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quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Gastos em obras paralisadas e atrasadas em infraestrutura nos municípios passam de R$ 81 milhões



Três cidades acumulam 85% do orçamento total de edificações com problemas de cronograma; Santo André possui 4 obras dentre as 10 com maiores orçamentos.


O Estado de São Paulo possui mais de R$ 81 milhões de investimentos em obras paralisadas e atrasadas na área da infraestrutura urbana. Os números, que integram um levantamento realizado pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP), são referentes à soma do valor inicial dos contratos de empreendimentos que possuem programas de execução em seu cronograma.

O montante de R$ 81.195.861,00 é referente a um total de 28 obras cuja responsabilidade de execução é dos municípios. Três cidades – Santo André, Bauru e Caçapava – detêm um percentual de 85% dos valores investidos, segundo os dados fornecidos pelos próprios jurisdicionados e atualizados em 30 de junho deste ano.

A principal fonte de recursos para a realização das obras advém de convênios firmados com a União com um percentual de 53,6% do montante total. Quase um terço dos recursos para os empreendimentos – 28,6% - é fruto de ajustes firmados com o governo estadual. Em 10,7 % dos casos, a verba empregada provém de contratos de financiamento e apenas 7,51% são de recursos próprios das administrações municipais.


. Ranking

No ranking das 10 obras mais caras, e que se encontram no estado de ‘atrasadas e paralisadas', Santo André está no topo com 4 (quatro) empreendimentos em situação inadequada. 

Ao somar as cifras somente deste município, os custos chegam a R$ 45.349.617,09 – 55% do total no segmento: serviços de urbanização do Núcleo Espírito Santo, Jardim Irene, Parque Américo e Homero Thon, Jardim Cristiane – este último com data prevista para ter sido concluída em 13 de dezembro de 2012.

As cidades de Bauru e Caçapava também aparecem nesta classificação. Juntos com Santo André, ocupam as 7 (sete) primeiras posições dos empreendimentos em condições críticas - R$ 69.573.968,10, - o que representa um percentual de 85%. 

Em Bauru, obras de pavimentação asfáltica nos Parques Jaraguá e Santa Edwiges que estão paralisadas e atrasadas representam aos cofres públicos o valor de R$ 14.479.331,50. Já em Caçapava, empreendimentos de drenagem e pavimentação nos bairros Residencial Esperança e Aldeias da Serra com valores de R$ 6.035.708,44 e R$ 3.709.311,07, respectivamente.

Os municípios de São Roque, Regente Feijó e Suzano completam a lista das 10 obras caras e que se encontram atrasadas e paralisadas. As 3 (três) cidades registram um total de R$ 3.099.800,93 em valores iniciais de contratos já ajustados. 

Na listagem, Campinas é o único município cuja responsabilidade sobre as obras é de competência do Estado. Os serviços de urbanização e interligação elétrica da cabine de energia do Laboratório de Inovação de Biocombustíveis, ao custo inicial de R$ 545.000,00, foram contratados por meio da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).


. Mais de 1500 Obras em situação inadequada em todo o Estado

Os números do TCESP apontam que o Estado de São Paulo possui 1.591 obras paralisadas e atrasadas e que o montante de recursos públicos envolvidos, entre empreendimentos nos municípios e de competência estadual, chega ao total de R$ 49.565.465.035,29.

O TCE disponibilizou uma ferramenta que permite ao cidadão verificar a relação de todas as obras que se encontram atrasadas e/ou paralisadas nos municípios e no Estado. O infosite ‘Mapa Virtual de Obras’ dá a opção para o internauta ‘navegar’ por meio de um mapa do Estado, e localizar, de forma interativa, as obras que se encontram com problemas de execução contratual.  

O mapa ainda disponibiliza gráficos que apontam as principais fontes de recursos dos empreendimentos e a classificação das obras por áreas temáticas (Educação, Saúde, Habitação, Mobilidade Urbana, Abastecimento de água e tratamento de esgoto e melhoria dos equipamentos urbanos). 





