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quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Sorvete ameniza efeitos do tratamento em pacientes com câncer

                                                                Pixabay


A sobremesa pode diminuir os incômodos que a quimioterapia causa

 

Em massa, no palito, com ou sem lactose... Segundo pacientes que lidam com a quimioterapia, o sorvete, celebrado neste dia 23 de setembro, é um grande aliado durante o tratamento oncológico. A sobremesa gelada, de acordo com relatos, ajuda a combater efeitos colaterais causados pela medicação, amenizando dores e diminuindo a sensação de gosto ruim na boca após a ingestão de alimentos e bebidas diversas. Benefícios que de acordo com a nutricionista do CEONC Hospital do Câncer em Cascavel/Paraná, Tatiane Guis, fazem todo sentido.  

“Os alimentos com menores temperaturas causam vasoconstrição, o que diminui a irrigação local e a chegada de quimioterápicos na boca, reduzindo os efeitos típicos dessa terapia”, explica a nutricionista.  

Mas nem por isso, o consumo deve ser exagerado. De acordo com a profissional, o indicado é que os pacientes invistam em receitas caseiras, incluindo frutas, sucos e até mesmo água de coco. Dessa forma, o sorvete cumpre o seu papel, mas também oferece saúde e equilíbrio.  

“Sorvetes industrializados possuem um valor calórico alto devido a quantidade de gordura e açúcares adicionados. Devido a isso seu consumo deve ser moderado. Temos opções saudáveis, fáceis de preparar e caso o paciente tenha indicação e faça uso de suplemento nutricional, estes itens podem ser adicionados ao preparo, tornando o sorvete ainda mais nutritivo”, destaca Tatiane. 

Uma das receitas mais tradicionais, repassadas para pacientes em tratamento quimioterápico, envolve a mistura de fruta, evitando componentes muito ácidos como abacaxi e laranja, por exemplo. De preparos simples, os sorvetes caseiros podem ser bons aliados no período.

“Basta congelar por aproximadamente 4 horas, 3 unidades de bananas cortada em rodelas e outra fruta de preferência (morango, abacate, manga). Depois, no mixer ou no liquidificador, é só colocar as bananas e bater bem até formar um creme. A segunda fruta deve ser adicionada aos poucos. Quando o creme estiver homogêneo, é só levar ao refrigerador até ficar firme”, recomenda a nutricionista.

 

Problemas de pele podem indicar excesso de ansiedade ou estresse, alerta dermatologista


Dia 23 de setembro foi escolhido como o Dia Mundial do Combate ao Estresse para conscientizar a populações sobre os perigos do estresse prolongado na saúde

   

Olheiras, bolsas em baixo dos olhos, rugas. É na pele que aparecem as primeiras consequências, visíveis, do estresse prolongado. Caracterizado por um estado de alerta, que provoca reações físicas e emocionais, o estresse não é apenas um estado emocional, mas mecanismo fisiológico de sobrevivência. O problema acontece quando esse estado se torna crônico, o que torna o organismo mais vulnerável a doenças, como as relacionadas a pele. 

De acordo com a médica dermatologista Dra. Hellisse Bastos, grande parte das doenças de pele tem uma ligação com o estado emocional do paciente, que pode provocar tanto o surgimento, quanto o agravamento das condições. “Durante esse estado, o corpo libera Cortisol, conhecido como o hormônio do estresse, que é capaz de condicionar o organismo a um estado inflamatório e a imunidade baixa quando entra em um estado alterado a longo prazo, prato cheio para que doenças de pele ataquem”, explica. 

Há ainda estudos que relacionam o estresse com o envelhecimento precoce, à exemplo de uma pesquisa publicada no periódico Inflamm Allergy Drug Targets, que expôs que a liberação constante de cortisol causada pelo estresse crônico pode causar atrofia cutânea e reduzir a quantidade fibroblastos, responsável por sintetizar substâncias como colágeno e elastina, responsáveis pela firmeza da pele. Sem contar que o aumento na liberação de adrenalina ocasiona menor reparação celular, assim como geram mais radicais livres, ambos associados ao processo de envelhecimento, pontua a dermatologista.  

Outro agravante é que o estresse não vem sozinho. Sono de baixa qualidade e alimentação ruim tendem a vir acompanhados desse quadro. “São alterações que modificam a produção hormonal e a barreira protetora da pele, tornando-a mais suscetível a alergias, assim como também pode afetar a produção das glândulas sebáceas e agravar a acne”, exemplifica a dermatologista que destacou algumas doenças que podem se desencadear desse desequilíbrio emocional: 

 

Psoríase 

Reconhecida por lesões avermelhadas e descamativas, a Psoríase é uma doença inflamatória que tem o estresse como fator agravante. “O fator genético é, geralmente, a causa das lesões, mas é ao se submeter a níveis de estresse constantes que as crises da doença podem surgir”, elucida Dra. Hellisse Bastos.  

 

Dermatite atópica 

Nessa condição, a camada protetora da pele é alterada, o que causa sintomas como infecções cutâneas, alergia e coceira. No quadro de estresse, essa barreira protetora sofre ainda mais baixas, já que há redução na produção e diferenciação das células que compõem essa camada protetora, favorecendo a doença, aponta a dermatologista.  

 

Acne 

No caso da acne, o aumento de Cortisol causa alteração nos hormônios androgênios, que acabam acionando as glândulas sebáceas, que por sua vez, liberam óleos na pele e causam espinhas e cravos. “Além disso, um Cortisol alterado associado a uma má alimentação, também são catalisadores do problemas. Cuidados como evitar espremer e lavar o rosto com os produtos adequados devem ser tomados. Caso a situação se agrave, o dermatologista deve ser acionado para um tratamento mais profundo da causa”, aponta Dra. Hellisse Bastos.


Setembro Azul ressalta importância de cuidar e inserir deficientes auditivos na sociedade

 Campanha é voltada também à população em geral para mostrar os desafios que ainda precisam ser superados

 

A campanha Setembro Azul marca um período específico do ano para chamar a atenção de todos sobre os desafios e conquistas da comunidade surda e de pessoas com alguma deficiência auditiva. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) relatam cerca de 466 milhões de pessoas com problemas de audição no mundo. No Brasil, mais de 30 milhões de indivíduos apresentam algum grau de surdez.

Mais do que apresentar as dificuldades sofridas por surdos e deficientes auditivos, o Setembro Azul procura mostrar à população em geral que é possível (e necessário) integrá-los em serviços e atividades básicas do dia a dia, ainda restritas a pessoas com algum tipo de desordem no sistema auditivo.

