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terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Ano Novo: oftalmologista alerta para acidentes oculares com fogos de artifício

Apesar de bonitos, os fogos são extremamente perigosos e podem gerar lesões oculares graves

 

Comemorar as festas de final de ano é sempre uma delícia, mas, se formos realistas, é fato que acidentes acontecem - ainda mais quando falamos em fogos de artifício. 

Por mais bonitos que sejam à distância, eles podem, sim, ser extremamente perigosos, e um dos maiores riscos, nesses casos, é o de lesões oculares. Segundo o relatório anual da Comissão de Segurança dos Produtos de Consumo dos Estados Unidos, em 2019 foram registradas 12 mortes e 10.000 feridos por fogos de artifício - 1.500 desses sofreram lesões na área dos olhos. 

É por isso que, quando esse é o assunto, o cuidado é redobrado: as crianças e os jovens adultos são as vítimas mais frequentes, e correspondem a 36% do total de feridos. Imagine que apenas as faíscas podem queimar a mais de 1000 ºC!

 

Como evitar acidentes com fogos de artifício? 

"Se você for assistir ou estiver perto de um show profissional de fogos, respeite as barreiras de segurança, siga todas as instruções de segurança e veja fogos de artifício a pelo menos 200 metros de distância", explica o Dr. Halim Féres Neto, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e Diretor da Prisma Visão. "Não toque em fogos de artifício não explodidos e, se encontrar algum, saia de perto e avise alguém competente. Não permita que crianças brinquem com fogos de artifício - mesmo aquelas velas sparklers, que a gente usa em bolos de aniversário e são consideradas 'seguras', queimam a temperaturas muito altas e não devem ser manuseadas por crianças pequenas." 

As crianças mais velhas precisam da supervisão de um adulto próximo para usar fogos de artifício, e o ideal é evitar corridas ou brincadeiras com esses explosivos recreativos. Caso decida soltar fogos, o ideal é optar por uma região ao ar livre, e uma área clara, longe de casas, folhas secas, grama ou outros materiais inflamáveis. 

"Mantenha um balde de água nas proximidades para emergências e para derramar em fogos que não acendem ou explodem", recomenda o médico. "Não tente reacender ou manusear fogos defeituosos. Mergulhe-os com água e jogue-os fora, e certifique-se de que outras pessoas estão fora de alcance antes de acender esses explosivos." 

Por fim, verifique as instruções para entender como melhor armazenar esses objetos e evite deixar partes do seu corpo diretamente sobre ou próximas a um fogo de artifício durante o acendimento.

 

O que fazer diante de queimaduras oculares por fogos de artifício?  

É essencial ter em mente os procedimentos mais adequados em caso de acidentes, já que essas lesões podem combinar as queimaduras com traumas por força e exposição química. O ideal é procurar um médico oftalmologista imediatamente. Outras condutas incluem:

  • Não esfregar os olhos
  • Não enxaguar os olhos
  • Não aplicar pressão
  • Não remover nenhum objeto que possa estar preso no olho
  • Não aplicar pomadas
  • Não tomar qualquer medicamento para dor e que afinam o sangue, como aspirinas, a menos que sob orientação médica

 

Dr. Hallim Feres Neto @drhallim - CRM-SP 117.127 | RQE 60732. Oftalmologia Geral. Cirurgia Refrativa . Ceratocone. Catarata. Pterígio. Membro do CBO - Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Membro da ABCCR - Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa. Membro da ISRS - International Society of Refractive Surgery. Membro da AAO - American Academy of Ophthalmology

 

Nova estação: relembre 4 dicas para aproveitar o verão com saúde


O final do ano chegou e junto com ele a estação mais quente. O verão se inicia em dezembro e prossegue até março, e para aproveitar as altas temperaturas, muitos programam passeios ao ar livre como praias, parques, entre outros. Portanto, não podemos deixar de lado a preocupação com a saúde, já que existem algumas doenças que se intensificam nessa época do ano. 

Segundo o mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), até 29 de outubro deste ano, o DF notificou mais de 68 mil casos prováveis de dengue. Além desse fato, outras infecções típicas do verão também vêm à tona, como micose, viroses, conjuntivite, entre outras. Esses problemas estão relacionados diretamente com o clima, já que nessa época, o aumento das chuvas e ondas de calor, contribuem para que o organismo fique mais fragilizado e, consequentemente, que fatores de risco estejam mais presentes. 

Pensando em ajudá-los, especialistas da Doctoralia e Medictalks listaram quatro dicas para evitar preocupações durante os momentos de lazer. Confira:

 

Desidratação

Segundo a Dra. Rosamar Rezende, parceira da Medictalks, Gastroenterologista e Hepatologista, a água atua em diversas reações metabólicas e químicas, e controla a temperatura do organismo. Por isso é essencial que as pessoas se mantenham hidratadas, principalmente durante as altas temperaturas, já que ocorre uma perda maior de água, principalmente por meio do suor. 

“A desidratação pode trazer sintomas como fraqueza, dor de cabeça, tontura e até mesmo convulsões, insuficiência renal e em casos graves, levar à morte. A necessidade de água diária varia de acordo com a idade e o peso de cada um, mas no verão é preciso aumentar a ingestão de líquidos. No adulto é ideal uma média de três litros por dia e para quem faz atividades físicas, a ingestão deve ser ainda maior. Uma boa opção também é a água de coco, pois possui sais minerais, vitamina C e do complexo B. Porém, é importante ressaltar que esta deve ser natural, pois a de caixa pode conter açúcar”, diz a Dra. parceira da Medictalks.


Micoses

De acordo com a Dra. Milena Carestiato, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e membro da Doctoralia, além das idas à praia e piscinas, com a chegada do verão há um aumento da transpiração e da umidade da pele, e isso favorece o surgimento de algumas doenças cutâneas. 

