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quarta-feira, 26 de abril de 2023

Dia de Combate à Hipetensão Arterial: responsável por 35% dos casos de doenças renais crônicas

26 de abril é o dia para conscientizar sobre a pressão alta

 

Você sabia que a hipertensão é uma das principais causas de problemas nos rins? E nesta quarta-feira (26/04) é o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, uma doença silenciosa, que atinge 30% (63 milhões de pessoas) da população brasileira. A pressão alta é responsável por aproximadamente 35% dos casos de doenças renais crônicas do país. Ela prejudica a atividade dos rins e, uma vez que os rins também trabalham no controle da pressão, isso acarreta numa bola de neve: a pressão alta atrapalha o funcionamento dos rins; e eles, não funcionando bem, diminuem o controle da pressão. Isso acaba aumentando ainda mais a pressão e piorando as funções dos rins.

 

De acordo com o médico nefrologista Dr. Franco Krüger, diretor clínico da Fundação Pró-Rim, “a hipertensão arterial é uma doença crônica não transmissível, definida por níveis pressóricos, em que os benefícios do tratamento (não medicamentoso e/ ou medicamentoso) controlam os riscos”. Ou seja, é uma elevação persistente da pressão arterial. Quando não tratada corretamente, traz inúmeras complicações para a saúde, tornando-se uma porta de entrada para outras doenças, como aquelas que atingem os rins.

 

A pressão alta pode levar ao rompimento ou entupimento de artérias no cérebro, causando um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e a morte. A hipertensão está associada à 45% das mortes por doenças cardiovasculares, cerca de 400 mil por ano no Brasil, de acordo com a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp). O recomendável é buscar o tratamento da doença primária para que a pressão se estabilize e alcance novamente os níveis normais. Independentemente da situação, mudanças nos hábitos de vida são fundamentais para o controle da doença.

 

Entre os fatores que podem levar à hipertensão arterial estão a genética, idade, sexo, etnia, sobrepeso/obesidade, ingestão de sódio e potássio, sedentarismo, álcool, questões socioeconômicas e apneia obstrutiva do sono. Em caso de hipertensão, a medicação deve ser feita sob orientação médica. Sem tratamento adequado e constante a doença pode afetar o coração, cérebro, rins, olhos e vasos arteriais.

 

A hipertensão arterial, explica o Dr. Franco, não costuma apresentar sintomas. “Eles se manifestam somente quando a pressão sobe muito e então podem ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal”. O médico alerta que a hipertensão pode se manifestar em qualquer idade. “Devemos ter uma atenção maior a partir dos 40 anos. Estima-se que 50% das pessoas com mais de 64 anos de idade sofrem com hipertensão”, destaca.


 

A hipertensão arterial e a doença renal crônica (DRC)


Entre os fatores que estão mais associados à manifestação da doença renal estão a hipertensão arterial (pressão alta) e a diabetes. Além disso, a obesidade, a idade avançada, e uma série de outros fatores podem ocasionar problemas nos rins, levando à DRC.

 

O tratamento da doença de base, como a pressão alta e a diabetes, pode impedir e, até mesmo, retardar a evolução da insuficiência renal. Para estes pacientes, incluindo as pessoas com histórico de doença renal na família, a importância de prevenir, realizar periodicamente exames e fazer o acompanhamento com um médico nefrologista pode contribuir no retardo da doença renal.

 

Doença Silenciosa – todo cuidado é pouco quando se trata de hipertensão

A Hipertensão é uma doença silenciosa e frequentemente assintomática, que pode influenciar seriamente a condição de outros órgãos. De acordo com o médico cardiologista do Hospital Adventista Silvestre do Rio de Janeiro, Dr. Thiago da Silva Soares, as doenças cardiovasculares são as principais causas de mortalidade no mundo, e a hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco para um infarto, acidente vascular cerebral, insuficiência renal, perda da visão, entre outros.  

Para alertar a população dos perigos desta doença, no dia 26 de abril é celebrado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, com o objetivo de enfatizar a necessidade do diagnóstico preventivo e o tratamento da doença, que é crônica não transmissível, multifatorial e depende da genética ou epigenética, condições ambientais e sociais para se desenvolver. 

Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) afirmam que pode ser considerada hipertensão quando a pressão arterial está maior que 140x90 mmHg (chamamos de 14 por 9), a primeira indicação numeral refere-se à pressão máxima ou sistólica, ligada à contração do coração; o segundo número é sobre a pressão do movimento de diástole (quando o coração descontraí). 

Ainda de acordo com a SBC, é uma doença que mata por ano, no mundo, mais de 10 milhões de pessoas e que acomete 30% dos brasileiros, podendo estar relacionada com 80% dos casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e 60% dos casos de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM).

 

O que Causa a Hipertensão? 

Fatores genéticos podem influenciar de 30 a 50% nos níveis da pressão arterial, outras causas como a Idade (enrijecimento progressivo e perda de complacência das artérias aumentando assim a Pressão Arterial), sobrepeso e obesidade contribuem com o quadro clínico.

"Estima-se que 65% dos indivíduos maiores que 60 anos são hipertensos. O aumento da ingestão de sódio (enlatados, embutidos, alimentos ultra processados), sedentarismo, álcool, fatores socioeconômicos como menor escolaridade, condições inadequadas de habitação, apneia obstrutiva do sono, podem colaborar para a Hipertensão", informa o médico cardiologista, Dr. Thiago da Silva Soares.

 

Pressão alta: O que fazer? 

Caso a pressão arterial persista acima de 140x90 mmHg (quatorze por nove), é indicado a busca por um médico cardiologista, ele poderá fazer uma avaliação e definição de um melhor tratamento. "Infelizmente, a hipertensão é uma doença crônica sem cura, que deve ser controlada tanto com medicações e mudança de estilo de vida (exercícios regulares, perda de peso, parar defumar, evitar bebidas alcoólicas, consumir alimentos in natura e evitar processados e ultra processados e consumir menor quantidade de sódio) ", informa o cardiologista, Dr. Thiago da Silva Soares que finaliza:

"É essencial que todas as pessoas acima de 18 anos, ao menos uma vez ao ano, afira a pressão arterial. As hipertensas e as pré-hipertensas devem realizar consulta e exames de rotina, pois ela é uma doença "silenciosa" e há exames essenciais para identificar algum grau ou a existência de lesão em algum órgão (coração e rins principalmente) ", finaliza o Cardiologista do Hospital Adventista Silvestre do Rio de Janeiro.


