé com o terreno, exercitar-se descalço pode levar a lesões em função do atrito ou mesmo contusões.

“A dica é usar sempre um tênis adequado. Além de proporcionar segurança e estabilidade durante a prática de atividades na areia, o tênis com o solado mais fino e maleável ajuda a potencializar e otimizar o treino”, finaliza o médico que deixa algumas dicas importantes.

  • Não faça o mesmo treino de rua: a areia exige mais, por isso a intensidade deve ser moderada para não sobrecarregar as articulações;
  • Em praias com terreno fofo, diminua a amplitude das passadas quando afundar o pé na areia, fazendo apoio na parte medial dos pés com o objetivo de joga-los para trás;
  • Depois da pisada, puxe a perna para cima com o quadril, se deslocando com menos energia e colocando menos força;
  • Mantenha o abdômen contraído, o tronco alinhado e os ombros relaxados mesmo quando for solicitada a força dos braços para impulsionar o corpo à frente.


Dr. Bruno Takasaki Lee - CRM: 120.229  - Ortopedista Especialista em Pé e Tornozelo. Médico formado e Especializado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Tendo praticado inúmeras atividades esportivas durante sua vida, o Dr. Bruno Lee integra seu conhecimento técnico ao esportivo, unindo o conhecimento anatômico, patológico e funcional para o alcance do melhor resultado no tratamento de suas patologias. Nos últimos anos, o Dr. Bruno Lee buscou continuamente o aperfeiçoamento nas técnicas minimamente invasivas para tratamento das patologias dos pés. Esta nova técnica, em sua opinião, revolucionou e continuará revolucionando o cuidado nas patologias do pé e tornozelo.


Janeiro Branco: cuide bem da saúde mental

Em tempos de prolongada pandemia, recolhimento e tantas perdas, é quase impossível não sofrer algum tipo de problema mental ou emocional. Difícil passar ileso por esses quase dois anos de mudanças e tantos desafios sanitários. Publicação recente da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) examina estudos e dados de países da região, para tentar compreender o impacto da pandemia sobre a saúde mental da população. E faz uma constatação relevante: no Brasil, mais de 40% dos cidadãos tiveram problemas de ansiedade.

No vizinho Peru, aumentaram em cinco vezes os sintomas de depressão e os canadenses que relataram altos níveis de ansiedade aumentaram 4 vezes. No caso brasileiro, o documento aponta, ainda aumento acentuado nos registros de violência doméstica. A psiquiatra Monia Bresolin, do corpo clínico do Hospital Dona Helena, de Joinville (SC), entende que a indefinição sobre o fim da pandemia – com o reaparecimento de novas cepas de vírus – faz desse tempo um fator de estresse crônico, sobretudo em função das incertezas do que ainda está por vir. “Além do sofrimento pela perda de pessoas queridas, também trouxe mudanças econômicas, na forma de trabalho, estudos, relação sociais e familiares, o que exige uma adaptação a situações nunca antes vividas”, reflete a médica.

Mas como resistir a tanta pressão? “As recomendações para manter a saúde mental não são muito diferentes quanto à saúde física”, explica Monia Bresolin, listando, entre as principais atenções que se deve ter nesses momentos difíceis, a prática de atividade física regular, alimentação equilibrada, rotina de sono adequada, manter vínculos sociais positivos, manter equilíbrio entre lazer, trabalho, família, vida social e religiosidade. E buscar auxílio profissional em caso de necessidade.

Identificar essa necessidade de ajuda, porém, nem sempre é fácil. Mas a psiquiatra dá uma boa dica para distinguir o que é considerado comportamento “normal” daquele que exige uma maior atenção profissional: “Pode-se entender como ‘normal’ o padrão habitual da pessoa, levando em consideração sua trajetória de vida. E consideramos como merecedor de tratamento quando há alguma alteração de comportamento que cause sofrimento ou prejuízo significativo à pessoa.”

 

Nesse contexto mundial com tantas preocupações e poucas certezas, a médica destaca a importância não apenas de manter-se atentos a eventuais transtornos decorrentes dessa situação, mas, também, de buscar promover ainda mais a saúde mental.

