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domingo, 17 de junho de 2018

Acreditar apenas no amor acaba com a relação


Para fugir dessa ilusão devemos avaliar três elementos básicos para um bom relacionamento a Comunicação, Cooperação e claro, o Amor. Porém, nenhum dos três é mais importante que o outro

Quem nunca ouviu ou conhece um casal que se ama, mas não consegue mais manter o relacionamento? Atendo quase semanalmente em meu Instituto homens e mulheres que se amam e não conseguem sustentar uma boa relação. E exatamente observando e estudando esse cenário que afirmo que é o amor que acaba com os relacionamentos, aliás, mais especificamente, é a falsa crença de que SOMENTE o amor faria um relacionamento ser equilibrado, saudável e feliz. E, acreditar nisso é um padrão quase infantil cujos personagens vivem em uma história de fantasia e as consequências reais são os dramas que vemos diariamente.

Para fugir dessa ilusão, o ideal é no primeiro momento avaliar três elementos básicos para um bom relacionamento a Comunicação, Cooperação e claro, o Amor. Porém, nenhum dos três é mais importante que o outro, pois todos tem a mesma função, a de sustentar a relação. Entretanto, devemos entender que mais que esses três alicerces qualquer atitude não tem validade se não tivermos um objetivo fim. Por exemplo, podemos ter duas pessoas remando em um mesmo barco se comunicando de forma clara, cooperando com todas as suas forças e se dedicando com amor, porém se elas não tiverem traçado um objetivo só vão gastar energia e não chegarão onde querem.

Por isso, antes de saírem conversando alucinadamente, ou fazendo juras de amor veja quais são os objetivos individuais e a partir disso defina os seus objetivos enquanto casal. Como e onde vocês pretendem estar daqui seis meses, três anos, cinco anos, 10, 30, etc. Feito isso, você irá perceber que até aquilo que via como um grande problema começa a ficar mais ameno, pois quando se tem um objetivo as dificuldades se tornam menores pois colocamos nosso foco onde desejamos chegar.

Não tenho a pretensão de passar receitas milagrosas, até porque não acredito nisso. Mas, desejo que as pessoas ao lerem esse texto possam perceber qual dos três aspectos (Comunicação, Cooperação e Amor) pode estar minando suas relações e definam, caso ainda não o tenha, qual é o seu objetivo. Tenho certeza que com esses simples passos tudo ficará mais leve e saudável.




Mariana Vieira - Hipnoterapeuta clínica, com certificações internacionais pela ABH – The American Board of Hypnotherapy e Instituto Milton H. Erickson (USA), especialista em Programação Neurolinguística com certificação da The Society of NLP™ e Psicoterapeuta Transpessoal, iniciou sua atuação no desenvolvimento humano em 2004 atuando como voluntária em ONGs descobrindo-se uma apaixonada pela complexidade da mente humana o que lhe fez descobrir seu propósito no mundo: o de apoiar as pessoas a encontrarem o caminho do equilíbrio e de uma vida saudável, no âmbito profissional e pessoal.


Existe antídoto contra a traição?


Ter controle sobre a forma como o outro age e se comporta não é uma opção. Mas viver a nossa verdade, construindo relações igualmente verdadeiras, pode ser o melhor antídoto para o veneno da infidelidade.


Existe antídoto contra a traição? Mais de 90% das mulheres temem ser traídas e podemos dizer que esse é o maior fantasma das relações. Segundo a Orientadora Emocional Camilla Couto, o grande dilema é: “não podemos controlar o comportamento de nossos parceiros e é justamente da tentativa de controle que nascem tantas decepções”. Mas, então, se não podemos controlar o que eles fazem ou deixam de fazer, seremos inevitavelmente traídas? Para Camilla, a resposta é: não! “Traição é um veneno, sim, mas que aparece por razões diversas, especialmente por um descompasso entre o casal. E sabe qual o antídoto para essa realidade? A verdade!

Uma coisa é certa: não há espaço para a traição quando o relacionamento anda às mil maravilhas. E se a relação não vai bem, certamente há algo que não está sendo comunicado – por uma das partes ou por ambas – ou seja, há algo oculto”. 