Qual a relação entre Lúpus e a luz solar?

Especialista em reumatologia da Clínica EV CITI em São Paulo, pertencente ao Grupo CITA - Centros Integrados de Terapia Assistida -, alerta sobre exposição solar para portadores de Lúpus


Para quem nunca ouviu falar sobre a doença, o lúpus é uma condição em que o sistema imunológico ataca o próprio corpo, causando inflamação em vários órgãos e tecidos. Os sintomas podem incluir dor nas articulações, fadiga, erupções cutâneas, febre e disfunção renal. A exposição solar pode piorar esses sintomas em muitos pacientes com lúpus, você sabia? 

A exposição solar pode desencadear a atividade da doença do lúpus de várias maneiras, incluindo:

  1. Danos no DNA celular: A radiação ultravioleta presente na luz solar pode causar danos no DNA das células da pele, induzindo morte celular e consequentemente exposição de todo seu material ao sistema imunológico. Em uma pessoa com lúpus, esse material que não deveria estar para fora da célula, pode ser reconhecido como sendo estranho e induzir a produção de anticorpos contra esses componentes do próprio corpo
  2. Ativação de células imunológicas: A exposição solar pode diretamente ativar células imunológicas, como as células T e  as células B, que estão envolvidas na resposta imune do corpo. Em pacientes com lúpus, essas células imunológicas podem estar hiperativas, o que pode levar a uma resposta imune exagerada e inflamação em várias partes do corpo, incluindo a pele, articulações e os rins.
  3. Produção de citocinas inflamatórias: A exposição solar pode estimular a produção de citocinas inflamatórias, que são proteínas produzidas pelo sistema imunológico e que desempenham um papel importante na resposta inflamatória do corpo. No lúpus, a produção excessiva de citocinas inflamatórias pode levar a uma inflamação crônica. 
  4. Lúpus cutâneo induzido pelo sol: A exposição solar pode desencadear o lúpus cutâneo induzido pelo sol, que é uma forma de lúpus que afeta principalmente a pele. Essa condição pode causar erupções cutâneas, lesões e cicatrizes na pele, e pode ser desencadeada por uma exposição excessiva ao sol.

“Muitas pessoas pensam que a luz solar pode piorar apenas os sintomas cutâneos, mas, na verdade, pode gerar uma atividade global da doença. Não é infrequente vermos no consultório, por exemplo, pacientes fazendo atividade renal após terem ido para praia e não terem utilizado protetor solar”, afirma o Dr. Mateus Cavarzan, reumatologista na Clínica EV CITI em São Paulo, pertencente ao Grupo CITA – Centros Integrados de Terapia Assistida.

Para prevenir os efeitos da exposição solar em pacientes com lúpus, é importante tomar medidas de proteção solar. Isso inclui usar roupas de proteção, como chapéus de abas largas e camisas de manga comprida, e aplicar e reaplicar protetor solar regularmente. “É recomendado que os pacientes com lúpus evitem a exposição ao sol durante as horas mais quentes do dia e que fiquem em locais com sombra quando estiverem ao ar livre”, reforça o Dr. Mateus Cavarzan, reumatologista na Clínica EV CITI em São Paulo, pertencente ao Grupo CITA – Centros Integrados de Terapia Assistida.

Além disso, é importante que os pacientes com lúpus discutam com seus médicos reumatologistas o uso de medicamentos específicos para o controle do lúpus, como hidroxicloroquina e imunossupressores. 


Dicas:

- A exposição solar pode piorar os sintomas do lúpus em muitos pacientes, não apenas a pele;

-É importante que os pacientes com lúpus tomem medidas de proteção solar e discutam com seus médicos as melhores estratégias de tratamento para sua doença. 

 

Dr. Mateus Cavarzan - atende na clinica EV CITI em São Paulo, pertencente ao Grupo CITA – Centros Integrados de Terapia Assistida.

 

Exposição - Imagem Testemunho: Reúne obras de presos políticos de São Paulo, entre os anos 60 e 70, que retratam a resistência no espaço prisional e a solidariedade criada dentro e fora das prisões

Homem sobre manchas, 1969 - Guache sobre papel 37,7 x 21cm.
Local: Dops (Departamento de Ordem Política e Social) 
“Podem me matar, seus covardes, que vocês estão matando um brasileiro."

Carlos Takaoka

  

A exposição Imagem Testemunho: experiências artísticas de presos políticos durante a ditadura civil-militar será realizada no Centro MariAntônia da USP, em São Paulo, com abertura oficial no dia 27 de abril de 2023 às 19h. A mostra conta com curadoria de Priscila Arantes, e apresenta imagens-testemunhos de presos políticos que foram criados em diferentes presídios do Estado de São Paulo durante as décadas de 60 e 70. Entre desenhos, colagens, xilogravuras, bilhetes trocados entre os encarcerados, anotações e serigrafias, as obras foram reunidas durante anos pelo jornalista e ex-preso político Alípio Freire, e que agora integram o acervo documental da Pinacoteca do Estado de São Paulo. 

O evento faz parte das comemorações dos 30 anos do Centro MariAntonia, inaugurado em 27 de maio de 1993, que tem como vocação a resistência democrática, a defesa dos direitos humanos e a memória política. O diretor do Centro MariAntonia, José Lira, salienta que em um momento no qual a democracia vê-se novamente ameaçada “É imprescindível retornamos ao testemunho dos que ousaram se levantar contra a tirania. Pois sua voz, seu olhar, suas mãos, seus corpos, muitas vezes fustigados pelo aparato repressivo do regime, guardam tesouros da memória e da imaginação sociais”. 

