A prática,
que já é comum e rotineira em outros países, vem crescendo pouco a pouco no
Brasil. Cada vez mais pessoas buscam a microchipagem, uma garantia de
identificação segura e eficiente para os animais.
Um microchip
é um pequeno dispositivo eletrônico, do tamanho de um grão de arroz, que tem um
número de identificação programado para ele. Cada chip possui um número único.
Os microchips
são inertes (não se movem), não possuem bateria e não utilizam nenhum tipo de
energia. Também não são dispositivos de rastreamento, como os GPS. Eles
funcionam por meio da radiofrequência, que pode variar de país para país. A
leitura é feita com um scanner, que é passado sobre o animal e recebe as
informações contidas no implante.
Por serem
feitos de materiais biocompatíveis, possuem longa duração, funcionando durante
toda a vida do pet. Ou seja, não há a necessidade de efetuar a troca do
produto, que será implantado apenas uma vez.
Sua principal
função é agir como uma espécie de RG animal. Caso o pet se perca e seja
direcionado a um local que possua o scanner, o tutor poderá ser contatado e
encontrará o seu melhor amigo.
Quais
são as vantagens e desvantagens do dispositivo?
Microchipar
um pet não possui muitas desvantagens. As únicas que podem ser citadas dizem
respeito à impossibilidade de saber ou não, à primeira vista, se o animal é
microchipado, e a falta de um sistema de rastreamento atrelado ao dispositivo.
Por isso, é
importante sempre manter o cão ou gato com uma coleira com placa de
identificação. Lembre-se de usar coleiras maleáveis, que possibilitem que o
animal (especialmente os gatos) escapem caso fiquem presos em algum lugar,
afirma a Dra. Lívia Romeiro do Vet Quality Centro Veterinário 24h.
Dito isso, os
microchips são uma forma permanente e segura de identificação dos animais —
coleiras podem ser retiradas ou perdidas. Seu custo é relativamente baixo e sua
eficácia é comprovada, pois muitos pets retornam aos seus lares graças a esta
tecnologia.
Além disso,
são seguros também para os tutores: as únicas informações disponíveis são as
que você escolhe disponibilizar, e só podem ser acessadas por profissionais que
possuam o scanner.
E não é só: a
sociedade e os animais no geral também se beneficiam. Políticas de inserção de
microchips diminuem os casos de abandono e, consequentemente, a superpopulação
de animais nas ruas e a ocorrência de maus tratos.
Como
é feita a implantação?
A implantação
dos microchips é feita por meio de uma injeção, feita com uma agulha
hipodérmica. Por isso, a dor não é maior do que a de uma vacinação ou injeção
comuns. Ele é colocado, em cães e gatos, na linha média dorsal do animal, entre
as escápulas, em uma região próxima à nuca.
Após a sua
inserção, para garantir a precisão do código de identificação e conferir se ele
está localizado no lugar correto, o microchip deve ser verificado antes e após
a implantação. É recomendada também a verificação anual, em consultas de
rotina.
O
procedimento, apesar de simples e rápido, deve ser realizado em uma clínica ou
hospital veterinário, e deve ser feito por um médico veterinário capacitado.