“A comunidade surda é alegre, divertida. Eles dançam, promovem atividades e têm sua história e sua cultura. O Setembro Azul não é destinado apenas aos surdos, mas a todos nós, para que ocorra uma conscientização da população. Precisamos mostrar como, infelizmente, as pessoas surdas ainda enfrentam barreiras para integrar-se à sociedade”, ressalta Christiane Mara Nicodemo, fonoaudióloga do Hospital Paulista.



Diagnóstico e tratamento

Conscientizar a população significa também mostrar a importância do diagnóstico e do tratamento precoce da deficiência auditiva. Conforme explica José Ricardo Testa, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, a deficiência auditiva é invisível e pode ser negligenciada pelo paciente e por seus familiares.

“As pessoas podem achar que o paciente está distraído, confuso e não com perda de audição. O próprio deficiente pode considerar que o fato dele admitir que está com perda de audição o colocaria num patamar inferior, ou que pareceria que ele é mais velho, o que não é necessariamente verdadeiro”, explica o otorrinolaringologista.

De acordo com Christiane, o diagnóstico precoce é muito importante para o tratamento e reabilitação, e todos estes processos envolverão a atuação conjunta do otorrinolaringologista e do fonoaudiólogo.

“O primeiro exame que pedimos é a audiometria, que irá avaliar a capacidade auditiva do indivíduo. Se houver alteração, ou outra complicação, o médico pode solicitar outros exames para traçar o diagnóstico. A partir daí, será o caso de avaliar se teremos tratamento medicamentoso, cirúrgico ou também a prótese auditiva. No entanto, todos esses tratamentos demandarão uma reabilitação”, explica a especialista.

Os médicos ressaltam que a simples utilização do aparelho auditivo (ou de outro tratamento) não garante a normalização do problema. O trabalho da fonoaudióloga será reabilitar o paciente, orientá-lo sobre o uso do aparelho, seus cuidados e manutenção. Após o diagnóstico, o acompanhamento com os médicos deverá ser feito, no mínimo, a cada três meses.



Mito da idade

Engana-se também quem pensa que o processo de perda auditiva está relacionado somente a pacientes idosos. Problemas no órgão podem ocorrer em qualquer fase da vida, influenciados por doenças características de idades distintas.

“A perda auditiva é mais prevalente nos idosos, devido ao desgaste natural do sistema. Com a idade, o idoso naturalmente vai perdendo audição, capacidade de equilíbrio, visão, memória. No entanto, em pessoas mais novas [30, 40 anos], é possível ocorrer deficiência auditiva devido a doenças ligadas ao metabolismo, como a diabetes, e também como efeito colateral de medicamentos”, complementa o médico.



Importância da audiometria

Apesar de identificar possíveis alterações no sistema auditivo, a audiometria ainda é desconhecida e/ou ignorada por boa parte dos brasileiros, diferentemente dos exames de visão, por exemplo, realizados com frequência anual pelas pessoas.

“A perda de audição é silenciosa, não gera incômodo aparente, não dói. Assim, as pessoas minimizam o problema e deixam de fazer o exame, diferentemente dos problemas de visão que são mais perceptíveis. É preciso tornar frequente a audiometria, assim como as pessoas sempre verificam a qualidade da visão”, aponta a fonoaudióloga.

Nas maternidades, através do Teste da Orelhinha, é possível identificar problemas auditivos nos recém-nascidos. Na fase pré-escolar, quando a criança vai para o primeiro ano, é preciso fazer o exame, pois a perda de audição gera comprometimento no aprendizado. A partir dos 45 anos, o exame deve ser anual.



Origem do evento

O Setembro Azul teve início em 1880, quando a Conferência de Milão jogou luz sobre a comunidade surda. Durante a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), soldados com deficiência auditiva utilizavam uma fita azul nos braços. Em 1999, durante Conferência nos Estados Unidos, a comunidade médica voltou a ressaltar, marcar e divulgar a importância da conscientização das pessoas em relação aos deficientes auditivos.

Atualmente, ainda que a situação tenha evoluído levemente no Brasil, o Setembro Azul busca divulgar as conquistas da comunidade surda, bem como os desafios que ainda precisam ser superados.

“São coisas simples da vida, que não temos noção do quanto e como é difícil para o outro. Você não vê prédios com guaritas que tenham algum tipo de acessibilidade ao visitante surdo. Nos programas de televisão, são raros aqueles que apresentam o conteúdo em Libras [Língua Brasileira de Sinais]. E, muitas vezes, as legendas são exibidas de forma muito rápida, impossibilitando que eles acompanhem o conteúdo”, conclui a fonoaudióloga.





Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Será que Meu Filho Tem Autismo? Entenda Como Identificar e a Hora Certa de Procurar Um Diagnóstico


Critérios Diagnósticos Do Transtorno Do Espectro Autista

 

Hoje, muito mais falado na sociedade, com informações disponíveis na internet, séries de TV sobre o tema e relatos nas redes sociais de pessoas que convivem com o autismo diariamente, o TEA – Transtorno do Espectro Autista, deixa de ser um tabu, mas ainda há muito o que ser explicado sobre seu diagnóstico; E é sobre isso que a Dra. Gladys Arnez, neurologista infantil e da adolescência, , mestranda em Neurociências com ênfase no Tratamento do autismo e à frente da Clínica Neurocenterkids, em SP vai nos explicar hoje.

Com a classificação do DSM5 o Transtorno do Espectro Autista acaba ficando em um grupo de Transtornos do Neurodesenvolvimento, juntamente com o TDHA, Transtorno especifico da aprendizagem, transtorno do desenvolvimento intelectual, transtorno da comunicação, transtornos motores.


Mas o que é um Transtorno de Neurodesenvolvimento?

Segundo a Dra. Gladyz Arnez, os Transtornos do neurodesenvolvimento, são transtornos que levam a um déficit no comportamento pessoal, social e acadêmico do indivíduo; que podem ir de  leves, como os transtornos específicos de aprendizagem,  até aos quadros mais incapacitantes como  por exemplo, o transtorno de espectro autista, que dependerá muito do grau e do nível que a criança apresenta.


Tem se falado que os Transtornos do Neurodesenvolvimento correspondem a 10% da população infantil, o que é um número alto e preocupante. Então é necessário que ao perceber qualquer sintoma, a criança seja levada o quanto antes a um neurologista infantil para que se tenha um diagnóstico preciso.