A exposição Imagens Testemunhos, é uma homenagem aos artistas como Rita Sipahi, advogada, ex-presa política e esposa de Freire, também uma das principais figuras desta exposição, além de Aldo Arantes, Ângela Rocha, Artur Scavone, Carlos Takaoka, José Wilson, Manoel Cyrillo, Regis Andrade, Sérgio Ferro, Sérgio Sister e Yoshiya Takaoka, que lutaram contra a repressão e a censura durante a ditadura brasileira. 

Suas obras são testemunhos da resistência e da luta pela liberdade, pela anistia e pelos direitos humanos no Brasil. A expressão Imagem-Testemunho, escolhida para o título da exposição, pontua o valor desta produção enquanto testemunho e fonte histórica dos duros anos de ditadura civil-militar no país. As obras retratam a resistência no espaço prisional e a solidariedade criada dentro e fora das prisões. Muitas vezes, estes testemunhos, quando saíam das prisões, funcionavam como um dispositivo de divulgação da existência de presas e presos políticos no país”, diz Priscila Arantes. 

Composta por um conjunto de desenhos criados em diferentes presídios do Estado de São Paulo, incluindo Tiradentes, Carandiru, Hipódromo e Presídio Militar Romão Gomes (Barro Branco), além de algumas vezes dentro do próprio Departamento de Ordem Política e Social (DOPS). Essas obras foram produzidas por presos de diferentes organizações políticas, alguns desses artistas antes de serem presos, enquanto outros só tiveram essa experiência durante o período de confinamento. 

São 41 trabalhos que retratam o cotidiano na prisão, as relações entre os próprios presos políticos, as redes de apoio fora do espaço carcerário, e a solidariedade criada dentro e fora das prisões. As obras incorporam técnicas diversas e muitas vezes foram realizadas com materiais encontrados dentro do espaço prisional ou trazidos por amigos para dentro da prisão. Completam a exposição 16 outros documentos, 7 depoimentos em vídeos especialmente produzidos para a mostra e um conjunto de atividades culturais e educativas a ela relacionadas. Algumas delas dialogam com assassinatos de companheiros fora do espaço prisional, enquanto outras apresentam imagens que, mais do que abstratas, nos conduzem a um silêncio ensurdecedor. “É importante destacar que os trabalhos artísticos, realizados no cotidiano das celas, foram identificados como instrumentos de memória, com potencial de demonstrar – quando expostos – as graves violações cometidas contra aqueles que resistiram ao terror da ditadura civil militar.” completa Rita Sipahi que atualmente é advogada de presos políticos e conselheira da Comissão de Anistia, do Ministério da Justiça. 

Entre os artistas presentes na exposição, destaca-se Alípio Freire, um dos principais responsáveis pelo acervo da exposição, falecido por complicações decorrentes da COVID-19 em 2021, que em depoimento para o livro "Tiradentes, um presídio da ditadura. Memórias de presos políticos" (org. por Alípio Freire, Izaías Almada e J.A. de Granville Ponce) afirmou que "Por trás de algumas dessas manifestações (em branco) residiam intenções de alguns daqueles artistas, que visavam ao mesmo tempo dois alvos: primeiro, abrir um espaço onde o espectador pudesse preencher com sua imaginação a comunicação pretendida, o que era entendido então como parte da fruição do espectador ante a obra - a fruição era entendida por alguns como também uma (re)criação pelo espectador. Segundo, refletir o indizível, ainda não simbolizável - algo próximo chamado de 'inefável'."

 

 Durante os anos 80 e 2000, a coleção contou com inúmeras mostras e muitas imagens fizeram parte de livros, catálogos e revistas. No contexto do ano de 2023, acrescentam-se novos sentidos à exposição desta coleção. Homenagear Alípio Freire e as inúmeras vítimas que morreram em 2021, pelo descaso da política negacionista do governo Bolsonaro. “Reafirmar a importância desta coleção como documento deste período obscuro da nossa história. Mas, especialmente, através das experiências artísticas realizadas por militantes políticos que resistiram ao regime militar, reafirmar a importância destes testemunhos como espaços de luta e resistência.” finaliza Priscila. 

 

Integrantes da mostra

Aldo Arantes/ Alípio Freire/ ÂngelaRocha/ Artur Scavone/ Carlos Takaoka/ José Wilson/ Manoel Cyrillo/ Regis Andrade/ Sérgio Ferro/ Sérgio Sister/ Rita Sipahi/ Yoshiya Takaoka

 

Depoimentos

De Aldo Arantes, Ângela Rocha, Artur Scavone, Manoel Cyrillo, Rita Sipahi, Sérgio Ferro, Sérgio Sister, que integra, o acervo do Núcleo do Museu da Pessoa MariAntonia..

 

Quem é a curadora 

Priscila Arantes é crítica, curadora, professora e pesquisadora no campo da arte, curadoria, museu e estética contemporânea. Formada em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), com mestrado e doutorado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e pós-doutorado pela Penn State University (EUA) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Atualmente é diretora da Faculdade de Filosofia, Letras e Artes da PUC-SP e pesquisadora-colaboradora do Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP. Foi diretora e curadora do Paço das Artes de 2007 a 2020. Entre 2007 e 2011 foi diretora adjunta do Museu da Imagem e Som (MIS) atuando na curadoria de programação. Integra o conselho editorial de diversas publicações científicas e é vice-presidente da Associação Brasileira dos Críticos de Arte (ABCA) desde 2022 e membro da Associação Nacional de Artes Plásticas (ANAP). Entre os prêmios recebidos destacam-se o da Society of Latin American Studies para integrar a Conferência em Liverpool (Londres/2016), da Fundación Cisneros/Getty Foundation/ (2016), da Getty Foundation ( 2012) e finalista do 48º Prêmio Jabuti pelo livro Arte@Mídia:perspectivas da estética digital (Fapesp/Senac). É autora de diversos livros e curadora de mostras em Portugal e em diversas instituições culturais no país.

