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sexta-feira, 28 de abril de 2023

Dia da Educação: confira as principais dicas dos especialistas

28 de abril, é celebrado o Dia da Educação. A data, criada pela UNESCO, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, em 1960, exalta a importância do conhecimento e da aprendizagem. Ela também é uma oportunidade para refletirfmos sobre como a educação pode transformar indivíduos, comunidades e o mundo em geral. Esta efeméride busca incentivar o acesso à educação de qualidade para todos, independentemente de sua origem, gênero, raça ou condição social.  

Com os diversos acontecimentos do país, consultamos especialistas de diversas áreas para falar sobre a temática. Confira! 

 

EDUCAÇÃO E RACISMO

“A escola, assim como outras instituições, se estruturam e são estruturadas pelo racismo, que afeta negativamente o desenvolvimento cognitivo e socioemocional dos estudantes ao criar um ambiente de exclusão, desvalorização e falta de oportunidades equitativas. Para ela se transformar em um ambiente capaz de promover a valorização das diferenças, são necessárias políticas sistêmicas em âmbito de rede de ensino", afirma Helton Souto, presidente do Instituto DACOR. 

 

VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS

Não tem como falarmos sobre o Dia da Educação sem lembrar dos últimos acontecimentos em algumas escolas do Brasil. Os ataques ocorridos chocaram a todos e trouxeram questões à tona. Como as escolas podem atuar nessa prevenção? Como os professores podem abordar isso em sala de aula e qual a melhor maneira de tratar isso com as crianças?  

Segundo Celso Lopes de Souza, psiquiatra e fundador do Programa Semente, que atua na formação socioemocional de alunos e educadores em diversas escolas brasileiras, uma das maneiras de atuar na prevenção é acionar as autoridades em casos de ameaças feitas à escola ou à universidade e seguir as orientações das autoridades. “É importante evitar a “catastrofização”. A escola deve evitar o anúncio [sobre a ameaça] antes da hora certa, antes de procurar as autoridades policiais”, afirma. 

O fundador do Programa ainda alerta que é essencial a instituição manter uma comunicação transparente com os pais – e isso deve ser cobrado pelos responsáveis, mesmo em escolas que não receberam ameaças ou não sofreram ataques. 

 

DIVERSIDADE ÉTNICA, BULLYING E SOCIOEMOCIONAL 

Tão importante quanto garantir que a escola tenha a melhor metodologia de ensino ou infraestrutura é construir um ambiente seguro para que alunas e alunos se sintam confortáveis com suas identidades. Somente por meio de canais de conversa livres e escuta autêntica por parte das instituições de ensino é que é possível propor momentos nos quais os alunos possam realmente se expressar, independente da temática. 

Cláudio Falcão, Diretor Executivo do Sistema Anglo e Sistema de Ensino pH, acredita que é necessário trabalhar a inclusão de reflexões no conteúdo do dia a dia e, dessa maneira, alinhar o aprendizado da escola com a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), “Temos uma série de atividades que são propostas dentro de diversos materiais: de ciências, de biologia, história, geografia, sociologia e filosofia. Nessas diversas áreas você evidencia, traz à tona, propõe o debate, propõe a discussão, faz uma análise conceitual ou uma análise histórica.”

 

EDUCAÇÃO BÁSICA NA FORMAÇÃO DE CIDADÃOS

Efemérides como o Dia da Educação são oportunidades muito importantes para impulsionar pautas que muitas vezes ficam restritas a gestores educacionais e especialistas, engajando o Brasil em reflexões sobre o tema. Além de considerar o papel da educação básica no desenvolvimento dos saberes, é necessário entendermos sua importância na formação de uma nova geração de membros da nossa sociedade. 

“A educação básica tem a missão de promover a formação e desenvolvimento humano dos estudantes de forma global, para que eles sejam capazes de construir uma sociedade mais justa, ética, responsável, inclusiva e democrática, conforme preconiza a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)", afirma Arthur Buzatto, CEO da Vereda Educação.

 

PAPEL DA GESTÃO EDUCACIONAL NO CENÁRIO ATUAL

Diante o cenário de ataque e ameaças às escolas em diversos locais do Brasil, a discussão sobre qual o papel da gestão escolar na prevenção de casos de violência e de apoio à comunidade escolar ganha força.  

