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terça-feira, 28 de agosto de 2018

Felicidade no trabalho é assunto estratégico


A vontade de se desenvolver e dar o melhor de si no ambiente de trabalho, além de criar relações mutuamente satisfatórias, pode resultar na perspectiva de felicidade no ambiente profissional. Atitudes positivas perante a vida e o conhecimento dos nossos próprios pontos fracos e fortes nos ajudam a alcançar essa felicidade e a chegar ao nosso bem-estar.

A felicidade no trabalho é um assunto que vem ganhando cada vez mais espaço no mundo das empresas. Além de característica fundamental para o desenvolvimento, a felicidade profissional individual resulta na felicidade coletiva da empresa. Desafios constantes, sentimento de utilidade, reconhecimento e respeito entre os colegas de trabalho, perspectivas e segurança são alguns dos fatores que geram resultados positivos em uma empresa.

Esses fatores, porém, não são estanques, uma vez que a carreira do profissional, assim como o mercado de trabalho, está em constante mutação juntamente com a felicidade; esta por sua vez é uma busca diária do ser humano e muitas vezes, vista como inatingível. Entusiasmo, interesse e contentamento fortalecem a segurança do profissional – empresas bem-sucedidas têm colaboradores felizes e mais engajados, leais e criativos. Assim, a felicidade pode influenciar na produtividade e na qualidade de engajamento no trabalho. Uma pesquisa publicada no Journal Of Applied Psychology mostra que os colaboradores com altos níveis de satisfação no trabalho são mais propensos a ajudar os outros e são mais cooperativos e felizes com o resultado de suas atividades.

Um outro estudo, realizado pela Net Impact-Rutgers University, mostra que 88% dos funcionários acreditam que, além de importante, é imprescindível ter felicidade no trabalho aliado a uma atmosfera positiva na vida pessoal. A Microsoft e Toyota, por exemplo, introduzem técnicas para gerar o flow no ambiente profissional para o aumento dos níveis de prazer, felicidade e bem-estar. Apesar de todos os fatores já comprovados em estudos sobre o tema, ainda existem muitas empresas que veem a felicidade no trabalho como algo intangível, ou um investimento a ser postergado. Mas vale lembrar que postergar o bem-estar dos funcionários pode implicar na perda de rendimento para a empresa.

Pessoas felizes tendem a ser mais produtivas e permanecer mais tempo na empresa, o que reduz os custos de recrutamento e adaptação. E, se você quer ser feliz na vida e no trabalho, vale lembrar que ações que busquem incentivar a felicidade no trabalho são tão importantes quanto características que visam a felicidade na vida pessoal. O profissional só alcançará a felicidade no trabalho quando ele souber priorizar a qualidade de vida.






Bianca Ogliari e Guilherme Krauss - são profissionais da Humans at Work (www.humansatwork.com.br), consultoria especializada no ser humano dentro da organização.


Comunicar é saber ouvir


Infelizmente, comunicação empresarial ainda é sinônimo do que "a empresa tem a dizer" para tratar de questões importantes como a disseminação da cultura, valores, motivação e objetivos. É comum um ponto ser completamente ignorado: O que a empresa tem a ouvir? 

Os chamados canais de comunicação tendem a ser surdos. Eles são focados apenas na transmissão de mensagens. Apesar de ainda existir muito a ser feito, o mundo corporativo evoluiu bastante no quesito "ouvir o cliente". Diga-se de passagem, impactado pela Lei do SAC e não pela inteligência de se investir em ferramentas eficientes para atender quem compra e fazer ótimo proveito das informações competitivas e métricas incontestáveis geradas por esse canal.

No entanto, o mesmo não se pode dizer com relação aos empregados. Ainda com o ranço de uma cultura equivocada do "manda quem pode, obedece quem tem juízo" gestores perdem a preciosa e inigualável chance de descobrir possibilidades de melhoria de processos e produtividade, inovação e disrupção porque ainda não aprenderam a ouvir quem mais entende do que eles vendem: quem faz.

A comunicação empresarial eficiente fala, mas também ouve. Só que no dia a dia, enquanto o departamento de comunicação interna está focado na criação de cultura de sustentabilidade e o RH precisa disseminar, com urgência, a mudança de convênio médico, uma fábrica pode estar cheia de "pessoas" produzindo mal e trabalhando angustiadas porque as questões que mais lhes afligem não estão sendo sequer percebidas.