A orientadora explica que, quanto mais nos conhecemos e conseguimos transparecer nossos valores, desejos e opiniões de forma amorosa, menos turbulências há no relacionamento. “Existe uma preciosidade infinita em vivermos a nossa verdade”, diz ela. Mas será que isso realmente impede uma traição?

“Obviamente, há casos e casos. Mas quando vivemos em verdade, tudo fica mais claro. Quando nós optamos por ‘jogar limpo’ sob quaisquer circunstâncias e independentemente das atitudes do outro, também fica mais fácil de detectar se ele também está em verdade”, reflete Camilla. E, para ela, se há a possibilidade da traição acontecer mesmo assim, ao menos saímos com a certeza de que fizemos a nossa parte. “Saímos também menos machucadas, até porque, antes da traição acontecer, já tínhamos uma visão mais realista sobre o andamento da relação”, explica ela. Isso não acontece quando optamos por não transparecer nossos sentimentos, objetivos e anseios claramente.

Camilla enfatiza: “se somos verdadeiras, atraímos também pessoas que se impulsionam a ser verdadeiras. Quando comunicamos de maneira clara e impomos limites, quem não se enquadra no perfil de relacionamento que desejamos, rapidamente vai embora. Ao sermos verdadeiras, vivemos relações igualmente verdadeiras, nas quais as chances de uma traição diminuem drasticamente”.






Camilla Couto - Orientadora Emocional para Mulheres, com foco em Relacionamentos. Criadora/ autora do Blog das Amarildas e fundadora do PAR - Programa Amarildas de Relacionamentos. Orientadora emocional, Terapeuta Floral (TF-153-17/SP) e Contoterapeuta, viveu durante 8 anos no exterior conhecendo diferentes culturas e comportamentos. No blog amarildas.com.br, compartilha seus estudos sobre amor, relacionamentos e dependência emocional - com o propósito de promover mais entendimento sobre esses temas e de incentivar as mulheres a se amarem e valorizarem cada vez mais.

Como a relação conjugal influencia na criação do filho?


Como a minha relação conjugal influência na criação do meu filho? Essa é uma pergunta muito pertinente para todo pai e mãe responderem nos dias atuais. Quando a criança nasce ela observa o comportamento dos seus genitores e os imita. A verdade é que os filhos são testemunhas morais do dia a dia dos pais, são com eles que dão os primeiros passos na aprendizagem de como lidar com um sistema de regras que encontrarão durante toda a vida. E é ao observar o ambiente dentro de casa, ainda na infância, que irão estruturar seu comportamento dentro da sociedade.

É muito antes de ir para a escola que os filhos são confrontados com regras e questões morais. O certo ou errado para a criança dependerá de como ela ver que funcionam as regras em casa. E quando ela é enviada para o ambiente escolar já terá em sua bagagem esse conjunto de regras do seu primeiro convívio social. Nesse novo lugar ele influenciará seus amigos, e também será influenciado por eles, essa troca de informações formará o homem do amanhã. Como já disse Freud: “a criança é o pai do homem”. 


Então como os pais podem fazer para ter sucesso na criação dos filhos? 

O primeiro ponto a se destacar é a comunicação entre os cônjuges. No tom de voz, em como o marido fala com a esposa e vice e versa. Um princípio judaico diz que a vida e a morte estão na mão da fala, que seria o diálogo em um relacionamento, que reflete em todas as outras relações possíveis na vida do indivíduo: familiares, sociais, escolares, comerciais, conjugais, entre amigos, entre outras. 

A fala é a principal característica do ser humano, é a comunicação mais sofisticada que o caracteriza em função de poder de forma complexa, estruturada e aprofundada, expressar pensamentos e sentimentos, descobertas e frustrações, e os pais devem utilizar bem essa ferramenta. O diálogo em casa vai demonstrar como a criança deve ser relacionar com o outro, e ela aprenderá isso ao observar como será abordada pelo pai e pela mãe. 


A importância de utilizar o diálogo: quantidade x qualidade 

Uma pesquisa realizada em 2005 mostra que o tempo gasto pelo homem para conversar com sua esposa é de uma hora e meia. Parece ser muito pouco, visto que temos 24 horas no dia, mas o que realmente importa é saber se essa fala é qualitativa ou rotineira, simplesmente burocrática e, até mesmo, sem nenhuma importância educacional, ética ou moral.   