 

Serviço

Exposição Imagem-Testemunho: experiências artísticas de presos políticos na ditadura civil-militar
Quando | Abertura 27 de abril - a partir das 19 horas
De 28 de abril a 10 de dezembro de 2023
Onde | Centro MariAntonia – Edifício Joaquim Nabuco
Rua Maria Antônia, 258 – Vila Buarque – São Paulo, SP (próximo às estações Higienópolis e Santa Cecília do metrô)
Visitação | terça a domingo, e feriados, das 10 às 18 horas
Quanto | Grátis
Informações | (11) 3123-5202


Captura Híbrida ou genotipagem por PCR: qual a diferença?

Com mais de 17 mil novos casos anuais somente no Brasil, a doença pode ser evitada por meio de consultas e exames de rotina; entenda a diferença entre os dois principais testes utilizados para detectar o HPV, principal causador dessa enfermidade

 

Com milhares de casos anuais e considerado o terceiro tipo de neoplasia mais comum entre as mulheres, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de colo do útero configura um cenário preocupante aos órgãos e profissionais de saúde, especialmente por se tratar de uma doença previsível e evitável. Somente no Brasil, de acordo com dados do INCA – Instituto Nacional do Câncer –, são esperados mais de 17 mil novos diagnósticos da enfermidade ainda neste ano de 2023; um índice de risco em torno de 13,25 casos para cada 100 mil mulheres.

Causado por alguns tipos de HPV (Papilomavírus Humano), uma das maneiras mais efetivas para diagnosticar o câncer de colo do útero é o monitoramento frequente da presença do vírus no organismo. Embora 90% dos casos de HPV representem uma contaminação transitória – em um período de 18 a 24 meses -, onde o próprio sistema imunológico consegue se defender, o risco aumenta quando a presença do patógeno prolonga-se e acaba por gerar lesões no colo do útero, que se tornam feridas e evoluem de forma maligna. E é nesse sentido que a Captura Híbrida demonstra sua efetividade, diagnosticando as infecções prolongadas, e não as transitórias, como os métodos de genotipagem por PCR.

De acordo com a médica ginecologista e pesquisadora clínica do Centro Universitário Faculdade de Medicina do ABC, Dra. Cecília Maria Roteli Martins, as visitas frequentes ao médico e a realização anual dos exames de rotina podem ajudar a salvar muitas vidas e devem ser feitas por todas as mulheres. “Além dos exames mais conhecidos como o papanicolau e a colposcopia, a partir dos 25 anos de idade as mulheres podem fazer a captura híbrida, um teste molecular, mais sensível que outros métodos, capaz de detectar a presença do HPV e, em casos positivos, em qual das 13 variações mais comuns de potencial cancerígeno ele se encaixa. A realização desse tipo de exame permite identificar a contaminação antes do surgimento da lesão, o que amplia as possibilidades dos tratamentos precoces e cura”, explica a especialista.


Captura híbrida x genotipagem do HPV por PCR

Considerado o teste Padrão Ouro para rastreio do HPV (teste referência para estabelecer a sensibilidade e especificidade de outros testes diagnósticos de HPV), a Captura Híbrida é o exame mais utilizado em todo o mundo, já realizado por mais de 100 milhões de mulheres e clinicamente validado em mais de 1 milhão de pacientes, resultando em mais de 1300 publicações em revistas revisadas por pares, que incluem mais de 20 anos de dados de acompanhamento observacional. A sensibilidade clínica da Captura Híbrida representa, com precisão, a habilidade do ensaio para diagnosticar infecções clinicamente relevantes. A partir de um resultado negativo, o intervalo para novos rastreios pode ser de até cinco anos.

Em contrapartida, embora a genotipagem tenha seu valor em detectar a presença e o tipo do HPV presente no organismo da paciente, o exame não consegue distinguir uma infecção transitória (comum em 90% dos casos de contaminação) de uma infecção persistente, responsável por progredir com potencial cancerígeno. Outro ponto relevante diz respeito à sensibilidade do teste, que não atinge o mesmo patamar da Captura Híbrida e abre margem para uma alta porcentagem de resultados falsos negativos.

“A testagem molecular existe há mais de vinte anos e está entre os testes mais utilizados pelos médicos para rastreio genético do HPV. Milhões de mulheres já realizaram a captura híbrida e muitas vidas já foram poupadas pela contribuição dessa tecnologia. Cabe ressaltar, entretanto, que tanto a captura híbrida quanto a genotipagem por PCR somente são disponibilizadas no sistema de saúde privado, ou seja, para mulheres que possuem planos de saúde, algo que representa em torno de 1% de todas as mulheres brasileiras que são elegíveis ao teste”, aponta Raphael Oliveira, Gerente de Marketing Regional LATAM para Diagnósticos Moleculares da QIAGEN, multinacional alemã especialista em tecnologia para diagnósticos moleculares.

 

QIAGEN
https://www.qiagen.com/us/

 

Dia Nacional de Combate à Hipertensão: veja cinco passos para evitar a doença

Hábitos de vida saudáveis são fundamentais, explica médica do Hospital Cardiológico Costantini


A cada dez brasileiros, três sofrem de hipertensão arterial, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). A doença, que aumenta a rigidez muscular da parede das artérias, pode causar problemas sérios de saúde, como infarto e acidente vascular cerebral.

“É uma doença silenciosa, sem sintomas claros, e uma pessoa pode nem saber que tem essa condição se não fizer exames periódicos. Convive com uma condição séria sem o diagnóstico e o tratamento adequados”, afirma a cardiologista Natália Geske Lopes, do Hospital cardiológico Costantini, de Curitiba. O hospital é referência nacional em pesquisa e tratamento de doenças relacionadas ao coração.

Para chamar atenção à seriedade da doença e à importância de cuidados e exames, o Brasil instituiu o dia 26 de abril como Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. 

Hábitos de vida mais saudáveis, explica a doutora Natália, são fundamentais para evitar a doença. “A hipertensão está totalmente relacionada com maus hábitos, como tipo de alimentação, sedentarismo e tabagismo. Independentemente da idade, todas as pessoas devem aferir a pressão regularmente, ao menos uma vez por ano, em consulta com seu médico”, diz ela.