Essas questões podem ser desde rotinas mal estruturadas entre departamentos; medo de que a fábrica feche, quando na verdade está expandindo; ou até uma ideia simples e barata para resolver um problema sério da plataforma de logística, que algum chefe insiste em não trocar para evitar custos.  Situações e possibilidades para serem citadas como exemplo não faltam.

Criar e manter canais para escutar - e responder, aos empregados vai além de qualquer ferramenta ou tecnologia de comunicação. Isso passa pela cultura empresarial e tem peso determinante no clima organizacional. Esses canais só vão se estabelecer se a empresa tiver conquistado a confiança de seus empregados.

Sempre vale lembrar que empresa é gente. Gente que é ouvida participa. Gente que participa se compromete. Quem se compromete gera grandes resultados.
Os acionistas agradecem.                             





Maria Emília Farto - jornalista, assessora de imprensa,  especialista em gestão de comunicação empresarial,  gestão de marketing (branding) e fundadora da Polo de Comunicação.


Liderança servidora: qual é a causa do seu negócio?


Quando pensamos em práticas e estratégias de negócios de sucesso, qual a primeira imagem que nos vem à mente? Normalmente é a de um bom líder, que entende das necessidades corporativas e sabe gerir suas equipes. Mesmo diante de tantas transformações sociais advindas nos últimos anos, uma liderança proeminente é o principal fator de sucesso para motivar um bom time e obter resultados. Mas, como fazer isso de maneira efetiva e aderente com as expectativas do negócio?

Acredito que o primeiro passo seja mapear as pessoas certas - normalmente costumam ser aquelas que se identificam com a causa da empresa. E quando eu digo causa, não me refiro a ações ou estratégias ligadas às metas, e sim a um propósito maior, algo que impacte o mundo positivamente.

Uma liderança servidora imprime à sua equipe o desafio de valorizar as ideias uns dos outros em prol de uma causa em comum, tornando todos os indivíduos envolvidos essenciais para o crescimento dos negócios. Dentro dessa prática, há uma inversão da pirâmide, onde o líder atua junto à sua equipe de maneira colaborativa, proporcionando ações que envolvam feedbacks constantes, coaching e realmente se doando ao time. Essa inversão exige dedicação, humildade e desvencilhamento do ego. É importante entender que o líder deve servir aos seus liderados e não ser servido.

Por outro lado, este líder necessita também erguer a barra para a equipe, incentivando cada indivíduo a competir consigo mesmo, extraindo o melhor de si e obtendo, consequentemente, melhores resultados.

Na prática, a liderança servidora traz colaboradores mais motivados e envolvidos com as atividades. Mas, vale aqui ressaltar que isso só é possível com líderes que de fato sejam participativos e atentos às necessidades do time. É essencial ter o interesse genuíno pelas pessoas!

Além disso, considero a gestão de conhecimento primordial. Estimular as equipes a entender melhor o cenário em que estão envolvidos, compartilhando informações relevantes e aderentes com as movimentações do mercado é essencial. Acredito que o processo de aprendizado é importante para que o profissional seja a melhor versão de si, adicionando valor à entrega para o cliente.

Hoje há uma série de ferramentas que, quando bem estruturadas, facilitam esse tipo de troca e permitem uma equidade no que tange o acesso às informações. Ou seja, uma equipe bem orientada, que se reinventa constantemente buscando um mesmo propósito, terá melhores resultados e consequentemente estabelecerá um melhor relacionamento com os clientes.

Líder é aquele que influencia, que impacta a vida das pessoas. Por isso, proponho aqui uma reflexão: Como você enxerga a sua empresa daqui dez anos? O que você tem feito para que suas equipes almejem chegar até lá com você? Identifique qual é a causa da sua empresa e estimule uma liderança que de fato ande de mãos dadas com os desafios diários do negócio. Lembre-se que liderar traz consigo uma série de responsabilidades, e que a principal delas é traçar rotas que vão de encontro ao propósito do time. 






Edival Santos - presidente da MSD Saúde Animal


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