O problema é que se observou um diálogo superficial. Falas como: “não esquece disso”, “pague aquilo”, “temos isso para fazer”, “não esquece aquilo outro”, no geral são sempre falas sobre rotina da agenda. Essas conversas são necessárias e importantes, mas é preciso uma que alimente a relação conjugal também. Isso com o tempo vai desgastar o casal. Destaco que é uma arte ser marido e pai, como é uma arte ser mãe e esposa.  

Estamos vivendo uma crise no relacionamento entre marido e mulher, onde falas de carinho e profundidade não encontram espaço. O que acaba por refletir nos próprios filhos. O grande problema dos conflitos familiares está na possibilidade de se ter uma pessoa que é um super-pai e um marido ausente, ou o contrário, um super-marido, mas um pai ausente, o mesmo vale para a mãe. Mas quando se trata do pai o quadro é mais agravante. Além do maior índice de abandono, muitas vezes a relação pai e filho se resume a perguntas como: “tomou banho?”, “fez a lição?”, “vai dormir!”. Isso não marcará a vida de nenhuma criança, não traçará a personalidade de ninguém. 

A fala começa a perder a emoção e conteúdo, então começamos com uma relação conjugal medíocre e vamos parar em uma relação com os filhos quase inexistente, apenas de comandos. 

É preciso então resgatar as frases de efeito que ouvimos dos nossos avós e dos nossos pais, que ilustram respeito, que contem sabedoria, que vai deixar registrado a marca no filho que será o homem de amanhã. E não frases burocráticas, ordens, mando e desmando, isso é um desgaste, embora necessário. Não pode ocupar o tempo disponível tanto na relação conjugal, como na relação de pai e filho. 


Um diálogo que aponte para o respeito: criando homens e mulheres do amanhã 

Respeito, segundo o judaísmo, é uma das questões mais importantes. De acordo com Maimônides, grande sábio judeu da idade média, uma das maiores necessidades do homem não é comer, beber e tão pouco fazer sexo ou ter satisfação no trabalho, mas sim a necessidade de ser respeitado, de ser reconhecido pelo próximo.  

Então, em uma relação conjugal, que terá impacto nos filhos, o diálogo deverá demonstrar o respeito do marido para com a esposa, e vice-versa. Se a conversa apresentar conteúdo, um tema envolvente, a criança será estimulada a ser extremamente respeitosa e profunda. Isso vai refletir em toda a vida dele. 

A preocupação com essa questão do respeito vai muito além do ambiente familiar. Uma pesquisa de 2013, realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento  Econômico (OCDE), aponta que o professor no Brasil perde 20% do tempo para colocar a classe em ordem e acabar com a bagunça e outros 13% resolvendo problemas burocráticos, totalizando 33% do tempo usado para esses fins. Para o mesmo propósito a média de outros países é de apenas 13%.  Ou seja, o diálogo não está surtindo efeito nem dentro da escola. Estamos hoje diante de uma crise de relacionamento. A começar pelo matrimonial, depois dos pais e filhos e que alcança educadores e alunos. 

Se os pais usarem do seu tempo estimulando os filhos a pensarem e a conversarem da mesma forma como eles testemunharam em uma boa relação conjugal, ao lembra-lo de como havia respeito no olhar para o outro. Com a palavra respeito sendo norteadora do relacionamento conjugal e familiar, essa qualidade prosseguirá para os próximos relacionamentos de nossos filhos, sejam com professores, colegas de sala, amigos, entre outros, os tornando cidadãos do amanhã, que buscam criar uma sociedade melhor.





Rabino Samy Pinto - formado em Ciências Econômicas, se especializou em educação em Israel, na Universidade Bar-llan, mas foi no Brasil que concluiu seu mestrado e doutorado em Letras e Filosofia, pela Universidade de São Paulo (USP). Foi diretor do Colégio Iavne, por 22 anos. O Rav. Samy Pinto ainda é diplomado Rabino pelo Rabinato chefe de Israel, em Jerusalém, e hoje é o responsável pela sinagoga Ohel Yaacov, situada no Jardins também conhecida como sinagoga da Abolição.


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