Veja recomendações da doutora Natália para prevenir a hipertensão e levar uma vida mais saudável:


Meça a pressão pelo menos uma vez por ano

Como os sintomas não são claros, a melhor maneira de monitorar a doença é aferir a pressão. Ao menos uma vez por ano, faça isso em consulta médica.  “Para qualquer avaliação, o melhor é sempre consultar um médico”, afirma a doutora Natália.


Saia do sedentarismo

Pratique atividades físicas ao menos três vezes por semana.

Encontre uma atividade física que você goste. Assim, as chances de se manter motivado e continuar se exercitando são muito maiores.


Mantenha o peso ideal

Evite a obesidade. O acúmulo de gordura no abdômen tem relação direta com a hipertensão.  Além da atividade física, adote uma alimentação saudável, diminua o sal e as frituras, aumente frutas, verduras e legumes


Não fume

O cigarro e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas estão entre os fatores de risco para desenvolver hipertensão arterial. E podem agravar a condição de quem já tem a doença


Ame e seja amado

O estresse pode desencadear diversas doenças, entre elas a hipertensão. Fuja de relações tóxicas, no trabalho e fora dele. Durma bem, descanse, pratique atividades físicas e reserve um tempo para o lazer. Tenha um amor, cultive a família e as boas amizades.


Risco cardiovascular em profissionais de saúde: um mal que precisa ser combatido

Opinião

 

As doenças cardiovasculares são as principais causas de morbidade e mortalidade no mundo. Para conscientizar sobre esse assunto, celebramos em 26 de abril o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. Os fatores de risco associados a essas doenças podem ser divididos em modificáveis (dislipidemias, tabagismo, etilismo, diabetes melito, hipertensão arterial sistêmica, obesidade, sonolência diurna excessiva, depressão, estresse, apneia obstrutiva do sono e sedentarismo) e não modificáveis (idade, sexo, hereditariedade e raça).

No ambiente laboral, os profissionais de saúde estão expostos a estresse diário, estruturas públicas degradadas, má gestão dos serviços, sobrecarga de trabalho, jornadas duplas, pressão social, subemprego, baixas remunerações, desesperança que ocasiona frustração profissional e, por fim, doenças ocupacionais. Os ambientes de saúde são de intenso trabalho e exposição contínua a situações de sofrimento, dor, angústia e morte, que, muitas vezes, levam à negligência do autocuidado em relação a atitudes preventivas, como atividade física, dieta adequada, abandono do tabagismo, uso do álcool e medidas de enfrentamento do estresse.

A Medicina do Trabalho é primordialmente uma atividade preventiva, cabendo ao médico desta especialidade, na sua função, atuar ativamente na busca de informações individuais e coletivas dos trabalhadores, priorizando ações de monitoramento epidemiológico e implementação de medidas preventivas. Na literatura nacional, estão disponíveis diversas publicações que avaliaram fatores de risco cardiovascular nas equipes de saúde, principalmente no que tange à prevalência de hipertensão arterial, diabetes melito, dislipidemia, sedentarismo, obesidade, perfil de dieta alimentar e tabagismo, demonstrando que esses fatores de risco são significativos nessa população.

Esses estudos, em sua maioria, confirmam a expressiva prevalência de fatores de risco cardiovascular entre profissionais de saúde. Muitos desses elementos apresentaram associações com as características sociodemográficas e com o estilo de vida dos pacientes, que, se identificados, normalmente podem ser minimizados com ações educativas por parte das equipes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT).

Entre as principais medidas de prevenção primária, vale destacar as técnicas de mudança comportamental, que incluem estabelecimento de metas, dados sobre as condições de saúde individual e coletiva, orientações claras sobre impactos na saúde, planejamento de ações, automonitoramento dos comportamentos de saúde realizado em consultas individuais, consultas em grupos e entrega de materiais impressos. Ainda, além das medidas educacionais, também incluem o desenvolvimento de políticas que visam promover a prática de atividade física com redução da obesidade, a promoção de ambientes saudáveis que favoreçam caminhadas e ciclismo, o desenvolvimento de ambientes naturais em locais de trabalho para a prática de atividade física e a orientação para restrição calórica.


Ricardo Moreira Martins - Diretor do Exercício Profissional da AMRIGS


ATLETA PROFISSIONAL: COMO EVITAR LESÕES?

A fisioterapeuta Raquel Silvério traz 5 dicas para evitar aquele incômodo e dor incomum 

 

Praticar atividades físicas faz parte do hábito de uma vida saudável em qualquer momento da vida, no entanto, sem orientação, pode causar grandes lesões esportivas, principalmente nos casos em que os exercícios são praticados em alta intensidade. Para os atletas de alto rendimento, essas lesões são mais preocupantes, pois acabam comprometendo o condicionamento físico e até a execução dos movimentos. Por conta disso, segundo a fisioterapeuta e diretora do Instituto Trata de Guarulhos, Raquel Silvério, é preciso ter uma série de cuidados na hora da prática. 

“Existem vários fatores que podem ter relação com o risco dessas lesões, desde o esporte praticado até o tipo de atividade física, o histórico de lesões anteriores não tratadas de maneira correta e outros fatores que culminam no afastamento do indivíduo da prática de certos esportes.”, explica Raquel Silvério. 

A falta de um condicionamento adequado e a prática equivocada de alguns exercícios estão entre as causas mais comuns de lesões, como as torções no joelho e tornozelo, essas entorses, comprometem os tendões, ligamentos e as vezes a parte cartilaginosa dependendo da gravidade da situação. As práticas esportivas mais suscetíveis a apresentarem esse risco, são aqueles de contato, como o futebol, basquete, vôlei e lutas. 

“Independentemente da idade ou do motivo da prática de esportes, antes de iniciar as atividades, o mais indicado é procurar orientação de um médico e um fisioterapeuta para ter certeza de que os exercícios são de fato recomendáveis.”, explica a fisioterapeuta. Algumas das lesões mais comuns, segundo Raquel Silvério, são: Tendinite que é a inflamação dos tendões, dores articular ou musculares devido a sobrecarga na região, bursite que se trata da inflamação dessa estrutura que é responsável por evitar atrito entre os tendões e impacto nas estruturas da articulação; lombalgia uma dor na região lombar e as fraturas por estresse.

