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quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Polarização direita x esquerda aumenta e as eleições de 2018 contam com maior engajamento dos eleitores no Brasil


Estudo Mapa Político do instituto Hello entrevistou pessoalmente 1.993 eleitores e revela que a proporção do eleitorado que tem muito interesse pelas eleições aumentou 150% em 4 anos.


DIREITA X ESQUERDA

Desde as eleições de 2014, a Hello consulta a população sobre qual seria seu posicionamento político entre os campos da “esquerda”, do “centro” e da “direita”. Nestas eleições, há maior número de pessoas declarando ter algum posicionamento – neste ano, 25% dos entrevistados declarou não saber sua posição política, enquanto em 2014 eram 40%.

O estudo também mostra que se há 4 anos 30% se declarava Centro, esse número se diluiu entre Esquerda e Direita. Hoje são 26% os que se consideram de Esquerda (Centro-Esquerda, Esquerda ou Extrema Esquerda) e 28% de Direita (Centro-Direita, Direita, Extrema Direita). Os declarados “Centro” somam 22%.

Para o diretor da Hello, Denis Bertoncello, todos esses resultados servem como  termômetro da evolução do debate político no Brasil. “Quando realizamos o primeiro levantamento, às vésperas do início da campanha presidencial de 2014, vínhamos de um forte movimento de descrédito na política, as manifestações de 2013, o “não vai ter Copa”, e 40% do eleitorado não se posicionava. Mesmo com a forte polarização entre Dilma e Aécio nas eleições e depois com o agravamento da crise política, o que vimos até 2016 não foi uma maior “polarização” do eleitorado, mas sim o fortalecimento de uma aversão à política: enquanto os polos da direita e da esquerda continuavam cada um com cerca de 15% do eleitorado, chegou a 57% a proporção daqueles que não tinha posição nenhuma”, diz.


ENGAJAMENTO

Apesar de serem maioria, mais brasileiros têm demonstrado muito interesse pelas eleições. Se em 2014 eram apenas 10% com muito interesse no pleito, neste ano, são 25%. Por outro lado, a faixa daqueles com nenhum interesse pelas eleições permanece a mesma, cerca de 3 em cada 10 entrevistados. Nas eleições deste ano também há mais pessoas que votariam mesmo não obrigadas, saindo de 30 para 35% dos eleitores.

Entre os segmentos mais engajados nessas eleições temos aqueles eleitores om nível superior de educação e os simpatizantes da direita. Entre esses dois públicos, a parcela daqueles que se consideram muito interessados nas eleições vai a 34% (contra 25% da média). Depois, destacam-se os nordestinos e os homens, com 30% dos públicos demonstrando muito interesse nas eleições, e os eleitores de 25 a 34 anos, com 29%.

Do outro lado, 33% do eleitorado diz ter nenhum interesse nas eleições, sendo a situação mais grave entre aqueles que declaram não ter posição política (44%), e depois entre os moradores do Sul, as mulheres e os eleitores com mais de 60 anos (nos três casos a parcela de eleitores sem interesse é de 36%).


POLÍTICOS E PARTIDOS 

Lula e Bolsonaro são os políticos melhores colocados na preferência do eleitorado, mas, o número de pessoas que não tem político preferido segue destacadamente alto, sendo praticamente 5 vezes maior do que o número de pessoas que dizem preferir Lula.

A pesquisa avaliou qual o posicionamento político daqueles que informaram ter preferência por Lula e Bolsonaro. Entre a parte do eleitorado que prefere Bolsonaro, destaca-se em larga medida aqueles que se posicionam como de direita, depois, os de centro. Já Lula conta com apoio mais equilibrado entre o eleitorado que se assume de direita e de esquerda.

Os entrevistados também indicaram qual seria o posicionamento político dos partidos a partir do que entendiam por esquerda, centro e direita e pelo que conheciam de cada sigla. Este ano, 72% dos eleitores souberam posicionar o PT em algum ponto dessa escala sendo que, em 2014, foram apenas 45%, o que revela maior afinidade do eleitorado com os conceitos. O PT é hoje na visão do eleitorado o partido mais à esquerda e, do outro lado, está o PSDB, mais à direita. Sobre os tucanos, 66% dos eleitores souberam informar a posição política nesta edição da pesquisa, contra apenas 38% em 2014.

“Passado o impeachment e a prisão do Lula, podemos dizer que a polarização no Brasil aumentou, com cada polo político praticamente dobrando de proporção de simpatizantes em relação ao que se via em 2014. Aumentou também o número de pessoas que sabem posicionar os partidos no espectro da esquerda à direita, e o PT e o PSDB aparecem cada um em uma ponta, reforçando essa polarização”, analisa Bertoncello.




A PESQUISA

A pesquisa entrevistou 1993 eleitores na primeira quinzena de agosto. As entrevistas foram realizadas presencialmente nas casas dos eleitores, com pessoas com mais de 16 anos, das classes A, B, C, D e E de diversas escolaridades e de todas as regiões do país.