Coordenadoria de Comunicação Social (CCS)
Tribunal de Contas do Estado de São Paulo


Paulistanos navegam pela primeira vez no Rio pinheiros


Na maior cidade do país, pela primeira vez o Rio Pinheiros recebeu um passeio aberto à população para inspirar não apenas os participantes, mas toda a população nacional sobre a importância da limpeza dos rios.

Em sua 4a edição, a ação Por uma cidade navegável tem como objetivo promover a conscientização da sociedade e estimula-la a contribuir com a despoluição dos rios, evitando jogar lixo nos próprios rios e nas ruas das cidades. Queremos aproximar as pessoas dos rios urbanos e inspira-las mostrando as diversas oportunidades e benefícios que a sociedade teria se os rios fossem limpos, como o lazer e o turismo ou também para melhorar o trânsito das metrópoles com mais uma via de acesso e um tipo de transporte menos poluente, como é o hidroviário.

“A exemplo das cidades da Europa, São Paulo pode ser uma cidade navegável. O Rio Tâmisa era tão poluído quanto o nosso Rio Pinheiros e hoje recebe circulação de embarcações. Essa é a nossa primeira ação de conscientização sobre a despoluição do Rio Pinheiros, motivados pela promessa do Governador João Dória. Por isso, trouxemos a população para navegar e mostrar que é possível, seja para lazer ou como transporte público. Nós montamos duas estações em 48 horas, é possível montar 50 estações em um mês, nós só precisamos da despoluição. Outro ganho será com o crescimento da indústria náutica brasileira que crescerá muito com a possibilidade de navegabilidade do Rio Pinheiros e Tietê”, afirma Ernani Paciornik, publisher da revista Naútica e organizador do São Paulo Boat Show.

“A meta da EMAE (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) em 12 meses é retirar 500 mil metros cúbicos de lixo. Isto significa água mais límpida, mais translúcida e uma maior profundidade, que é muito importante. Estamos com especialistas da Escola Politécnica da USP e da Marinha do Brasil nos assessorando sobre qual navegabilidade é possível a médio e longo prazo, se é possível para lazer ou transporte coletivo”, declarou Ronaldo Souza Camargo, Presidente da Emae.


Dengue dispara no Brasil com combate ao mosquito baseado em veneno e campanhas populares


Projeto piloto em área da cidade paranaense de Jacarezinho soma tecnologia à conscientização e reduz em mais de 90% a população do Aedes aegypti


O uso de venenos e as campanhas de conscientização popular não têm sido suficientes para reduzir a dengue no país. Prova disso é que os números da doença deram novo salto no Brasil, em 2019. Dados do Ministério da Saúde apontam que o país registrou 1.439.710 casos da doença até o final de agosto, representando um aumento de 599% comparado ao mesmo período de 2018. A febre chikungunya também avançou, com 76.742 ocorrências, 69,3% a mais do que o verificado no mesmo intervalo de tempo do ano passado. Já a zika registrou crescimento de 47,1%, com 9.813 casos.

Em Jacarezinho, no interior do Paraná, o trabalho de conscientização ganhou na tecnologia um aliado que está fazendo a diferença: a cidade registrou reduções superiores a 90% no número de mosquitos Aedes aegypti, na área contemplada pelo Projeto Controle Natural de Vetores. O piloto foi desenvolvido pela empresa de biotecnologia Forrest Brasil em parceria com o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e a prefeitura.

A consequência natural da redução dos mosquitos foi a queda no registro da doença na área atendida pelo projeto: em 2019, até abril, quando o projeto foi encerrado, a região do Aeroporto registrou apenas três casos de dengue. O número representa menos de 5% do total de registros na cidade no mesmo período. Esta mesma área, em epidemias anteriores apresentou um elevado número de doentes. Foram 340 casos de dengue em 2015 e 52 em 2011, representando respectivamente 10% e 30% do total de casos da doença registrados na cidade nesses anos.

Com a eficácia da tecnologia comprovada, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) concedeu a licença de operação a empresa, permitindo que a tecnologia da Forrest seja aplicada em todo o estado. Recentemente, a empresa ganhou uma licitação em Jacarezinho de modo que o Projeto possa atender a Vila São Pedro, um bairro bastante afetado pela dengue no município.

