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quinta-feira, 11 de maio de 2017

Mico-leão-dourado reaparece no Rio após mais de um século



Um mico-leão-dourado foi fotografado na Estação Biológica Fiocruz Mata Atlântica, campus avançado para pesquisas em biodiversidade e saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Jacarepaguá. A espécie de primata exclusiva da Mata Atlântica brasileira - estampada na nota de R$ 20 - foi avistada juntamente com um grupo de saguis-de-tufo-branco pelos biólogos Iuri Veríssimo e Monique Medeiros, que trabalham na gestão ambiental e no levantamento da biodiversidade da Estação Biológica da Fiocruz.

 O mico-leão-dourado é uma espécie de primata exclusiva da Mata Atlântica brasileira (foto: Fiocruz Mata Atlântica)

Segundo o biólogo responsável pela gestão ambiental do Programa de Desenvolvimento do Campus Fiocruz Mata Atlântica / Estação Biológica, Ricardo Moratelli, o próximo passo é descobrir a origem desses animais — se são remanescentes de uma população local ou se foram trazidos de outra região e soltos na área. A Estação Biológica da Fiocruz fica adjacente e parcialmente sobreposta ao Parque Estadual da Pedra Branca, que abriga a maior floresta urbana das Américas, segundo cálculos da equipe de pesquisadores, há aproximadamente 50 km2 de florestas de baixada (entre 100–300 m) bem preservadas, que são o habitat preferido do mico-leão-dourado.


Primata da Mata Atlântica 

O mico-leão-dourado é uma espécie de primata exclusiva da Mata Atlântica brasileira. Os primeiros naturalistas europeus que visitaram a região do atual estado do Rio de Janeiro, entre os séculos 16 e 19, ficaram encantados com esses primatas e alguns exemplares foram prontamente coletados e enviados para a Europa, sendo formalmente descritos em 1766 pelo celebre naturalista sueco Carolus Linnaeus.

Registros do período colonial até inicio do século 19 indicam que a espécie ocorria ao longo de quase toda faixa litorânea do estado do Rio de Janeiro, incluindo o município do Rio. Devido à rápida perda de habitat ao longo dos séculos 19 e 20, a espécie foi localmente extinta na maior parte de sua área de distribuição. Até a década de 1940, a espécie ainda ocorria em Araruama e Maricá, mas logo depois ficou restrita à uma pequena região na bacia do Rio São João.

Na início da década de 1960, quando restavam cerca de 200 micos, o primatologista e conservacionista Adelmar Coimbra Filho estabeleceu as bases de um programa de salvamento para a espécie. Esse esforço se consolidou em um grande projeto de preservação, proteção e estudo do mico-leão-dourado, que desde 1992 é liderado pela Associação Mico-Leão-Dourado. Hoje, existem cerca de 3.200 micos vivendo livremente, com todas as populações concentradas em alguns poucos municípios do interior do Rio de Janeiro, sendo as maiores nas Reserva de Poço das Antas e Reserva Biológica União.





Fundação Florestal participa do Big Day Brasil de Observação de Aves




Evento visa fazer uma contagem nacional de espécies de aves. A contagem feita nas nas Unidades de Conservação, contribuirá para o conhecimento da biodiversidade brasileira


No próximo sábado, 13, acontece mais uma edição do Global Big Day, um dia dedicado à observação e contabilização de aves em todo mundo. A Fundação Florestal - por meio de suas Unidades de Conservação abertas ao público - participará deste dia. Parques e Florestas Estaduais, bem como Áreas de Proteção Ambiental são boas opções para quem quer fazer sua lista durante o Big Day. Alguns Parques Estaduais, como o PE Caverna do Diabo, Vassununga e Núcleo Caraguatatuba terão horários especiais de funcionamento, para possibilitar o registro de aves noturnas. 

O evento é voltado para observadores de aves, profissionais e amadores, além de pessoas interessadas no seguimento. As inscrições podem ser feitas até o dia 13 de maio, junto à administração da UC em que se pretende passarinhar.

Os requisitos são referentes à portaria normativa FF/DE n° 236/16 (http://fflorestal.sp.gov.br/files/2016/03/PN-236.2016.pdf), que trata dos procedimentos para realização da atividade de observação de aves nas UC da FF. Como são 24h de atividades, o acesso à UC em horários diferenciados deve ser agendado previamente, caso esteja disponível essa condição.