O mito do ganha-ganha


Em gestão, muitos mitos vão se criando impune ou - às vezes - inocentemente. Há os que acreditam de verdade que a propaganda é a alma do negócio. Os que chegam a jurar que o cliente tem sempre razão. Além dos que defendem, com unhas e dentes, que é melhor vender alguma coisa que o cliente não quer ou não precisa comprar do que sair da entrevista sem um “pedidinho”. E por aí vai. Nos seminários e palestras que faço, sempre procuro discutir os deletérios efeitos que a crença em alguns desses mitos acabam por produzir nas organizações. Hoje quero conversar com você sobre um dos mais freqüentes mitos da negociação: o do método ganha-ganha.

Se formos a qualquer dicionário, verificaremos que a palavra método pode ser traduzida como forma ou processo de se fazer alguma coisa. Inspirados pelo mito, alguns negociadores chegam à conclusão que é possível percorrer cada passo do processo de negociação “ganhando” alguma coisa. Vejamos se essa idéia faz sentido. Se toda a negociação tem origem numa divergência quanto aos meios e numa convergência quanto aos fins, o único método possível para chegar a um acordo favorável para ambas as partes é o cede-cede. Tomemos por base uma negociação comercial. O lado “a” quer vender um produto, mas só pode entrega-lo em 90 dias. O lado “b” quer comprar o produto – eis aí a tal convergência quanto os fins – mas tem que recebê-lo em, no máximo, 45 dias – logo, há aqui uma divergência quanto aos meios. Supondo que os prazos reivindicados pelas partes sejam verdadeiros, a única forma de estabelecer o acordo é obtendo de cada lado uma concessão e, por exemplo, fechando o negócio para entrega daqui a 70 dias (ambos tiveram que ceder, não é verdade?).

Não quero aqui negar que muitas vezes as partes pedem muito mais do que consideram o mínimo aceitável. Aqui a tática é fingir que se está fazendo concessões para obter contrapartidas do outro. Algumas vezes, batemos pé em uma determinada solicitação quando o que verdadeiramente queremos é algo bastante diferente. Nesse caso, a estratégia é levar a outra parte a conceder coisas que ela imagina não ser o nosso principal objetivo. Mas isso é praticar o ganha-perde, não é verdade? Existem inúmeras táticas que, embora levem ao ganha-perde, são amplamente utilizadas visando forçar o outro lado a fazer concessões acima do que seria possível considerar razoável.

São elas: Cobertor - consiste em revelar tudo aquilo que queremos para depois verificar do que abriremos mão (a analogia é: vamos deixar os pés ou a cabeça descoberta?); Colchete - isolar aquilo que a outra parte mais deseja visando colocá-la na defensiva; Surpresa - súbita mudança do objeto da negociação, deixando a outra parte desconcertada e despreparada para negociar; Intimidação - ameaçar a outra parte – sugerindo encerrar a negociação imediatamente; Silêncio - não emitir qualquer opinião ou crítica quanto ao que está sendo proposto, visando desorientar a outra parte; Drible - insistir que queremos uma determinada coisa quando o que nos interessa é outra; Autoridade limitada - criar uma instância superior que precisa ser consultada antes de darmos uma resposta final sobre uma proposta; e Mocinho/bandido - negociadores que trabalham em dupla. Um faz o papel do bonzinho e o outro é o mal

Poderíamos aqui mencionar uma lista muito mais ampla, que envolveria truques, artimanhas e falcatruas. Ao conversarmos sobre isso com os participantes dos nossos eventos, um número muito grande afirma utilizar-se desses recursos para obter o acordo. Sua opinião é que estão agindo da forma que propõem os livros e manuais e, consequentemente, não se percebem infringindo qualquer limite ético ou moral. Sinceramente, eu não penso assim. É por isso que sempre enfatizo que “é melhor perder um bom negócio do que fazer um mal negócio”. Acredito sinceramente que o principal elemento da negociação é o comportamental. Por isso valorizo tanto o autoconhecimento. Mas há coisas que você, como gestor, pode incentivar a equipe a fazer para visando a melhora da performance de negociador como incentivar as pessoas a se debruçar sobre o processo para identificar pontos fortes da sua oferta e pontos fortes da oferta da outra parte, para que as obrigatórias concessões que farão possam ser recompensadas com vantagens – financeiras, emocionais, estratégicas – oferecidas pelo outro lado.

Também é necessário definir empatia como uma das melhores estratégias para conseguir “pensar como o outro pensa” e esclarecer que a ideia de ganhar em uma negociação não implica que a outra parte tenha que perder. Estabelecer limites de autoridade para os negociadores, permitindo que eles exercitem sua capacidade de convencimento e troca é um próximo passo, bem como reforçar comportamentos que levam a construção de confiança entre as partes e desestimule aqueles que levam os outros a desconfiar de nós. Para completar, vale a pena dizer que minha crença é que o ganha-ganha existe sim, mas não no processo. Ele é atingido quando ao final da negociação cada parte avalia as concessões que fez e as compara com os resultados que obteve e chega a conclusão que, realmente, valeu a pena todo o esforço.







