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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

29 de setembro: Dia Mundial do Coração


Cerca de 200 mil pessoas morrem todos os anos vítimas de arritmias cardíacas no Brasil

O marcapasso, dispositivo cardíaco criado em 1932, já passou por muitas evoluções e impede a morte súbita


O ritmo cardíaco natural é controlado por um sistema independente de células especializadas do coração, mantendo, em repouso, uma frequência em torno de 70 batimentos por minuto. Quando correto, o ritmo cardíaco promove adequada circulação sanguínea por todos os órgãos. Quando há problemas com o ritmo normal do coração, podem aparecer palpitações, mal-estar, tonturas, perda dos sentidos e até mesmo morte súbita. Muitas vezes, uma arritmia pode não ser letal, mas pode, por exemplo, ocasionar um mal-estar no trânsito, o que gera um risco para o paciente e para terceiros. Por isso, garantir o ritmo do coração é tão importante.

A alteração no ritmo dos batimentos cardíacos é denominada de arritmia cardíaca. Ela pode acontecer quando o coração bate muito rápido, muito devagar ou de forma irregular. Em grande parte dos casos, o tratamento indicado é o implante de um marcapasso, dispositivo altamente confiável e seguro e que garante o ritmo adequado do coração.  Pode-se dizer que ele funciona, na cardiologia, da mesma forma que os óculos de grau funcionam na oftalmologia, corrigindo a visão do paciente.

Nos últimos 30 anos, mais de 350 mil pacientes receberam o implante no Brasil e passaram a ter uma vida mais saudável.

O Dr. Celso Salgado de Melo há mais de 30 anos é o médico responsável pelo Serviço de Marcapasso do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), em Uberaba (MG). Há mais de 40 anos, Dr. Celso se dedica a reunir e catalogar as mais de 600 peças que fazem parte do Museu do Marcapasso do DECA (Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial) da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV), que representa hoje o maior acervo de estimulação cardíaca e eletrofisiologia do mundo. O museu ocupa atualmente um espaço de 100 m² no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo, e conta a história do marcapasso no Brasil.

Para ele, alguns marcos importantes na evolução dos marcapassos trouxeram ainda mais benefícios aos pacientes. Entre eles, a construção dos marcapassos dupla-câmara nos final da década de 1970; o advento dos sensores na década de 1980; a invenção dos cardiodesfibriladores automáticos na década de 1980, que mudou a evolução dos pacientes com risco de morte súbita e, mais recentemente, em 1990, a introdução dos marcapassos ressincronizadores, dispositivos que mudaram a história natural da insuficiência cardíaca.

“Desde o primeiro implante, realizado em 1958, os marcapassos evoluíram e mudaram completamente a abordagem de pacientes com frequência cardíaca baixa (bradicardia) e com sintomatologia incapacitante. Todas as incorporações tecnológicas foram muito importantes na evolução desse dispositivo, mas o advento dos marcapassos ressincronizadores teve um impacto muito grande no tratamento dos pacientes com insuficiência cardíaca grave”, relata. Outro grande avanço, na opinião do especialista, foi o surgimento dos dispositivos compatíveis com ressonância magnética, que trouxeram importante melhoria na qualidade de vida aos pacientes.

Com relação ao futuro da estimulação cardíaca, Dr. Celso acredita que grandes contribuições já estão sendo incorporadas aos equipamentos, como a modulação da contratilidade cardíaca para pacientes com insuficiência cardíaca e QRS estreito, além dos dispositivos sem cabos-eletrodos, que são os minimarcapassos da nanotecnologia.

Dr. Celso compara a descoberta do marcapasso a outras grandes invenções da humanidade. “O marcapasso está para a cardiologia assim como o avião, a eletricidade, os computadores e o telefone celular estão para a sociedade. Esses foram grandes inventos que trouxeram grandes benefícios para a humanidade, exatamente como o marcapasso mudou para melhor a qualidade de vida dos pacientes cardíacos”, finaliza.





