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quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Dengue dispara no Brasil com combate ao mosquito baseado em veneno e campanhas populares


Projeto piloto em área da cidade paranaense de Jacarezinho soma tecnologia à conscientização e reduz em mais de 90% a população do Aedes aegypti


O uso de venenos e as campanhas de conscientização popular não têm sido suficientes para reduzir a dengue no país. Prova disso é que os números da doença deram novo salto no Brasil, em 2019. Dados do Ministério da Saúde apontam que o país registrou 1.439.710 casos da doença até o final de agosto, representando um aumento de 599% comparado ao mesmo período de 2018. A febre chikungunya também avançou, com 76.742 ocorrências, 69,3% a mais do que o verificado no mesmo intervalo de tempo do ano passado. Já a zika registrou crescimento de 47,1%, com 9.813 casos.

Em Jacarezinho, no interior do Paraná, o trabalho de conscientização ganhou na tecnologia um aliado que está fazendo a diferença: a cidade registrou reduções superiores a 90% no número de mosquitos Aedes aegypti, na área contemplada pelo Projeto Controle Natural de Vetores. O piloto foi desenvolvido pela empresa de biotecnologia Forrest Brasil em parceria com o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e a prefeitura.

A consequência natural da redução dos mosquitos foi a queda no registro da doença na área atendida pelo projeto: em 2019, até abril, quando o projeto foi encerrado, a região do Aeroporto registrou apenas três casos de dengue. O número representa menos de 5% do total de registros na cidade no mesmo período. Esta mesma área, em epidemias anteriores apresentou um elevado número de doentes. Foram 340 casos de dengue em 2015 e 52 em 2011, representando respectivamente 10% e 30% do total de casos da doença registrados na cidade nesses anos.

Com a eficácia da tecnologia comprovada, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) concedeu a licença de operação a empresa, permitindo que a tecnologia da Forrest seja aplicada em todo o estado. Recentemente, a empresa ganhou uma licitação em Jacarezinho de modo que o Projeto possa atender a Vila São Pedro, um bairro bastante afetado pela dengue no município.

Os resultados positivos estão agora sendo apresentados para outras cidades em todo país. “Os dados comprovam que a tecnologia, aliada ao trabalho de educação e conscientização da população, contribuiu para a redução significativa dos índices de infestação do Aedes aegypti, e mais importante, pela primeira vez um método foi comprovadamente eficaz na prevenção da dengue. Estamos levando esses resultados para autoridades de outras cidades que enfrentam o mesmo problema e buscam soluções sustentáveis para combater a dengue e outras doenças relacionadas a esse mosquito”, conta Elaine dos Santos, diretora da Forrest Brasil.

“Foram sete meses de soltura sistemática de mosquitos machos estéreis, totalizando 12 milhões de mosquitos, que resultaram em reduções significativas no número de insetos e consequentemente nos casos de dengue, na região do Aeroporto, em Jacarezinho. A técnica natural consiste em esterilizar mosquitos machos e soltá-los na natureza. Como a fêmea copula uma única vez durante a vida, se a cópula for com um macho estéril então não haverá descendentes. Já se a cópula acontecer com um macho não estéril, uma fêmea pode gerar até 500 ovos, que vão resultar em novos mosquitos”, explica a cientista Lisiane de Castro Poncio, coordenadora do projeto.


Campanha


A alarmante disparada da dengue, zika e chikungunya acende um sinal de alerta para a urgência de medidas eficazes no combate ao mosquito Aedes aegypti. A nova campanha publicitária lançada nesta semana pelo Ministério da Saúde fala em conscientizar os gestores de saúde e toda a população sobre a importância de a sociedade se organizar, antes da chegada do período chuvoso, para o combate aos criadouros do mosquito. “É importante a mobilização da população, mas além disso precisamos adotar medidas eficazes para termos resultados concretos. O sucesso do trabalho realizado em Jacarezinho é um exemplo que pode servir para outras regiões do Brasil”, completa a diretora da Forrest Brasil.

Números do Paraná


O boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde no último dia 10 de setembro aponta 257 novos casos da doença registrados no Paraná desde a primeira semana de agosto. Dos casos confirmados, 204 são autóctones, ou seja, foram contraídos no mesmo município em que a pessoa infectada vive. Além disso, mais 14 cidades registraram casos pela primeira vez desde o início do levantamento epidemiológico.

Os municípios com maior número de casos confirmados são: Foz do Iguaçu (19), São Miguel do Iguaçu (18) e Umuarama (14). Os municípios com maior número de casos suspeitos notificados são: Londrina (440), Foz do Iguaçu (229) e Maringá (182). De acordo com o boletim, dois municípios estão em situação de alerta de epidemia da doença: Floraí e Inajá.


