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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Adesão ao Tratamento



Até 51% dos pacientes não fazem o tratamento corretamente após a consulta com o médico, o que acarreta num ciclo de doença e um colapso no setor da saúde


Quem nunca deixou de completar os dias de antibiótico, a pomada nas manchas, o comprimido da alergia, que atire a primeira pedra. Mas infelizmente, essas atitudes, aparentemente inofensivas, podem ser fatais em muitos casos.

Mas, “se eu já estou me sentindo melhor”, tudo bem não acabar a cartela do remédio, né? Não. Para o Dr. Otavio Berwanger, Cardiologista e Diretor do Instituto de Pesquisa do HCor, a falta de adesão ao tratamento vem se tornando um problema de calamidade, tanto para o paciente, quanto para o setor da saúde. “O médico examina, diagnostica e prescreve o tratamento adequado para sanar o problema, seja uma doença isolada ou crônica. Não seguir a receita coloca o paciente em perigo, pois, ele não completará o ciclo do tratamento e voltará ao PS ou ao consultório para uma nova avaliação do mesmo problema, o que também prejudica o funcionalismo do setor”.

No caso das doenças cardíacas, que matam 300 mil pessoas por ano no Brasil, a falta de adesão ao tratamento multiplica o risco de um segundo evento ou morte, em 1,4 dos pacientes que não seguem a medicação corretamente, de acordo com o estudo realizado pelo Professor Nicolas Danchin, de Paris, e exposto no American Heart Association, em 2015. “Esse paciente deve fazer um tratamento contínuo por, no mínimo, 12 meses, pois a chance de um segundo evento é de 20-30% nesse período. Mas isso não acontece.

Os motivos da falta de adesão são diversos: só tomam a medicação na crise; medicamento caro; esquecimento; falta de disciplina para administrar mais de uma droga. Mas esse problema precisa ser resolvido.

Dr. Otavio conta que os médicos estão preocupados e dispostos a mudar esse cenário. “Temos nos reunido para debater esse assunto e buscar soluções para o problema, mas o fato é que isso precisa ser trabalhado em todas as etapas, desde a consulta inicial com o médico”.

Cerca de 51% dos pacientes não fazem o tratamento corretamente após a consulta. Os médicos dizem que a cada três receitas, pelo menos uma não é sequer aviada. E, se essa receita possuir mais de três medicamentos, menos de 50% dos remédios serão, de fato, comprados, e que apenas 15% dos pacientes permanecem to­mando o medicamento ao longo de um ano.

O cardiologista dá uma dica. “Adesão ao tratamento é como qualquer outro compromisso. Você acorda e vai trabalhar; você está de dieta e não come doce; vai prestar vestibular e estuda. Um pouco de disciplina ajuda a qualquer pessoa”.

E para facilitar, algumas opções, como aplicativos de celular estão disponíveis. Eles possuem agenda de consulta, alertas para lembrar a hora da medicação e até para beber mais água.

“Estamos usando diversos artifícios e aproveitando cada oportunidade para mostrar a importância da adesão ao tratamento. Os pacientes, mesmo crônicos, podem ter mais qualidade de vida e segurança se seguirem corretamente as indicações de seus médicos”, conclui o Dr. Otavio.

APP Adesão Faz Bem
O aplicativo é uma ferramenta que tem o objetivo de cuidar da saúde e manter uma boa qualidade de vida de maneira divertida e leve. Com competições divertidas, ele possibilita unir a família e os amigos, propondo desafios que valem o primeiro lugar no ranking! Além de você poder acompanhar o desempenho de cada participante do time. O app também tem em suas funcionalidades agenda de consulta, alarme para medicamento, lembretes para bebida e alimentação.



Fonte: AstraZeneca; Dr. Otavio Berwanger; Le Figaro.fr; Brasil Saúde 247.

Doença dos nervos acomete cerca de cinco milhões de pessoas



·        A neuropatia é uma doença que afeta os nervos, prejudicando suas funções. Dentre as causas estão as deficiências nutricionais, diabetes e alcoolismo.