A gestão possui um papel muito importante na prevenção e resposta à violência, é responsabilidade da instituição garantir um ambiente escolar seguro e acolhedor para todos os alunos, professores e funcionários. Isso inclui a adoção de medidas para prevenir a violência, incluindo a implementação de programas de educação e conscientização sobre violência, bullying, assédio e outros comportamentos inapropriados para a boa convivência em sociedade.  

Para falar sobre o assunto, indicamos como fonte o Christian Coelho, consultor em gestão educacional com mais de 20 anos de experiência, especialista em andragogia e CEO do Grupo Rabbit, maior consultoria educacional da América Latina.

 

AMPLIAÇÃO DO REPERTÓRIO SOCIOCULTURAL JOVEM

A discussão de temas como racismo, intolerância religiosa, fake news, meio ambiente e respeito aos Direitos Humanos promove reflexões importantes que ajudam os jovens novos pontos de vista sobre o mundo. 

“O estudo de cidadania estimula a curiosidade intelectual dos estudantes, seu desejo de conhecer, sua abertura ao novo, o que lhes expõem a uma gama mais ampla de experiências e de debates”, afirma Áquila Nogueira, gestor de projetos educacionais da BEĨ Educação.

 

DESAFIOS DA GESTÃO ESCOLAR EM 2023 

Juliana Storniolo, Diretora de Ensino da FourC Bilingual Academy e da FourC Learning, projeto que oferece cursos para gestores e educadores, traz um panorama sobre os desafios da gestão escolar em 2023 e como eles impactam o cenário da educação. 

Segundo a diretora, os temas mais complexos estão relacionados às mudanças da sociedade. “Vivemos em um mundo que está em constante mudança, por isso um dos maiores obstáculos enfrentados pelos gestores é formar profissionais para um futuro que ainda não conhecemos”.

 

INOVAÇÃO NA EDUCAÇÃO

Temos que refletir sobre as práticas ditas como “inovadoras” que estão sendo aplicadas, mas que na verdade não geram resultados tão bons quanto as práticas mais tradicionais. Hoje nós estamos muitas vezes recriminando o que já é aplicado, o que já está na educação há muitos anos em diversos países ao invés de aplicarmos aquilo que está funcionando e testarmos com calma aquilo que é novo. 

“Talvez estejamos com excesso de inovação na área da educação, onde na realidade não se está inovando, já que nem sempre essas novas práticas têm gerado grandes resultados educacionais. Isso envolve também a tecnologia, que não tem sido executada muitas vezes de maneira pedagógica. Aplicar coisas novas sim, mas aquelas que foram testadas e que geram realmente resultados. Utilizar novas tecnologias educacionais sim, mas aquelas que realmente tem um apelo educacional e que estão aliadas firmemente na pedagogia”, afirma Fabrício Garcia, da Qstione.

 

FUTURO DA EDUCAÇÃO E A EMPREGABILIDADE

Um estudo inédito realizado em março de 2022 pela Fundação Roberto Marinho, Itaú Educação e Trabalho e Arymax, desenvolvido pelo Plano CDE, mostra a importância do ensino técnico na inserção do jovem no mercado de trabalho. Por isso, há alguns pontos para tratar sobre o papel da educação na empregabilidade e como o futuro de ambos está interligado. emprego e permanecer nela, garantindo um espaço ativo no mercado de trabalho. 

Para tratar sobre a relação entre o futuro da educação e a empregabilidade, Camila Miranda, Analista de Recursos Humanos da Elleve, fintech de crédito educacional, traz um panorama que retrata como o futuro de ambos os temas está interligado.

“A educação sem dúvidas contribui para a inserção e permanência da população no mercado de trabalho e no processo de empregabilidade como um todo. Na medida em que, quando o profissional investe em educação, há uma melhoria em diversos aspectos, como: aumento de renda, maior probabilidade de obter um emprego formal, maior probabilidade de recolocação profissional, entre outros”, destaca a analista.

 

www.miracomunica.com.br


Intercambista, veja 3 motivos para considerar a Austrália como destino de estudos

Study Australia Experience é a nova plataforma do governo australiano (imagem:unsplash)

Única plataforma oficial do governo australiano, em português, permite busca por cursos e bolsas de estudos, e mostra que estudar na Austrália pode ser acessível a todos
 



A Austrália está entre os destinos mais procurados por estudantes do mundo todo, especialmente por apresentar uma boa qualidade de vida, educação, e agora, mais do que nunca, por possuir alguns dos vistos mais generosos entre os países favoritos dos estudantes internacionais. Tudo isso tem tornado a Austrália um destino ainda mais atraente para os estudantes internacionais, inclusive os do Brasil.

