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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Mais de 80% dos bebês prematuros sobrevivem, mas precisam de acompanhamento regular com neuropediatra



No próximo dia 17 de novembro é lembrado o Dia Mundial da Prematuridade. Segundo a Sociedade de Pediatria, nascem por ano cerca de 340 mil bebês prematuros ao redor do mundo, ou seja, antes que a gravidez complete 37 semanas de gestação. As causas da prematuridade são diversas, assim como as consequências de nascer antes do tempo.

Porém, nos últimos anos, graças aos avanços da medicina neonatal, a taxa de sobrevivência dos prematuros aumentou. Para se ter uma ideia, hoje mais de 80% dos prematuros vencem a batalha pela vida, mesmo aqueles considerados prematuros extremos, ou seja, que nascem entre 24 e 30 semanas de gestação. Esse índice de sucesso, é claro, depende dos recursos disponíveis e de centros especializados em prematuridade.

Segundo a neuropediatra Dra. Andrea Weinmann, especialista no seguimento de prematuros em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, embora a taxa de mortalidade diminuiu nos últimos anos, é preciso se preocupar com as morbidades, ou seja, com as doenças que surgem nos prematuros por terem nascido antes do tempo.

“Felizmente a maior parte dos prematuros não desenvolve alterações neurológicas graves, mas essa população tem maior risco de apresentar desvios nas aquisições e no desenvolvimento motor, da linguagem, da cognição, problemas de aprendizagem, de comportamento e os transtornos globais de desenvolvimento”.
 

Diagnóstico precoce de atrasos é fundamental
 
Quanto mais precoce é o parto, maior é o risco de desenvolver sequelas. “Infelizmente a prematuridade pode trazer algumas consequências importantes, por isso o acompanhamento do neuropediatra é feito desde o nascimento e deve ser cuidadoso, principalmente nos dois primeiros anos de vida para intervenções precoces. Na idade pré-escolar também é fundamental, pois problemas de comportamento e de aprendizagem são bastante comuns em crianças que nasceram antes do tempo”, explica a médica.

O desenvolvimento infantil é avaliado de acordo com os marcos do desenvolvimento, ou seja, habilidades que o bebê desenvolve de acordo com a sua faixa etária. Andar, falar, engatinhar são algumas. No caso dos prematuros, o neuropediatra irá avaliar os marcos do desenvolvimento usando a correção da idade.

Dra. Andrea explica que a idade cronológica é aquela considerada a partir do nascimento. Exemplo:  nasceu dia 10 de novembro, terá 1 mês no dia 10 de dezembro. “A idade corrigida é aquela ajustada ao grau de prematuridade, ou seja, a idade que o bebê teria se tivesse nascido de 40 semanas. Isso é feito, principalmente, nos dois primeiros anos de vida. Ao detectar qualquer atraso, é feito um encaminhamento para terapias, como a fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, entre outras”, explica.


Janela de oportunidade
 
Quanto antes for feita intervenção, melhor o prognóstico. “Nos dois primeiros anos de vida, a neuroplasticidade é intensa, ou seja, o cérebro do bebê apresenta uma capacidade maior de estabelecer novas conexões neuronais para desenvolver certas habilidades. É fundamental aproveitar essa “janela de oportunidade” para realizar as terapias específicas. Um exemplo: se há atraso na aquisição da fala, a fonoaudiologia irá ajudar a corrigir o desvio. Se isso for feito de forma precoce, o resultado será mais rápido e eficaz”, comenta Dra. Andrea.
 

Prevenção
 
Apesar dos avanços da medicina neonatal e do aumento da taxa de sobrevivência dos prematuros, o melhor caminho ainda é prevenir o parto prematuro. “A maioria dos fatores de risco é evitável. Os cuidados com a saúde devem começar desde antes da gravidez. A mulher deve se submeter a todos os exames pré-natais, checar se não tem nenhuma doença sexualmente transmissível, cuidar da alimentação para evitar a hipertensão arterial, o diabetes gestacional, gerenciar o estresse, entre outros. Já as gestações gemelares requerem muitos cuidados e acompanhamento regular da mulher com o médico”, finaliza Dra. Andrea.





Combate ao diabetes: o que você precisa saber sobre o tratamento que tem como base a alimentação



Especialista na área explica como a reeducação alimentar pode ser um dos principais aliados e ainda ajudar a reduzir ou até eliminar a necessidade de medicação


As estatísticas relacionadas ao aparecimento do diabetes no mundo inteiro continuam sendo alarmantes. A chegada do Dia Mundial do Diabetes é uma boa oportunidade para conscientizar as pessoas sobre os riscos e complicações desta doença que atinge milhares de pessoas em todo o globo.

De acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF), atualmente cerca de 425 milhões de pessoas tem diabetes e uma a cada duas pessoas não sabe que tem a doença. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, já são cerca de 14 milhões de pessoas que convivem com o problema.

Para colaborar com a redução no número de casos, acesso à informação e iniciativas que visem a conscientização vem crescendo ano após ano. Uma das principais questões a considerar ao falar sobre o assunto é que são vários os fatores de estilo de vida que podem aumentar o risco de desenvolver o diabetes, tais como o stress (ansiedade), tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, fator genético e um que muitas vezes é subestimado, a alimentação, sendo este o mais importante deles.

Especialista no tratamento de Diabetes e Pesquisador na área da Nutrição, o médico Dr Patrick Rocha tem esclarecido mitos sobre o tratamento ao longo dos últimos anos, auxiliando pessoas de todo o país a viverem de forma mais saudável e sem medicamentos. "Os hábitos alimentares podem ser um dos principais aliados na prevenção e controle da doença. Hipócrates já dizia há milhares de anos atrás que precisamos fazer da nossa alimentação o nosso principal remédio. E isso é verdade, os resultados observados comprovam que a alimentação previne e trata diabetes, reduzindo e, em muitos casos, até eliminando a necessidade de medicação", destaca Dr. Rocha.

De acordo com o médico, a desinformação é considerada um dos maiores obstáculos no controle da doença que avança ano após ano em todo o mundo. A recomendação de condutas dietéticas e adoção de uma alimentação repleta de produtos dietéticos, lights, processados e derivados do trigo podem ser os maiores sabotadores do tratamento. Segundo o especialista, na grande maioria das vezes, estes alimentos podem piorar a condição do diabético, exigindo o uso de dosagens cada vez mais altas de medicação.

"É preciso conscientizar e orientar as pessoas sobre os riscos do diabetes e como a adoção de uma rotina alimentar inteligente é essencial tanto na prevenção, quanto no tratamento. Com a adoção de uma alimentação saudável e estratégica os efeitos são permanentes e o melhor de tudo, de uma forma totalmente natural" destaca Patrick Rocha.
A educação alimentar transforma, previne e pode até tratar doenças sérias, como é o caso do diabetes e também da obesidade. Além disso, o que se sabe, é que quanto mais avançada a idade, mais difícil se torna mudar hábitos e por isso é tão importante que as crianças, orientadas pelos pais, também comecem a aprender desde cedo a importância de comer alimentos que fazem bem para a saúde.





Patrick Rocha (CRM-CE 8561) - palestrante, pesquisador e apaixonado por saúde e nutrição. Dr. Rocha é Presidente do Instituto Nacional de Estudos da Obesidade e Doenças Crônicas (INEODOC) e autor do livro "Diabetes Controlada", lançado pela editora Gente em maio de 2017.





A CADA HORA NASCE UMA CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL NO MUNDO



Considerada a doença física mais comum na infância, uma em cada três crianças é incapaz de andar


A paralisia cerebral infantil é uma patologia crônica e sem cura, que precisa de muita atenção e conscientização para amparar os portadores e seus familiares. De acordo com pesquisa divulgada em setembro de 2017 pela Cerebral Palsy Foundation (CPF), a doença acomete cerca de 17 milhões de pessoas no mundo. 

Podendo ser descoberta no nascimento ou durante a infância, a paralisia cerebral apresenta sintomas, como: falta de coordenação muscular, tremores ou movimentos involuntários, dificuldade para caminhar, atrasos no desenvolvimento da fala, dificuldade com movimentos básicos, como segurar um lápis ou uma colher, deficiência intelectual, problemas de visão e audição. Dados divulgados pela Cerebral Palsy Foundation (CPF) mostram que:

1 em cada 3 crianças não anda;

1 em cada 4 não fala, tem epilepsia, comportamento em desordem e incontinência urinária;

3 em cada 4 apresentam dores;

1 em cada 10 tem a visão prejudicada;

1 em cada 5 tem o sono prejudicado.

“É importante que os pais fiquem atentos aos sinais conforme o bebê amadurece. Se houver demora em aprender a andar, desenvolver habilidades motoras e coordenação é preciso procurar um especialista. Através do exame de sangue e ressonância magnética é possível verificar alterações no cérebro e se há algum distúrbio”, afirma Dra. Valeria Muoio, neurocirurgiã pediátrica.

Apesar de não ter cura, existem tratamentos que auxiliam para que as crianças possam evoluir e alcançar seu nível máximo de capacidade. “O quadro pode ser tratado através de terapias, como fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, terapia recreativa e em casos mais graves é preciso de neurocirurgia para relaxar o músculo e reduzir as dores”, explica a especialista.









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