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quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Dicas para quem quer empreender em 2018



Especialista orienta quem deseja abrir um negócio no próximo ano

Abrir o próprio negócio é o sonho de muitos brasileiros que desejam ter mais liberdade e autonomia em suas vidas e, até mesmo, para driblar a crise. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Sebrae, somente nos últimos três anos, mais de 11 milhões de empresas foram criadas. E segundo dados da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), em 2016, para cada 100 brasileiros, 20 estavam envolvidos com atividades empreendedoras em estágio inicial. Para quem deseja empreender em 2018, seguir algumas dicas é fundamental, para conseguir estruturar o negócio e definir a sobrevivência da empresa.
A consultora de negócios da S2R, Sônia Sacramento, acredita que o primeiro passo para quem deseja abrir uma empresa é desenvolver um plano de negócio, um documento que deve conter basicamente a descrição das atividades da empresa, as metas e objetivos do negócio, missão e visão, uma análise do mercado, quem serão os clientes, ações de marketing e planejamento financeiro.
“Esse passo é importante, porque é preciso conhecer a concorrência para saber diferenciar o seu produto e quais seus pontos fortes e fracos,  traçar um perfil do seu público-alvo também é importante para ter a certeza  que o seu produto ou negócio vai atender às necessidades do seu cliente”, explica a consultora da S2R.
Conhecer o mercado em que a empresa pretende atuar e ter uma equipe multidisciplinar, com competências que se complementam também é essencial. “Se você nunca atuou ou não conhece suficientemente o negócio, se associe à alguém que já tenha vivência na área, busque pessoas que suprirão as suas deficiências, seja no nível estratégico, tático ou operacional”, explica Sacramento.
Outro ponto fundamental para quem vai empreender em 2018 é dispor de capacidade de investimento para o negócio, para a consultora da S2R, Sônia Sacramento, o capital de giro é um dos pontos principais nessa jornada, pois o empreendedor precisa calcular qual será o valor mínimo para iniciar o negócio e quais serão os custos das suas despesas fixas e variáveis mensalmente.

“Também é necessário analisar em quanto tempo a empresa pretende atingir o ponto de equilíbrio e começar a ter resultados, prazo que, normalmente, gira em torno de dois anos, para um negócio estruturado”.

E por fim, a especialista aponta que acreditar no projeto é essencial, para quem deseja empreender. “É preciso ter convicção do sucesso do negócio, durante o trajeto a empresa deverá fazer ajustes para permanecer no mercado, pois as mudanças são necessárias, mas a perseverança é determinante nesse processo, que está repleto de desafios para quem quer se tornar um empreendedor”, finaliza.  




Sônia Sacramento - fundadora da S2R Consultoria Empresarial, mestre em Administração de Empresas e pós-graduada em Gestão Empresarial, pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), graduada em Administração, com mais de 30 anos de atuação em empresas de pequeno e médio porte e startups.




Quais investimentos são fundamentais para os novos negócios?



Nas listas de metas para 2018, abrir o próprio negócio está entre os itens mais citados pelos brasileiros que desejam fugir das incertezas trazidas por mudanças na CLT ou mesmo por quem busca mais qualidade de vida, investindo sua energia em um legado que poderá deixar para a família. Entretanto, não basta ter o desejo de entrar na aventura “empreendedorismo”, é preciso saber onde está se metendo.
Quem decidiu abrir seu próprio negócio, muitas vezes não faz um levantamento daquilo em que realmente terá que investir para tornar sua empresa funcional. Essa dificuldade é ainda maior no tocante à Contabilidade, já que muitos empreendedores entram nessa jornada sem conhecer ao certo como funciona o pagamento de impostos e a entrega de obrigações acessórias, isso sem falar no balanço da empresa.
A sopa de letrinhas formada por ICMS, ISS, folha de pagamento, seguro, Imposto de Renda, Notas Fiscais Eletrônicas, Escrituração Fiscal Digital - EFD, Escrituração Contábil Digital – ECD, além da escolha de um regime tributário, pode desanimar e dificultar a vida do empreendedor que tentar resolver tudo sozinho.
Segundo Guilherme Volpi, CEO da Soften Sistemas, hoje o pequeno empresário tem que investir basicamente em informatização para ter maior controle e competitividade no mercado. “O empreendedor precisa ter em mente que atender às exigências do governo não é algo opcional, que pode ser deixado para depois. Isso porque cada atraso e não entrega acarreta uma multa pesada, que pode levar o sonho do próprio negócio ao pesadelo da falência. Assim, obrigatoriamente é preciso ter um sistema fiscal. No mercado, existem softwares fiscais gratuitos e pagos. A principal diferença entre eles é a efetividade e o suporte que o empresário terá em caso de dúvidas ou problemas”, explica o especialista em sistemas contábeis e fiscais.
Atualmente, há mais de 664 milhões de Microempreendores Individuais - MEI ativos no Brasil. Há ainda cerca de 11 milhões de empresários individuais. Dados da Boa Vista Serviço Central de Proteção ao Crédito e Serasa Experian apontam que o número de pedidos de recuperação judicial feitos em 2016 cresceu pelo menos 44,8% em 2016, com relação aos de 2015. Em 2016 foram feitos 1.863 pedidos de recuperações judiciais, 44,8% a mais do que o registrado em 2015, quando foram registrados 1.287 requerimentos desse tipo. As micro e pequenas empresas lideraram os requerimentos de recuperação judicial no último ano, com 1.134 pedidos.
É importante salientar que o Microempreendedor Individual (regime tributário comumente adotado por quem está iniciando uma empresa) é uma exceção à regra. Isso porque geralmente este empresário não precisa ter um sistema fiscal, pois ainda pode, em alguns casos, emitir notas fiscais de papel de formulário. Assim, a dica é que o profissional que deseja controlar melhor sua empresa, inclusive para não ultrapassar o teto de arrecadação, atualmente em R$ 81 mil, e ser desenquadrado do sistema, opte pela aquisição de um software para gestão. Desta forma, ele terá um controle mais fácil do fluxo de entrada e saída da sua empresa, tanto financeira quando de estoque.
Volpi explica também que o investimento em softwares de gestão, que trabalharão com os dados de vendas, estoque e financeiro, por exemplo, pode melhorar a organização da empresa e deixá-la mais produtiva, mesmo sendo opcional ao empresário.