João Baptista de Paula Vilhena Soares - coordenador do MBA de GEstão Comercial do ISAE/FGV


Países estrangeiros podem recusar intercambistas sem seguro viagem


Segundo a ComparaOnline, além de possibilitar atendimento médico, seguro viagem pode cobrir despesas como extravio de bagagem e regresso antecipado


Estudar fora do país tem se tornado a escolha de muitos brasileiros. Segundo a pesquisa Selo Belta, divulgada pela Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta), o mercado brasileiro de educação estrangeira cresceu 23%, em 2017, e alcançou a marca inédita de 302 mil estudantes. Entre as muitas exigências e preocupações dos países que recebem os intercambistas, um assunto é quase unânime: as regras de saúde no país de destino! Por isso, a ComparaOnline, marketplace de comparação de seguros e créditos, aponta as principais informações sobre seguro viagem para os brasileiros que estão pensando em estudar fora do país.

A grande maioria dos países e programas de bolsas para intercâmbio exigem a contratação de seguro viagem durante todo o período que o intercambista estiver no exterior. Dependendo do tempo de permanência, alguns países podem, inclusive, exigir a contratação de um seguro saúde local. Mas, segundo o CEO da ComparaOnline no Brasil, Paulo Marchetti, ainda com um seguro saúde é importante avaliar a contratação de um seguro viagem. "Ainda que o intercambista tenha um seguro saúde local, é importante pensar que a aquisição de um seguro viagem internacional é mais abrangente e garante a proteção para mais serviços, como repatriação sanitária e funerária, acompanhamento de um familiar em caso de ocorrências graves, além de pequenos problemas que podem gerar grandes dores de cabeça, como extravio de bagagem, por exemplo", explica.

Além disso, Marchetti ressalta que, caso o estudante queira viajar para outros países durante o período de sua estadia, o seguro saúde local não abrangerá outras localidades e, portanto, o estudante ficará desprotegido nesses casos se não tiver contratado um seguro viagem internacional.

É importante ressaltar também que o prazo máximo de um seguro viagem internacional é de 365 dias. Porém, caso o estudante amplie o período de estadia no exterior, deverá solicitar a extensão para a seguradora antes do término da vigência da proteção.

Para aqueles que já estão planejando o intercâmbio, a ComparaOnline listou algumas informações importantes sobre seguro saúde nos países mais buscados pelos intercambistas:


Canadá

O sistema de saúde no Canadá é público para o morador nativo, no entanto é pago no caso de turistas. Por essa razão, recomenda-se a contratação de seguro médico para a viagem. O sistema de saúde canadense é muito eficiente e, para a população, sejam residentes permanentes ou (a depender da região) estudantes, passível de ser utilizada de forma gratuita. Para todas as outras pessoas, incluindo turistas e estudantes que não tenham cumprido o período de carência para utilização do sistema público de saúde (podendo ocorrer de seis meses até um ano), deve-se providenciar, ainda no Brasil, seguro viagem internacional.


África do Sul

Para estudantes que excedam os 90 dias no país é preciso solicitar visto de estudante que exige comprovante de seguro médico obrigatório para o período que o estudante permanecer no local.



Inglaterra

Estudantes que possuem visto Tier 4 General, obrigatório para quem vai estudar por mais de 6 meses no país, têm direito a consultas, atendimentos, tratamentos e, em alguns casos, até medicamentos gratuitos, pois são obrigados a pagar uma taxa para tirar o visto dirigida ao National Health Service (NHS).


Austrália

A Austrália dispõe de excelente sistema de saúde, com hospitais bem equipados e ampla variedade de especialistas médicos. Mas é preciso ter em mente que o sistema de saúde australiano (incluindo atendimento médico e emergencial nos hospitais), mesmo no sistema público, não é gratuito para visitantes. Para os estudantes que ficarão mais de 3 meses no país, é preciso contratar um OSHC (Overseas Student Health Cover), cobertura de seguro saúde para estudantes estrangeiros. É absolutamente imperativo que o viajante conte com um seguro de saúde internacional abrangente.



Malta

Brasil e Malta não têm acordo recíproco na área de saúde. É aconselhável que todos os visitantes façam apólice de seguro médico pessoal. A assistência médica em Malta está disponível em hospitais públicos e privados. Mesmo no caso dos hospitais públicos, o atendimento será cobrado de turistas estrangeiros. A qualidade do atendimento médico em Malta é boa, mas hospitais podem ter capacidade de atendimento limitada.



França

 
A França tem uma das melhores redes de saúde do mundo. Estrangeiros podem se inscrever no Sécurité Sociale, sistema nacional de saúde Francês. Porém isso não significa que todos os serviços sejam gratuitos. É preciso atentar aos pré requisitos e tempo de carências.



Alemanha 

 
Não há assistência médica gratuita na Alemanha. Todos os residentes ou pessoas em trânsito pelo território alemão, turistas inclusive, devem ter seguro saúde válido para cobrir eventuais despesas relativas a consultas ou atendimentos de emergência.







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