Mosquito prolifera no inverno

Embora a maioria dos casos de dengue seja registrado no verão, nos meses mais frios do ano o Aedes aegypti continua proliferando, circulando e trazendo riscos à população. “Se os criadouros não forem eliminados, os ovos depositados podem permanecer intactos por meses, podendo dar origem a um novo ciclo do mosquito. É fundamental que a população tenha essa consciência e contribua no combate ao mosquito”, alerta Lisiane.


Prevenção

A maior parte dos focos do mosquito está nos domicílios e, por isso, adotar medidas preventivas é uma das maneiras de combater o Aedes aegypti.


Confira algumas dicas simples:
 

- Manter as garrafas vazias ou baldes viradas para baixo;

- Não deixar entulho no quintal ou nas ruas e varrer diariamente a água parada;

- Cobrir as caixas d'água, poços ou piscinas e manter as calhas de água limpas;

- Colocar terra ou areia nos pratos dos vasos de planta;

- Manter a lata de lixo devidamente tampada;

Guardar pneus em locais cobertos, longe da chuva;

- Tampar os ralos pouco usados com um plástico, jogando água sanitária no cano 2 vezes por semana;

- Diminuir o número de bebedouros de cães, gatos e passarinhos e lavar com água e sabão ao menos duas vezes por semana.
 




Forrest Brasil Tecnologia


O estágio insere o jovem no mercado

A atividade proporciona o primeiro contato do estudante com o mundo corporativo

 
Atualmente, 11,8% da população brasileira está desempregada. Contudo, para os cidadãos de 18 a 24 anos, a situação é ainda mais preocupante, visto 25,8% deles estarem sem trabalho. Nesse sentido, o estágio cumpre seu papel como a maior e melhor maneira para os estudantes serem inseridos no mundo corporativo!

O ato educativo escolar pode ser a chance de ampliar as perspectivas e sonhos dos discentes. Afinal, ele é o primeiro contato com uma companhia e oferece bons exemplos profissionais. O objetivo é motivar e reter um talento interessado em aprender cada vez mais. Além disso, quando encerram os contratos, de 40% a 60% dos participantes acabam sendo contratados como CLT. Assim, o mercado ganha mais gente qualificada.

Para a realização da atividade, uma parceria é selada entre o aluno, a parte concedente, a escola e o agente de integração. No Termo de Compromisso de Estágio (TCE), deve constar o plano de tarefas a serem realizadas pelo estagiário. Elas precisam condizer com seu curso, em caso de ensino superior, e não podem ser as responsabilidades de um efetivo. Afinal, o momento é de aprendizado.

É válido lembrar: conforme o Artigo 3º, § 2º, da Lei 11.788, o descumprimento de qualquer obrigação contida no TCE caracteriza vínculo empregatício para os fins da legislação trabalhista e previdenciária. Afinal, o objetivo é incluir e ensinar esses novos talentos. 

Valorize essa importante etapa de desenvolvimento dos jovens. O contato com uma corporação é uma maneira eficiente para a prática dos conhecimentos absorvidos em aula. Assim, empresa, estudante, e instituições de ensino se beneficiam, além de contribuir para o futuro do país.



Seme Arone Junior - presidente da Abres – Associação Brasileira de Estágios.


Quase 10 milhões de brasileiros devem usar FGTS para pagar dívidas, mostra pesquisa CNDL/SPC Brasil


Cartão de crédito será principal conta em atraso paga com recursos do FGTS. No geral, 45% dos beneficiários têm interesse em resgatar recursos. Apenas 19% devem aderir ao ‘saque-aniversário’, que começa em 2020


Uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que a liberação dos saques das contas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que começam nesta sexta-feira, dia 13, deve contribuir para que muitos inadimplentes regularizem o pagamento de suas contas em atraso. Entre os beneficiários que pretendem resgatar o dinheiro, 38% têm a intenção de quitar todas ou pelo menos parte de dívidas que estão pendentes — isso significa que aproximadamente 9,7 milhões de brasileiros devem utilizar esse dinheiro extra para ‘limpar o nome’ e, assim, voltarem ao mercado de crédito.

um terço (33%) dos consumidores deve guardar ou investir os recursos, ao passo que 24% vão direcionar o dinheiro para cobrir despesas básicas do dia a dia e 17% realizar compras em supermercados. Há ainda 13% que pretendem realizar compras de produtos e serviços e 10% antecipar pagamento de compras que não estão em atraso como, prestações de casa, carro, crediário, cartão de crédito etc.

Entre as principais dívidas que serão pagas com o FGTS, o cartão de crédito figura como o mais citado, com 42%. Depois aparecem as contas atrasadas de telefone (20%), contas de luz (18%), água (16%), empréstimos bancários (16%) e empréstimos com parentes ou amigos (16%).

Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a liberação dos saques das contas ativas e inativas do FGTS é uma medida importante para aquecer a economia, pois estimulará tanto a recuperação de crédito quanto o consumo de bens. “Esse dinheiro poderá ser utilizado nas obrigações mais urgentes do consumidor, como limpar o nome ou para necessidades do dia a dia. Livre das dívidas, o consumidor poderá retornar ao mercado de crédito, reaquecendo as vendas no varejo. Para quem não está no vermelho, a principal dica é começar uma reserva para imprevistos. Outra que pode ser válida, é aproveitar o dinheiro extra para antecipar o pagamento de contas não atrasadas, caso haja algum desconto”, analisa Pellizzaro Junior.

O FGTS é uma poupança compulsória à qual tem direito todos os trabalhadores contratados pelo regime CLT, assim como trabalhadores rurais. Mensalmente, o empregador deposita diretamente em nome do trabalhador o equivalente a 8% do seu salário.

Em 2017, quando o Governo Federal liberou os saques apenas das contas inativas, 57% dos beneficiários fizeram o resgate, sendo que 18% usaram o dinheiro para contas do dia a dia, 16% no pagamento de dívidas em atraso e 12% para realizar compras. Já 11%, guardam ou pouparam o dinheiro extra.


45% dos beneficiários pretendem resgatar saldo do FGTS; 42% dos trabalhadores com direito ao resgate possuem dívidas de até R$ 1 mil

No geral, o levantamento aponta que 45% dos trabalhadores que têm direito ao saque pretendem retirar os recursos do FGTS assim que estiverem disponíveis na conta, principalmente as mulheres (52%). Outros 43% não têm interesse de fazê-lo neste momento, enquanto 12% ainda não decidiram.

Entre os que não pretendem sacar os recursos do FGTS, 60% preferem deixar o dinheiro guardado no caso de demissão, pois avaliam que essa quantia fará falta no futuro e 30% consideram o limite de R$ 500 muito baixo para o saque valer a pena. Há ainda 19% de entrevistados que preferem deixar o dinheiro à espera da aposentadoria e 6% que querem evitar a burocracia e as longas filas nas agências bancárias para realizar a retirada.

“Embora pareça baixo, R$ 500 é praticamente a metade de um salário mínimo e pode fazer a diferença para muitas pessoas, principalmente, as de baixa renda. Para quem tem uma dívida maior, esse dinheiro pode abater parte do valor do débito e contribuir em uma renegociação com parcelas menores. Vale lembrar também que cada trabalhador poderá sacar até R$ 500,00 de cada conta que possuir. Isso significa que, quem é titular de duas contas no FGTS, por exemplo, poderá sacar até R$ 1.000,00, ou seja, R$ 500,00 de cada uma”, esclarece Pellizzaro Junior.

Em média, 42% dos beneficiários das contas do FGTS possuem dívidas que não superam R$ 1 mil, mostra o estudo
 

19% devem aderir ao ‘saque-aniversário’, que passa a valer em 2020. Para especialistas, quem aderir precisa ter alternativa para reserva de emergência

Sobre outra medida anunciada pelo Governo Federal, o chamado ‘saque-aniversário’, apenas 19% pretendem aderir a nova modalidade, que começa a valer em abril de 2020. A maioria (64%) manifesta a intenção de abrir mão da possibilidade de sacar todos os anos uma parte do FGTS, optando por retirar esses recursos somente em caso de demissão. Outros 17% estão indecisos.

Nessa modalidade, o trabalhador poderá optar por resgatar, todos os anos, sempre no mês do seu aniversário, uma parcela do seu fundo de garantia. O valor a ser resgatado anualmente vai depender da quantia que cada pessoa tem no seu FGTS. Quem aderir a esse tipo de resgate abre mão do direito de receber toda a quantia que possui no FGTS de uma vez em caso de demissão. Nesse caso, terá direito apenas a 40% do valor depositado, que é a multa paga pelo empregador. Além disso, o trabalhador terá de aguardar dois anos para voltar ao modelo antigo, de saque apenas em caso de rescisão.

“A adesão ao saque-aniversário deve ser uma atitude bastante pensada, pois seus reflexos são de longo prazo na vida do consumidor. O FGTS tem como principal objetivo fornecer uma segurança financeira em situações como o desemprego ou caso ele queira financeira um imóvel próprio. Então, se ele optar pelo resgate anual, deverá se preparar por conta própria para ter uma reserva em situações emergenciais”, alerta o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli.
 

Metodologia

A pesquisa foi feita com 800 consumidores de ambos os sexos, todas as classes sociais e acima de 18 anos em 12 capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém, que juntas somam aproximadamente 80% da população brasileira. A margem de erro é de no máximo 3,4 pontos percentuais para um intervalo de confiança de 95%.


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