A perda de água pela transpiração altera a barreira cutânea e faz com o que a pele fique mais seca e áspera. Essa fragilidade desencadeia inúmeros problemas como micoses. Isso é causado por fungos que entram em contato com nossa pele nas piscinas, saunas, compartilhamento de roupas, entre outros. Para manter a saúde no verão é importante evitar horas mais quentes, usar roupas mais leves e não esquecer do protetor solar diariamente”, explica.

 

Viroses

As viroses mais comuns no verão são aquelas que causam sintomas gastrointestinais, segundo o Dr. Alexandre Naime, parceiro da Medictalks e Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia. “Muitas pessoas consomem alimentos que ficam conservados de maneira inadequada e usando gelo de origem de uma água inapropriada para consumo. Assim, diarréias infecciosas virais atingem as pessoas com mais frequência nesta época do ano. Por isso, é sempre importante ficar de olho nos alimentos e usar água mineral”, informa.

 

Proteger os olhos do sol

De acordo com a Dra. Pamela Haueisen, Médica Oftalmologista e membro da Doctoralia, os óculos de sol são acessórios indispensáveis nessa época do ano. ”Uma dica, se possível, é escolher lentes polarizadas e se certificar da procedência dessas lentes, pois devem ter proteção UV (ultravioleta) adequada. Caso contrário, os óculos podem trazer malefícios aos olhos por permitirem a entrada de maior quantidade de radiação solar”, auxilia. 

De acordo com a oftalmologista, aqueles que são usuários de lentes de contato, não devem expô-las na piscina, mar ou rio, já que as lentes não podem ter contato com águas pelo risco de contaminação e infecção ocular. Além disso, é importante evitar coçar ou tocar os olhos, já que dessa forma, há maior risco de expor os olhos a infecções, inflamações e alergias oculares.

 

 Doctoralia


Lavagem nasal: procedimento incorreto pode levar a infecções e inflamações, especialmente em crianças

Pressão e volume do jato devem ser observados, alerta especialista do Hospital Paulista

 

A lavagem nasal deve ser realizada diariamente com soro fisiológico, desde a pequena infância – a partir de um ano de idade, pois melhora o fluxo do sistema respiratório e reduz a probabilidade de infecções nas vias aéreas. No entanto, conforme o otorrinolaringologista Fabiano Haddad Brandão, do Hospital Paulista, a pressão e o volume do jato devem ser observados.

“O ideal é que seja um hábito como escovar os dentes, de duas a três vezes por dia”, recomenda o especialista. “No entanto, quando muita força é empregada no jato, ou com volume acima do indicado, especialmente em crianças (até 30 ml por cavidade), podem ocorrer otites e até crises de pneumonia”, reitera.

O médico adverte que a lavagem nasal de alto volume (120 ml), muito incentivada e divulgada, não deve ser realizada nos pequenos, chamando a atenção para o aumento de casos de infecções e inflamações no ouvido, por conta da lavagem incorreta do nariz, neste público.

Dr. Fabiano, que é especialista em rinologia e otorrino pediatria, destaca ainda que a posição correta para realizar a lavagem nasal nas crianças é sentada ou em pé, com a cabeça um pouco levantada, podendo ser realizada com conta-gotas ou seringa de até 5ml.

Quando adulto, segundo ele, a cabeça deve ser tombada para um dos lados. “O dispositivo deve ser apertado continuamente, com pouca força, até a metade do volume. A outra parte deve ser aplicada na outra cavidade, com a cabeça tombada para o lado oposto”, explica.

O médico ressalta que, somente para os adultos, a quantidade recomendada é de 120 ml, o que caracteriza a lavagem de alto volume, comprovadamente suficiente para limpar também os seios da face.

Além de aliviar a congestão nasal, a limpeza diária das vias aéreas também é uma forte aliada na prevenção da rinite, sinusites, asma e bronquite.

“Se você está lavando o nariz diariamente e continua com o nariz secretivo, gripe, resfriado, crise de rinite alérgica ou sinusites, o indicado é procurar um otorrino”, finaliza.

 


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Consulta Pública ouve a sociedade sobre atualização do tratamento da hipertensão arterial pulmonar no SUS

Sem atualização desde 2014, o documento conta com a participação de todos os cidadãos interessados no tema até dia 2 de janeiro de 2023

 

 hipertensão arterial pulmonar (HAP) é uma doença rara, progressiva e de difícil diagnóstico, que atinge mais de 2,4 milhões de pessoas no mundo, com maior incidência entre as mulheres[1], cerca de duas vezes mais. Se não for tratada adequadamente, pode limitar o paciente na realização de atividades simples do dia a dia, como andar e trocar de roupa, por exemplo. 

Por isso, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (CONITEC) no Sistema Único de Saúde (SUS) acaba de publicar uma consulta pública para avaliar a atualização dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para a HAP, que direcionam as melhores condutas, medicamentos e tratamentos para o paciente no SUS. 

O PCDT foi criado em 2014 e não passou por atualização desde então, sendo que atualmente inclui apenas a monoterapia. A diretriz médica internacional já recomenda a terapia combinada no início do tratamento na maioria das situações[2]. “Já demos o primeiro passo, pois, recentemente, a CONITEC reconheceu a necessidade de terapias combinadas para HAP. Agora esperamos pela atualização do PCDT que é de extrema importância pois impacta diretamente na qualidade de vida do paciente. Com um tratamento adequado, ele tem menos internações e a probabilidade de agravamento diminui drasticamente. É preciso corrigir o mais rápido possível esse descompasso entre o protocolo atual e todas as diretrizes internacionais”, afirma a médica Jaquelina Ota Arakaki, coordenadora do setor de Hipertensão Pulmonar do Hospital São Paulo/Unifesp.  

A consulta pública é uma etapa importante do processo de Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) conduzido pela CONITEC com o objetivo de ouvir a opinião de toda a sociedade a respeito dos protocolos, diretrizes e tratamentos mais adequados. “Esse é o momento de a sociedade participar do processo e da discussão. Quanto mais representantes são ouvidos, melhor é o entendimento sobre as necessidades dos pacientes de HAP, propiciando acesso a um amplo, variado e atualizado portfólio de tratamentos”, ressalta Christel Arce, diretora de Acesso da Janssen Brasil. 