“Não existe um método que garanta que a pessoa fique livre de sofrer lesões esportivas como luxações, entorses, rupturas e até fraturas, mas tomar algumas atitudes de prevenção pode contribuir para que esse risco seja menor, abaixo trago algumas dicas.”, comenta a diretora do Instituto Trata de Guarulhos. 

 

- Não pule o aquecimento:  Essa é uma das melhores táticas para evitar lesões esportivas, já que movimentar o corpo antes da atividade deixa os tecidos do corpo com mais flexibilidade, o que melhora a forma como os movimentos serão executados. 

 

- Hidratação: Não permita que a adrenalina do jogo faça com que você se esqueça de beber água periodicamente durante a partida ou treino, pois é a hidratação que ajuda a prevenir cãibras e lesões musculares.

 

- Equipamentos adequados: Proteja-se o máximo que puder durante a prática do seu esporte. Se você tem joelheiras, capacetes, cotoveleiras, travas, caneleiras, protetor bucal e nasal, entre outros equipamentos de proteção à sua disposição, use-os.

 

- Trabalhe outras áreas do seu corpo: Se você pratica um esporte que trabalha muito uma área específica do corpo, invista também em treinos que utilizem outras regiões quando você estiver de férias ou com tempo livre, para que assim você evite o risco de lesões esportivas decorrentes do excesso de uso de determinada região.

 

Após qualquer incomodo ou dor incomum, procure imediatamente um profissional da área, como um fisioterapeuta, dessa forma, terá o tratamento adequado e personalizado para o seu caso. 


 www.itcguarulhos.com.br 


Prática de atividades esportivas reduz em até 50% o índice de mortalidade entre os hipertensos.

O coordenador do curso de Medicina do Centro Universitário São Camilo e médico do Esporte, Raphael Einsfeld explicou sobre os benefícios para quem tem hipertensão arterial

 

A prática de exercício físico regular e contínuo reduz os picos de pressão arterial, uma doença crônica que pode levar a complicações graves como problemas cardiovasculares, derrames e insuficiência renal. O coordenador do curso de Medicina do Centro Universitário São Camilo e médico do Esporte, Raphael Einsfeld explica que a prática de atividades físicas tem sido apontada como uma das medidas mais eficazes para prevenir e controlar a doença. Segundo ele, com  apenas oito semanas ininterruptas de atividades aeróbicas ou de  força e hipertrofia são alcançados  resultados positivos para saúde .     


 “Em relação a hipertensão, os estudos tem mostrado uma queda de até 10mmHg na pressão sistólica em repouso e de até 5 mmHg de redução na pressão diastólica de repouso. Contudo, tem-se notado que, para aqueles amantes da musculação, quanto maior a sobrecarga e fadiga muscular (ir até o limite) maior o benefício”, afirmou. Ele reforçou a importância de procurar um cardiologista ou médico do esporte antes de fazer qualquer atividade física ou de aumento de intensidade de seu treinamento.


De acordo com Dr. Raphael Einsfeld, os hipertensos que seguem rigorosamente as recomendações de prática de atividade física apresentam redução de 27% a 50% no risco de mortalidade. “Quando falamos em redução do risco cardiovascular, invariavelmente estamos tratando de comorbidades associadas, como  tabagismo, diabetes, obesidade, sedentarismo, colesterol elevado, apneia obstrutiva do sono hipertensão arterial, entre outras.


UM estudo publicado no Journal of Hypertension mostrou que combinar a  prática  de exercícios físicos e a redução do consumo de sal pode ter um efeito sinérgico

Dados da  Organização Mundial da Saúde -OMS – informam que  a hipertensão arterial afeta cerca de um bilhão de pessoas em todo mundo e por ano, é  causadora de mais de nove milhões de mortes e no Brasil,  estima-se que 30% da população adulta é hipertensa. No país, a doença se tornou um caso de saúde pública, sendo responsável por mais de 50% dos casos de infarto agudo do miocárdio e de acidente vascular cerebral (AVC).



Pesquisadores do IBB selecionam voluntários para pesquisa clínica sobre pré-diabetes

O trabalho, coordenado pelo INTERSSAN, avaliará suplementação alimentar com a Eriocitrina.

 

Pesquisadores do Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu (IBB) estão selecionando voluntários sem risco para diabetes ou com pré-diabetes (com o nível de glicose no sangue entre 100 e 140mg/dL), e com idade acima dos 40 anos, para uma pesquisa acerca da utilização da Eriocitrina. 

O trabalho, coordenado pelo Centro de Ciência, Tecnologia e Inovação para Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Interssan), ligado ao IBB, realizará nos voluntários uma bateria de exames e acompanhamento, durante seis meses, por médicos e nutricionistas. Nesse período, os voluntários vão consumir um suplemento que contém extrato da casca do limão, especialmente do limão amarelo ou siciliano. Este suplemento contém compostos conhecidos como flavonoides, e entre eles a Eriocitrina, composto orgânico, vegetal, encontrado naturalmente em limões e laranjas, e sem contra indicação para ser tomado como suplemento alimentar. 

Pessoas que estejam acima do peso, tenham pressão alta, ou utilizam medicamento para baixar a glicemia por orientação médica, podem também ser voluntários. 

A proposta deste estudo é que o voluntário receba o fitoterápico junto com o tratamento convencional para diabetes e pré-diabetes, à base de Cloridrato de Metformina (Glifage). Os pesquisadores querem analisar se o efeito do medicamento é intensificado quando administrado com o suplemento de Eriocitrina. 

Para garantir a segurança da saúde dos participantes, essa pesquisa foi avaliada e autorizada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu (FMB/Unesp). 

“Pesquisas já realizadas com a Eriocitrina sem a Glifage e já publicadas revelaram excelentes resultados”, explica Thais César, uma das professoras responsáveis pelo estudo. Ela informa que o suplemento aumenta o GLP-1, substância hormonal produzida pelo intestino que estimula a produção de insulina, melhorando a condição clínica do paciente. 

