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quarta-feira, 9 de maio de 2018

Escola e aprendizado - motivação para aprender, sempre!


Ao mesmo tempo em que constatamos que a facilidade de acesso à informação pode ser um ativo importante para impulsionar as pessoas em direção ao conhecimento, nos deparamos com notícias como as do Censo Escolar da Educação Básica 2017, que mostram uma preocupante redução no número de alunos matriculados no Ensino Médio, fato que nos leva a algumas reflexões sobre o papel da escola nesse cenário. O levantamento, divulgado pelo Ministério da Educação, aponta que 1,5 milhão de jovens ficaram fora da sala de aula no ano passado. A imensa - muitas vezes, até incontrolável - oferta de informação online derrubou por completo a barreira que separava o indivíduo da informação e do conhecimento construído histórica e socialmente. Hoje em dia, qualquer pessoa pode aprender sobre qualquer assunto de seu interesse. Basta procurar para encontrar conteúdos impressos, digitais, gratuitos ou pagos. Diante disso, vemos um número muito alto de estudantes que acabam desistindo da escola nos últimos anos da Educação Básica.

O que aconteceu com a curiosidade, a vontade ou a necessidade tão humana de aprender pelas vias formais? Por que jovens, que deveriam estar cada vez mais entusiasmados diante de tantos incentivos, simplesmente parecem “desistir de aprender na escola”? Sabemos que fatores sociais e econômicos podem interferir - e muito - no caminho para a escolaridade, mas somente isso não basta para fechar essa questão. Precisamos analisar o problema, lançando um olhar crítico sobre a forma como a educação vem se sustentando ao longo dos anos e o modelo de escola que oferecemos aos nossos estudantes. É certo que a educação formal e tradicional, que historicamente coloca o professor como protagonista e detentor absoluto dos conhecimentos, já não funciona para as novas gerações, acostumadas a obterem o que querem com apenas um click no mouse ou uma deslizada de dedo pelo celular. Fato é que a internet expandiu os horizontes e fez surgir, por força das circunstâncias, uma dinâmica diferente entre quem ensina e quem aprende.

Escolas e educadores que já perceberam essa mudança adaptam-se continuamente revendo seus papéis e atuando para construir uma escola mais inclusiva no que tange a metodologias e recursos de gestão de aprendizagem, sem esquecer de mobilizar a curiosidade e o apreço pelo aprender em um ambiente desafiador, sem perder o acolhimento. Uma boa dose de espanto e incredulidade pode influenciar positivamente a postura do estudante. Pensada sob essa perspectiva, a escola  ajuda a criar o interesse por meio de um processo - às vezes árduo, sabemos - de parceria entre os professores, alunos e suas famílias.

 É preciso assumir o compromisso de estar junto - e não à frente ou acima. Cabe a nós, professores, ajudar a construir pontes que aproximem cada vez mais crianças e jovens do conhecimento. Como fazer isso? Estimulando os meninos e meninas na busca por respostas a perguntas que não necessariamente tenham relação com o conteúdo de sala de aula. É preciso fazer com que ele se sinta desafiado a alçar voos longos - e o lugar certo para essa trajetória ser iniciada é a escola, que deve ser vista pelos alunos como um espaço permanente de acolhimento de pessoas e ideias.

Aprender depende, principalmente, de motivação e atitude. O estímulo surge quando algo nos provoca, incentiva e mobiliza. E tal mobilização pode ser conquistada quando se conseguir transformar a escola em um lugar que alimente o sonho e incentive a criação de um projeto maior, para a vida. Só assim nossos estudantes conseguirão se concentrar e enxergar que todo esse processo de construção do conhecimento vale, de fato, a pena.





Cleia Farinhas - gerente pedagógica da Editora Positivo

Como não se boicotar na hora de conseguir um emprego?


Nervosismo, arrogância e outras posturas inadequadas podem impedir o sonhado emprego

Muitos profissionais não notam, mas podem perder uma boa oportunidade de emprego por apresentarem posturas que denunciam insegurança e até mesmo pouco comprometimento. A boa notícia é que há a possibilidade de detectar estes comportamentos e mudá-los, aumentando suas chances no mercado de trabalho.
Veja abaixo quais os comportamentos que mais atrapalham os candidatos, segundo Renata Motone, Psicóloga e Coordenadora de Recursos Humanos da Luandre, consultoria com quase 50 anos de história, que atende 200 das 500 maiores empresas do Brasil.

  1. Nervosismo em excesso
"Um pouco de nervosismo é natural, principalmente quando estamos sendo avaliados", comenta Renata. Porém, ela ressalta que isso não pode impedir o candidato de demonstrar seu conhecimento no momento da entrevista. "Tivemos um caso em que a pessoa estava tão apavorada que não conseguia falar sobre sua experiência profissional. Foi necessário sugerir ao candidato uma pausa, oferecer uma água e depois retomar a conversa". A dica para esses casos é pesquisar sobre a empresa, a oportunidade ofertada e até mesmo sobre a pessoa que irá lhe entrevistar, tendo assim o máximo de informações possível caso seja questionando sobre um desses assuntos.