“Esse processo de revisão é fundamental para mudar a realidade dos pacientes por isso é importante a participação de todos. O tratamento progrediu muito nos últimos anos, principalmente com novas terapias que ajudam a controlar a doença”, complementa Flávia Lima, presidente da Associação Brasileira de Apoio À Família Com Hipertensão Pulmonar e Doenças Correlatas (Abraf).

 

Entendendo a doença

A hipertensão arterial pulmonar (HAP) é uma doença se manifesta por meio de falta de ar durante esforço físico, dores no peito, fadiga, tontura, desmaio, palpitações e cianose (coloração azulada ou arroxeada na pele). Sinais que costumam ser confundidos com outras condições pulmonares e até mesmo com depressão ou ansiedade, visto a dificuldade dos pacientes às atividades diárias. Com isso, a HAP acaba sendo de difícil diagnóstico e pode ser descoberta em um estágio relativamente avançado, sendo que a doença é progressiva. Em média, os pacientes levam 2 anos até a identificação da enfermidade¹. 

Se não for cuidada, a doença pode progredir e tornar difícil até a realização de atividades simples como tomar banho, trocar de roupa e pentear o cabelo e até levar à insuficiência cardíaca e morte. Apesar de ser uma doença grave ainda sem cura, existem tratamentos que ajudam a controlar o seu avanço e dar mais qualidade de vida ao paciente. As terapias podem ser com medicamentos específicos ou associados a outras condições, como trombose in situ, hipoxemia, insuficiência cardíaca direita. Além disso, existem as medidas não medicamentosas que envolvem a restrição de sódio na dieta, a não gravidez, a oxigenoterapia (oxigênio extra para elevar os níveis do paciente a patamares saudáveis) e, quando possível, a realização de exercícios físicos com acompanhamento especializado.
 

Como participar da consulta

As pessoas que tiverem interesse em contribuir com a discussão e oferecer sua perspectiva sobre a doença, os tratamentos e as diretrizes devem entrar no site da Conitec (Link) acessar a consulta pública número 95 que aborda o PCDT de HAP até o dia 02/01/2023. Faça seu cadastro no site do Ministério da Saúde. Ao retornar a página role o navegador para baixo. Responda ao formulário e, por fim, clique no botão azul para enviar a opinião. 

 

Campanha de conscientização

A Janssen, empresa farmacêutica da Johnson & Johnson, em parceria com a Abraf realiza desde 2020 a campanha A Vida Merece Um Fôlego. O projeto tem como objetivo ampliar informações sobre a hipertensão arterial pulmonar, principalmente por conta das dificuldades enfrentadas pelos pacientes não apenas em diagnosticar a doença, mas também em contar com tratamento adequado. 

Para engajar o público, nesse ano, foram realizadas uma série de ações educativas e informativas nas redes sociais da Janssen e de influenciadores parceiros que culminou em uma parceria inédita com o estilista Walério Araújo em junho. Esta levou pacientes com HAP para desfilar na passarela do São Paulo Fashion Week (SPFW), usando roupas estampadas com as borboletas azuis - símbolo da campanha de conscientização - para alertar e chamar a atenção da sociedade sobre a HAP em busca de qualidade de vida a todos os pacientes.



Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda.
www.janssen.com/brasil/



[1] NORD (National Organization for Rare Disorders), em Link.
[2] European Hearth Journal, em Link


As relações entre a congestão nasal e o ronco

Segundo Gleison Guimarães, médico especialista em Pneumologia, o quadro pode prejudicar o sono dos parceiros e causar estresse interpessoal


A congestão nasal é um quadro que pode surgir em decorrência das mais diversas situações, como gripe, resfriado e rinite. Pode, também, ser causada por mudanças climáticas ou na temperatura do ambiente. Além disso, as pessoas que estão com o nariz entupido contam com uma maior tendência de roncar ao dormir.

De acordo com Gleison Guimarães, médico especialista em Pneumologia pela UFRJ e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a congestão nasal é um problema comum que acomete uma parcela significativa da população. “Geralmente, é desencadeada por alguma inflamação, irritação ou infecção que afeta o tecido nasal. Estudos apontam que a frequência de congestão nasal noturna é independentemente associada à frequência de ronco, o que pode ser ocasionado por resultados adversos à saúde, incluindo hipertensão arterial, doenças cardíacas, sonolência diurna e, até mesmo, acidentes”, relata.

Por outro lado, a congestão nasal noturna grave crônica é um forte fator de risco para o ronco com ou sem apneia obstrutiva do sono. “Uma pesquisa realizada pela Escola de Medicina da Universidade do Wisconsin coletou informações durante aproximadamente cinco anos sobre a congestão nasal noturna e frequência do ronco. Análises prospectivas mostraram que pessoas com esse quadro apresentavam um alto risco de ronco habitual, prejudicando o sono dos parceiros de cama e causando estresse interpessoal”, pontua o especialista.

O ronco é uma condição frequente que afeta quase 40% dos adultos. “É mais comum entre os idosos e aqueles que estão acima do peso. Quando grave, pode causar despertares frequentes à noite e sonolência diurna. O quadro é causado por um bloqueio parcial da passagem das vias aéreas do nariz e da boca para os pulmões, fazendo com que os tecidos dessas passagens vibrem, levando ao ruído produzido quando alguém ronca. A chave para a resolução é a desobstrução das vias aéreas”, revela Dr. Gleison.

O ronco secundário, muito associado aos distúrbios respiratórios do sono (DRS), é uma síndrome de resistência das vias aéreas superiores (UARS) relacionada a apneia obstrutiva do sono (AOS) leve, moderada e grave. Estudos de base populacional mostram que 9% a 38% dos adultos com mais de 18 anos têm AOS, sendo 13% a 33% em homens e 6% a 19% em mulheres. Com pessoas acima dos 65 anos de idade, esses números aumentam para 90% em homens e 78% em mulheres. Múltiplas doenças crônicas e sistêmicas estão associadas aos DRS.


