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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Esperando o retorno da entrevista de trabalho? Não faça bobagens!



 Pexels
Ansiedade total! Nervosismo! Frio na barriga! Sabe quando todas essas sensações podem acontecer com você? Nos dias seguintes a uma entrevista de emprego.  Os candidatos ao posto de trabalho muitas vezes querem um retorno de qualquer forma e acabam criando situações que podem (e vão) atrapalhar o processo - sobretudo quando ainda não há uma resposta negativa por parte dos recrutadores.

Para Eliane Catalano, coordenadora de Seleção da NOSSA Gestão de Pessoas e Serviços , a pessoa que ainda está participando de um processo seletivo, ou seja, não foi nem negativado e nem positivado, acaba sofrendo com esta questão de retorno e parte para atitudes extremas que seguramente irão sabotar as sua chances:

"Já aconteceu de um candidato irritado pela demora na resposta entrar nas redes sociais e fazer um desabafo público. Essa postagem acaba prejudicando as suas chances dentro do processo seletivo já que o recrutador pode se deparar com a publicação."

A interferência da família também pode complicar a situação. Eliane lembra que é bem comum  recrutadores receberem ligações ou mensagens pela Internet da esposa, da namorada , do marido ou dos pais  do candidato perguntando sobre a vaga. Neste caso, o sabotador não é  o candidato, mas sim seu familiar;

"Muitas vezes percebemos que o candidato nem está tão interessado assim na vaga, passando essa ansiedade toda para parentes ou parceiros. Claro que isso acaba prejudicando a pessoa, pois o processo seletivo ainda está acontecendo e esta interferência mostra que não há atitude e nem autonomia nenhuma por parte do candidato.Isso dá muita margem de dúvida sobre o perfil. Uma vaga só é preenchida quando o candidato possui todos os requisitos e não se uma mãe fica ligando " alerta Catalano.   


Não conseguiu a vaga? Siga tentando 

O candidato negativado - que não conseguiu a vaga -  não pode pensar que não serve para o mercado de trabalho. Não ser selecionado para uma vaga não quer dizer portas fechadas no mercado de trabalho. O profissional é bom no que faz, mas outros fatores podem interferir. Uma empresa que busca um perfil mais ousado do que o dele, por exemplo:

"Tem que estar aberto para outras oportunidades pois, não existem vagas suficientes para atender toda a demanda Se não é chamado, tem que seguir em frente. Não faz sentido ficar sofrendo por uma vaga que não veio. Fez uma entrevista e precisa esperar o retorno? Não fica parado e segue buscando em outros lugares. Recebeu uma resposta negativa? Segue buscando. Não se pode fechar em apenas uma entrevista." finaliza Eliane.




Fonte: KAKOI Comunicação





90% dos recrutadores acreditam não estar preparados para contratar profissionais com deficiência



No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, pesquisa conduzida pela i.Social, em parceria com a ABRH, ABRH SP e Catho, mostra que despreparo e preconceito dos gestores são os principais entraves para a inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho


O dia 03 de dezembro é o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência e as notícias ainda permanecem desfavoráveis a essas pessoas quando o assunto é trabalho. Pesquisa “Pessoas com deficiência – expectativas e percepções sobre o mercado de trabalho” conduzida pela i.Social, consultoria com foco na inclusão social e econômica de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, em parceria com a ABRH Brasil, ABRH São Paulo e Catho, apontou que 90% dos profissionais de RH acreditam que não estão ou poderiam estar melhores preparados para contratar profissionais com deficiência ou, ainda, oferecer suporte para os gestores desses profissionais.

Além do despreparo de quem os contrata, os profissionais com deficiência têm de enfrentar um obstáculo ainda pior: o preconceito. Entre os pesquisados, 50% afirmaram ter sofrido algum tipo de preconceito no ambiente de trabalho, seja do chefe, colegas ou até mesmo dos clientes. Para 64% dos gestores entrevistados, há sim resistência quando é apresentado a eles um candidato com deficiência.

“Não houve melhora nesse índice com relação à pesquisa do ano anterior, o que denota a necessidade de intensificar as ações das empresas junto aos gestores para que a inclusão de pessoas com deficiência aconteça mais naturalmente”, afirma o sócio-diretor da i.Social, Jaques Haber.

Prova de que as empresas ainda precisam melhorar seus processos de contratação de pessoas com deficiência é que, de acordo com as respostas, de 28% dos profissionais de RH, a empresa em que trabalham não possui um programa de inclusão. Das empresas que possuem um programa, 13% afirmaram que a responsabilidade da gestão é do RH, 4% disseram que é apoiado pela liderança e apenas 10% possuem orçamento próprio para ações de inclusão.