  1. Arrogância
Profissionais que demonstram segurança, geralmente, são bem avaliados nas entrevistas. No entanto é preciso ter a noção de como demonstrar este comportamento sem exageros, para que não se confunda com arrogância. "Quando detectamos essa postura é muito provável que o candidato não seja encaminhado à próxima etapa, que geralmente é com o cliente. Em exagero, este comportamento demonstra que a pessoa tem dificuldade nas relações interpessoais", explica Renata.
Mas, afinal: como saber se sua atitude apresenta arrogância? "Uma das características que demonstram essa má postura é aquele tipo comum de autopromoção 'eu sou ótimo, mas meu chefe ou meus colegas na antiga empresa eram incompetentes' ou coisas do tipo. Cabe ao candidato falar sobre seu trabalho, seus méritos, suas competências. Isso já é o suficiente para causar uma boa impressão"
  1. Falta de comprometimento e postura
Sempre importante lembrar: o candidato começa a ser avaliado a partir do momento em que o recrutador liga para agendar a entrevista. "Há atitudes que nos mostram a postura do candidato, antes mesmo dele entrar para conversar com o recrutador. Até mesmo uma resposta por e-mail pode denotar alguma postura indesejada", afirma a coordenadora. Ela também destaca o uso de roupas sóbrias e mais formais, manter o tom de voz adequado e, se possível, desligar o celular para não haver distrações. "Nada é proibido, mas tudo precisa ser combinado. Não há problema em avisar que, caso o celular toque será necessário atender por determinado motivo, mas o entrevistado não deve se distrair com o celular durante a entrevista sem uma razão".
Ainda, caso haja algum imprevisto, como não poder comparecer na entrevista no dia agendado, uma ligação para informar o recrutador com antecedência é sempre o melhor caminho.
  1. Feedback
O autoconhecimento e a percepção de suas fragilidades no momento de uma entrevista não são tarefas fáceis e exigem um olhar crítico sobre si mesmo. Por isso, ao receber uma negativa em uma entrevista, aproveite e use este feedback a seu favor, refletindo sobre como se portou em todos os momentos, tentando identificar onde pode ter falhado para, nas próximas, não cometer o mesmo erro. "Se ainda for difícil identificar onde está errando, ligue cordialmente para o recrutador com o qual realizou o processo e pergunte para ele os motivos de não ter evoluído no processo. Essa visão especialista pode ser fundamental para que consiga corrigir e se dar melhor em processos futuros", conclui Renata.



Luandre

Sinergia para a mobilidade do futuro


É crescente a necessidade de integração na cadeia automotiva. Por um lado, os sistemas industriais avançam em direção à Indústria 4.0, que demanda inovações nos campos de automação, controle e tecnologia da informação, aplicadas aos processos produtivos. Por outro, os veículos – cada vez mais conectados, elétricos, autônomos e compartilhados – passam pela disrupção de suas tecnologias.

Em paralelo, os modelos de negócios ainda enfrentam fase de transição na indústria automotiva. Já começam a sair do clássico ‘montadoras, sistemistas e fornecedores’ para incluir os desenvolvedores de soluções para o transporte, uma vez que o veículo se tornou serviço, o motorista virou passageiro e, como tal, deseja ter uma série de facilidades para se locomover.

Neste contexto de profundas inovações, a interação do setor – entre os diferentes elos envolvidos em todo o processo, do desenvolvimento à manutenção do veículo – precisa ser fortalecida para que haja troca de experiência e velocidade de informação. Do contrário, os riscos da não integração são grandes, a começar por falta de transparência e perda de tempo na coleta de informações.

Outro grande impacto é a tomada de caminhos divergentes, que provavelmente devem se chocar em algum momento e exigir grandes retrabalhos. Como a execução de tarefas se mostra cada vez mais veloz em toda a cadeia, trilhar um caminho que seja errado poderá exigir enorme tempo para a sua correção, o que deve gerar atrasos na evolução exigida pelo mercado.

O aftermarket também deve acompanhar as tendências. Com o avanço das inovações tecnológicas e o entendimento da mobilidade como serviço, a reparação dos veículos precisará oferecer um novo patamar de atendimento, uma vez que o carro passará a ter maior frequência de uso, o que deve ter reflexos no tempo de garantia e maior demanda na velocidade de manutenção.

É essencial um entendimento comum sobre as demandas de inovação para tomadas de decisão mais assertivas, afinal as organizações devem colocar no radar de investimentos para os próximos anos altos aportes em inovação, tanto de produtos, quanto de processos de fabricação. Esse movimento envolverá uma gama de empresas que não estarão restritas às tradicionais da cadeia automotiva.

Uma das rotas para o fortalecimento dessa sinergia é a frequente realização de fóruns de debates, como o Fórum IQA da Qualidade Automotiva, para que todas as partes estejam presentes e tenham oportunidades de discutir, opinar e apresentar as suas teorias. Este é um importante caminho para que todos tenham um entendimento comum na mesma velocidade, assim como uma mesma dedicação para a execução dos trabalhos.







Ingo Pelikan - presidente do Instituto da Qualidade Automotiva (IQA)

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