#VempassarinharSP
No Parque Estadual Rio Turvo, o Global Big Day será realizado em conjunto com mais uma edição do #VempassarinharSP. O evento tem início às 7h, com uma passarinhada pelas trilhas do parque, seguida de um café-da-manhã compartilhado e confecção da lista de aves. Os interessados em participar devem se inscrever pelo email eventos.fflorestal@gmail.com, até o dia 12/05 às 16h.


Nesta edição do #VempassarinharSP, será também realizado o Censo Mundial do Papagaio-do-peito-roxo (Amazona vinacea), uma espécie exclusiva da Mata Atlântica, que ocorre entre o sul da Bahia e o leste do Paraguai. Considerado um dos papagaios mais ameaçados do país, a espécie sofre por causa da perda de habitats e tráfico de animais silvestres. Para estimar quantos desses papagaios ainda existem na natureza, desde 2014 é realizado o censo mundial da espécie. 

Os resultados indicam o crescimento em mais de 30% da população entre 2015 e 2016, contabilizando-se mais de 4 mil aves, porém o número ainda é considerado crítico. Boa parte deste crescimento pode significar uma melhor localização das populações pelos pesquisadores, e não um aumento real da população total da espécie.

Este ano, o censo ocorrerá no período de 24 de abril a 15 de maio, em vários estados do Brasil, e também no Paraguai. Uma das estratégias a serem usadas no censo deste ano é o envolvimento de voluntários na contagem durante o Big Day.


Recomendações
Levar equipamentos para observação, como: binóculos e câmeras fotográficas, além de caneta e um bloco de notas. Usar roupas leves, camufladas ou escuras e sapatos fechados, chapéu ou boné. Levar na mochila: água, lanche, repelente e protetor solar. Trazer de volta o lixo gerado. 


O Big Day
Durante as 24h deste dia, pessoas de todo o mundo estarão empenhadas em observar e contabilizar o maior número de espécies de aves. As listas compõem um gigantesco banco de dados mundial, disponível para todos os interessados, e permite o conhecimento de diversos aspectos da biologia das aves, direcionando assim a tomada de decisões sobre a gestão da biodiversidade e conservação.




Butantan promove votação para escolher nomes de filhotes do Museu Biológico



Visitantes vão nomear lagartos e serpentes; a ação faz parte das atividades especiais de Dia das Mães


O Museu Biológico do Instituto Butantan, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, abre ao público uma votação especial para escolher o nome de oito répteis nascidos no local. A ação faz parte da programação especial de Dia das Mães da instituição e visa abordar o cuidado parental das serpentes.

De 13 a 31 de maio, os visitantes poderão nomear diferentes espécies de serpentes, dentre elas jararacas, e lagartos australianos. Os filhotes resultam de reproduções em cativeiro que ocorreram no Butantan.

         Nos dias 13 e 14 de maio, o público também poderá confeccionar cartões temáticos para as mães com materiais diversos e desenhos de animais do museu e seus filhotes. A oficina acontece às 10h e às 15h, tem vagas limitadas e é necessário apresentar ingresso e realizar inscrição prévia na recepção do museu com 30 minutos de antecedência. Crianças menores de 10 anos deverão ser acompanhadas por um adulto.

         O Museu Biológico é um dos museus que ficam no parque do  Instituto Butantan e conta com uma exposição zoológica viva e permanente, composta por serpentes, aranhas e escorpiões. Os visitantes também poderão visitar o Museu Histórico, que relembra por meio de objetos e fotos o início do século XX, e o Museu de Microbiologia, onde é possível visualizar seres microscópicos, como protozoários, além de modelos de vírus e da molécula de DNA.

O Instituto Butantan está localizado na Avenida Vital Brasil, 1500, zona Oeste de São Paulo. Para a visita aos museus, a entrada é única e custa R$ 6. Estudantes pagam R$ 2,50. Crianças até sete anos, idosos a partir de 60 anos e portadores de necessidades especiais não pagam.

Os museus funcionam das 9h às 16h45. Mais informações no site www.butantan.gov.br




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