Segundo o DSM5, os tópicos principais que correspondem aos Critérios Diagnósticos do Espectro Autista, são:

  • Déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação e nas interações sociais, manifestados de todas seguintes maneiras: 
  • Déficits expressivos na comunicação não verbal e verbal, usadas para interação social; ou seja, a interação visual. A verbal seria o atraso da fala, mas nem todos tem, principalmente a criança com Asperger, que no geral apresenta uma boa comunicação verbal, complementa a Gladys Arnez. 
  • Falta de Reciprocidade Social; Trata-se de quando a criança não se importa muito com a interação social; Quando ela prefere ficar sozinha, vivendo em seu próprio mundo, brincando com seus brinquedos e fazendo somente o que gostam. Sempre de modo repetitivo.
  • Incapacidade para desenvolver e manter relacionamentos de amizade, apropriados para o estágio de desenvolvimento; ou seja, eles preferem ficar sozinhos. Inclusive o Asperger. No geral, ele se interessa por um assunto e é tão bom naquilo, que acaba cansando os outros. Por Exemplo; se seu interesse for nome de países; então ele começa a falar só deste assunto e não gosta de ser interrompido e isso acaba cansando as outras pessoas e muitas vezes, por isso, ele acaba sofrendo bullying- explica a Gladys. 
  • Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades, manifestados por pelo menos duas formas: 
  • Comportamentos motores ou verbais estereotipados ou comportamentos sensoriais incomuns; A ecolalia, a fala repetitiva muitas vezes durante o dia. Também estamos falando das estereotipias motoras; balanço do corpo, das mãos, inclusive muitas crianças podem bater a cabeça quando estão irritadas- diz a Gladys. 
  • Excessiva adesão/ aderência a rotinas e padrões ritualizados de comportamento. É comum, por exemplo, a criança querer comer sempre no mesmo prato, a mesma comida. Ou quando na idade adulta, a pessoa vai querer comer sempre no mesmo restaurante, na mesma mesa, a mesma comida, vai querer ser atendida pelo mesmo atendente. São comportamentos ritualizados. Os rituais fazem parte da vida do autista. 
  • Interesses restritos, fixos e intensos.


Geralmente essas crianças vão querer brincar com a mesma brincadeira, assistir os mesmos desenhos repetitivamente. Elas podem até se juntar à outras crianças, mas elas não brincam com essas crianças, elas preferem brincar sozinhas.

A Dra. Gladys Arnez, Neurologista infantil da Neurocenterkids, explica que esses sintomas devem estar presentes no período de neurodesenvolvimento, mas podem não se manifestar completamente até que as demandas sociais excedam o limite de suas capacidades, então, ela começa a regredir. Geralmente acaba “desaprendendo” o que já tinha aprendido ou já não evolui mais. Isso pode acontecer por volta dos dois anos de idade.

O Transtorno do Espectro Autista também pode estar relacionado com outros diagnósticos, mas dependerá muito da idade da criança. Temos principalmente o Transtorno de Ansiedade, que é bastante comum na adolescência. Os Transtornos Depressivos, a Deficiência Intelectual; as Epilepsias e os Transtornos de Comunicação.

No decorrer do autismo podem aparecer muitas outras doenças e geralmente ele não vem sozinho, podendo estar associado com outros quadros clínicos, como o distúrbio do sono.


O mais importante dentro de um diagnóstico de autismo é a avaliação, perfil comportamental da criança junto com os pais e com o médico neurologista. Como bem explica a Dra. Gladys Arnez:

A gente avalia essa criança no consultório e agradece se a família puder fazer algum vídeo caseiro mostrando a criança em diferentes momentos do dia, seja brincando em casa, na escola, quando for visitar algum familiar, isso ajuda demais na avaliação para um diagnóstico preciso”.

E para finalizar, a Dra. Gladys Arnez completa: “Outro ponto muito importante é a avaliação interdisciplinar. O neurologista junto com uma equipe interdisciplinar, que, dependendo da necessidade da criança, pode ser uma fonoaudióloga, uma psicóloga, uma psicopedagoga, uma terapeuta ocupacional, e outros, para fecharmos o diagnóstico de forma precisa e avaliarmos a melhor terapia e o melhor tratamento para cada caso.”

Existem também textos, questionários, que auxiliam, mas o mais importante sempre será a avaliação cognitivo comportamental além do relato dos pais.

 

 


Dra. Gladys Arnez - médica Pediatra e Neurologista Infantil e da Adolescência, especialista em Transtornos Escolares e Comportamentais, mestranda em Neurociências com ênfase no Tratamento do autismo e está à frente da Clínica Neurocenterkids, em Santo André/SP.

www.clinicaneurocenterkids.com.br

Instagram: @clinica_neurocenterkids

@dra.gladys_neuropediatria

Tel/ whats app: (11)99536-1988


Falta de sono na pandemia é epidêmica, diz estudo

 O sono irregular altera o metabolismo, predispõe ao ganho de peso, doenças sistêmicas e catarata. Entenda.


Atire a primeira pedra quem não perdeu o sono durante a pandemia de coronavírus. O consolo é que você não está só. Uma pesquisa feita pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) mostra que 40% dos brasileiros perderam o sono neste período e o que é pior - ganharam peso.  Outro estudo recém divulgado no JAMA Internal Medicine, o primeiro longitudinal sobre sono, comprova os efeitos colaterais do hábito de dormir mal em nossa saúde. Os pesquisadores acompanharam por mais de dois anos 120 mil pessoas através de sensores que indicavam até sutis alterações no estado de vigília. A principal conclusão do estudo é que a perda de sono, mesmo leve, engorda. Você pode estar pensando que todos estão comendo mais e por isso ganharam peso. Não é bem assim.

O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier explica que os quilos extras têm relação com a quantidade de luz que penetra em nossos olhos. Isso porque, é a luz que controla todo nosso metabolismo.  Desde que a lâmpada foi inventada estamos indo contra nossa natureza.  A claridade do dia, pontua, ativa a produção de dois hormônios secretados pelas glândulas suprarrenais que nos mantêm em estado de vigília:  o cortisol e a adrenalina.  O cortisol, explica, ajuda o organismo controlar o stress, mantém o sistema imune e a glicemia em equilíbrio. Já a adrenalina regula os batimentos cardíacos, a pressão arterial e a frequência respiratória. Conforme vai escurecendo a produção desses hormônios diminui e a glândula pineal aumenta a produção da melatonina, hormônio indutor do sono.

 

Stress da pandemia bagunça o relógio biológico

Na pandemia ficamos acuados em nossas casas. Um misto de solidão e incerteza. As rotinas foram alteradas. Adultos e crianças o dia inteiro com os olhos colados nas telas, e claro, tanto os olhos como nosso corpo sentem, ficam cheios de toxinas. Para diminuir o estrago, Queiroz Neto recomenda desligar o computador, celular ou videogame no começo da noite. Isso porque, é o excesso de luz azul emitida pelas telas que bagunçam nosso relógio biológico, não deixando a produção de melatonina acontecer. Resultado: A adrenalina aumenta, o coração bate mais rápido, a pressão arterial sobe e o sono vai embora. Pior: O cortisol também fica elevado, inibe a produção de insulina e ficamos diabéticos, uma doença crônica com efeitos em todo nosso organismo, inclusive nos olhos.

