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quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Alcoolismo é um dos principais motivos de conflitos conjugais

Abuso de álcool ocupou o 15º lugar do ranking dos 38 motivos que levam os casais brasileiros a brigarem
 

O churrasco em família, o happy hour da empresa, a festa dos amigos, o jogo de futebol. Estes são eventos sociais comuns na vida de qualquer casal. Entretanto, o que também pode ser comum é que um dos membros do casal abuse do álcool nestas e em outras ocasiões, levando para dentro do relacionamento um grave problema: o alcoolismo.

Na pesquisa realizada recentemente pelo Instituto do Casal, o alcoolismo ocupou o 15º lugar no ranking dos principais motivos que levam os casais brasileiros a brigarem.

Segundo Marina Simas de Lima, psicóloga, terapeuta de casal, família e cofundadora do Instituto do Casal, o abuso ou a dependência do álcool dentro do contexto de um relacionamento amoroso e familiar afeta a todos e se instala gradualmente.

“A pessoa começa a beber socialmente, ou seja, nos eventos, festas, etc. A dependência se constrói aos poucos e depende de alguns fatores, como a predisposição genética, as relações sociais e o ambiente. O alcoolismo pode desestruturar por completo a dinâmica do casal e da família”, diz Marina.

Em geral, o (a) parceiro (a) pode sentir raiva, frustração e desesperança. Entretanto, na maioria dos casos, o cônjuge se torna codependente, ou seja, ele/ela vive em função do alcoolista e faz de tudo para evitar o consumo de álcool, procura controlar todas as situações e esquece de si mesmo.

Outro ponto é que no início da instalação do alcoolismo, não há prejuízos aparentes na capacidade funcional. “Pode ser aquela pessoa que vai trabalhar todos os dias, mas que ao chegar em casa bebe bastante ou abusa aos finais de semana, por exemplo, causando grande sofrimento para a família” explica Denise Miranda de Figueiredo, psicóloga, terapeuta de casal, família e cofundadora do Instituto do Casal.


A armadilha do álcool 
 
A imagem que a maioria da população tem de um alcoolista é daquela pessoa que bebe muito, todos os dias, até cair e que não consegue fazer mais nada.

Mas, essa é a última fase da doença. Por exemplo, se a pessoa beber de 4 a 5 doses de álcool, num período de 2 horas, já é um sinal de alerta para procurar orientação, segundo os novos critérios da Associação Americana de Psiquiatra para o diagnóstico do alcoolismo. O termo para esse comportamento é uso pesado episódico de álcool (binge drinking), definição criada pelo National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism.
 

Mudança de comportamentos
 
A mudança dos comportamentos são os primeiros sinais de que o álcool está se tornando um problema. “O alcoolista pode ficar mais irritado, menos tolerante, perder o interesse pela família, começar a ter problemas no trabalho, ficar mais desatento e apresentar problemas de memória e concentração. Além disso, pode se envolver em acidentes de carro com mais frequência, assim como é comum o aumento dos conflitos familiares, principalmente depois do consumo de álcool”, explica as psicólogas.
 

Alcoolismo pode diminuir a satisfação conjugal
 
“Há muitos sentimentos envolvidos quando o alcoolismo se instala em um dos membros do casal. Quem convive com um alcoolista pode experimentar uma série de sentimentos, como raiva, vergonha, frustração e, muitas vezes, pode sofrer em silêncio. A satisfação conjugal diminui, pois, o alcoolismo pode afetar a sexualidade, os cuidados com a casa, como os filhos, além de elevar o risco de ter problemas financeiros e, claro, da violência doméstica”, reflete Denise.


Reconhecer a condição é o primeiro passo
 
A negação é comum quando o problema se torna mais evidente. “O primeiro passo é entender que o alcoolismo é uma doença e que, portanto, precisa ser tratada. Como normalmente há codependência, para ajudar o alcoolista, o (a) parceiro (a) precisa procurar ajuda especializada também. Quando há filhos, todos devem participar das intervenções terapêuticas”, dizem as psicólogas. 

De acordo com as especialistas, o (a) parceiro (a) tem papel fundamental na recuperação do alcoolista. “Outra questão é que a recuperação é um processo demorado e que, além disso, é para toda a vida. Por isso, para ajudar de fato é preciso ter consciência de que após o tratamento inicial, será preciso evitar certas situações de risco e mudar padrões de comportamento para prevenir as recaídas”, afirma Denise.