Sobre a Lei de Cotas, se por um lado ela permitiu um acesso maior dos profissionais com deficiência ao mercado de trabalho, por outro, não ajudou na melhora da qualidade das vagas. Segundo 88% dos recrutadores entrevistados, as empresas contratam pessoas com deficiência com foco unicamente no cumprimento da Lei de Cotas. “Esse dado demonstra a importância da legislação para a inclusão, mas preocupa com relação à qualidade do processo. Processos seletivos precisam ter como foco a escolaridade, a qualificação e a experiência profissional dos candidatos, e não simplesmente o pretexto de uma contratação pelo tipo de deficiência do profissional ou apenas para o cumprimento da cota”, explica o diretor de RH da Catho, Murilo Cavellucci.

Ainda de acordo com o levantamento feito junto aos recrutadores, a maior barreira para as pessoas com deficiência no mercado de trabalho é a falta de acessibilidade (19%). Porém, para 78% dos profissionais com deficiência entrevistados, não há necessidade de acessibilidade no ambiente de trabalho, o que corrobora com a informação de que incluir pessoas com deficiência no quadro de colaboradores de uma empresa não necessariamente envolve mudanças arquitetônicas nas áreas internas e externas da companhia. Entretanto, isso não diminui a importância desse assunto, visto que 14% dos respondentes afirmaram precisar de vagas reservadas, sanitário acessível, rampas que facilitem sua circulação, etc.

“Sobre esse ponto, a pesquisa mostra que mais da metade dos respondentes são profissionais que estão desempregados, têm alta escolaridade, idade economicamente ativa e deficiência adquirida. Esses dados permitem inferir que, antes da deficiência, havia uma possível condição de vida com experiência profissional e, nesse sentido, as principais preocupações das empresas no que diz respeito à acessibilidade, se desfaz”, finaliza Haber.

Realizada entre os meses de setembro e outubro, a edição 2017 da pesquisa “Pessoas com deficiência – expectativas e percepções sobre o mercado de trabalho”, contou com respostas de 1.091 pessoas com algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida e 1.240 profissionais de RH, cuja maioria ocupa cargos de analista ou coordenador, seguidos de assistente e gerente.  São profissionais que estão na linha de frente na inclusão de pessoas com deficiência e que vivenciam os desafios inerentes a este processo.





Falta transparência prejudica empresas que pedem recuperação judicial



A fiscalização das atividades das empresas em Recuperação Judicial ainda enfrenta barreiras decorrentes da falta de transparência das informações transmitidas pelos Administradores Judiciais, conforme aponta estudo recentemente divulgado pelo Instituto Recupera Brasil.
 
Considerando a extrema relevância do papel exercido pelos Colaboradores da Justiça nomeados como longa manus dos magistrados para atuarem além das tarefas processuais, o estudo buscou evidenciar se os agentes estão cumprindo requisitos tidos como básicos para fornecer aos credores elementos suficientes para a tomada de decisões, seja para votação dos planos de recuperação judicial, para mensuração de expectativas de recebimento dos créditos ou mesmo para conceder novos créditos no curso do procedimento recuperacional.

De acordo com o levantamento, cerca de 27% dos casos de recuperação judicial não contemplam qualquer informação prestada pelos administradores judiciais, sendo que 20% permanecem sem relatórios mesmo após 90 dias do início dos trabalhos de acompanhamento e fiscalização das atividades.

Eleitos pelo estudo 44 parâmetros necessários para o bom acompanhamento das atividades das empresas em recuperação judicial que vão desde análise de informações contábeis básicas como receita bruta, lucro/prejuízo e caixa das devedoras até margem EBITDA e índices de liquidez, apurou-se que grande maioria dos auxiliares nomeados pela Justiça não avaliam nenhum ou ponderam poucos dos parâmetros considerados essenciais pelo apontamento.

Verifica-se, portanto, que os administradores judiciais via de regra limitam-se a levar poucos indicadores ao conhecimento dos credores e demais stakeholders, geralmente aqueles “extraídos quando da simples leitura do demonstrativo mensal de resultados (DRE) elaborado pela contabilidade da empresa recuperanda”.

O que se conclui é que na maior parte dos processos de recuperação judicial não há qualquer análise valorativa sobre às informações pálidas que poderiam ser simplesmente apresentadas pelas próprias devedoras.

Assim, o processo de evolução do instituto de recuperação judicial passa pela premissa de que os profissionais que atuam na administração judicial devem alcançar expertise iniciando a atuação em casos de menor expressividade econômica e propo       rcional grau de dificuldade, observando práticas que revelem a efetiva proximidade sobre a realidade da empresa fiscalizada, galgando espaço no mercado para futuras nomeações em casos de maior complexidade, que dependerão de atuação profissional, multidisciplinar e especializada.







Carolina Merizio Borges de Olinda - advogada especializada em Direito Falimentar e Recuperação de Empresas. Formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas – PUCCAMP, especialista em Direito Processual Civil pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Sócia responsável pelo departamento jurídico especializado em administração judicial e de consultoria empresarial voltada para atuação em casos de recuperações judiciais e falências da Capital Administradora Judicial. Vice-Presidente do Instituto Recupera Brasil – IRB.





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