Estudar
é a base para ir bem e toda prova, mas isso deve ser usado com estratégia, e
ser estratégico inclui lidar também com as questões com as quais você tiver
dificuldade, afirma Caio Temponi, jovem aprovado 18 vezes em vestibulares
Em
provas de concurso, cada ponto conta e cada erro também. Por isso, o famoso
“chute” é um recurso que, apesar de parecer muito tentador em momentos de
dúvida, pode ser uma armadilha para quem não sabe usá-lo com inteligência.
De acordo com Caio Temponi, jovem aprovado 18 vezes em vestibulares e
especialista em técnicas de estudo para concursos, o chute deve ser o último
recurso de um candidato, nunca um plano principal, pois isso pode
prejudicar a nota final do candidato.
“O ideal é chegar à prova com segurança no conteúdo, estudando de forma
direcionada ao edital e com base em provas anteriores. Mas é claro que, em
algum momento, o candidato pode se deparar com uma questão mais desafiadora”.
“Nesses casos o ideal é se apegar a qualquer referência prévia do tema que você
tenha para eliminar o máximo de alternativas ou definir a mais provável, mas
nos casos raros de ser um tema muito específico do qual você nunca teve contato
é importante ter em mente que pode ser o tipo de questão que desempata, nesses
casos é preciso ser bastante estratégico”, explica.
Estudo direcionado antes de tudo
De acordo com Caio Temponi, não existe estratégia de chute que substitua o
estudo consistente.
“Quem tenta se apoiar apenas na sorte dificilmente vai longe. O que dá
resultado é estudar de maneira planejada, entender o formato da banca, revisar
os conteúdos mais cobrados e treinar o tempo de prova. O chute é uma exceção,
não a regra”, reforça.
Ele lembra que estudar com base no edital é o que garante eficiência no
aprendizado.
“O edital é como o mapa da prova. Se o candidato dominar o que está ali, ele
reduz as chances de precisar chutar e aumenta a probabilidade de acertar por
conhecimento real”, diz.
Quando e como recorrer ao chute?
Em provas de múltipla escolha, principalmente as de grande volume, é comum
que o candidato se depare com questões inesperadas. Nesses casos, há técnicas
que podem ajudar a minimizar o erro.
“Quando não há nenhuma referência prévia para se basear, o candidato pode
analisar o enunciado com calma, eliminar alternativas absurdas que sempre estão
presentes e observar o padrão de linguagem da banca. Às vezes, a forma como a
questão é redigida já indica o caminho mais provável”, comenta.
Ainda assim, ele reforça que o chute deve ser sempre calculado e usado apenas
quando todas as possibilidades de raciocínio se esgotarem.
“Chutar por desespero ou marcar aleatoriamente pode derrubar sua nota,
especialmente em provas que têm penalidade por erro”, alerta.
Gestão emocional e foco
Para Caio Temponi, outro ponto fundamental para o concurseiro é o controle
emocional durante a prova.
“Muitos candidatos erram não por falta de conhecimento, mas por ansiedade.
Quando o nervosismo domina, o raciocínio trava e o chute vira um impulso, não
uma estratégia. Por isso, manter a calma e saber administrar o tempo é tão
importante quanto dominar o conteúdo”, destaca.

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