“Lembre-se: você não é responsável pelo alcoolismo do (a) seu (sua) parceiro, nem pode controlar a situação. O que você pode fazer é oferecer ajuda, estabelecer limites e cuidar de você. O passo mais importante é que o alcoolista queira se tratar e reconheça sua condição”, encerram Marina e Denise.  


Onde procurar ajuda?
 
Para tratar o alcoolismo podem ser necessárias algumas abordagens, que podem envolver um médico psiquiatra, um período de internação, nutricionistas e outros profissionais. A terapia de casal e família também pode contribuir para recuperar a satisfação conjugal e o equilíbrio familiar para os casais com filhos.

Há ainda os grupos de autoajuda, tanto para o alcoolista, quanto para a família. O mais conhecido de todos é o AA (Alcoólicos Anônimos). A participação nas reuniões é gratuita.  O Amor Exigente (AE) é um grupo voltado para os familiares de dependentes químicos em geral.


Como evitar o esgotamento profissional


 A International Stress Management Association constatou que 30% dos mais de 100 milhões de trabalhadores brasileiros sofrem com a chamada Síndrome de Burnout, ou Síndrome do Esgotamento Profissional, ou seja, vivem com exaustão emocional, dores de cabeça e musculares e stress contínuo.

As razões para o número tão alto de profissionais mental e fisicamente esgotados podem estar ligadas a um mercado cada vez mais competitivo. "Os comentários mais comuns são com relação às expectativas dos e à sobrecarga de trabalho", comenta Carolina Silva, Especialista em RH da Luandre, empresa que atende 200 das 500 maiores empresas do país.

Aí você pergunta: "E existe alguma forma de contornar este problema a fim de que o profissional consiga render o seu melhor e ainda sim fugir do stress do cotidiano".

Para Carolina, existe sim. Quem trabalha tem que saber balancear algumas atitudes que podem fazer toda diferença. Confira abaixo quais as "ferramentas" que podem fazer do seu dia-a-dia no trabalho algo mais agradável e estimulante:


Priorize

Multifuncional sim, multifoco não. Carolina acredita que para boa parte dos gestores está mais do que claro que ninguém consegue ter atenção em tudo ao mesmo tempo. E isso significa o quê? Que você deve se organizar de modo a estabelecer uma ordem de prioridades: "Só existe uma "primeira" prioridade, como o próprio nome diz, não dezoito. Caso tenha dúvidas sobre qual é ela, converse com seu gestor e defina o melhor roteiro", explica.


Esclareça

De acordo com o livro "Essencialismo", um dos mais vendidos, de acordo com o "The New York Times", é preciso entender qual é a missão da empresa e também do profissional, pois é ela que irá te guiar ao objetivo. Os desvios se tornam o todo quando não há clareza e eles, invariavelmente, geram stress. 

"Equipes sem propósito se sentem sem liderança. No trabalho em equipe, muitos projetos disparatados, sem relação entre si, nada acrescentam ao nível máximo de contribuição do grupo", diz o autor do livro, Greg Mckeown.


Saiba dizer "não" 

Esta é mais uma dica com relação à sobrecarga, que é uma das maiores queixas destes profissionais. Segundo a especialista "em tempos de profissionais multifuncionais cabe definir bem sua missão na empresa e prioridade, com o propósito de entender se a presença em um call ou uma reunião é realmente necessária, por exemplo, ou se o tempo poderia ser melhor empregado em outra atividade".


Diga adeus à ansiedade

Os três pontos acima levam a este último, que só é possível a partir da clareza da função e o estabelecimento da prioridade. A partir disso, é possível se planejar e evitar a ansiedade de ter um relatório gigante para entregar e não ter o tempo necessário para fazer. "Programação é fundamental para que uma urgência não ponha a perder prazos, assim todos conseguem trabalhar mais sossegados", conclui Carolina.


Se execrcite


A prática de exercícios físicos é um ótimo aliado para manter o foco, dá resistência e renova as energias do corpo, além de oxigenar o cérebro e clarear os pensamentos. Todas as atividades são bem vindas, então, faça algo que gosta. Dance, faça uma caminhada, ande de bicicleta, saia para passear com o cachorro. Manter o corpo em movimento só trará benefícios.