Os principais distúrbios respiratórios do sono (SDB) são:

  • Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) - É o tipo mais comum. Na maioria das vezes, o ar não chega aos pulmões por causa de alguma obstrução nas vias aéreas superiores.
  • Apneia Central do Sono (ACS) - Associado a insuficiência cardíaca, doenças ou lesões relacionadas ao cérebro, como Acidente Vascular Cerebral (AVC), tumor cerebral, meningite ou encefalite. Em alguns casos, as vias respiratórias superiores estão abertas, mas o ar não chega aos pulmões devido à falta de comunicação entre o cérebro e o corpo. 
  • Apneia Mista do Sono - Quando o paciente apresenta obstrução das vias respiratórias superiores (apneia obstrutiva) e, simultaneamente, não há esforço respiratório (apneia central). 
  • Ronco - Ruído que se manifesta ao dormir com a musculatura da boca, nariz e garganta relaxadas. Suas principais causas são a flacidez nos músculos destas áreas, desvio de septo, pólipos no nariz, rinite, sinusite, obstruções nasais e envelhecimento. 
  • Síndrome da Resistência das Vias Aéreas Superiores - Quando ocorre um contínuo aumento na resistência ao fluxo para a passagem do ar pelas vias aéreas superiores, levando a muitos despertares breves e sonolência diurna excessiva. 

O médico acredita que o hábito do tabagismo também é um ponto prejudicial para quem quer evitar os problemas com o ronco. “O cigarro exerce efeitos deletérios nas vias aéreas superiores e inferiores e seu uso crônico pode induzir ao ronco, aumentando a resistência das vias aéreas superiores. De fato, a correlação entre o tabaco e o ronco é atribuída às mudanças na clearence mucociliar e inflamação da faringe e do palato mole. Assim, é possível afirmar que essa inflamação induzida pelo cigarro pode causar a obstrução da via aérea superior e outros distúrbios do sono”, declara.

Estudos apontam que fumantes têm uma probabilidade duas vezes maior de sofrer apneia obstrutiva. Além disso, a nicotina atrapalha a liberação da melatonina, hormônio fundamental para o sono, favorecendo a adrenalina, que é estimulante. “O resultado é um sono superficial e fragmentado”, lamenta.

Além do tabagismo, outros fatores podem contribuir para o desenvolvimento de distúrbios respiratórios do sono. “Alguns deles são o período pós-menopausa, o envelhecimento e o uso de álcool e sedativos. Existem antecedentes familiares de apneia do sono em 25 a 40% dos casos, refletindo, talvez, fatores hereditários. Doenças que ocorrem mais comumente em pacientes com apneia obstrutiva do sono incluem hipertensão arterial, doença do refluxo gastroesofágico, dislipidemia, insuficiência cardíaca e outras arritmias”, finaliza Dr. Gleison.

 

Gleison Guimarães - médico especialista em Pneumologia pela UFRJ e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), especialista em Medicina do Sono pela Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS) e também em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB). Possui certificado de atuação em Medicina do Sono pela SBPT/AMB/CFM, Mestre em Clínica Médica/Pneumologia pela UFRJ, membro da American Academy of Sleep Medicine (AASM) e da European Respiratory Society (ERS).

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Twitter @drgleisonpneumo.


Dezembro Laranja: chegada do verão redobra os cuidados para evitar o câncer de pele

Divulgação
O câncer de pele representa cerca de 30% de todos os casos da doença no Brasil
Os dias ensolarados e as altas temperaturas desta época exigem uma atenção especial, como o uso de protetor solar e evitar exposição em horários críticos

 

Com a chegada do verão no Hemisfério Sul no último dia 21 de dezembro, um personagem indesejável passou a ocupar a lista de preocupações com a saúde das pessoas: o câncer de pele. Responsável por cerca de 30% de todos os casos da doença no Brasil, este tipo de tumor tem inclusive uma campanha especial de conscientização para os cuidados com a pele, o Dezembro Laranja.

Referência na produção de medicamentos no Brasil, a Prati-Donaduzzi convidou a cirurgiã-oncológica e especialista em câncer de pele, Mariana Taís Ferreira Moreira, para alertar dos riscos desta grave doença.

“É importante ter a consciência que devemos cuidar da nossa pele todos os dias. Sempre que possível, precisamos evitar exposição solar entre 10 e 16h. Mas se estiver sob sol, é necessário usar chapéu de abas largas, óculos de sol, camisas de mangas compridas e calças com proteção UV. Também é recomendável se proteger debaixo de um guarda-sol, barracas ou até mesmo um guarda-chuva”, explicou a Dra. Mariana.

Outro componente fundamental para a proteção é o uso recorrente de protetores solares, que variam para cada pessoa. “Temos que nos atentar para o nosso tipo de pele e assim escolher qual o protetor adequado. Ele deve ser aplicado em toda a pele para fora da roupa. Se for ficar em ambiente fechado, a cada 4h reaplicamos, ou a cada 2h se estiver em um local externo. Além disso, quando transpiramos ou molhamos a pele, devemos secar a pele e reaplicar o protetor, no mínimo, FPS 30. Importante não esquecer do protetor labial também”, afirmou a cirurgiã-oncológica.


Tipos de câncer de pele

Existem dois tipos de tumor de pele: o melanoma e o não melanoma. O primeiro tem potencial mais agressivo e pode aparecer em qualquer parte do corpo. “Nas pessoas de pele negra, ele é mais comum nas áreas claras, como palmas das mãos e plantas dos pés”, afirmou a Dra. Mariana.

Já o não melanoma é o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. “Geralmente esse tipo de câncer cresce mais lentamente, com apresentação de bolinha branca, rosada ou da cor da pele”, explicou a especialista. Segundo ela, as pessoas com peles mais sensíveis ao sol são as que precisam ficar mais atentas nestes cuidados. “Quem tem pele clara, olhos claros, cabelos claros ou várias pintinhas pelo corpo, mesmo as sardinhas, apresenta maior risco”, alertou.