Segundo o Departamento de Educação, Habilidades e Empregos (DESE) do governo australiano, de janeiro a dezembro de 2022, o número de matrículas de estudantes internacionais na Austrália foi de 746.387, e o Brasil foi o 7º país que mais enviou estudantes para o país, com um total de 24.554 matrículas, um crescimento de 13% em relação a 2021.

Desde janeiro de 2021, o governo da Austrália tem investido seus esforços promocionais na América Latina, através da plataforma Study Australia Experience, uma plataforma oficial do governo australiano para estudantes do Brasil e outros países da América Latina, que oferece informações atualizadas sobre os benefícios de estudar na Austrália, destinos, instituições, programas educacionais, empregabilidade, estilo de vida, custos, bolsas de estudo, vistos e requisitos de entrada no país.

“A Study Australia Experience foi desenvolvida pela Austrade - agência de promoção de comércio e investimentos do governo australiano – e permite que o estudante faça uma busca por cursos de acordo com seu perfil, que foram agrupados em grandes disciplinas como: agricultura, medicina veterinária, ciências aplicadas e puras, negócios e administração, computação e TI, arte, indústrias criativas e design, engenharia, direito; MBA, entre outros. Na plataforma, disponibilizamos informações de diversas instituições parceiras que podem ser escolhidas de acordo com o objetivo do estudante”, explica John Prowse, Cônsul Geral da Austrália em São Paulo.

São muitas razões para o jovem estudar em uma instituição australiana. Pensando nisso, o Cônsul da Austrália, John Prowse, separou 3 grandes motivos para os estudantes considerarem a Austrália como destino de estudos:


  1.         Qualidade de Vida    

As cidades australianas são consistentemente classificadas entre as melhores do mundo para se viver. A qualidade de educação, saúde, transporte, infraestrutura e serviços governamentais estão bem acima das médias internacionais.


2.                   Qualidade da Educação

A educação da Austrália é considerada uma das melhores do mundo. O país possui um sistema educacional robusto, com 43 universidades credenciadas e destas cinco entre as 50 melhores universidades do mundo (de acordo com o QS World University Rankings 2023). Além disso, possui um dos mais avançados ecossistemas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). As universidades australianas produziram 15 prêmios Nobel e algumas das inovações mais revolucionárias do mundo, como Google Maps, cédulas de polímero, marca-passo, caixa preta de aviões, Wi-Fi, ouvido biônico e muito mais.


3.                   Empregabilidade

A Austrália tem um dos salários mais altos do mundo (AU$ 21.38 por hora), e a partir do dia 1º de julho de 2023, todos os estudantes com visto de estudante podem trabalhar até 48 horas por quinzena durante seus estudos. Além disso, se viajam com parceiros, e dependendo do programa que cursam, eles também podem trabalhar meio período ou período integral, o que facilita a permanência, conseguindo gerar uma renda adicional.

Além disso, os estudantes que concluírem seus estudos de graduação ou pós graduação na Austrália, podem solicitar um visto de trabalho chamado Temporary Graduate Work (subclasse 485) para permanecer no país para morar e trabalhar, ou até mesmo continuar estudando. No dia 22 de fevereiro de 2023, o governo australiano anunciou a lista completa das qualificações elegíveis, ou seja, áreas relacionadas a carreiras de alta demanda na Austrália, e em indústrias onde é necessária mão de obra qualificada. Com este visto, o período pós-estudo de permanência e trabalho na Austrália varia de acordo com o nível de estudo: quatro anos para graduados em graduação, cinco anos para graduados em mestrado e seis anos para graduados em doutorado.

Quer estudar na Austrália? Acesse o Study Australian Experience, e fique por dentro de todas as novidades das melhores instituições.

 

Study Australia Experience

 

Escolha assertiva impacta na eficácia dos fungicidas nas lavouras

De acordo com um estudo da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), as perdas na produção de alimentos devido a doenças vegetais podem chegar a 30%, sendo os fungos os principais causadores. É neste cenário que entram os fungicidas, compostos químicos que atuam na prevenção e controle dessas doenças nas lavouras. No entanto, escolher a opção certa pode ser uma tarefa desafiadora. Neste artigo, vamos apresentar algumas dicas importantes para ajudá-lo a escolher o fungicida ideal para suas plantas.