·         Quando os incômodos são negligenciados por tempo demais – chegando a 50% ou mais do tecido nervoso danificado – a neuropatia pode levar a danos irreversíveis.



Tique, formigamento e dormência podem ser sinais de que algo está errado com a saúde dos seus nervos. A neuropatia periférica é uma condição comum, porém pouco conhecida. Cerca de 2% a 7% da população é acometida pela doença, mas a prevalência chega a ser maior que 50% em idosos, diabéticos e alcoólatras1-5.

A neuropatia é uma desordem (doença) que afeta os nervos, prejudicando suas funções. Dentre as causas estão a deficiência de vitaminas do complexo B, diabetes, alcoolismo, dentre outros, mas também pode ocorrer sem um motivo identificado – esta é, então, referida como idiopática, ou "de nenhuma causa conhecida”1-3.
Já a neuropatia periférica ocorre quando há lesão no sistema nervoso periférico, como nos nervos das extremidades dos braços e das pernas.

“O sistema nervoso nos permite perceber, compreender e responder o mundo ao nosso redor. Ele coordena ações voluntárias como caminhar e ações involuntárias como a respiração e deglutição. Seu papel é vital para praticamente todas as funções de nosso organismo”, explica o Dr. Ronaldo Herrera, neurologista especialista em neurofisiologia e membro titular da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).

Segundo o neurologista, os sintomas da neuropatia podem ser amplos e variados e, muitas vezes, são sutis e considerados tão corriqueiros às pessoas, que não procuram ajuda médica. Porém, com o progredir da doença, sem o devido tratamento, os sintomas podem se agravar surgindo: dor ao simples toque, sensação de alfinetadas/agulhadas, sensação de ardor/dor em queimação e sensibilidade reduzida. Pode haver ainda a diminuição da capacidade de sentir estímulos dolorosos, redução do sentido do tato, perda de sensibilidade (sensação de anestesia), dormência, fraqueza muscular, cãibras musculares, formigamento e coceira. Surgem ainda sinais visíveis que podem incluir: dificuldades ao caminhar ou subir escadas, aumento dos batimentos cardíacos, disfunção da bexiga, tonturas e alteração da marcha2,4,6.

Existem ainda várias condições em que o dano ao nervo é causado por outra doença, sendo considerada uma complicação secundária. Dentre as condições estão: diabetes, genética (familiar sofre de neuropatia), idade avançada, toxinas ambientais (tabagismo), alcoolismo, deficiências nutricionais causadas por dietas restritivas ou dietas vegetarianas/veganas, efeitos colaterais de certos medicamentos e câncer7.

“Nem todos têm a clareza da importância de cuidar dos nervos, e acabam ignorando os sinais da neuropatia. Mas quando os incômodos são negligenciados por tempo demais – chegando a 50% ou mais do tecido nervoso danificado – a neuropatia pode levar a danos irreversíveis. O estágio máximo é atrofia do membro, podendo levar a perda funcional total”, afirma Dr. Ronaldo.

É aconselhável que a pessoa pertencente ao grupo de risco para neuropatias procure um especialista para avaliar os riscos, procurando se possível afastá-los, e da melhor forma proceder a prevenção da neuropatia.  Um diagnóstico preciso exige uma investigação abrangente e precoce que inclui anamnese, exame físico, neurológico e outros exames a serem solicitados pelo médico.
“O tratamento vai depender do estágio da doença, mas existem medicamentos para controle da dor como antidepressivos tricíclicos, ansiolíticos e analgésicos, além do uso de altas doses de vitaminas neurotrópicas como tratamento adjuvante na regeneração dos nervos”, conta o especialista.



Disclaimer
As informações contidas neste texto têm caráter informativo, não devendo ser usadas para incentivar a automedicação ou substituir as orientações médicas. O médico deve sempre ser consultado a fim de prescrever o tratamento adequado.