Por fim, a cirurgiã-oncológica diz quais são os pontos de atenção que indicam uma visita ao médico. “Qualquer ferida na pele que não melhore por mais de um mês, que esteja crescendo ou ficando diferente, em especial as lesões escuras, precisam ser avaliadas por um médico. Lesões com mais de 6mm de diâmetro, uma pinta que está evoluindo, passou a sangrar ou tem a presença de cores diferentes na mesma pinta precisa ser investigada”, disse a Dra. Mariana.

 

Prati-Donaduzzi

 

Entenda a verdadeira relação entre o ovo e o colesterol

A nutricionista Lúcia Endriukaite desvenda os mitos e verdades dessa relação

 

No começo dos anos 70, após a American Heart Association estabelecer um limite de 300 mg de ingestão de colesterol por dia, o ovo foi taxado injustamente como um alimento nocivo à saúde, uma vez que sozinho possui 180 mg de colesterol, excedendo facilmente essa taxa quando somada a outras fontes de colesterol, gorduras saturadas e gorduras trans que completam nossa alimentação diária. Mas o que tem de verdade nessa história? 

Para contextualizar, o colesterol é definido como um álcool que circula no sangue associado a um ácido graxo ou gordura para chegar ao seu destino como membranas, sistema nervoso e afins. Entre suas funções no organismo estão a síntese de hormônios sexuais, vitamina D e secreção biliar. Além disso, o colesterol compõe as membranas celulares e tecido nervoso, por isso, é essencial para o bom funcionamento do organismo. 

Sendo assim, tendo em vista a importância do colesterol para organismo e que sua presença é fundamental, a gema naturalmente é fonte de colesterol pelo fato de que a partir do ovo, pode se gerar um novo ser. Entretanto, é importante saber que 70 % do colesterol que circula no organismo é produzido pelo fígado, justamente para dar conta de toda a demanda do corpo. 

Com o avanço da ciência, temos cada vez mais estudos mostrando que o ovo não aumenta o risco de doenças cardiovasculares e de acordo com Di Marco e colaboradores, o consumo de 2 a 3 ovos por dia melhoram o HDL, o colesterol bom e ainda aumenta a luteína e zeaxantina sérica que tem uma função antioxidante. 

Vale lembrar que a composição do ovo como fonte de proteína e colina além de todo o composto de vitaminas, minerais, carotenóides contribuem para uma alimentação saudável. 

De toda forma, assim como tudo na vida é preciso ser balanceado, para a nutricionista, é fundamental a adoção de alimentação equilibrada composta também de verduras, legumes, alimentos integrais com redução de açucares, frituras, gorduras saturadas e trans. “O ovo na forma cozido, pochê, mexido e frito sem o uso de óleo, são muito bem-vindos. É importante que a pessoa tenha uma orientação alimentar para ajustes no seu plano alimentar”, completa Endriukaite. Além disso, é importante ter a prática de algum tipo de atividade física, ter peso adequado, evitar bebida alcoólica e fumo, atitudes que melhoram a saúde e previnem doenças
 

Instituto Ovos Brasil

 

Combinação de álcool e medicamentos psicotrópicos pode levar a confusão mental e perda de consciência, alertam especialistas

 

Mistura também pode causar outros problemas sérios como arritmia cardíaca e convulsões


A chegada das festas de fim de ano, psiquiatras do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) alertam para os riscos da combinação de psicotrópicos com bebidas alcoólicas. O efeito da mistura pode levar a sonolência excessiva, perda temporária de consciência, arritmia cardíaca, convulsões, lesões hepáticas, aumento do risco de acidentes e comportamento violento.

Considerando que uma pesquisa do Conselho Federal de Farmácia feita em 2021 apontou aumento de quase 20% na venda de medicamentos de uso controlado para depressão, ansiedade e insônia, existe a possibilidade de que o número de pessoas que misturam álcool com psicotrópicos também cresça.  

De acordo com o Dr. Michel Haddad, psiquiatra do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), quando uma pessoa mistura psicotrópicos com bebida alcoólica, a metabolização da combinação pode diminuir a eficácia do medicamento e intensificar os efeitos colaterais esperados agravando os problemas psiquiátricos. Estão mais vulneráveis aos perigos dessa combinação os pacientes com transtornos ansiosos, de humor, síndromes psicóticas e com transtornos de personalidade.

O impacto do álcool no sistema nervoso central pode diminuir o nível de consciência e propiciar episódios de instabilidade emocional. O consumo em excesso de bebidas alcoólicas também pode causar problemas gastrointestinais (diarreia e vômito), perda dos reflexos e insônia. Nesses casos, o ideal é procurar por atendimento médico e evitar a automedicação. 

Para o Dr. Michel Haddad, os tradicionais brindes das festas de fim de ano colaboram para o aumento do consumo de bebidas alcoólicas. “Inúmeros medicamentos psicotrópicos interagem com o álcool. Por isso, torna-se impossível prever qual reação a combinação causa no emocional e no físico de quem faz a mistura. Por isso, quem estiver em tratamento com psicotrópico deve evitar beber”, explica.

O médico também contraindica o uso de medicamentos para combater a ressaca devido à imprevisibilidade do impacto da mistura no organismo. “Deve-se combater o hábito de festejar ou amenizar frustrações com bebidas alcoólicas. Esse comportamento é nocivo principalmente para pessoas em tratamento com antidepressivos, ansiolíticos e hipnóticos porque pode desencadear crises em um curto período. Porém, mesmo causando mal à saúde física e mental muitos pacientes abandonam os remédios para continuar a beber”, lamenta. 

 

Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe)

 

Nutróloga separa dicas para evitar exageros na ceia de Réveillon

Equilíbrio é a palavra-chave nesses momentos, realizando trocas alimentares que fazem toda a diferença para a saúde


O final do ano é, em muitas famílias, uma época sinônimo de mesa farta, comilança e exageros na hora de montar as ceias de Ano Novo. Ao mesmo tempo em que o mês de dezembro marca o começo do verão, incentivando muita gente a aumentar a preocupação com a saúde nesse momento. 