Para fazer a escolha mais assertiva, é importante levar em consideração diversos fatores, como o tipo de cultura que será tratada, o estágio de desenvolvimento da planta, as condições climáticas, os patógenos presentes, a gravidade da infecção, entre outros. O primeiro passo é entender as principais doenças que afetam a cultura que será cultivada, isso permitirá a escolha do produto que seja eficaz contra a doença específica que está afetando as plantas em questão.

Existem várias doenças fúngicas que afetam as culturas no Brasil. Dentre elas, podemos destacar a ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi), mancha branca do milho (Phaeosphaeria maydis), mancha de alternária no algodoeiro (Alternaria macrospora), podridão vermelha da cana (Colletotrichum falcatum) e tantas outras.Uma vez identificadas as doenças que ameaçam a cultura, é imprescindível possuir conhecimento técnico para a escolha dos produtos mais adequados, os quais poderão atuar prevenindo ou controlando os patógenos.

Mas, como escolher a opção certa de moléculas para proteger suas plantações? A resposta envolve entender os mecanismos dos diferentes fungicidas e suas especificidades, atentando-se a forma como eles atuam para inibir o crescimento e desenvolvimento do patógeno. Os fungicidas podem ser divididos em dois grupos principais: os de contato, os quais permanecem na superfície da planta, e os sistêmicos, os quais são absorvidos e distribuídos por todo o seu sistema vegetal. É importante entender essas diferenças para escolher a opção mais adequada.


Fungicidas de contato

Os fungicidas de contato, também conhecidos como tópicos ou imóveis, apresentam ação protetora, sendo usados na prevenção contra novas infecções por fungos. Eles são aplicados diretamente nas partes da planta que precisam ser protegidas, criando uma camada protetora que impede a entrada dos fungos no tecido vegetal. São recomendados na prevenção contra uma ampla variedade de doenças em plantas, como ferrugem, míldio, podridão, entre outras.

Os principais produtos classificados como de contato são os cúpricos, a base de enxofre ou estanho, assim como os ditiocarbamatos, folpete, clorotalonil e outros. É importante ressaltar que os fungicidas de contato não são eficazes contra todas as doenças fúngicas, variando em relação a espécie e estádio de infecção do fungo, tendo também influência em sua efetividade pelas condições ambientais.


Fungicidas sistêmicos e mesostêmicos

Os fungicidas sistêmicos e mesostêmicos possuem alguma mobilidade dentro da planta, e atuam de diversas formas para proteger as culturas contra doenças fúngicas. Os sistêmicos são absorvidos e distribuídos por toda a planta através de seu sistema vascular, o que os torna mais eficazes no combate a infecções internas e mais generalizadas. Os mesositêmicos também possuem mobilidade na planta, contudo de forma mais limitada, sendo distribuído apenas dentro do mesmo órgão vegetal, tendo pouca ou nenhuma distribuição pelo sistema vascular.

Entre os principais grupos de fungicidas que possuem alguma mobilidade na planta podemos citar os benzimidazóis e tiofanatos, triazóis, novas carboxamidas como o bixafen, estrobilurinas e outros. Além disso, é importante ressaltar que estes fungicidas apresentam diferentes níveis de seletividade, ou seja, alguns podem afetar apenas determinados grupos de fungos, enquanto outros podem afetar um amplo espectro de micro-organismos. Por isso, é fundamental buscar informações das recomendações de cada produto formulado, consultando a bula e suas indicações para cada cultura, a fim de garantir a máxima eficácia do tratamento.


Os mecanismos de ação

Como visto anteriormente, um fungicida pode ser móvel ou imóvel dentro da planta, e cada molécula química possui um mecanismo de ação, atuando de diferentes formas contra o patógeno. O Comitê de Ação de Resistência de Fungos a Fungicidas (FRAC) agrupa os produtos nos seguintes mecanismos de ação:

  1. Síntese de ácido nucléico;
  2. Mitose e divisão celular;
  3. Respiração;
  4. Síntese de aminoácidos e proteínas;
  5. Transdução de sinal;
  6. Síntese de lipídio e integridade da membrana;
  7. Biossíntese de esterol nas membranas;
  8. Biossíntese de parede celular;
  9. Síntese de membrana na parede celular;
  10. Ação multissítio;
  11. Indução de defesa da planta hospedeira;
  12. Não classificados.