Fonte: BIOTRONIK

Coração em perigo


Cardiologista do HNSG fala sobre o que fazer ao presenciar um infarto

As doenças cardiovasculares são líderes em morte no mundo, sendo responsáveis por quase 30% das mortes no Brasil. Dentre estas, o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é a causa principal. Mas diante de uma situação em que uma pessoa está tendo um infarto, o que fazer? 

O infarto geralmente ocorre quando um trombo bloqueia o fluxo sanguíneo para o coração. Por conta do sangue não conseguir fluir na região, o músculo entra em um processo de necrose, o que pode levar à morte. "Homens na meia idade e mulheres após a menopausa são os mais afetados pelo problema", explica o cardiologista do Centro Integrado Cardiovascular do Hospital Nossa Senhora das Graças, Dr. André David. 

Segundo o cardiologista uma pessoa que sofre um infarto agudo do miocárdio pode apresentar diversos sintomas. "Dor no peito, tipo queimação ou aperto, que pode irradiar para os braços ou para a mandíbula, enjoo ou vômito, suor frio, falta de ar, palpitações, tontura intensa e desmaio ", afirma. 

Causas

Os grandes vilões são hábitos de vida pouco saudáveis, responsáveis pelo acúmulo de gordura dentro dos vasos. Por isso, para prevenir é necessário mudar o estilo de vida. Entre as recomendações do cardiologista estão manter um peso adequado, evitando a obesidade; a prática de atividades físicas regularmente, pelo menos 3 vezes por semana; não fumar; controlar a pressão alta, com remédios orientados pelo médico; controlar o colesterol, com alimentação ou uso de remédios orientados pelo médico; tratar corretamente o diabetes; evitar o estresse e a ansiedade e o consumo de bebidas alcoólicas em excesso. "É recomendado fazer um check-up regularmente, pelo menos 1 vez por ano, com o clínico geral ou cardiologista, para que os fatores de risco para o infarto sejam detectadas o mais breve possível, e feitas orientações que podem melhorar a saúde e diminuir o risco", orienta o médico.

Primeiros Socorros

Ao se deparar com uma situação em que alguém esteja com dor no peito, ou na região do umbigo até o pescoço, que pode ser um infarto, é preciso manter a calma. Segundo o cardiologista, os primeiros socorros para infarto agudo do miocárdio ajudam a reduzir as sequelas, ou salvar a vida da pessoa que sofre o episódio. Primeiramente deve-se ligar para o Serviço de Emergência, como o SAMU (192) ou os bombeiros (193). Caso a ambulância vá demorar acima de 20 minutos, é melhor correr para o hospital mais próximo. " A pessoa que apresenta os sintomas não deve fazer qualquer esforço físico, muito menos dirigir até o pronto-socorro", comenta o cardiologista. 

Em casos de desmaios, é necessário deitar a pessoa em posição confortável e aforuxar as roupas, sapatos e acessórios. "Se o infartado estiver sem batimentos e respiração, deve-se iniciar a massagem cardíaca até a chegada da ambulância", acrescenta o cardiologista. 

  
Mas como realizar a massagem cardíaca? 

Passo 1 - Posicione o corpo com as costas no chão. Se ajoelhe ao lado e fique bem perto do tronco da pessoa.

Passo 2 - Coloque uma mão sobre a outra. Elas ficarão no meio do peito, na altura dos mamilos.

Passo 3 - Deixe os braços esticados. Lembre-se: a força deve ser feita com os ombros, não com os cotovelos.

Passo 4 - Aplique uma pressão vigorosa, de modo que a caixa torácica desça até 5 centímetros.

Passo 5 - Repita o movimento sem parar 120 vezes por minuto, ou duas vezes a cada segundo.

Passo 6 - Se você cansar (o que acontecerá logo), chame alguém para continuar realizando a ação.

Passo 7- Não faça a respiração boca a boca: as diretrizes atuais desaconselham o procedimento.

Passo 8 - Mantenha a massagem cardíaca até a chegada da ambulância.


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