Contador
Pensando no que é fundamental para o bom andamento do negócio, além de investir em equipamentos, é importante ter um profissional responsável para trabalhar com as suas obrigações fiscais e acessórias, uma vez que há conhecimentos técnicos que apenas um contador tem para dar andamento nas entregas e preenchimentos. Até o Imposto de Renda da Pessoa Física, que é mais simples para alguém que trabalha com carteira assinada e tem rendimentos fixos, mudará quando o empresário de fato abrir o seu negócio. Então, o auxílio de alguém que realmente entende o setor é fundamental para não ter problemas com o governo.

Pesquise
Uma dica é pesquisar. Procure parceiros profissionais confiáveis, seja uma empresa de software ou um contador. Converse com quem já trabalha com esses profissionais antes de decidir qual deles contratar.
“Antes de abrir o seu negócio, planeje-se e se prepare para as dificuldades que poderão surgir pelo caminho. Essa é a melhor forma de começar uma empresa com o pé-direito e ter soluções na manga para quando os imprevistos chegarem”, destacou Volpi.



Soften Sistemas


 

Storytelling: narrativa de histórias ajuda no aprendizado e nos desafios corporativos



O storytelling pode ser traduzido para o português como narrativa, embora seu real significado esteja ligado a capacidade de contar histórias relevantes. O termo ganhou força nos últimos anos graças à publicidade, que tem utilizado histórias envolventes para criar relacionamento entre marcas e consumidores. Mas, a verdade é que o storytelling sempre esteve presente na história da humanidade.

Muito antes de nascer o conceito de escola, a arte de contar histórias já era usada por todas as civilizações como método de ensino. Desde a pré-história, passando pelo Egito antigo até chegar aos contos infantis e à vida contemporânea, quem nunca aprendeu nada interpretando “a moral da história” que atire a primeira pedra.

Mas porque será que aprendemos por meio da narrativa? O grande diferencial de aplicar o conceito de storytelling aos métodos de ensino é a criação do contexto. Por meio das situações criadas ao longo da história conseguimos transformar em real aquilo que é intangível em nossa imaginação.

Um bom exemplo de aplicação do storytelling é o método Lego Serious Play (LSP). A metodologia surgiu em 1996, dentro da LEGO Company. Na época, a empresa estava perdendo mercado devido ao avanço dos jogos eletrônicos e precisava de um novo processo estratégico. Na busca por alternativas, os criadores do método descobriram que poderiam usar as peças do LEGO como uma ferramenta para abordar os problemas organizacionais. Desde então, as técnicas e formas de aplicação tem sido usadas ao redor do mundo e estão conquistando cada dia mais espaço.

A técnica estimula o pensamento sistêmico aplicando a metodologia sempre para a resolução de um problema real. Por meio dos brinquedos, os participantes soltam a criatividade e o facilitador estimula a prática de contar histórias para engajar os demais participantes e para imaginar cenários onde o desafio proposto possa ser resolvido. Durante o processo de narrar o contexto, falar e ouvir os outros participantes, são despertados importantes insights para resolução do problema abordado.

Ao longo do processo, as metáforas, outro elemento carregado de storytelling, surgem para ajudar no entendimento do cenário. Elas proporcionam um papel construtivo para a cognição. Usar o pensamento figurado é um recurso que o ser humano utiliza sempre que quer dar um sentido mais profundo à sua compreensão de realidade - além de ser uma maneira muito eficaz de memorizar as situações reais ou hipotéticas criadas pelo cérebro.

Por fim, e não menos importante, cabe destacar que o storytelling é uma técnica muito indicada para gerar empatia. Através da narrativa, narrador e ouvintes cruzam a história contada com suas próprias experiências de vida. Ao desenvolver esse tipo de sentimento, é possível notar que o nível de engajamento das equipes torna-se maior, favorecendo o relacionamento entre as pessoas. O efeito de proximidade que o storytelling causa, por si só, já justifica a adoção do método.





Julio Cesar Costa - fundador da Think Market e facilitador do Lego Serious Play no Brasil.



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