Criada em 2014, a campanha Janeiro Branco tem por objetivo chamar a atenção para a necessidade de cuidar da saúde mental como importante fator de qualidade de vida. Afinal, mesmo antes da pandemia, conforme dados da Organização Mundial da Saúde, o Brasil já era o segundo país da América com maior número de pessoas depressivas (5,8% da população) e, também, o país com maior número de ansiosos do planeta: 9,3%. E considerando a pandemia de Covid-19, aumentam exponencialmente as possibilidades de aparecimento e agravamento do estresse crônico e transtornos mentais.


3 soft skills para desenvolver em 2022 e garantir o crescimento profissional

Essas habilidades são cada vez mais observadas pelos times de recursos humanos das empresas na hora de contratar um profissional


As soft skills são habilidades comportamentais que estão diretamente relacionadas à forma como uma pessoa lida com a outra e também como ela lida com suas emoções. Quanto mais desenvolvidas essas habilidades, mais positiva será a forma como o profissional lida com diferentes situações ambientais e psicológicas. Por isso, cada vez mais, as empresas estão valorizando pessoas com essas características.  

Mas engana-se quem acredita que as soft skills são um dom, elas podem ser desenvolvidas através de cursos, livros e sendo usadas no dia a dia. Para Thiago Coutinho, fundador da Voitto, uma escola de negócios para novos mercados, estudar é o principal caminho para desenvolver qualquer habilidade, inclusive essas skills.  

“Assim como uma pessoa muitas vezes precisa de um curso de informática, um curso de inglês, ela também precisa de um curso de inteligência emocional, de gestão de tempo, que são habilidades focadas nas soft skills. Sempre podemos aprender mais e evoluir e é isso que deve nos mover sempre, a constante vontade de aprender.” compartilha Coutinho. 

Abaixo três soft skills para desenvolver em 2022 e dar upgrade na carreira: 

  1. Inteligência Emocional: consiste em saber lidar com as próprias emoções, mas também com as emoções do outro em situações intensas ou tensas, da forma mais racional e fisiológica possível, lidando e respeitando os sentimentos de todos os envolvidos.
  2. Comunicação Assertiva: é fundamental para que as informações, demandas e resoluções sejam passadas com clareza. Uma comunicação assertiva é necessária em vários aspectos de um negócio e na vida, para a construção de relacionamentos eficientes, claros e funcionais, por exemplo.
  3. Gestão do Tempo: Ter essa habilidade dentro de uma organização, para otimizar a entrega de demandas, organizar prioridades e cumprir prazos é motivo de destaque não só para conseguir uma vaga, mas para chamar atenção da liderança para possíveis promoções. 

Além dessas, outras soft skills podem ser de grande valia tanto para o crescimento da vida profissional, quanto para a vida pessoal como  flexibilidade, motivação e resiliência.

 


Thiago Coutinho - formado em Engenharia de Produção, pós graduado em métodos estatísticos computacionais e Mestre em Administração pela UFJF. Possui formação complementar em Black Belt em Lean Seis Sigma, certificação Microsoft Office Specialist em Excel (MOS), Auditor Lead Acessor ISO 9001 e EXIN Agile Scrum Foundation. No ambiente acadêmico atuou como professor em disciplinas de Qualidade e Empreendedorismo para alunos de Graduação em Engenharia de Produção e atualmente é professor executivo da Pós ADM da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em Juiz de Fora, ministrando o módulo de Empreendedorismo. Como empreendedor, foi aprovado em um programa de aceleração de empresas da ENDEAVOR, o Promessas ENDEAVOR, onde recebeu mentorias para aceleração de negócios. Atualmente se dedica a projetos de consultoria em gestão e a direção executiva do Grupo Voitto, carregando com seu time a visão de ser referência nacional no desenvolvimento da sociedade pela educação corporativa.