 

Catarata

“A falta de sono em quem já passou dos 50 anos pode ser o primeiro sinal da catarata nos que já passaram dos 50 anos”, afirma. Isso porque o turvamento do cristalino que caracteriza a doença também dificulta a entrada de luz nos olhos. Por isso, quem convive por muito tempo com a catarata, além de provocar efeitos colaterais na saúde, como a hipertensão e maior risco de diabetes. Os primeiros sinais da catarata elencados pelo médico são:  troca frequente dos óculos, ofuscamento com faróis contra e fotofobia, perda da visão de contraste e dificuldade de dirigir à noite. A cirurgia é segura, rápida, feita com anestesia local e pode eliminar o uso de óculos dependendo da lente implantada em seu olho.

 

Cansaço visual

“Na frente de uma tela piscamos 20 vezes menos e fazemos um esforço visual concentrado para manter os olhos focados só para perto”, conta Queiroz Neto.. Os sintomas que indicam estar na hora de dar uma pausa, são: visão embaçada, ardência, vermelhidão, sensação de areia nos olhos e dificuldade de focar. Isso acontece em todas as idades. As recomendações do oftalmologista são: olhar para um ponto distante, sair por instantes da frente da tela, piscar voluntariamente, calibrar a resolução da tela com o mínimo do brilho e bom contraste e manter os olhos lubrificados.

O oftalmologista ressalta que as crianças podem ter miopia acomodativa, uma dificuldade temporária de focar à distância. Por isso a OMS (Organização Mundial da Saúde recomenda que as telas só sejam usadas a partir de 2 anos e por, no máximo, duas horas ininterruptas.

“Os estudos mostram que a miopia pode se tornar alta quanto mais cedo é contraída e. Além disso, geralmente a progressão é mais intensa na infância” afirma. Por isso recomenda que toda criança passe por exame com um oftalmologista regularmente.


Parece doença respiratória, mas pode ser refluxo

Sintomas como tosse constante, inflamação da garganta, chiado no peito e até falta de ar são facilmente associados a síndromes respiratórias, mas se após uma ampla avaliação não for encontrada anomalia no aparelho respiratório, desconfie que seu problema seja relacionado ao trato intestinal

 

Tosse seca e constante, inflamação da garganta, chiado no peito e até falta de ar, sintomas típicos das síndromes respiratórias, como a causada pelo novo coronavírus, mas que na verdade pode indicar um problema no sistema digestivo. Isso mesmo, o refluxo, uma doença do trato intestinal, pode sim ser confundido com um problema respiratório. 

De acordo com o cirurgião gastro-robótico Adilon Cardoso Filho (CRM GO 9616), a pessoa deve desconfiar que uma tosse seca, uma dor de garganta ou a falta de ar podem ser indícios de um problema intestinal, quando justamente, após um amplo diagnóstico, for descartado que estes sintomas não apontam para nenhuma anomalia no sistema respiratória do paciente. “Prioridade aos sintomas, se a pessoa tem tosse, chiado, o primeiro especialista a qual este paciente deve ir á o pneumologista e não ao gastro. E só então após uma avaliação ampla deste especialista, ao não constatar qualquer alteração no aparelho respiratório, aí sim será o momento em que esse paciente deverá procurar um gastroenterologista para que se constate o quadro de refluxo”, explica o médico.

O especialista esclarece ainda que essa procura ao gastro deve ser mais necessária quando se apresenta junto com os sinais respiratórios alguns sintomas clássicos do refluxo gastroesofágico, tais como dor epigástrica (dor de estômago), o desconforto após se alimentar com a sensação de retorno da comida, azia ou queimação no estômago e apneia do sono.

Apesar de acometer com maior frequência e muitas vezes com maior intensidade as pessoas obesas ou que estão com sobrepeso, o refluxo não pode ser considerada uma doença exclusiva deste grupo de pacientes. “Temos a ocorrência dessa patologia desde os recém-nascidos, dentro das especificações típicas desta fase da vida, é claro. Também nos idosos pode ocorrer o refluxo, em pacientes masculinos ou feminino, em pessoas super magras e também no paciente obeso. Portanto, é uma doença que pode incidir em todas as faixas de idade e com a mesma frequência em ambos os sexos”, afirma Adilon Cardoso Filho.



Problema crônico


O médico explica que o refluxo gástrico é, muitas vezes, tido apenas como um sintoma de algum outro problema de saúde, mas na verdade, quando ocorrido com frequência, passa a ser um problema crônico que merece atenção médica e tratamento. “Muitas vezes o paciente não faz essa associação de que o refluxo é na verdade uma doença, e não um simples sinal de um mal intestinal, e com isso a pessoa se automedica para que esses sintomas passem, e com isso a ida ao consultório é adiada e o problema agravado”, alerta o médico Adilon Cardoso Filho.

Uma pesquisa sobre o conhecimento e a incidência da doença do
refluxo gastroesofágico no Brasil, conduzida pela empresa de estudos de mercados GFK e encomendada pela farmacêutica Takeda, revelou que entre as 1.773 pessoas entrevistadas, 28%, disseram que sentem algum sintoma da enfermidade, mas não o associam à doença. Um indicativo que cerca de 30% da população brasileira pode ter refluxo e não saber disso.



Horários e escolhas


Para Adilon Cardoso Filho, o estilo de vida desregrado, sem horários definidos para comer e com péssimas escolhas alimentares são a raiz da grande maioria dos casos de refluxo. “Hoje a moçada levanta cedo, não toma café da manhã, na hora do almoço ingere muito líquido, depois do trabalho muitos ainda vão para faculdade e só então tarde da noite é que eles vão comer e jantar em maior quantidade, só que essa pessoa vai deitar logo, porque daqui a pouco às 6h ela precisa está de pé e começar tudo de novo. Então essa situação de ruptura dos horário adequados para as principais refeições, é uma das principais etiologias (causas) de problemas gastrointestinais como o refluxo. Sem falar da alta ingestão de alimentos que facilitam o refluxo, em especial as comidas de fast food”, detalha o médico.