“São nessas festas que experimentamos o prazer da comida afetiva, com as receitas passadas de geração em geração trazendo memórias e sensações que fazem bem para corpo e mente de todos nós. Portanto, esses rituais à mesa não devem ser evitados. A moderação é o melhor caminho a se seguir neste momento de festas”, explica a Vera Shukumine, médica nutróloga da Sami, operadora que é a revolução dos planos de saúde. 

A moderação, portanto, vem através de trocas conscientes e inteligentes, evitando um consumo exagerado e maléfico dos alimentos. Pesquisar quais carnes são menos gordurosas e aproveitar a data especial para diferenciar o cardápio são boas opções. Shukumine separou mais dicas de trocas interessantes para se fazer nas festas de fim de ano:
 

Dispense carnes gordas e opte por opções mais saudáveis

“Trocar carnes gordas, como picanha, fraldinha e filé de costela por peru, chester e tender. São ótimas escolhas para quem quer manter a forma e aproveitar o sabor diferente das festas. Grãos como lentilha e grão de bico no lugar de arroz e farinhas também são boas opções. No caso das sobremesas, associar frutas, frutas secas, castanhas e nozes são uma ótima pedida para substituir os doces muito ricos em açúcares e gorduras”, destaca a médica nutróloga.
 

Coma antes da ceia

“Para as pessoas que não conseguem ser comedidas na hora das festas, a sugestão é ingerir algo antes da refeição, rico em fibras, como fruta, iogurte com granola, aveia ou uma salada bem farta de folhas com proteína. Isso antecipa a sensação de saciedade e ajudará a evitar exageros”, aconselha Vera Shukumine.
 

Cuidados com bebidas alcoólicas

“No caso das bebidas alcoólicas, todas devem ser ingeridas com moderação, mas dê preferência ao vinho tinto seco, que é benéfico à saúde pelo seu efeito antioxidante. Em qualquer uma das opções, deve-se sempre ingerir água em conjunto para evitar a ressaca, se manter hidratado e evitar o consumo exagerado”, ressalta ela.
 

A palavra-chave é equilíbrio

Como dito anteriormente, o mais importante é manter o equilíbrio, sem deixar de aproveitar esse momento especial. “Exceto para pessoas com restrições alimentares graves, alergias alimentares ou patologias que descompensam facilmente com a dieta - como diabetes, insuficiência renal, doença celíaca, dentre outras -, a moderação é o melhor caminho a se seguir nestes momentos. Ressalta-se que ingestas copiosas, alimentos não tão saudáveis são maléficos quando são escolhas diárias e não eventuais como nas festas de final de ano”, finaliza.
 

Sami

 

Resoluções de Ano Novo: que tal dormir melhor em 2023?

Especialista do sono da Emma Colchões elenca motivos para que as pessoas priorizem o sono e dá dicas de como fazê-lo

 

Na época de Réveillon, é muito comum revermos toda nossa trajetória ao longo do ano e redefinirmos algumas metas para o ano seguinte. Elas geralmente estão ligadas a grandes conquistas pessoais, seja no que diz respeito à carreira, amor, viagens, ou bens materiais, por exemplo. E muitas vezes, também à saúde, quando pensamos em começar uma dieta, academia ou ir ao médico e ficar com os exames em dia! Mas em relação a estes últimos itens, muitos não levam em consideração redefinir a maneira como dormem para potencializar o sono e, assim, o bem-estar geral. Um erro, já que isso é primordial no dia a dia para ficarmos bem e realizarmos toda e qualquer atividade, incluindo ir atrás de todas as outras metas!

Que tal incorporar às suas prioridades para 2023 melhores hábitos para um bom sono?

 

Por quê?

Pesquisa elaborada pela Emma – The Sleep Company revela que apenas 47% das pessoas classificam seu sono como bom ou ótimo, o que significa que mais da metade precisa de ajuda para dormir. No levantamento, realizado com mais de 3 mil pessoas entre 18 e 65 anos na Alemanha, França e Reino Unido, 37% dos entrevistados admitem que têm muita dificuldade para dormir, 52% confessam que quando finalmente conseguem dormir, frequentemente acordam durante a noite e 51% admitem que a ansiedade está afetando o sono.

“Negligenciar as rotinas de sono pode ser prejudicial à saúde, pois ele desempenha um papel vital para nos manter em forma e saudáveis. Quando se tem um sono de boa qualidade a cada noite, a pessoa tende a acordar sendo a melhor versão de si mesma. Dormir melhor, idealmente de 7 a 9 horas por noite, é como recarregar uma bateria. Quando ela está totalmente carregada, tem-se então a energia positiva necessária para executar tarefas cotidianas no melhor nível possível”, explica a psicóloga especializada em terapia cognitiva comportamental para insônia da Emma Colchões, Theresa Schnorbach. 

A especialista aponta, ainda, que dormir bem ajuda a reduzir riscos de desenvolver obesidade, hipertensão e doenças cardiovasculares, além de ser benéfico às rotinas sexuais, aumentando a produção de testosterona, substância responsável por aumentar a libido em mulheres e homens. Ao mesmo tempo, o cortisol, conhecido como o hormônio do stress, acaba sendo produzido em excesso a partir da insônia.

 

Como criar bons hábitos de sono?

A especialista traz algumas dicas para noites de sono mais saudáveis. Mas atenção: elas exigirão mudança de rotina e mentalidade. Nada melhor do que aproveitar o período das Festas e resoluções de Ano Novo para reprogramar seus propósitos! Além dos hábitos, tenha produtos que no dia a dia vão te ajudar a ter o melhor sono possível. Confira abaixo:


  • Tenha uma cama convidativa para o sono

Investir em colchões com tecnologia que bloqueia os movimentos de seu/sua parceiro(a) ou filhos é essencial. É muito importante que o colchão tenha estrutura ergonômica para que a coluna permaneça sempre alinhada. O produto deve se adaptar à pressão corporal, impedindo o afundamento do corpo – o que é ótimo para poupar a coluna, sobretudo de grávidas e pessoas com sobrepeso. A Emma Colchões, por exemplo, possui em seu portfólio produtos que atendem a todos estes requisitos.