Mecanismo de ação desconhecido

Cada um destes grupos é ainda classificado em sub-grupos, especificando ainda mais o modo de ação. Entender onde o produto atua na estrutura do patógeno é essencial no manejo contra a resistência, visto que muitos produtos comerciais possuem nomes diferentes, mas atuam na mesma estrutura do fungo. A repetição da forma de ataque ao patógeno pode culminar na resistência do mesmo ao produto, o qual poderá perder sua eficácia e limitará as opções futuras do produtor para proteger sua lavoura.

Neste sentido, é recomendado ao produtor que observe na bula a indicação de atuação do composto, e realize a rotação dos mecanismos de ação dos fungicidas, buscando aplicar em sua área produtos que atuem de diferentes formas contra os fungos. Uma estratégia que tem sido muito indicada no manejo antirresistência, é a incorporação nas aplicações de misturas com produtos de mecanismo multissítio. Isto se deve aos produtos com esta classificação atuarem em diferentes pontos metabólicos do fungo, dificultando assim o desenvolvimento de resistência pelo mesmo. Dentro dos multissítios podemos citar o mancozeb, clorotalonil, cúpricos e a base de enxofre.


Segurança na aplicação

Outro fator importante a ser considerado ao escolher um fungicida é a sua toxicidade. Alguns fungicidas podem ser tóxicos para os seres humanos e animais, prejudicando o meio ambiente. Portanto, é importante avaliar e dar preferência a um fungicida que seja mais seguro para o uso em suas plantações. Antes de comprar um fungicida, verifique a classificação toxicológica. Fungicidas com classificação toxicológica de classe III e IV são considerados menos tóxicos para o meio ambiente, enquanto os fungicidas com classificação de classe I e II são considerados com maior periculosidade pelo IBAMA. Sempre busque a orientação de um agrônomo e esteja atento às recomendações contidas na bula do produto formulado.

Os fungicidas são produtos que passam por vários testes antes de sua liberação para uso, sendo considerados seguros. Contudo, deve-se estar atento ao período de carência, que é o tempo necessário entre a aplicação do fungicida no campo e a colheita dos alimentos. Esse período varia de acordo com o produto e deve ser respeitado para garantir a segurança dos consumidores.

Para garantir a eficácia dos fungicidas, é essencial seguir as recomendações de dosagem e aplicação recomendadas pelos fabricantes. Além disso, é importante adotar boas práticas agrícolas, como a rotação de culturas e o uso de variedades resistentes a doenças, para reduzir a dependência do uso de produtos químicos.

Por fim, o monitoramento da lavoura é uma prática essencial para a otimização da produção, visto que é chave para a identificação inicial de doenças, assim como possibilita avaliar a eficiência dos produtos e manejos adotados na lavoura. Existem no mercado diversas ferramentas que podem ajudar a proporcionar mais eficiência nessa árdua tarefa. Entre elas destaca-se o Sistema Integrado de Monitoramento Agrícola (SIMA), que busca facilitar o gerenciamento do cultivo, proporcionando a adoção de decisões mais assertivas no campo.

A ferramenta funciona de forma muito simples. Basta baixar o aplicativo que é gratuito e fazer o cadastramento e pronto. A partir daí entra a inteligência da ferramenta. A solução acessível a todos os públicos, desde pequenos e médios produtores, até grandes grupos, consultores individuais, agroindústrias, cooperativas ou rede de distribuição de insumos, permite controle total da lavoura de forma remota. Uma plataforma simples, completa e inteligente que possibilita localizar e georreferenciar dados de campo além de ter imagens de satélites você pode monitorar pragas, doenças e daninhas. 

 

Maurício Varela  - Engenheiro Agrônomo e Co-Founder da agtech SIMA


Machine learning deve trazer transformação sem precedentes para as empresas

Opções de crédito: Divulgação/ Inove Solutions/ Adobe Stock

A meu ver, a ferramenta de machine learning (aprendizagem de máquina, em português), deve proporcionar uma verdadeira transformação tecnológica nas empresas, melhorando a previsibilidade e o planejamento das operações, desde que aplicado por especialistas, de acordo com o nível de maturidade das empresas. 

