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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

1º de Outubro – Dia do Idoso


   Perda auditiva na terceira idade: como driblar a deficiência

 
É preciso saber envelhecer, buscar alegria no convívio com familiares e amigos, estar conectado ao mundo, escutar bem o som das conversas e das músicas. Entre todas as dificuldades que afetam a vida de um idoso, a surdez é uma das mais cruéis porque pode isolar o indivíduo da vida em sociedade. E o que fazer para evitar isso?

As células auditivas morrem com o passar do tempo e hábitos ruins, como o de frequentar ambientes barulhentos durante a vida, podem agravar esse quadro. Quanto mais essas células são perdidas, maior é a perda auditiva. Pesquisa realizada pelo site Heart-it comprova: pessoas que não escutam bem têm problemas de relacionamento e ficam isoladas, sem participar dos momentos alegres do cotidiano, o que pode acarretar depressão e até demência.

“Falar sobre deficiência auditiva nunca é fácil. Há muita resistência em admitir a surdez. Mas trazer à tona o problema é a melhor coisa a fazer. Estudos confirmam que uma das soluções para a perda de audição é o uso de aparelhos auditivos, o que resulta em melhoras significativas na qualidade de vida do idoso”, afirma Isabela Papera, fonoaudióloga da Telex Soluções Auditivas.

São mais de 15 milhões de brasileiros com dificuldades auditivas, segundo a Organização Mundial de Saúde. Neste balanço estão incluídos os 12 milhões com mais de 65 anos.De acordo com especialistas, muitas pessoas já apresentam algum grau de surdez a partir dos 40 anos, por causa do envelhecimento natural do corpo. O processo é diferente em cada um, mas aproximadamente uma em cada dez pessoas nesta faixa etária já têm dificuldades para ouvir. E depois dos 65 anos, a perda auditiva, conhecida como presbiacusia, tende a ser mais severa. Por isso, o melhor é procurar um médico otorrinolaringologista aos primeiros sinais de surdez.

“O uso diário do aparelho auditivo e o apoio da família são essenciais para que o idoso resgate a sua autoestima. Infelizmente, muitas vezes, quando se procura tratamento, o caso já está grave. A perda de audição acontece de maneira lenta e progressiva e, com o decorrer dos anos, a deficiência atinge um estágio mais avançado”, explica a fonoaudióloga, que é especialista em audiologia.
 
A maioria das pessoas com presbiacusia começa a perder a audição quando há um declínio na sua capacidade de ouvir sons de alta frequência - uma conversação contém sons de alta freqüência. Portanto, o primeiro sinal de presbiacusia pode ser a dificuldade de ouvir o que as pessoas dizem para você. Os sons da fala com mais alta freqüência são as consoantes, como o S, T, K, P e F. 

Cabe ao médico otorrinolaringologista examinar o paciente e ao fonoaudiólogo indicar qual tipo e modelo de aparelho atende às necessidades do deficiente auditivo. “Cuidar da saúde auditiva é tão importante quanto cuidar do resto do corpo, pois uma boa audição traz mais prazer de viver. E na área auditiva, a tecnologia cada vez mais avançada surge como uma grande aliada do deficiente auditivo.

Já existem modernos e discretos aparelhos que garantem uma audição perfeita e sem constrangimentos – alguns aparelhos ficam
, inclusive, invisíveis dentro do canal auditivo. O melhor então é procurar ajuda para voltar logo a ouvir os sons da vida”, conclui a fonoaudióloga da Telex.

Segundo dados do IBGE, o número de idosos ultrapassou os 30 milhões, em 2017, no Brasil; um crescimento de 18% nos últimos cinco anos. Na última década, também aumentou a expectativa de vida média do brasileiro, que hoje já passa de 73 anos. Deste modo, é preciso estar alerta para ter uma velhice saudável e, para isso, é fundamental ouvir bem!


Conheça dez sintomas que podem indicar indícios de perda auditiva:

-   Ouvir as pessoas falando como se elas estivessem sussurrando

-  Assistir televisão em volume mais alto do que as outras pessoas da casa, pedindo para aumentar o som

- Não ouvir quando é chamado por uma pessoa que não está à sua frente ou que se encontra em outro cômodo

- Comunicar-se com dificuldade quando está em grupo ou em uma reunião

- Pedir com freqüência que as pessoas repitam o que disseram

- Ouvir com dificuldade o toque de campainha ou telefone; ou mesmo ficar embaraçado ao não entender o que outro diz pelo telefone

- Dificuldade em comunicar-se em ambientes ruidosos, como no carro, no ônibus ou em uma festa

- Fazer uso de leitura labial durante uma conversa.