Escola oferece mais de 1 mil vagas de emprego na Irlanda

SEDA College lança plataforma que conecta os estudantes às empresas irlandesas


Com a pandemia, a desvalorização do Real e o aumento do desemprego no Brasil, morar e trabalhar no exterior se tornou o sonho de muitos brasileiros. Para ajudar na concretização desse objetivo, a SEDA College, uma escola de idiomas fundada pelo brasileiro Tiago Mascarenhas, em Dublin, na Irlanda, acaba de lançar a plataforma SEDA Jobs Club. Em uma parceria inédita com empresas do país, estão sendo disponibilizadas 1 mil vagas de emprego aos estudantes.

O projeto consiste na conexão entre quem busca um emprego e quem tem uma vaga para preencher. “Um dos maiores desejos dos intercambistas é conseguir um trabalho para pagar seus estudos e moradia no exterior. Resolvemos usar o nosso conhecimento e networking com as empresas irlandesas para facilitar o processo de contratação desses estudantes”, explica Mascarenhas.

O lançamento da plataforma acontece justamente num momento de reabertura do país. Depois de mais de um ano com as fronteiras fechadas, sem poder receber estudantes estrangeiros, os brasileiros que forem para a Irlanda encontrarão na SEDA College todo o suporte necessário para alavancar suas carreiras.

Segundo Danilo Veloso, gerente de marketing da empresa, as perspectivas são muito boas para 2022. “Se o mundo não é mais o mesmo, por que fazer intercâmbio seria? Estamos renovados, com muito fôlego e vontade de ajudar os brasileiros que desejam viver essa experiência internacional”, afirma.

As vagas disponíveis na SEDA Jobs Club abrangem as mais diferentes áreas, como hotelaria, serviço, restaurantes, entre outras. Algumas demandam certa experiência e um nível mais elevado de inglês, outras são para quem precisa começar do zero.

O melhor de tudo é que os brasileiros não precisam de visto prévio para entrar na Irlanda. Chegando ao país, os estudantes precisam apresentar documentos que comprovem sua matrícula em uma escola de inglês credenciada. O agente do aeroporto emite uma permissão temporária para que o intercambista emita seu visto em um escritório de imigração.

Com a situação regular, o estudante que estiver matriculado em um curso com mais de 25 semanas pode se candidatar a empregos de até 20 horas semanais. O salário-mínimo é de € 10,20 por hora. Ou seja, o estudante recebe mais de € 800/ mensais – o que é suficiente para pagar suas despesas com moradia, alimentação e transporte, já que o custo de vida no país não é dos mais altos. Durante as férias escolares, é possível aumentar a carga horário de trabalho, chegando a até 40 horas semanais.

Quem tiver interesse em morar e trabalhar na Irlanda deve sair do Brasil já matriculado. Um curso de 25 semanas na SEDA College, por exemplo, custa em torno de R$ 14.900 e pode ser financiado em até 36x por meio de financiamento estudantil. A empresa que cuida de todo o processo de documentação, matrícula e acomodação dos estudantes é a SEDA Intercâmbios, uma empresa do Grupo Educacional SEDA.

Apesar de todas essas facilidades, o SEDA Jobs Club não é uma exclusividade dos alunos da SEDA College. “Estudantes de outras escolas na Irlanda também poderão aplicar para as vagas disponíveis na plataforma. A diferença é que os alunos da nossa escola terão acesso a cursos profissionalizantes, que os ajudarão ainda mais na hora de conquistar uma vaga de trabalho”, finaliza Mascarenhas. 

Os interessados devem buscar mais informações no link: https://sedajobsclub.com/

 

Ômicron desafia retoma do turismo internacional

Na última semana, por exemplo, a França anunciou que vai proibir as viagens não essenciais para o Reino Unido por conta da nova variante


 

Passada a fase mais crítica da pandemia de Covid-19, as portas do mundo estavam reabrindo quando, de forma súbita, a variante Ômicron virou notícia em novembro. Em uma tentativa de reverter as decisões de diversos governos que optaram por restringir ou interromper a retomada das viagens, a Iata (Associação Internacional de Transportes Aéreos) veio a público para destacar uma recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde). Segundo o texto, “a proibição geral das viagens não impedirá a disseminação internacional e representa um fardo aos meios de subsistência do setor”.