O estudo usa a metodologia denominada ensaio duplo cego, quando pesquisadores e voluntários não sabem o que está sendo ingerido, se o suplemento Eriocitrina ou o placebo dele (amido), garantindo maior confiabilidade aos resultados finais. 

Os voluntários interessados vão passar por uma entrevista e caso sejam selecionados não terão nenhuma despesa com o tratamento, inclusive de alimentação e transporte, quando necessários. As inscrições devem ser feitas até o dia 15 de maio, pelo WhatsApp (14) 99132-7447.

 

A arte de envelhecer bem: conheça 7 pilares da saúde para pessoas com mais de 50 anos

Ao completar 50 anos, um indivíduo alcança um marco significativo em sua vida. Esta fase, que simboliza meio século de experiências e aprendizados, traz consigo uma série de transformações físicas, emocionais e sociais. Neste contexto, é fundamental destacar a importância de comemorar esta etapa e adotar cuidados específicos para manter a qualidade de vida e promover o bem-estar. Além disso, é uma fase em que muitos indivíduos vivenciam uma maior estabilidade financeira e emocional, permitindo-lhes explorar novas experiências e desfrutar de momentos de lazer com amigos e familiares.

No entanto, é importante lembrar que, com o avanço da idade, surgem também mudanças no corpo e na saúde. Por isso, é essencial adotar medidas preventivas e cuidados específicos para garantir uma vida saudável e ativa. A MadeReal, empresa que produz e comercializa bebidas funcionais e snacks plant-based e veganos, separou sete dicas para chegar na maturidade com saúde. 


1 - Alimentação equilibrada

Uma dieta rica em frutas, legumes, grãos integrais e gorduras saudáveis é fundamental para manter o corpo e a mente saudáveis. Evite alimentos processados, excesso de sal, açúcar e gorduras saturadas, pois eles contribuem para o desenvolvimento de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares.


2 - Atividade física regular

Manter-se ativo é essencial para o bem-estar físico e mental. Escolha atividades que você goste, como caminhar, nadar, andar de bicicleta ou praticar ioga. O ideal é se exercitar pelo menos 150 minutos por semana, divididos em sessões de no mínimo 30 minutos.


3 - Controle do estresse

O estresse crônico pode prejudicar a saúde e a qualidade de vida. Encontre formas de lidar com o estresse, como meditação, respiração profunda, relaxamento muscular progressivo ou terapia cognitivo-comportamental. Além disso, priorize atividades prazerosas e reserve um tempo para si mesmo.


4 - Dormir bem

A qualidade e a quantidade de sono são importantes para a saúde e o bem-estar. Estabeleça uma rotina regular de sono, evite cafeína e álcool antes de dormir, e crie um ambiente propício para o descanso. Procure dormir de 7 a 8 horas por noite.


5 - Manutenção de um peso saudável

Controlar o peso é fundamental para evitar doenças crônicas e promover a longevidade. Estabeleça metas realistas e adote hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e prática regular de atividades físicas. Consulte um profissional de saúde para orientação personalizada.


6 - Redes sociais e relacionamentos

Manter laços sociais é fundamental para a saúde mental e emocional. Cultive amizades, participe de grupos e atividades comunitárias, e mantenha contato com familiares. O apoio social é essencial para enfrentar os desafios da vida e aumentar a resiliência.


7 - Acompanhamento médico

Realize check-ups regulares e consulte seu médico para exames preventivos. Essa prática ajuda a detectar precocemente possíveis problemas de saúde e a tratá-los antes que se tornem graves. Além disso, siga as recomendações médicas e tome as vacinas indicadas para a sua faixa etária.

 

MadeReal


Dia Nacional de Prevenção e Enfrentamento à Hipertensão Arterial


A saúde bucal e a saúde sistêmica estão diretamente ligadas. A hipertensão arterial, conhecida como pressão alta, é uma doença crônica que ocorre quando a pressão sanguínea nas artérias é persistentemente elevada. Silenciosa e sem sintomas (o que a torna perigosa), a hipertensão arterial abre espaço para doenças cardiovasculares – principal causa de mortes, hospitalizações e atendimentos. Por isso, ela exige cuidados especiais, sendo que o Cirurgião-Dentista também pode colaborar para o controle e bem-estar do paciente hipertenso.

A Odontologia atende pacientes com diversos problemas sistêmicos, sendo a hipertensão arterial o mais recorrente.

De acordo com o Cirurgião-Dentista e membro da Câmara Técnica de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Dr. Fued Samir Salmen, a forma mais comum de hipertensão e que acomete entre 85% e 95% das pessoas é a hipertensão arterial primária, que surge com o envelhecimento.

Já a hipertensão arterial sistêmica é bem mais perigosa, podendo causar complicações como insuficiência cardíaca, doença renal crônica, arritmia e aneurisma.

“Para o Cirurgião-Dentista, atender esses pacientes com a orientação do médico cardiologista é sempre a primeira opção, principalmente para os pacientes com hipertensão arterial sistêmica. Esses podem precisar de tratamento em ambiente hospitalar com monitoramento cardíaco, entre outros cuidados”.

Outra forma de hipertensão arterial é aquela que ocorre de maneira pontual, em situações como a síndrome do jaleco branco, quando ela aparece como principal sintoma. “Essa situação acomete pacientes tensos e com experiências ruins em consultórios, onde ele fica nervoso e a pressão arterial aumenta significativamente”.

Esses pacientes, segundo Dr. Fued, podem precisar até mesmo de terapia para vencer o trauma. Ele pontua três ações que podem ajudar muito no atendimento ao paciente com hipertensão arterial sistêmica e com síndrome do jaleco branco:

1 - Ambiente de trabalho sereno e música para relaxamento.

2 - Uso de ansiolíticos via oral antes do tratamento, os quais podem até mesmo ser administrados na noite anterior para ter um sono mais tranquilo.