Por isso a prevenção e o tratamento do refluxo passam, necessariamente, por uma mudança de hábitos, além dos procedimentos clínicos, medicamentoso e cirúrgico. “O refluxo tem muitos fatores orgânicos, mas também muitos fatores mecânicos. E a melhor maneiro que temos para prevenir é atuando nos fatores mecânicos, ou seja, estômago é uma bolsa que tolera uma certa quantidade de volume e pressão. Quanto maior o volume,  maior a pressão sob a válvula desta bolsa. Então é sobre este princípio mecânico de quanto menos pressão sob a válvula, menor o risco de que ela falhe. Diante disso, a dica é comer  porções menores, mas numa frequência maior ao longo do dia, diminuir a ingestão de líquidos durante as refeições e não deitar logo depois das principais refeições”, explica o médico.



Tratamento


O combate ao refluxo sempre inicia com o tratamento clínico, que é atenção àquelas medidas mecânicas citadas anteriormente. Mas além disso usamos também muitos medicamento com intuito de diminuir a secreção ácida no estômago. Usa-se também alguns fármacos procinéticos gástricos que aumentam a motilidade para o esvaziamento gástrico mais rápido.

Mas para os casos frequentemente reincidentes e mais intensos , não havendo o resultado esperado após os tratamentos clínico e medicamentoso, existem os procedimentos cirúrgicos, conforme explica o médico Adilon Cardoso. “Hoje temos disponíveis dois tratamentos cirúrgicos, um via laparoscópica e outro via cirurgia robótica, sendo este último muito mais avançado e preciso, o que proporciona resultados ótimos principalmente em casos recidivos (que voltam com frequência).”

Conforme explica o especialista, a cirurgia robótica é muito mais eficiente porque, além de menos agressiva, traz resultados de forma muito mais rápida e não há o uso de nenhum elemento estranho ao organismo, usando-se o próprio estômago para criar uma barreira mecânica contra o refluxo. “É feito na transição esofagogástrica, localizada na cavidade abdominal, uma válvula, usando o próprio estômago. Não há, portanto, a introdução de nenhum material externo. Passa-se o estômago por trás dele mesmo e fecha em cima, criando uma barreira mecânica que impede o refluxo. Já no outro dia após a cirurgia o paciente para de ter azia, os que têm tosse crônica por causa do refluxo deixam de ter este sintoma”, explica o cirurgião.

O médico acrescenta ainda que a cirurgia “aberta” (via laparoscópica) está praticamente abolida, pelo menos em serviços de saúde mais avançados, em virtude de ser mais invasiva, trazer resultados menos eficientes na comparação com os procedimentos mais modernos e ser uma cirurgia que tem um certo grau de dificuldade para sua realização.


BenCorp mostra os perigos da Hipertensão Arterial

Hipertensão arterial é o nome correto do que conhecemos e usualmente chamamos de pressão alta. Esta doença é identificada a partir da medição da pressão sanguínea, que ao ultrapassar os 14 x 9 (140×90 mmHg) já indica uma alteração que deve ser observada com maior cuidado.

Por que a pressão arterial sobe?

Podem existir inúmeras razões para o aumento da pressão sanguínea, mas a característica principal é da contração dos vasos que reduzem seu tamanho, aumentando a pressão nas paredes internas.

Podemos fazer uma analogia para ilustrar processo: imagine uma mangueira conectada uma torneira e totalmente aberta, com a água correndo livremente e de repente você dobra a ponta da mangueira obstruindo o fluxo da água, pronto, isso poderá romper a mangueira ou a torneira, a depender da pressão interna.

Apesar de ser conhecida como uma doença hereditária, a Hipertensão tem como principal fator de risco hábitos de vida inadequados. Fumar, consumir bebidas alcoólicas em excesso, sedentarismo, excesso de peso e altas cargas de estresse fazem parte desses maus hábitos que favorecem o desenvolvimento dessa doença.

Um estudo da VIGITEL (Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) apontou que em 2017 cerca de 24% da população brasileira sofreu com a hipertensão arterial.

“No conjunto das 27 cidades, a frequência de diagnóstico médico de hipertensão arterial foi de 24,3%, sendo maior em mulheres (26,4%) do que em homens (21,7%). Em ambos os sexos, a frequência de diagnóstico aumentou com a idade e foi particularmente elevada entre os indivíduos com menor nível de escolaridade (0 a 8 anos de estudo) 

E segundo o Ministério da Saúde cerca de 388 pessoas morreram diariamente por causas relacionadas a pressão alta, em 2017. (Tirar essa frase pq abaixo já está falando sobre isso)

“Dados preliminares do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, também mostram que, em 2017, o Brasil registrou 141.878 mortes devido a hipertensão ou a causas atribuíveis a ela. Esse número revela uma realidade preocupante: todos os dias 388,7 pessoas se tornam vítimas fatais da doença, o que significa 16,2 óbitos a cada hora. Grande parte dessas mortes é evitável e 37% dessas mortes são precoces, ou seja, em pessoas com menos de 70 anos de idade.”

Principais consequências da hipertensão arterial

A vasoconstrição, ou melhor, a contração das paredes dos vasos sanguíneos pode afetar alguns órgãos importantes do corpo ocasionando graves problemas de saúde. Por exemplo: no coração pode levar um infarto, nos rins uma paralisação e no cérebro um derrame cerebral, todas estas situações podem ser fatais. A hipertensão é na maioria das vezes silenciosa, não apresenta grandes alterações antes de atingir níveis perigosos, mas ela exibe alguns sinais que podem servir de alerta para você consultar um profissional de saúde, sendo: dores de cabeça, enjoo ou vômito, falta de ar, agitação, além disso, caso também apresente a visão borrada, este pode ser um sinal de alguma lesão que poderá afetar o cérebro, os olhos, o coração e os rins.

Como tratar a hipertensão arterial?

A Sociedade Brasileira de Hipertensão criou algumas regras de ouro para quem precisa manter a pressão sob controle, mas que serve como orientação para todas as pessoas cuidarem da própria saúde. Vamos ver os dez mandamentos contra a pressão alta:

  • Meça a pressão pelo menos uma vez por ano;
  • Pratique atividades físicas todos os dias;
  • Mantenha o peso ideal, evite a obesidade;
  • Adote alimentação saudável: pouco sal, sem frituras e mais frutas, verduras e legumes;
  • Reduza o consumo de álcool. Se possível, não beba;
  • Abandone o cigarro;
  • Nunca pare o tratamento, é para a vida toda;
  • Siga as orientações do seu médico ou profissional da saúde;
  • Evite o estresse. Tenha tempo para a família, os amigos e o lazer;
  • Ame (sua vida) e seja amado.

Para manter a saúde em dia é importante que você monitore seus indicadores, medindo ao menos uma vez ao ano sua pressão arterial, é importante também visitar um clínico geral para um acompanhamento mais completo.