Na última semana, por exemplo, a França anunciou que vai proibir as viagens não essenciais para o Reino Unido por conta da nova variante. Leonardo Bastos, CEO da Kennedy Viagens, empresa que atua com viagens corporativas, destaca que a decisão do governo francês representa um golpe contra as viagens de negócios entre os dois países e para o segmento de viagens corporativas como um todo.


Bastos analisa de forma positiva a recomendação, por parte da Iata, de que os governos suspendam as restrições de viagens decorrentes do surgimento da Ômicron. “É preciso considerar que a grande maioria da população está vacinada e, como diz a OMS, decisões, como a da França, de restringir as viagens gera impactos negativos para a indústria e só desacelera a retomada da indústria do turismo”. 


Com efeito, o impacto econômico do setor em 2020, primeiro ano da pandemia, gerou uma baixa de US$ 94 bilhões (R$ 533,81 bilhões) apenas no PIB (Produto Interno Bruto) da América Latina e Caribe, de acordo com indicativos da Iata.


“No Brasil, o setor sofreu um prejuízo de R$ 453 bilhões em atividades turísticas desde março do ano passado até outubro deste ano”, destaca o empresário, citando dados da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).



Como ficam as viagens corporativas?


O CEO da Kennedy Viagens afirma que o surgimento da nova variante e as novas restrições já têm impactado as viagens empresariais ao exterior.


“Desde março de 2020, as viagens internacionais não se recuperaram e, com essa nova incerteza, a tendência é de queda. Já as viagens nacionais, em nossa análise, ultrapassaram o período pré-pandemia, razão pela qual acreditamos que essa variante não terá impacto de curto prazo para as viagens domésticas”, afirma.

  

Na visão de Bastos, para as viagens corporativas – neste contexto de pandemia, com o avanço da vacinação e o surgimento de novas variantes -, torna-se importante a adoção de programas de monitoramento para facilitar a identificação do colaborador e de planos de duty of care.


“Por mais que a viagem seja programada e bem planejada, existem imprevistos que podem ocorrer durante o percurso”, afirma. “Dessa forma, caso o viajante tenha qualquer problema, a empresa consegue ajudá-lo, abrindo um plano de risco para resolver a situação. Com cuidados básicos, acreditamos que o segmento de viagens corporativas pode – e deve – retomar”, conclui.


 

Leonardo Bastos - CEO na Kennedy Viagens Corporativas

 

Dê às pessoas o que elas querem: Como os gestores de fortunas podem oferecer exposição aos criptoativos

O ano de 1602 foi um divisor de águas. Foi quando se lançou a Companhia Holandesa das Índias Orientais com a emissão de ações facilmente transferíveis para financiar suas várias aventuras pelo planeta.

Agora, o mundo está vivendo uma novidade similar: os ativos digitais. Independentemente das discussões sobre se o valor de um token é justo, essa nova classe de ativos é uma classe de ativos. É totalmente diferente dos que existem e guardadas as devidas proporções, sua adoção pelo setor financeiro convencional é tão inevitável quanto as ações corporativas do século 17.

Gestores financeiros com visão de futuro estão se perguntando: “quais opções tenho para oferecer se meu cliente quiser exposição a criptoativos?”. Atualmente, o mercado tem várias opções por meio de diferentes caminhos.

O primeiro e mais óbvio é a compra direta de criptomoedas. A maioria dos grandes gestores de fortunas ainda não começou a oferecer esse serviço para seus clientes por meio de carteiras de ativos digitais das próprias instituições. Mas, muitos estão explorando essa possibilidade. Tirando algumas empresas menores de nicho, a maioria dos gestores ainda estão construindo, em seus planos financeiros, posições de criptos mantidas externamente1. Dessa forma, mesmo perdendo participação no mercado de carteiras para outras empresas de cripto, os gestores de fortunas podem gerar um valor expressivo fornecendo informações cuidadosas e completas sobre fornecedores, além de consultoria sobre os ativos.