Travesseiros macios, com tecnologia antiestresse e que absorvam a eletricidade estática acumulada ao longo do dia, espuma de memória (conhecida como NASA, que vai se adaptando aos contornos do pescoço e ombros) e com altura ajustável (para que não seja necessário mais um travesseiro) pode ser também um ótimo aliado para o sono. Igualmente importante é o protetor de travesseiro, que vai assegurar a limpeza e longevidade do produto.

Outra dica é usar lençóis e cobertores limpos - se possível, com o cheiro do sabão e do amaciante, pois isso pode estimular o relaxamento. Invista também em um bom protetor para o colchão.

Deixar as cobertas já organizadas para o momento de recolher-se, em vez de fazer isso apenas ao deitar-se, pode também contribuir para que a cama fique mais aconchegante e convidativa para o sono.

 

2- Preparação sua e do ambiente: isso faz toda a diferença!

Pode parecer estranho, mas que tal entrar 2023 com o hábito de preparar-se para dormir? A psicóloga especializada em terapia cognitiva comportamental para insônia da Emma Colchões, Theresa Schnorbach, aponta que, além da cama, o entorno do quarto deve ser especialmente preparado para uma noite com mais tranquilidade. E que você deve ir aos poucos se deligando das atividades do dia a dia e criar certas estratégias para ir para a cama!


  • O ambiente

Tenha pouca ou nenhuma luz no ambiente, já que elas inibem a produção de melatonina, conhecida como “hormônio do sono. Luzes de aparelhos eletrônicos, como TVs, rádios ou telefone podem ser prejudiciais se estiverem muito próximas. Se possível, devem ser eliminadas com o uso de fita isolante.

A temperatura ideal é outro fator importante. De acordo com a The Sleep Foundation, ela é de aproximadamente 18,3°C, enquanto a maioria dos médicos sugere ajustar o termostato entre 15,6°C e 19,4°C graus para alcançar o melhor sono.


  • Você

O autocuidado é também fundamental e, portanto, criar um ritual que precede a ida à cama é muito importante. Para entrar neste clima, um banho quente é uma boa pedida. Cientistas da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, descobriram que tomar um banho quente cerca de 90 minutos antes de ir para a cama pode ser uma excelente alternativa. Segundo a avaliação do grupo, o banho em água entre aproximadamente de 40°C a 42°C uma ou duas horas antes de dormir pode melhorar significativamente uma noite de sono.

É importante, ainda, a não ingestão de alimentos gordurosos e de digestão lenta no jantar. E evitar bebidas com cafeína é também importante. No entanto, pode-se investir em chás que possuem faculdades calmantes, como camomila, erva-doce, erva-cidreira ou jasmin, por exemplo, de 30 a 60 minutos antes de dormir - e de preferência, quente.

E se você passou o ano inteiro preparando listas em serviços de streaming com suas músicas preferidas, que tal começar 2023 com uma nova, só com canções e sons para relaxar ou dormir? E se você não tem o hábito da leitura, saiba que um bom livro pode também ser um aliado.

Ah, e ajuste seu horário de ir para a cama! Isso porque se dormirmos mais cedo em algumas noites e mais tarde em outras, há um desequilíbrio do ciclo circadiano. E isso afeta não apenas a saúde física, mas também a mental.

 

Emma – The Sleep Company

 

Verão: treino ao ar livre e o risco de desidratação

Mais um verão chegando e se você é daqueles que gosta de praticar atividades ao ar livre ou até mesmo correr em pleno sol do meio dia, este alerta é para você! O calor intenso em alguns estados pode ser o maior vilão para a saúde. Além do desconforto, a exposição ao calor excessivo pode provocar consequências graves ao organismo, por isso é importante ficar atento aos sinais. 

De acordo com Alessandra Luglio, Nutricionista e Consultora Científica do isotônico Jungle, os sinais surgem quando o corpo usa ou perde mais líquido que o ingerido, por isso a recomendação de ingestão de pelo menos dois litros de água é frequente nos consultórios médicos. Nos casos mais extremos, a desidratação pode causar perda da consciência podendo resultar em morte. 

“O calor intenso está relacionado à desidratação, por isso é comum que nos dias mais quentes as pessoas relatem tontura, fraqueza, cansaço excessivo, dor de cabeça e queda da pressão arterial. Nos casos mais graves estão os desmaios e aumento da frequência cardíaca”, alerta Luglio. 

A nutricionista ressalta que a desidratação é um processo que é consequência da perda sem compensação de líquidos corporais e de sais minerais. 

“Quando praticamos algum tipo de atividade que acelera nosso batimento cardíaco, nosso corpo é obrigado a produzir mais energia, automaticamente internamente isso gera calor, se isso for somado a temperatura externa mais quente, aumenta o risco de desidratação”, explica. 

Ainda de acordo com Alessandra Luglio, em temperaturas mais altas como no verão ou em dias ensolarados, a tendência é perder mais líquidos corporais e sais minerais, a exemplo de sódio e potássio, por isso a importância de manter-se hidratado e repor essas perdas.

“Quando tomamos só água durante o período de hidratação, a gente realmente hidrata no sentido de entregar água ao organismo, mas não entregamos os minerais que fazem parte desse sistema. E quando esses minerais são perdidos isso pode alterar a pressão sanguínea, os impulsos nervosos. Por isso a importância de repor o sódio e o potássio que estão relacionados a vários processos bioquímicos do nosso corpo”, declara.

Para o esportista que pratica atividade física com mais intensidade, por período mais prolongado, sobretudo em altas temperaturas, é essencial que haja a reposição correta desses minerais.