Acidentes automobilísticos causam 50% dos traumatismos cranioencefálicos

A condição é a principal causa de incapacidade e morte entre crianças e adultos acidentados

 

Acidentes automobilísticos figuram a lista da Organização Mundial de Saúde (OMS) com as 10 maiores causas de mortes no mundo, ocupando a 8ª posição. São também uma das principais causas de internações hospitalares no Brasil, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), onde metade sofre algum tipo de traumatismo cranioencefálico (TCE).


Os números são altos e, segundo artigo publicado na Revista Neurociências sobre a situação epidemiológica de traumatismos cranioencefálicos (TCE) no Brasil, a condição é determinante para incapacitações e mortes, onde as faixas etárias mais afetadas são de 01 a 44 anos.


Levantamentos do Ministério da Saúde também mostram que somente no primeiro trimestre deste ano, mais de 50 mil internações por acidente de trânsito foram registradas. Em 2019, o total foi de 219.233 pacientes, uma estimativa de 110 mil pessoas com TCE. Quando não causa a morte, pode deixar sequelas que afetam o cognitivo, sensibilidade e movimentos do corpo.


“Consideramos traumatismo cranioencefálico, lesão causada por uma força externa que atinge a cabeça do indivíduo e causa danos. São as pancadas na cabeça, que podem decorrer de quedas, choques no esporte e, sobretudo de acidentes graves com veículos”, explica Dr. Paulo Honda, diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN).


Ainda segundo estes levantamentos, entre as principais causas de acidentes no trânsito estão: distração, com 37,1% das ocorrências; descumprimento das leis de trânsito, com 12%; alta velocidade, com 8,9% e dirigir alcoolizado, com 8% das ocorrências. Elas representam a morte de 1,5 milhão de pessoas no mundo e um custo para a saúde pública de cerca de 3% do PIB de grande parte dos países em desenvolvimento.



Esforços na redução de acidentes de trânsito


Devido ao alto número de afetados mundialmente por acidentes no trânsito, em 2011 a OMS instituiu a década da segurança no trânsito, com a meta global de redução de 50% das mortes e lesões, onde governos adotam medidas para minimizar as vítimas. O prazo acaba este ano e, embora tenha previsão de ser renovado por mais uma década, segundo informações do Ministério da Saúde o Brasil ainda está abaixo disso, com alcance de 24%. 


Anualmente, o governo brasileiro realiza campanhas para a conscientização para um trânsito mais seguro, mas elas precisam estar alinhadas a um código de trânsito que promova essa segurança. Em 2019, a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), compartilhada pela AMB e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) emitiram manifesto em favor da vida, onde pediram ao governo reforço às leis de trânsito e punição para o seu descumprimeito.


"A Sociedade Brasileira de Neurocirurgia apoia esta causa, pois se trata de uma questão de saúde pública, onde a vida das pessoas está em risco. Ações de educação e orientações ao cumprimento da lei, amplamente difundidas para a sociedade, podem ser grandes colaboradores para a redução destas lesões e fatalidades", comenta Dr. Paulo Honda.

Sociedade Brasileira de Neurocirurgia – A SBN é uma associação de médicos que exercem a especialidade de Neurocirurgia no Brasil. Fundada há 63 anos, em 1957, tem aproximadamente 2.800 sócios, sendo a terceira maior do mundo na especialidade. Sua missão é garantir o progresso da Neurocirurgia, por meio do incentivo ao aprimoramento da formação do neurocirurgião brasileiro, do monitoramento da prática profissional e da representação dos interesses dos neurocirurgiões. Mantém atividades regulares e ininterruptas no treinamento, ensino e formação do médico especialista em Neurocirurgia, seguindo protocolos e padrões que a colocam entre as melhores do mundo, conforme reconhece a WFNS – World Federation of Neurosurgery. Site:
www.portalsbn.org / Instagram @ sbn.neurocirurgia 

 



Fontes: OMS, ONU, SUS, Ministério da Saúde, Revista Neurociências.   


Setembro Amarelo: O papel do cirurgião-dentista na prevenção ao suicídio

Atendimento multidisciplinar é essencial para sucesso no tratamento


No Brasil, são registrados anualmente cerca de 12 mil casos de suicídio. Com o intuito de reduzir este número no país, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), organiza desde 2014 a campanha Setembro Amarelo®, que visa conscientizar a população sobre a doença. O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) apoia a iniciativa e destaca o papel importante dos cirurgiões-dentistas na prevenção ao suicídio.

Dados da ABP estimam que 96,8% dos casos estão relacionados a transtornos mentais, sendo as principais causas: depressão, transtorno bipolar e abuso de substâncias, respectivamente.

A odontologia, apesar de não ser a ciência humana que mais se relaciona com o tema, pode auxiliar no diagnóstico e contribuir no tratamento dos pacientes com depressão. Segundo o cirurgião-dentista e membro da Câmara Técnica de Odontologia Hospitalar do CROSP, Keller De Martini, a depressão pode afetar os hábitos das pessoas, fazendo com que elas se descuidem e, consequentemente, diminui a higiene oral, causando o desenvolvimento de doença bucais, como cárie, gengivite, periodontite e até mau hálito.

Outro sinal que pode estar associado à um quadro depressivo é o bruxismo – ranger de dentes durante o sono – que causa desgaste no esmalte dentário, dores de cabeça e orofaciais e dificuldade de se alimentar. “É imprescindível que o cirurgião-dentista trabalhe de maneira multidisciplinar e reforce ao paciente a importância de uma boa noite de sono, alimentação saudável, atividades físicas e um hobby para garantir que esse paciente inclua uma atividade prazerosa em seu dia a dia”, conta o cirurgião-dentista.

Além das orientações ao paciente, é importante que o cirurgião-dentista se informe também sobre o tratamento e os remédios aos quais o paciente está submetido, pois muitos antidepressivos têm como efeito colateral a redução do fluxo salivar ou não podem interagir com alguns medicamentos utilizados na odontologia, como por exemplo os anestésicos. “Como profissionais de saúde, devemos estar capacitados para realizar o atendimento do paciente com depressão. Se ele for tratado de maneira integral e multidisciplinar, a chance de melhora no seu quadro será muito maior”, afirma Keller.


Anamnese

É de suma importância que o cirurgião-dentista realize uma boa anamnese e pergunte ao paciente suas condições clínicas, bem como fatores emocionais e nutricionais – como por exemplo se perdeu o emprego ou apetite recentemente, terminou alguma relação ou passou por um processo de luto, entre outros.

Caso o cirurgião-dentista suspeite de quadro de depressão, o ideal é que converse com o paciente separadamente. Em seguida, o indicado é falar com algum familiar próximo e, por fim, voltar a falar com o paciente para que se inicie um tratamento psicológico. Desta forma, junto com a equipe multidisciplinar, ele pode ajudar na melhora do quadro.