Conheça os seus limites

Entenda seu corpo, escute o que ele diz. Todas as pessoas são feitas de limites e você precisa obedecer aos seus. A busca por foco no objetivo tem única e exclusivamente a função de realizar seus sonhos e tudo gira em torno de você. Não esqueça que o que está em jogo é sua felicidade.






Luandre Soluções em Recursos Humanos


Campos esportivos: os desafios do golfe no país do futebol


No Brasil, quando falamos em gramados esportivos, é quase instintivo pensarmos em um campo de futebol. Somos o país do futebol. Para muitos, em meio às suas primeiras roupas, estava uma camisa da seleção canarinho. Apesar disso, somos uma nação de muitos esportes fantásticos, e um deles tem se tornado muito popular, nos últimos anos: o golfe.

Diferentemente do futebol, o golfe ainda enfrenta barreiras estruturais para se tornar popular. Não é só uma questão de apreço pelo esporte, já que quem joga costuma gostar muito da prática. Não é também uma questão de popularidade ou competição com outros esportes. O maior problema é que ainda temos poucos campos de golfe no país, e nem todos são feitos com a excelência necessária para tornar o jogo desafiador e divertido.

O campo de futebol é retangular, varia pouco de tamanho, há alguma variedade de gramado, mas as variáveis na construção são poucas. Já um campo de golfe tem uma complexidade muito maior, pois os diferentes formatos e terrenos fazem parte do desafio do esporte. A diversão também está nessa imprevisibilidade. Isso desafia arquitetos.

É preciso ser artístico. O terreno precisa ser analisado para que o encaixe do percurso se alinhe a ele. O desafio deve chegar a quem é experiente e a quem é iniciante. Atender a dois públicos tão distintos é extremamente complexo. Na maioria dos outros esportes de gramado, o design do terreno tem pouca importância. No golfe ele quer dizer tudo.

Quando o projeto é pensado para um condomínio, por exemplo, ainda há de se considerar o melhor uso e os riscos, sobretudo nas áreas de contatos com a parte residencial. Talvez um dos maiores desafios seja justamente se utilizar de tudo isso para criar um cenário deslumbrante, que encante o jogador.

Jogar golfe tem a ver com relaxamento, um estado de tranquilidade. Por isso, a paisagem é importante. Mais do que uma grama que permita dificuldade e jogabilidade, a vista deve encantar. Essas variáveis tornam difícil avaliar que campos são melhores ou piores. Cada campo busca ser único. É aquela experiência que fica com o jogador. Por esse motivo é um jogo tão interessante.
Claro que há fatores de avaliação comuns que fazem diferença, como a construção e a manutenção. Entretanto, o fator originalidade é tão ou até mais importante. Por fim, o último desafio que os campos de golfe encontram, sobretudo no nosso país, é a irrigação. 

O esporte depende de uma irrigação de excelência para funcionar. Uma irrigação de má qualidade tem vida útil curta, gasta mais água, energia, demanda mais fertilizantes, mais mão de obra nas máquinas de corte, e sempre demanda interferência para estar razoável.

É a água que traz vida ao campo, mesmo escondida abaixo do solo. Um sistema de irrigação de alta qualidade terá um software que comandará todo o processo, fará leitura do clima, recalibrando a quantidade de água necessária para manter a grama saudável. Isso evita desperdícios, aumenta a durabilidade e pode considerar a peculiaridade de cada área do campo. 

O golfe, ao contrário de outros esportes de gramado, tem áreas que demandam irrigação diferenciada porque a grama varia e tem funções diferentes no jogo. São até 900.000m2 de área irrigada. A importância é tanta que é possível perceber que nas listas de melhores campos do Brasil, os 10 melhores sempre contam com a irrigação da mais alta qualidade.

Em suma, o golfe é um esporte que vem ganhando o gosto dos brasileiros, mas os desafios estruturais ainda são grandes. Apesar de tudo, as soluções são simples, só demandam um olhar e trabalho especializado para que se amplie a popularidade do esporte no nosso país.







Danny Braz - engenheiro civil, consultor internacional com foco em construções verdes e diretor geral da empresa Regatec.


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