Especialista
do Hospital CEMA explica as causas da contração involuntária e repetitiva das
pálpebras e o que deve ser feito se o problema persistir por muito tempo
Por isso, é importante conhecer bem os sinais que o corpo dá. Problemas mais graves, geralmente, não aparecem com um sintoma único. O tremor nas pálpebras benigno – a maioria dos casos, por sinal – costuma ocorrer em decorrência de um excesso do organismo, consequência de uma vida estressante, por exemplo, ou mesmo de um exagero no consumo de determinados itens, como a cafeína. Em situações-limite o organismo libera hormônios, o que compromete o funcionamento muscular, entre eles, o dos músculos das pálpebras. Já o consumo em excesso de café ou álcool pode deixar o corpo muito alerta e até desidratado.
"Esse tremor pode ter como causa também distúrbios no funcionamento ocular e até mesmo neurológicas. Pode ainda ser consequência do uso prolongado ou mesmo abstinência de calmantes ou alguns tratamentos com estrógeno. Nesses casos, temos um quadro de blefaroespamo", detalha a especialista.
O Blefaroespasmo é uma condição médica que provoca um constante "piscar de olhos", involuntário e de modo repetitivo, um espasmo ocular que não cessa e costuma gerar grande ansiedade em quem possui. Pode ser uma doença isolada, mas também pode indicar outras. "Alguns pacientes apresentam essa musculatura da pálpebra mais frágil. Até mesmo a qualidade da lágrima, o uso de lentes de contato, a síndrome do olho seco, alergias e a presença de corpos estranhos podem estar por trás desse tremor", afirma a Dra. Rita.
Mas, todo tremor nos olhos deve ser motivo de uma corrida até o médico? A resposta é não, evidentemente. O tremor nas pálpebras pode significar apenas que o organismo está cansado, estressado, sentindo falta ou excesso de algum nutriente. No entanto, se esse sintoma persistir por muito tempo, vier acompanhado de outros sinais, como coceira e vermelhidão, ou se atingir outras partes do corpo, talvez seja melhor procurar o especialista. "É importante essa ajuda médica, principalmente quando o tremor começa a impedir o paciente de exercer as atividades diárias", orienta a médica do CEMA.
Em alguns casos, o tratamento consiste em identificar a causa e tratá-la, já outros podem necessitar de medidas mais complexas, como o uso de toxina botulínica, o popular Botox. "Vale lembrar que os blefaroespasmos não têm cura e nenhuma medida caseira pode sanar o problema. Apenas o médico poderá aliviar esse sintoma tão incômodo", resume a oftalmologista.
Instituto CEMA
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