 



Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

www.crosp.org.br


COVID-19 pode ser fator de risco para doenças cardíacas

Especialistas das unidades do Americas Serviços Médicos no Rio de Janeiro e da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) indicam a chamada cardiovigilância para quem enfrentou a doença     

     

Conforme as informações da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), diversas pesquisas têm demonstrado que pacientes que se infectaram com o novo coronavírus (SARS-CoV-2) podem sofrer com problemas cardíacos. Um estudo da Universidade de Salamanca, na Espanha, por exemplo, realizado com profissionais da saúde, indicou que inflamações no pericárdio e no músculo do coração (pericardite e miocardite, respectivamente) foram observadas em pessoas que tiveram a doença. No Brasil, a Universidade de Campinas (Unicamp), em um trabalho com 500 pacientes, concluiu que 70% desse total apresentou algum problema cardiovascular. Outra análise, feita por alemães, apontou o comprometimento do coração em 78% dos pacientes, mesmo após dois meses de recuperação. Para chamar a atenção da sociedade no mês marcado pelo Dia do Coração (29/9), especialistas indicam uma cardiovigilância, ou seja: um acompanhamento de perto da saúde do órgão, para as pessoas que enfrentaram a COVID-19.     

Alexandre Siciliano, diretor médico do hospital Pró-Cardíaco, unidade do Americas Serviços Médicos no Rio de Janeiro, diz que embora sejam estudos recentes, já indicam impactos relevantes na saúde do coração e, alguns, demonstram associação de pessoas que nunca tiveram problemas cardíacos antes. “É importante estar atendo aos sinais que o corpo dá, como dor no peito, desmaios e falta ar, que podem ocorrer após a fase aguda da COVID-19.  Já há relatos na literatura médica de encapsulamento do coração – o que pode gerar problemas ainda mais graves, se não forem acompanhados de perto”, observa.   

Evandro Tinoco, professor titular da Universidade Federal Fluminense (UFF), educador do Centro de Treinamento Edson Bueno e presidente do Departamento de Insuficiência Cardíaca e da Universidade do Coração da SBC, indica que durante a pandemia, instituições de saúde, relataram casos de internações de pacientes com dor precordial (no peito) e que alguns casos exigiram internação. “Foi possível observar situações menos graves, em que o acompanhamento ambulatorial foi indicado. No entanto, infelizmente, em alguns casos exigiu o tratamento com internação hospitalar, por representarem potencial de maior gravidade, como o infarto. Ou seja: acompanhar esses pacientes, de uma maneira estruturada e orientar que há necessidade de esclarecer esses sintomas, tendo em vista que a COVID-19 é muito recente e faz parte das instituições comprometidas em disseminar cuidados com a saúde”, alerta.     

Celso Musa, coordenador do Serviço de Cardiologia dos hospitais Vitória e Samaritano Barra, também integrantes do grupo Americas Serviços Médicos (ASM), reforça que as doenças do coração estão cada vez mais presentes nesses tempos de pandemia, seja por acometimento direto do próprio vírus no músculo cardíaco ou por efeitos secundários na saúde mental dos indivíduos. “ O isolamento social, a ansiedade e o medo da doença tem elevado os níveis de quadros de stress e depressão, que podem representar gatilhos para o desenvolvimento de distúrbios cardiovasculares como hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e infarto do miocárdio.  É de suma importância a manutenção do acompanhamento médico e a realização dos exames periódicos, pois a tão esperada vacina ainda pode demorar muitos meses para um resultado eficaz e a busca por qualidade de vida precisa diária”, finaliza Musa.   

    

Americas Serviços Médicos

www.americasmed.com.br 

  • Com hospitais transplantadores no RJ, SP e DF, a Rede Ímpar ultrapassou a marca dos 500 transplantes de medula óssea entre autólogos, alogênicos e haploidênticos em apenas 3 anos (média de 2 transplantes/dia).

  • O Rio de Janeiro responde pelo maior volume de transplantes de medula óssea realizados entre os hospitais da Ímpar, sendo o Complexo Hospitalar de Niterói (CHN) responsável por cerca de 60% do total de TMOs do estado.
  •         O Hospital Brasília, no Distrito Federal, é um dos poucos no país com expertise na realização de TMO como tratamento de Anemia Falciforme.

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Nesse novo normal, como fica o atendimento pré-hospitalar em um acidente? Quais os riscos? Que cuidados os médicos e enfermeiros devem tomar por conta da Covid-19? A epidemia mudou o atendimento pré-hospitalar? Essas são algumas das questões que estão sendo discutidas online, todas as quartas-feiras do mês de setembro, na 11ª Jornada Internacional de Trauma, um dos mais importantes eventos sobre o tema no Brasil, que reúne grandes nomes do Trauma no mundo.

Uso de ECMO (Suporte de Vida extra-corpóreo) no Doente Traumatizado é o tema de hoje, essa discussão e troca de experiencia entre os serviços, são essenciais para a melhoria da qualidade nos atendimentos. “O Trauma torácico fechado por vezes se complica com síndrome de desconforto respiratório agudo e grande dificuldade de ventilação mecânica secundário a contusão torácica. Além do que o paciente fica por vezes restrito em movimentações que dificultam terapias importantes nesse paciente como posicionamento em prona, por esse motivo consideramos ECMO para pacientes com contusão pulmonar extensa”, afirma o Cardiologista e Intensivista do Hospital Brasília, Vitor Barzilai.

Só quem já recebeu o diagnóstico de um câncer ou uma doença rara no sangue (leucemia, linfoma, anemia falciforme entre outras 200 doenças), sabe quanto um transplante de medula óssea (TMO) é importante. Entretanto, a pandemia de Covid-19 provocou uma queda no número de transplantes e de doadores de medula óssea colocando em risco a vida de pacientes que precisam do procedimento.

Até maio deste ano, foram cadastrados 106.963 novos doadores, segundo o REDOME1(Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea, do Instituto Nacional de Câncer), número que representa apenas 36% dos registros feitos em 2019 no mesmo período.

Atualmente no Brasil cerca de 850 pessoas vivem contando os dias à espera de um doador compatível entre os pouco mais de 5 milhões de doadores voluntários registrados1. Além disso, existem apenas 70 centros autorizados a efetuar o procedimento, e somente 30 têm habilitação para transplantes com doadores não aparentados, entre os quais os hospitais da Ímpar.