Segundo estudo da Gartner com opiniões de CEOs de todo o mundo, metade das empresas do mundo devem atingir, já em 2025, um alto grau de na implementação de tecnologias de IA (inteligência artificial). 

Neste sentido, o machine learning, que é uma subcategoria da IA, pode ser aplicada em diversas frentes. Listo aqui algumas:  

Fornecer a previsão da demanda, ao utilizar dados históricos para antecipar demandas futuras do negócio;   

Planejar a roteirização logística, ao capturar dados de entregas anteriores, desenhar roteiros alinhados às estratégias de negócios e ajudar no planejamento dos veículos usados para alcançar melhor custo-benefício, garantindo assim a otimização de gastos e a competitividade no setor;   

Fazer manutenções preditivas, ao ser capaz de antecipar potenciais problemas na operação e possibilitar uma parada programada nos serviços;  

Ajudar no controle de qualidade, podendo ser aplicada em ferramentas de vídeos, testes e outros sistemas automatizados, tornando a empresa capaz de perceber quando um produto não atingiu os níveis esperados de qualidade e trazendo autonomia para a tomada de decisão;  

Apoiar a segurança de tecnologia da informação (TI), oferecendo soluções de segurança avançadas para identificar potenciais ataques, backup de dados e recuperação de desastres. Desta forma, o aprendizado de máquina detecta anomalias com base no comportamento do usuário e permite que as organizações identifiquem e atenuem ameaças, evitando assim a parada das máquinas e a perda em produtividade;   

No Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), permite que a empresa ofereça um atendimento mais eficiente, inteligente e otimizado por meio de chatbots, por exemplo, ferramentas que podem solucionar a maior parte das dúvidas dos consumidores e demandar um operador humano apenas em situações mais complexas;   

Na otimização do trabalho humano e da tomada de decisão, o machine learning vai transformar os escopos de trabalho e oferecer oportunidades, com novas funções surgindo para suprir a relação entre homens, máquinas e algoritmos.  

Também prevejo as vantagens competitivas envolvidas neste processo. Entre elas estão: 

 

Redução de custos dos processos 

Com os crescentes custos das matérias primas, manutenção de ativos e máquinas, entre outros, o machine learning vem para melhorar a produtividade e oferecer melhores estratégias de manutenção preditiva e preventiva, evitando assim interrupções que podem causar horas de atraso na produção, afetar a cadeia de suprimentos e o faturamento. 

 

Entrega de fábricas inteligentes 

Com máquinas inteligentes, o machine learning automatiza atividades que antes eram feitas manualmente, realizando a produção pontual de produtos, customizados e sob medida, e monitorando e analisando os dados em tempo real. Desta forma, é possível identificar e reduzir falhas que impactam no produto final, simplificar processos de produção, de armazenamento e de análise de informações, além de economizar uma quantidade considerável de esforço e tempo das equipes. 

 

Desenvolvimento de sistemas de produção inteligente 

Alinhado conforme a capacidade do estoque, disponibilidade para iniciar a produção e os prazos de entrega, o sistema garante ações preventivas e de produção adaptativa na indústria. Desta forma, ele equilibra os turnos de trabalho da linha de produção conforme a disponibilidade de recursos e o volume de demanda, auxiliando também na antecipação de gargalos e nas prioridades estabelecidas. 

 

Automatização de processos de inspeções 

Por meio da possibilidade de supervisão, modificação e comunicação com toda a cadeia produtiva, promovendo diagnósticos mais precisos e o planejamento de uma inspeção mais eficiente. 

 

Distribuição de redes e sistemas digitalizados 

Para coleta e transferência de dados, além de novos dispositivos para ampliar a automação da indústria 4.0, possibilitando, desta forma, que máquinas, seres humanos, sistemas de software e produtos possam compartilhar dados e interagir entre si. 

 

Geração de aprendizado contínuo 

Permitindo que máquinas executem ações inteligentes sem terem sido programadas para isso, de forma supervisionada, com interação humana no processo, ou não supervisionada, quando a máquina consegue um nível total de autonomia em sua performance. Esta independência é desenvolvida por meio de sistemas de computação cognitiva, e a habilidade de aprendizado contínuo permite que a máquina analise dados, processe as informações e tome decisões assertivas para a evolução do trabalho, sendo capaz de evoluir automaticamente. 