“Uma boa opção para que haja uma reposição segura e adequada é fazer o uso de isotônicos, que tem uma proporção equilibrada entre água, sódio e potássio, além de carboidratos que ajudam a repor a energia. Mas é preciso estar atento aos rótulos, com aditivos artificiais e nutrientes isolados provenientes de origem sintética. Essa mistura pode agravar doenças como diabetes, hipertensão e disfunções reais. Na hora de escolher, procure por algo 100% natural e orgânico, a exemplo do isotônico Jungle, que contém água de coco orgânica que é rica em nutrientes e possui apenas 48 calorias”, destaca. 


Dicas para prevenir a desidratação

  • Evite usar roupas pesadas e escuras, optando pelos modelos que deixem a pele arejada. Uma das formas que mais eliminamos líquido é através do suor causado por roupas e o clima quente;
  • Evite a exposição prolongada ao sol entre às 10 e 16 horas. Trinta minutos são suficientes para sintetizar a vitamina D no organismo. Prefira sempre ambientes com temperaturas amenas;
  • Crianças e idosos devem ter cuidado redobrado, pois são os que mais sofrem com o calor intenso. A pele mais fina dos idosos tende a desidratar mais;
  • Tenha uma garrafa de água sempre por perto, mas caso sinta sintomas de tontura, cansaço excessivo e dor de cabeça opte por ingerir uma bebida isotônica. O produto apresenta uma grande concentração de sais minerais como o sódio e o potássio que repõem rapidamente os níveis de hidratação;
  • Caso tenha ficado muito no sol, tente tomar um banho de água fria para baixar a temperatura corporal e depois procure por um ambiente mais fresco.

Jungle - A primeira marca brasileira de hidratação esportiva que possibilita aos atletas uma opção 100% natural e sem aditivos alimentares, como corantes ou aromas artificiais. Os primeiros produtos lançados da Jungle são repositores hidroeletrolíticos para o corpo com embalagens a base de plástico pós-consumo e neutralizadas do meio ambiente pelo sistema Eu Reciclo.

 

Saúde mental na menopausa: sintomas e como amenizá-los

Crédito: canva
O fim do ciclo menstrual feminino pode ser marcado por efeitos negativos sobre o bem-estar das mulheres; especialista explica como aliviar esses distúrbios


Os sintomas da menopausa estão atrelados, em sua maioria, a questões físicas que acometem as mulheres durante o período que marca o último ciclo menstrual de suas vidas. No entanto, pouco se fala sobre como o climatério pode afetar a saúde mental, já que um dos principais sintomas apresentados neste período é a depressão, de acordo com o Dr. Sérgio Rocha, médico psiquiatra e diretor da Clínica Revitalis, referência em tratamento psicológico. 

O bem-estar mental das mulheres está, desde a primeira menstruação, relacionado ao ciclo menstrual devido às variações hormonais provocadas por ele. Por vezes, acabam sofrendo de transtornos mentais específicos, como a disforia pré-menstrual e a depressão perinatal, entre outros. Por isso, não é diferente na menopausa, a qual é marcada por manifestações como a diminuição da libido, depressão e a “névoa mental”, podendo ser caracterizada por mudanças cognitivas e confusão mental e é causada pela baixa nos níveis de estrogênio no corpo. 

Uma pesquisa realizada pela Newson Health Research and Education, mostrou que 99% das mulheres considera que o declínio na saúde mental a prejudica profissionalmente. Portanto, é importante entender que sintomas são esses e se há maneiras de aliviá-los.
 

Como a menopausa impacta a saúde mental das mulheres?
 

Além dos sintomas da depressão, a redução da libido e a névoa mental, a menopausa também pode ser marcada pela irritabilidade, principalmente causada pelos sintomas físicos típicos do climatério, como é chamada a transição fisiológica do período reprodutivo para o não reprodutivo na mulher. “A mulher pode acabar se sentindo irritada mais frequentemente conforme os sintomas do climatério aparecem, entre eles as ondas de calor, tonturas, suores noturnos que prejudicam inclusive a qualidade do sono”, explica o psiquiatra.

 

Aliviando os sintomas

Felizmente, há formas de aliviar esses sintomas. Uma delas é manter uma alimentação regrada e nutritiva. Nesse caso, é importante o acompanhamento nutricional. 

A saúde mental pode ser muito beneficiada por uma alimentação rica em nutrientes como os antioxidantes, apontou um estudo realizado na Universidade de Caxias do Sul. Segundo a pesquisa, mulheres com menor consumo de polifenóis e de vitaminas como a A, a B6 e a C apresentaram maior predominância de depressão. A explicação para isso é que os antioxidantes combatem o processo oxidativo do organismo, o qual está ligado ao estresse e à depressão. 

Além da dieta, é recomendável fazer acompanhamento psicológico, garante o Dr. Sérgio. “Por se tratar de uma transição importante na vida da mulher e por estar comumente conjugada com outros transtornos mentais”, afirma o psiquiatra. 

Não só, manter uma rotina regular de exercícios físicos pode ajudar no alívio do estresse e, por provocar a liberação de dopamina e serotonina, combate a depressão. “Movimentar o corpo pode ser o maior aliado da mulher no que diz respeito ao combate dos sentimentos indesejados que podem surgir durante a menopausa”, reitera o psiquiatra.


Dr. Sérgio Rocha - Médico especialista em Psiquiatria, fez residência médica pela Marinha em 2006. Em 2007 fez pós graduação latu sensu em Psiquiatria pela PUC-Rio, sendo convidado em 2009 para ser professor de psicofarmacologia e coordenador da pós-graduação em Psiquiatria da PUC-Rio, atuando assim até 2017. Também é mestre em Neurociências pela IAEU, BAR -- Espanha (2015), especialista em Dependência Química pela UNIFESP (2017) e pós graduado em Psicopatologia Fenomenologica pela Santa Case de São Paulo (2019). Atuou na Clínica Revitalis como Diretor Técnico desde sua fundação em 2013.

 

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