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O Novembro Azul volta a colocar a saúde masculina em evidência e traz para o debate um dos temas mais recorrentes no país: o câncer de próstata. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a projeção para o triênio 2023–2025 foi de aproximadamente 71,7 mil novos casos anuais da doença no Brasil.
Trata-se da
neoplasia mais comum entre homens, excluindo os tumores de pele não melanoma.
Em mortalidade, dados oficiais registraram 16.300 óbitos por câncer de próstata
em 2021 no país, o que acende o alerta para a importância do diagnóstico em
fases iniciais da doença, quando as chances de cura são significativamente
maiores.
O médico urologista e andrologista Douglas Rodrigues, do Hospital Mater Dei Goiânia, explica que o câncer de próstata ocorre pela multiplicação anormal das células da glândula localizada abaixo da bexiga, responsável por compor parte do líquido seminal. Ele observa que o tumor é um dos mais frequentes em todo o mundo: “É o segundo câncer com o maior número de mortes no Brasil e no mundo. 1 em cada 7 homens vai padecer da doença. A cada 8 minutos um novo caso é diagnosticado no Brasil. A cada 40 minutos um homem morre da doença no Brasil. É um dos cânceres mais curáveis quando achado cedo.”
A ausência de sintomas nas fases iniciais é um dos fatores que tornam o rastreamento anual essencial. É nesse ponto que a campanha Novembro Azul ganha relevância, aproximando informações confiáveis do público masculino e incentivando avaliações periódicas com o urologista.
Critérios
de avaliação e exames que fazem parte do rastreamento
Douglas Rodrigues esclarece que rastreamento e diagnóstico têm funções distintas na prática clínica. O rastreamento é direcionado a homens sem sintomas, com exames que buscam alterações iniciais e deve ser realizado anualmente. Os métodos mais utilizados são o PSA — exame de sangue — e o toque retal, que permite avaliar o tamanho e a consistência da próstata, se existe algum nódulo suspeito. Já o diagnóstico envolve investigação mais detalhada, como ressonância magnética multiparamétrica e biópsia da próstata guiada por fusão de imagem.
Sociedades médicas internacionais, como American Urological Association, e a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), orientam que a avaliação seja discutida a partir dos 50 anos nos homens em geral, e aos 45 nos casos de homens com fatores de risco, como histórico familiar de câncer de próstata, pele negra. Em contextos de maior risco com histórico familiar importante ou múltiplos casos precoces, pode-se considerar a partir dos 40 anos.
O INCA também destaca que o avanço da idade é um fator determinante para a incidência: a maior parte dos diagnósticos ocorre em homens acima de 50 anos. Histórico familiar, obesidade, dieta rica em gorduras animais, alimentos industrializados, sedentarismo e tabagismo também estão entre os fatores que influenciam o risco de desenvolvimento da doença.
Sintomas
que merecem atenção e mitos frequentes
Apesar de o câncer de próstata geralmente não apresentar sintomas no início, alguns sinais devem motivar busca por avaliação especializada: jato urinário fraco, necessidade de urinar com frequência à noite, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, sangue na urina ou no sêmen, dor óssea persistente, perda de peso sem causa aparente e cansaço excessivo. O urologista reforça que esses sinais não confirmam a doença, mas exigem investigação clínica.
Ele também comenta mitos que costumam gerar resistência entre pacientes. Entre eles, a ideia de que o toque retal é doloroso ou desnecessário quando o PSA está normal. “Os dois exames se complementam; um não substitui o outro”, afirma. Outro equívoco comum é acreditar que todo tratamento causa perda de função sexual ou urinária. Segundo Rodrigues, as abordagens atuais são individualizadas e levam em conta as características de cada caso.
O Hospital Mater
Dei Goiânia conta com exames modernos na investigação do câncer de próstata e
na detecção precoce da doença. Entre os recursos disponíveis estão exame de
PSA, toque retal, ultrassonografia transretal, ressonância magnética
multiparamétrica e biópsia prostática por fusão de imagem — técnica que combina
ultrassom e ressonância para aumentar a precisão na identificação de lesões
suspeitas.
De acordo com o especialista, quando o tumor é identificado em estágios iniciais, “as taxas de cura ultrapassam 90%”. O hospital atende homens de diferentes faixas etárias, incluindo pacientes particulares e de convênios, com foco em avaliação, investigação e acompanhamento clínico.

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