3 - O anestésico local com vasoconstritor, ao contrário do que se imagina, deve ser usado. O que deve ser evitado é o uso de anestésico com felipressina.

Com relação a este último item, Dr. Fued explica que os anestésicos locais podem ter ou não vasoconstritores (elemento da anestesia que faz a vasoconstrição, ou seja, deixa os vasos estreitos) como a adrenalina, a noradrenalina e a felipressina, entre outros.

Segundo ele, quando o anestésico é mal administrado cai na corrente sanguínea e esses vasoconstritores causam um aumento considerável da pressão arterial. No caso do anestésico que não tem vasoconstritor, depois de aplicado no paciente seu efeito acaba após três ou quatro minutos. “Assim, o paciente acaba sofrendo muito com dor e aí a pressão sobe mais ainda. De modo geral, os Cirurgiões-Dentistas têm medo de usar os vasoconstritores em pacientes com hipertensão primária ou com síndrome do jaleco branco. É importante deixar claro que isso não se refere, no caso, aos pacientes com hipertensão mais grave”.  Nesse contexto, Dr. Fued enfatizou a importância de realizar a anamnese durante o atendimento de todos os pacientes.  

 

Fique atento às novas diretrizes

 

De acordo com dados do Ministério da Saúde, a hipertensão arterial matou 53 mil brasileiros em 2019. Esse número elevado fez com que, em 2020, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) apresentasse uma nova diretriz para classificar a hipertensão arterial.

Ainda é considerada hipertensa a pessoa com pressão maior ou igual a 14 por 9. O novo parâmetro, porém, classifica como pré-hipertenso o indivíduo com pressão máxima entre 13 e 13,9 e mínima entre 8,5 e 8,9.

A pressão ideal agora é a que registra números abaixo de 12 por 8. As faixas entre 12 e 12,9 e 8 e 8,4 são consideradas normais, mas não ótimas. Por isso, quando esses parâmetros são registrados a orientação é que se inicie um controle. Adote uma rotina saudável.

A hipertensão é hereditária em 90% dos casos, mas vale lembrar que há vários fatores que influenciam os níveis de pressão arterial e estão associados ao desenvolvimento da doença. Por isso, para prevenir e controlar a hipertensão é fundamental manter o peso ideal, não abusar do sal, evitar alimentos gordurosos, praticar atividade física regularmente, não fumar e consumir álcool moderadamente, controlar o diabetes e medir a pressão arterial com regularidade.

Por fim, cuidar da higiene bucal e consultar o Cirurgião-Dentista com regularidade faz parte dos cuidados com o corpo, pois a saúde da boca e a saúde geral estão diretamente ligadas. 



Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP
www.crosp.org.br


MSF responde a necessidades médicas e prepara aumento das atividades no Sudão

Trabalho humanitário continua comprometido pelos intensos combates no país


A violência continua afetando muitas regiões do Sudão. Equipes de Médicos Sem Fronteiras (MSF) que estão presentes no país relatam que os hospitais estão sobrecarregados e milhares de pessoas estão fugindo para áreas consideradas mais seguras. O panorama é de necessidades humanitárias e médicas imensas desde o sábado, 15 de abril, quando os confrontos entre tropas do governo e um grupo rival tiveram início.

“Durante uma pausa nos conflitos, MSF conseguiu fazer uma doação de suprimentos médicos a uma instalação médica em Cartum, no último domingo, 23 de abril. Estamos em contato com hospitais, autoridades e associações médicas sudanesas na tentativa de suprir mais unidades de saúde da capital”, explicou o Dr. Ghazali Babiker, diretor de MSF no Sudão. Ele observou, entretanto, “que os combates continuam fazendo com que esse trabalho seja quase impossível”.

Em El Fasher, um grande número de feridos chegou ao hospital apoiado pela organização na localidade. Nossas equipes trabalham dia e noite para dar assistência aos feridos. Até o momento, 404 pessoas conseguiram chegar ao hospital para receber tratamento. O local é a única instalação de saúde que conseguiu manter suas atividades na cidade.

Milhares de pessoas fugiram de Cartum para Wad Madani. Equipes de MSF, incluindo pessoal proveniente de Cartum e do projeto de MSF em Damazin, estão avaliando quais são as melhores maneiras de atender às necessidades no local.

Instalações apoiadas pela organização também continuam atendendo pacientes em Damazin, no Estado do Nilo Azul, Omdurman, Estado de Cartum, nas cidades de Kreinik e El Geneina, em Darfur Oriental, Rokero, no Estado de Darfur Central e Um Rakuba, no Estado de Gadarife, no leste do país. MSF mantém o compromisso de fornecer cuidados médicos extremamente necessários à população do Sudão, especialmente durante estes momentos de grande dificuldade. Mas para que isso seja feito, é necessário garantir a segurança de profissionais da organização e de pacientes.

“Equipes de MSF com experiência em emergências estão prontas para ingressar no Sudão assim que possível para apoiar o incremento de nossas atividades. Outras equipes estão no momento preparando e identificando as melhores maneiras de enviar suprimentos médicos e humanitários ao país”, afirmou a vice-diretora de operações de MSF, Kate Nolan.

Depois de mais de uma semana tendo de ficar abrigados em função dos intensos combates, algumas equipes conseguiram se locomover para regiões mais seguras, ao mesmo tempo em que há planos para que algumas pessoas saiam do país. Parte da equipe também foi realocada com suas famílias para áreas mais seguras, muitas vezes se juntando a outros familiares. Os contatos próximos com todos os membros da equipe estão sendo mantidos sempre que possível. A segurança das equipes é prioridade, e MSF agradece o apoio que tem recebido para realocar suas equipes de maneira segura.

“Reiteramos nosso apelo a todos que participam da violência para que respeitem suas obrigações, de acordo com a lei humanitária internacional e garantam a segurança do pessoal médico, permitindo o acesso seguro de nossas equipes, ambulâncias e civis a instalações de saúde, e que também permitam a movimentação daqueles prestando assistência humanitária”, afirmou o Dr. Abubakr Bashir Bakri, gerente de operações de MSF no Sudão.

 

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