Os resultados positivos estão agora sendo apresentados para outras cidades em todo país. “Os dados comprovam que a tecnologia, aliada ao trabalho de educação e conscientização da população, contribuiu para a redução significativa dos índices de infestação do Aedes aegypti, e mais importante, pela primeira vez um método foi comprovadamente eficaz na prevenção da dengue. Estamos levando esses resultados para autoridades de outras cidades que enfrentam o mesmo problema e buscam soluções sustentáveis para combater a dengue e outras doenças relacionadas a esse mosquito”, conta Elaine dos Santos, diretora da Forrest Brasil.

“Foram sete meses de soltura sistemática de mosquitos machos estéreis, totalizando 12 milhões de mosquitos, que resultaram em reduções significativas no número de insetos e consequentemente nos casos de dengue, na região do Aeroporto, em Jacarezinho. A técnica natural consiste em esterilizar mosquitos machos e soltá-los na natureza. Como a fêmea copula uma única vez durante a vida, se a cópula for com um macho estéril então não haverá descendentes. Já se a cópula acontecer com um macho não estéril, uma fêmea pode gerar até 500 ovos, que vão resultar em novos mosquitos”, explica a cientista Lisiane de Castro Poncio, coordenadora do projeto.


Campanha


A alarmante disparada da dengue, zika e chikungunya acende um sinal de alerta para a urgência de medidas eficazes no combate ao mosquito Aedes aegypti. A nova campanha publicitária lançada nesta semana pelo Ministério da Saúde fala em conscientizar os gestores de saúde e toda a população sobre a importância de a sociedade se organizar, antes da chegada do período chuvoso, para o combate aos criadouros do mosquito. “É importante a mobilização da população, mas além disso precisamos adotar medidas eficazes para termos resultados concretos. O sucesso do trabalho realizado em Jacarezinho é um exemplo que pode servir para outras regiões do Brasil”, completa a diretora da Forrest Brasil.

Números do Paraná


O boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde no último dia 10 de setembro aponta 257 novos casos da doença registrados no Paraná desde a primeira semana de agosto. Dos casos confirmados, 204 são autóctones, ou seja, foram contraídos no mesmo município em que a pessoa infectada vive. Além disso, mais 14 cidades registraram casos pela primeira vez desde o início do levantamento epidemiológico.

Os municípios com maior número de casos confirmados são: Foz do Iguaçu (19), São Miguel do Iguaçu (18) e Umuarama (14). Os municípios com maior número de casos suspeitos notificados são: Londrina (440), Foz do Iguaçu (229) e Maringá (182). De acordo com o boletim, dois municípios estão em situação de alerta de epidemia da doença: Floraí e Inajá.


Mosquito prolifera no inverno

Embora a maioria dos casos de dengue seja registrado no verão, nos meses mais frios do ano o Aedes aegypti continua proliferando, circulando e trazendo riscos à população. “Se os criadouros não forem eliminados, os ovos depositados podem permanecer intactos por meses, podendo dar origem a um novo ciclo do mosquito. É fundamental que a população tenha essa consciência e contribua no combate ao mosquito”, alerta Lisiane.


Prevenção

A maior parte dos focos do mosquito está nos domicílios e, por isso, adotar medidas preventivas é uma das maneiras de combater o Aedes aegypti.


Confira algumas dicas simples:
 

- Manter as garrafas vazias ou baldes viradas para baixo;

- Não deixar entulho no quintal ou nas ruas e varrer diariamente a água parada;

- Cobrir as caixas d'água, poços ou piscinas e manter as calhas de água limpas;

- Colocar terra ou areia nos pratos dos vasos de planta;

- Manter a lata de lixo devidamente tampada;

Guardar pneus em locais cobertos, longe da chuva;

- Tampar os ralos pouco usados com um plástico, jogando água sanitária no cano 2 vezes por semana;

- Diminuir o número de bebedouros de cães, gatos e passarinhos e lavar com água e sabão ao menos duas vezes por semana.
 




Forrest Brasil Tecnologia


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