Walter Ezequiel Troncoso - Sócio-fundador da Inove Solutions, startup especializada em transformação digital e cibersegurança por meio de soluções de alta tecnologia, Walter é Engenheiro de sistemas de informação, com formação pela Universidad Tecnológica Nacional (UTN), e Arquiteto em soluções SAP. Com sólida experiência na construção de infraestruturas de grande escala e tecnologias emergentes em mercados da América Latina, Estados Unidos, Alemanha, França e Austrália, Walter aplica as melhores práticas em TI, gestão de equipes e de projetos. Antes de fundar a Inove, ocupou cargos de liderança no TMF Group, Cast Group, Wipro Limited, Petrobras, Farmoquímica e SAP. Seu perfil completo pode ser acessado em https://www.linkedin.com/in/waltertroncoso/.


Inove Solutions
www.inovesolutions.com


Quais são as expectativas para o preço dos alimentos em 2023?

Deisi Diel Weber, professora do curso de Administração do Cesuca, explica o cenário previsto para este ano

 

Em 2022, o Brasil registrou uma grande alta no preço dos alimentos, e para 2023, o cenário não será muito diferente, ainda mais com a guerra entre Rússia e Ucrânia, gerando impacto nas exportações e importações. 

Para a professora mestra do curso de Administração do Centro Universitário Cesuca, Deisi Diel Weber, após um 2022 cheio de desafios e com o aumento, principalmente, nos preços dos fertilizantes, que registraram até 125% de variação, neste ano a perspectiva é de crescimento na produção, devido à elevação na área plantada, estimado em 76,8 milhões de hectares da atual safra, equivalente a 3,3 ou de 2,49 milhões de hectares sobre a área da safra 2021/22. 

“A estimativa para a safra 2022/2023, que termina em junho deste ano, indica uma produção de 312,2 milhões de toneladas, 15% ou 40,8 milhões de toneladas acima da safra 2021/2022. Com a conclusão da semeadura das culturas de primeira safra em dezembro, as atenções se voltam para a evolução das lavouras e os efeitos do comportamento climático, que deverá definir a produtividade”, comenta. 

O Brasil segue mantendo a posição de líder mundial na exportação das carnes de frango e bovino, e de o quarto maior exportador do mundo da carne suína. “Em 2023, o país deve aumentar as vendas externas das três carnes. As exportações mundiais de carnes deste ano, devem chegar perto dos 37 milhões de toneladas, e a previsão é de que o Brasil responderá por cerca de 25% desse volume”, analisa. 

De acordo com Weber, no ano passado, o Brasil também se manteve como o maior produtor mundial de açúcar, com mais de um terço da produção do planeta e como o maior exportador mundial, com 25 milhões de toneladas, equivalentes a 33,1% do total. O segundo maior produtor foi a Índia com 17,1% (2021) que, somada ao Brasil, ultrapassaram a metade da produção mundial. 

Na produção de café (em grãos), em 2021, o Brasil liderou com 32% do mercado internacional, ou 3,4 milhões de toneladas, responsável por mais de um quarto (27,9%) das exportações mundiais de café, comercializando 2,2 milhões de toneladas, melhorando a sua participação relativa dos últimos dois decênios neste mercado. 

Por outro lado, em virtude das circunstâncias do mercado global, o que pode acontecer é que o valor destes produtos caia durante o ano, de acordo com Deisi. “Assim manteremos altos volumes de exportação de alimentos, mas talvez não com os mesmos retornos obtidos durante o ano que passou”, pontua. 

 

Centro Universitário Cesuca
www.cesuca.edu.br

 

Como abordar temas sensíveis nas escolas?

Diversidade, bullying e educação socioemocional são assuntos que devem ser tratados para evitar a exclusão social; Cláudio Falcão, Diretor Executivo do Sistema Anglo e Sistema de Ensino pH, comenta a importância de praticar ações no cotidiano da escola

 

Tão importante quanto garantir que a escola tenha a melhor metodologia de ensino ou infraestrutura é construir um ambiente seguro para que alunas e alunos se sintam confortáveis com suas identidades. Somente por meio de canais de conversas livres e escuta autêntica por parte das instituições de ensino, é que é possível propor momentos nos quais os alunos possam realmente se expressar, independentemente da temática.

 

Nesse contexto, questões como a diversidade, o bullying e a educação socioemocional não devem ser tabus nas escolas, mas sim trabalhados dentro e fora de sala de aula para garantir que a violência não cresça entre os estudantes. Inclusive, ao se trabalhar a importância de celebrar as diferenças e combater o preconceito, é possível evitar a exclusão social, fator muito prejudicial no desenvolvimento de crianças e jovens.