O próximo passo é o investimento em fundos de ativos digitais. Enquanto as muitas instituições evitam a propriedade direta de criptomoedas, oferecem fundos de criptomoedas a certos tipos de investidores. O Morgan Stanley2, o Goldman Sachs3 e o JP Morgan4 anunciaram a oferta desses fundos. Todos têm gerenciamento ativo e podem não ser um substituto para os clientes que buscam exposição beta em cripto, mas para clientes que estão menos confortáveis com a perspectiva de gerenciar uma carteira. Esses fundos têm o conforto já conhecido de subscrição institucional.

Para os clientes e gestores de fortuna interessados em seguir certas estratégias de negociação, a Bolsa de Mercadorias de Chicago (o grupo CME) listou contratos futuros nas duas maiores criptomoedas: para bitcoin e ether – essa última a criptomoeda nativa da rede blockchain Ethereum. Estratégias de contratos futuros podem ser complexas e arriscadas, mas para clientes de altíssimo patrimônio com discernimento e gestores bem-informados, esses produtos podem abrir um mundo de alavancagem e flexibilidade.

Alguns clientes podem hesitar por conta da complexidade de cada uma dessas estratégias. Outros podem ter os requisitos para investir em certos fundos ou contratos futuros. Por sorte, à medida que cresce a aceitação de ativos digitais em geral e as criptomoedas, em particular, ganham mercado, há atualmente três produtos familiares disponíveis no mercado – independentemente da qualificação ou sofisticação.

O mais perene desses produtos para o investidor é ação de empresas do ecossistema de ativos digitais. Empresas desse grupo vão daquelas totalmente com foco em cripto, como a Coinbase, maior bolsa de moedas digitais dos Estados Unidos (EUA), a empresas com exposição ao ecossistema, como a Nvidia.

Outro produto familiar que os gestores podem oferecer a seus clientes são os fundos de índice (ETF) de ativos digitais. Esses existem e têm uma sobreposição significativa. Alguns gestores de ETFs disfarçam exposições tradicionais em tecnologia sob o marketing de criptomoedas. Os gestores podem se certificar do valor deles com uma avaliação das empresas que compõem o fundo para avaliar se há uma oportunidade.

E por fim, o produto que os investidores e gestores de fortunas estão explorando no horizonte: o ETF de bitcoin5. Há dois desses ETFs na bolsa brasileira, a B3. Da forma como estão surgindo, há dois tipos. Um deles é um fundo que detém o ativo, como o ETF GLD da Bolsa de Nova York (NYSE), que tem lastro em ouro físico guardado num cofre, ou como o ETF USO, que tem como referência contratos futuros de petróleo com datas de vencimento próximas. A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) já aprovou um ETF de contratos futuros de bitcoin e há vários outros pedidos pendentes. Os gestores podem mostrar valor, mais uma vez, explicando as peculiaridades estruturais de cada um, como seus perfis únicos de risco se encaixam em portfólios únicos e como a exposição por meio de um ETF é diferente de ter uma criptomoeda.

Enquanto várias empresas pediram à SEC a aprovação de ETFs que mantém bitcoin, por enquanto os reguladores não autorizaram ou ainda não deram respostas a esses pedidos. Os receios da SEC sobre os mecanismos desses produtos incluindo (mas certamente não se limitado a) valuation, liquidez/resgate, volatilidade, custódia e potencial manipulação, não devem ser interpretados como dúvidas de demandas comerciais e de varejo. O interesse dos investidores e assessores por exposição a criptomoeda, combinado à popularidade dos ETFs e à demanda perene por investimentos beta baratos, proverão um vento favorável para os fluxos dos fundos, se vierem a mercado.

Os gestores de riqueza que são confrontados com demandas por cripto de clientes se encontram no início de uma trilha. Em campo estão as opções “gêmeas” de engajamento e recomendação. Exatamente como acontece com qualquer ativo emergente, da primeira e simples ação holandesa a produtos estruturados elaborados, os ativos digitais são uma oportunidade única para os gestores de fortunas capazes de prover conselho previdente. E conhecer os produtos é o primeiro e certeiro passo.


 

 

Simon Zais e Daniel Kerney - consultores da Capco.

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