- Família e amigos comentam que você não está ouvindo bem.

- Se concentrar muito para entender o que as pessoas falam.


29 de setembro: Dia Mundial do Coração


Cerca de 200 mil pessoas morrem todos os anos vítimas de arritmias cardíacas no Brasil

O marcapasso, dispositivo cardíaco criado em 1932, já passou por muitas evoluções e impede a morte súbita


O ritmo cardíaco natural é controlado por um sistema independente de células especializadas do coração, mantendo, em repouso, uma frequência em torno de 70 batimentos por minuto. Quando correto, o ritmo cardíaco promove adequada circulação sanguínea por todos os órgãos. Quando há problemas com o ritmo normal do coração, podem aparecer palpitações, mal-estar, tonturas, perda dos sentidos e até mesmo morte súbita. Muitas vezes, uma arritmia pode não ser letal, mas pode, por exemplo, ocasionar um mal-estar no trânsito, o que gera um risco para o paciente e para terceiros. Por isso, garantir o ritmo do coração é tão importante.

A alteração no ritmo dos batimentos cardíacos é denominada de arritmia cardíaca. Ela pode acontecer quando o coração bate muito rápido, muito devagar ou de forma irregular. Em grande parte dos casos, o tratamento indicado é o implante de um marcapasso, dispositivo altamente confiável e seguro e que garante o ritmo adequado do coração.  Pode-se dizer que ele funciona, na cardiologia, da mesma forma que os óculos de grau funcionam na oftalmologia, corrigindo a visão do paciente.

Nos últimos 30 anos, mais de 350 mil pacientes receberam o implante no Brasil e passaram a ter uma vida mais saudável.

O Dr. Celso Salgado de Melo há mais de 30 anos é o médico responsável pelo Serviço de Marcapasso do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), em Uberaba (MG). Há mais de 40 anos, Dr. Celso se dedica a reunir e catalogar as mais de 600 peças que fazem parte do Museu do Marcapasso do DECA (Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial) da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV), que representa hoje o maior acervo de estimulação cardíaca e eletrofisiologia do mundo. O museu ocupa atualmente um espaço de 100 m² no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo, e conta a história do marcapasso no Brasil.

Para ele, alguns marcos importantes na evolução dos marcapassos trouxeram ainda mais benefícios aos pacientes. Entre eles, a construção dos marcapassos dupla-câmara nos final da década de 1970; o advento dos sensores na década de 1980; a invenção dos cardiodesfibriladores automáticos na década de 1980, que mudou a evolução dos pacientes com risco de morte súbita e, mais recentemente, em 1990, a introdução dos marcapassos ressincronizadores, dispositivos que mudaram a história natural da insuficiência cardíaca.

“Desde o primeiro implante, realizado em 1958, os marcapassos evoluíram e mudaram completamente a abordagem de pacientes com frequência cardíaca baixa (bradicardia) e com sintomatologia incapacitante. Todas as incorporações tecnológicas foram muito importantes na evolução desse dispositivo, mas o advento dos marcapassos ressincronizadores teve um impacto muito grande no tratamento dos pacientes com insuficiência cardíaca grave”, relata. Outro grande avanço, na opinião do especialista, foi o surgimento dos dispositivos compatíveis com ressonância magnética, que trouxeram importante melhoria na qualidade de vida aos pacientes.

Com relação ao futuro da estimulação cardíaca, Dr. Celso acredita que grandes contribuições já estão sendo incorporadas aos equipamentos, como a modulação da contratilidade cardíaca para pacientes com insuficiência cardíaca e QRS estreito, além dos dispositivos sem cabos-eletrodos, que são os minimarcapassos da nanotecnologia.

Dr. Celso compara a descoberta do marcapasso a outras grandes invenções da humanidade. “O marcapasso está para a cardiologia assim como o avião, a eletricidade, os computadores e o telefone celular estão para a sociedade. Esses foram grandes inventos que trouxeram grandes benefícios para a humanidade, exatamente como o marcapasso mudou para melhor a qualidade de vida dos pacientes cardíacos”, finaliza.





Fonte: BIOTRONIK

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