 

Expertise e reconhecimento internacionais

A paulista Vânia Valfogo Akagi, 31 anos, foi diagnosticada com linfoma de Hodgkin - tipo de câncer que se origina no sistema linfático e precisou ser submetida ao TMO do tipo autólogo, em que o paciente recebe as próprias células (células-tronco hematopoiéticas). O procedimento foi realizado no Hospital 9 de Julho, em São Paulo, primeiro e único hospital no mundo a ter seu programa de cuidados clínicos em Transplante de Medula Óssea (TMO) certificado pela Joint Commission International (JCI).

“Para conquistar o selo, o hospital foi avaliado em seu atendimento aos pacientes submetidos ao transplante desde a admissão no hospital, até o final do ciclo de 100 dias após a infusão de medula. Sermos o único do mundo a receber o reconhecimento da comissão mostra a competência da nossa equipe multidisciplinar altamente capacitada e a qualidade do atendimento oferecido”, explica ressalta Emerson Gasparetto, Chief Medical Officer da Ímpar.

A bióloga carioca Raquel Melo, 32 anos, foi diagnosticada com leucemia mieloide aguda (LMA), tipo de câncer em que há um excesso de glóbulos brancos no sangue ou na medula óssea.  Ela foi submetida a um transplante alogênico não aparentado, ou seja, a medula veio de um doador  100% compatível proveniente do banco de doadores de medula óssea[i], no Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), hospital da Ímpar que responde por cerca de 60% do total de TMOs realizados no estado do Rio de Janeiro.

 

Segurança reforçada para o paciente

O Hospital Brasília (Hobra), pertencente a Ímpar no Distrito Federal, é um dos poucos no País com expertise na realização de TMO como tratamento para a anemia falciforme, uma doença genética e hereditária, caracterizada por uma alteração anatômica nos glóbulos vermelhos (hemácias). Foi no Hobra que, em novembro de 2019, Dalva Carvalho Mendes Vidal, 38 anos, passou pelo procedimento tendo o irmão como doador. Hoje ela segue em recuperação e livre dos sintomas que a impediam de ter uma vida saudável e com qualidade.

Esses são apenas três entre os mais de 500 transplantes de medula óssea (TMO) realizados nos últimos três anos, nos hospitais da Ímpar que estão credenciados junto ao Sistema Nacional de Transplantes (SNT): Complexo Hospitalar Niterói – CHN (RJ), Hospitais 9 de Julho e Santa Paula (SP) e Hospital Brasília (DF).

“Doadores e pacientes que necessitam deste tipo de transplante devem dar continuidade a seus tratamentos. Nossos hospitais e equipes médico-assistenciais são altamente qualificadas e estão entre as poucas do país com expertise para realizarem o TMO haploidêntico, alternativa para casos graves em que não se encontra doador 100% compatível. Diferente do transplante não aparentado, o haploidêntico exige mais técnica e experiência das equipes, porque consiste em manipular as células de um doador parcialmente compatível (50%), geralmente um parente próximo como mãe, pai ou irmão do paciente”, ressalta Emerson Gasparetto, Chief Medical Officer da Ímpar.

O executivo explicou ainda que com a pandemia, os hospitais da Ímpar que já seguem protocolos e processos de padrão internacional, adotaram medidas ainda mais intensas para garantir maior segurança contra a contaminação por coronavírus aos pacientes que necessitam de transplante.

 

Como é feito o TMO?

A medula óssea é um tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos e onde são produzidas as células do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas). Quando uma doença afeta o funcionamento desse sistema, o transplante de medula óssea (TMO) pode ser o tratamento com maior chance de cura.

O TMO pode ser alogênico (quando a medula é obtida de um doador compatível), autólogo (a medula óssea ou as células tronco periféricas são retiradas do próprio paciente, armazenadas e reinfundidas após altas doses de quimioterapia) ou ainda haploidêntico, no qual o paciente recebe a medula de um doador parcialmente compatível, o que reforça a alta qualificação das equipes e a constante busca pela inovação.

Para receber o transplante, o paciente passa por um tratamento que destrói a sua própria medula para, em seguida, receber o material do doador sadio como se fosse uma transfusão de sangue. Essa nova medula é rica em células chamadas progenitoras, que vão circular pela corrente sanguínea até se alojar no interior dos ossos, onde se desenvolvem. Até que essa nova medula se forme, o paciente deve permanecer isolado para evitar infecções.

 

Ímpar

 

[i] Dados do REDOME (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea, do Instituto Nacional de Câncer), disponível em: http://redome.inca.gov.br/doador/como-se-tornar-um-doador/

Ansiedade x refluxo e a preocupação com aumento de casos gástricos na pandemia


O Brasil é o país com mais casos de transtorno de ansiedade (9,3%) em todo o mundo e o quinto em casos de depressão (5,8%), de acordo com uma pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgada neste ano


Durante o período de pandemia devido ao novo Coronavírus (COVID-19) muitos hábitos mudaram, o que intensifica ainda mais os sintomas de alterações psicológicas.

Além da dificuldade de concentração e alterações no sono, o refluxo é um dos efeitos colaterais relacionados ao transtorno de ansiedade, o que preocupa os especialistas em relação a um aumento de problemas digestivos durante o período. Pacientes que também têm hérnia de hiato apresentam ainda mais sintomas.

De acordo com o cirurgião e presidente da Sociedade Brasileira de Hérnia, Dr. Christiano Claus, a ansiedade altera a secreção do suco gástrico do nosso estômago. "O refluxo é uma doença digestiva na qual o ácido do estômago ou a bile voltam pelo esôfago, causando irritação na mucosa do tubo alimentar. A ansiedade altera a secreção do suco gástrico, a regulação de fatores ligados à mucosa do estômago e a percepção dos estímulos sensoriais gástricos", afirmou Claus.

A hérnia de hiato, uma das principais causas do refluxo e um agravante no caso de ansiedade para esse sintoma, é um defeito (abertura) no músculo do diafragma que faz com que o estômago suba para dentro do tórax.

SINTOMAS
O cirurgião Marcelo Furtado, vice-presidente da SBH, explica: "entre os principais sintomas estão refluxo ácido (azia e queimação). Com a hérnia de hiato, o mecanismo natural que impede que o ácido do estômago chegue até o esôfago deixa de existir. Outros sintomas comuns são sensação de "bolo" na garganta, irritação na garganta e no pulmão, tosse seca e dor no peito".

Nem todos os pacientes com hérnia de hiato apresentam sintomas. De acordo com o diretor da sociedade e cirurgião, Gustavo Soares, o tratamento pode ser medicamentoso ou cirúrgico. "Vai depender de fatores como o tamanho da hérnia; intensidade dos sintomas; idade e perspectivas do paciente em relação ao tratamento", assegura.


A recuperação cirúrgica exige repouso e dieta específica. Para saber mais acesse: sbhernia.org.br.

 

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