 

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022, mais de 40% dos estudantes afirmam que já sofreram bullying, de provocação e de intimidação. Além disso, o número de adolescentes na faixa etária de 13 a 17 anos que admitem ter sofrido bullying aumentou de 32% para 35,4% entre os anos de 2009 e 2019.

 

Em outras palavras, os dados alarmantes apresentados no levantamento indicam que as instituições de ensino não estão preparadas para proporcionar um contexto saudável para uma grande parcela de alunos, que acabam se tornando vítimas de violência verbal, física e até mesmo psicológica.


 

Preparo contra o bullying e a prevenção da violência

 

A necessidade de iniciativas de combate ao bullying e de prevenção à violência nunca foi tão urgente quanto no período em que vivemos, principalmente no âmbito escolar brasileiro. Resultado dos acontecimentos recentes de ataques em escolas pelo país, a onda de medo e de insegurança deve servir de combustível para que surjam discussões sobre trabalhos preventivos e sobre cuidado com os alunos.

 

Cláudio Falcão, Diretor Executivo do Sistema Anglo e Sistema de Ensino pH, comenta sobre esse exercício de prevenção da violência. “Nenhuma medida vai ser tão efetiva quanto o combate ao bullying e quanto ao discurso da diversidade, de respeitar a diferença, e o trabalho socioemocional”, afirma.

 

Além disso, ele entende que é fundamental que as escolas tenham uma equipe com olhar multidisciplinar envolvendo coordenação, orientação acadêmica, profissionais da área da saúde mental preparada para identificar e atuar em situações delicadas. Esse time, por meio de reuniões, conhecendo os alunos, será capaz de identificar angústias coletivas ou individuais dos alunos.

 

Em suma, Falcão explica que as instituições devem educar e sensibilizar no primeiro momento, porém ser firmes ao intervir em situações do tipo. “Acho que todas as escolas devem ser muito rigorosas nos casos de bullying. A gente educa, mas o processo tem que ser rigoroso ao identificar bullying ao identificar atitudes”, ressalta.

 

“A escola deve ser muito dura e dar uma resposta muito clara para que as vítimas se sintam seguras, sabendo que se forem vítimas de bullying, elas serão protegidas, acolhidas, e os ofensores têm que saber que serão punidos por isso ao exercer e fazer bullying”, completa o diretor.


 

Antídoto

 

Com a missão de celebrar as diferenças, uma solução importante é organizar atividades especiais no decorrer do ano letivo na escola e que envolvam alunos de turmas e faixas etárias diferentes como, por exemplo, rodas de conversas. Em uma roda de socialização, é possível estabelecer discussões éticas sobre várias temáticas com recortes distintos e, após incentivar a participação, criar espaços de debate e desenvolvimento de saberes.

 

Outro ponto com potencial de gerar desconforto e que vale a pena ser revisto são as regras muito rígidas quanto aos uniformes e outras vestimentas. Muitas vezes, quando não apresentam certa flexibilidade, essas normas podem, consequentemente, oprimir a identidade e negar a expressão de alunos e alunas.

 

Também é necessário abrir um espaço na instituição de ensino para palestras recorrentes sobre temas inclusivos com a possibilidade de trazer palestrantes com contextos e bagagens diferentes dos que apresentam os estudantes, propondo um momento de contato com visões diferentes.

 

Incluir pais e responsáveis nessas conversas é um passo igualmente importante, uma vez que os valores e as ações tomadas pela escola precisam estar totalmente alinhados com o que é ensinado para as crianças.

 

Como o Sistema pH de Ensino trabalha

Em relação ao cotidiano do sistema, Cláudio Falcão disse que os temas de diversidade e educação socioemocional já são englobados no currículo do sistema de ensino pH, com materiais que estão em consonância com os pilares da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). 

Ele também conta que a metodologia de ensino vai além da BNCC e propõe naturalmente discussões como as tratadas no texto a partir dos materiais utilizados, com análises conceituais e históricas. “Nesse sentido, temos uma série de atividades que são propostas dentro de diversos materiais: de ciências, de biologia, história, geografia, sociologia e filosofia”, conclui o diretor.

 www.sistemadeensinoph.com.br


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