Quando falamos de inovação educacional, geralmente conectamos o
assunto à tecnologia. No entanto, a tecnologia é apenas um dos meios para uma
educação verdadeiramente inovadora. Para transformar esse contexto, é
necessário inovar em processos, nas estratégias pedagógicas, de admitir, de
avaliar, no aperfeiçoamento de professores. É necessário cocriar currículos com
os estudantes e principalmente com o mercado.
As instituições de educação são grandes ferramentas de
transformação social, por isso é preciso promover o desenvolvimento prático,
simulado, interprofissional e em equipe. No ensino superior, isso deve ocorrer
dentro e fora do campus universitário e por meio de uma visão sistêmica da
realidade que vivemos. Temas como sustentabilidade, ética, bem-estar, saúde
mental e empreendedorismo consciente são fundamentais para que a academia
também cumpra esse papel.
Devemos gerar impacto positivo e cidadãos preparados para a vida, que se tornem excelentes profissionais, e acima de tudo, que sejam pessoas responsáveis, éticas e conscientes dos seus atos. Precisamos de novas referências e de lideranças cidadãs no nosso planeta. Para isso, é preciso ampliar a consciência social por meio de projetos de extensão, conscientizar sobre a importância do bem-estar e saúde mental para o crescimento pessoal e profissional dentro das matrizes curriculares; fomentar a visão e atitude empreendedora ética e responsável, a sustentabilidade e também fornecer estrutura tecnológica para pesquisa.
O Centro Universitário Facens, por exemplo, é a instituição
de ensino superior privada mais sustentável do país pelo ranking internacional
UI Green Metrics. É um campus inteligente, com dez centros de inovação que
atuam em diversas frentes, além de empresas sediadas no mesmo espaço, com
oportunidades de emprego e pesquisa para estudantes e professores. Dentro da
área acadêmica e em todo esse ecossistema, é possível levar temáticas e
desafios globais para dentro da sala de aula, de forma prática, por meio do
desenvolvimento de projetos, simulações, trabalhos em grupo, atendendo as
necessidades das comunidades e das empresas.
Resultado disso é um índice de empregabilidade que há mais de
cinco anos ultrapassa 90% dos estudantes, antes de concluírem a graduação, e a
percepção individual do potencial que a educação inovadora tem no
desenvolvimento de profissionais mais do que capacitados, preparados para o
futuro.
A adoção generalizada desse modelo ainda enfrenta desafios, especialmente as barreiras de regulamentação que os cursos de graduação devem seguir no país. Para superá-los é essencial usar a criatividade e flexibilizar o que for possível, garantindo uma educação diferenciada e atualizada. É saindo da zona de conforto, por meio do exercício pleno da humanidade em atuações diretas, que o aluno desenvolve competências essenciais para a vida e é papel das instituições de ensino promover isso.
Thais Beldi - Diretora de Estratégia e Inovação no Centro Universitário Facens, referência em metodologias inovadoras de educação nas áreas de engenharia, tecnologia, arquitetura e saúde.
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