Referências

1. Kraychete DC, Sakata RK. Neuropatias periféricas dolorosas. Rev Bras Anestesiol. 2011; 61( 5 ): 649-658.
2. Landmann, G. SIG: Pain, Mind and Movement IV, Diagnosis and treatment of painful polyneuropathy, Psychiatrie & Neurologie, 2012; 5.
3. Mold JW, Vesely SK, Keyl BA, Schenk JB, Roberts M. The prevalence, predictors, and consequences of peripheral sensory neuropathy in older patients. J Am Board Fam Pract. 2004 Sep-Oct;17(5):309-18.
4. Callaghan BC et al., Distal Symmetric Polyneuropathy, The Journal of the American Medical Association, 2015
5. Chopra, K., & Tiwari, V.(2012). Alcoholic neuropathy: possible mechanisms and future treatment possibilities. BritishJournal of Clinical Pharmacology,73(3), 348–362. doi:10.1111/j.1365-2125.2011.04111.x
6. Vinik et al, Diabetic Autonomic Neuropathy, Diabetes Care, 2003
7. Monforte R, Estruch R, Valls-Sole J, et al. Autonomic and peripheral neuropathies in patients with chronic alcoholism. A dose-related toxic effect of alcohol. Arch Neurol. 1995 Jan. 52(1):45-51.
8. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/
9. Boulton AJM et al. Diabetic somatic neuropathies. Diabetes Care 2004; 27: 1438-1486.
10. Lema MJ Types of neuropathic pain. Neuropathy News 2008-10.
11. Rebolledo AF. Guía clínica “Neuropatía Diabética” para médicos. Plast & Rest Neurol. 2005;4(1-2):35-7.




Dia Mundial Sem Carro tem significado especial para o Brasil em 2016



País assumiu o compromisso de reduzir significativamente as emissões de gases poluentes e depende da colaboração de diversos setores industriais para alcançar essas metas


O próximo Dia Mundial Sem Carro, celebrado no dia 22 de setembro, tem um significado especial para o Brasil, que recentemente ratificou o Acordo de Paris e assumiu, dentre diversos compromissos, o de cortar emissões de gases do efeito estufa em 37% até 2025. O principal objetivo dessa medida é evitar que o aquecimento global ultrapasse 2°C até o ano de 2100. Uma das soluções enxergadas por Raphael Grigoletto, CEO da CAPPINI Incorporações e Negócios Inteligentes, para tornar essa meta possível, é a adaptação da realidade urbana às novas necessidades, como a busca pela harmonia com o meio ambiente e uma atmosfera mais limpa.

Passar um dia inteiro sem fluxo de veículos, como sugere o Dia Mundial sem Carro, é inviável em grandes metrópoles, mas é possível criar estruturas que contribuam diariamente com a redução da emissão do monóxido de carbono, como a implantação de ciclovias em condomínios residenciais.

 “Quando construímos um ambiente seguro e confortável para que as pessoas troquem carros por bicicletas, automaticamente contribuímos com a redução da emissão de gases tóxicos. Essa é apenas uma das inúmeras ideias com as quais trabalhamos para contribuir com a preservação ambiental em nossos projetos”, explica Grigoletto.

As estruturas das cidades brasileiras ainda não priorizam sistemas e práticas sustentáveis e mudar essa realidade é um dos grandes desafios da construção civil. Esse setor é um dos que mais precisa contribuir de forma efetiva com a mudança de comportamento no Brasil, para que o país alcance as metas arrojadas com as quais se comprometeu, como o indicativo de redução das emissões dos gases do efeito estufa em 43% até 2030, tendo como base o ano de 2005.

Grigoletto explica, ainda, que é possível contribuir com a preservação ambiental em qualquer tipo de projeto urbano, utilizando materiais mais sustentáveis, como os industrializados e pré-fabricados, aderindo às técnicas construtivas que reduzem de 30% para 10% a quantidade de resíduos proveniente das obras, além de realizar uma destinação final adequada para cada tipo de material. A CAPPINI considera também o processo de desconstrução de seus projetos, criando estruturas que possam ser reaproveitadas para a construção de outros empreendimentos, evitando que sejam simplesmente demolidas e transformadas em entulho inutilizável.



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