A rinossinusite crônica com pólipos nasais, também conhecida como sinusite com pólipos nasais ou polipose nasal, é uma inflamação persistente dos seios da face. Ela é caracterizada pelo surgimento de pólipos — formações benignas que crescem dentro do nariz, bloqueando a passagem do ar e afetando diretamente a respiração, o olfato e o bem-estar dos pacientes¹,³.
“A sinusite crônica com
pólipos nasais é uma doença crônica que muitas vezes passa despercebida. Os
sintomas podem parecer comuns, como nariz entupido ou perda de olfato, mas o
impacto é profundo e contínuo. Muitos pacientes convivem por anos com esses
sinais sem saber que existe um diagnóstico específico e tratamento adequado”,
explica o Dr. Thiago Bezerra (CRM-PE: 19120), otorrinolaringologista do
Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC/UFPE) e professor
da UFPE.
Como é feito o diagnóstico?
Por se tratar de uma doença
crônica e muitas vezes silenciosa, o diagnóstico pode demorar. O processo
geralmente envolve:
- Avaliação
clínica dos sintomas persistentes;
- Exame
endoscópico nasal;
- Exames de
imagem como tomografia dos seios da face;
- Análise de histórico de asma e resposta a tratamentos anteriores1-⁴.
“Pacientes com sinusite com
pólipos nasais muitas vezes enfrentam uma longa trajetória até o diagnóstico
correto e o acesso a um tratamento adequado. Mesmo após múltiplas cirurgias e
uso contínuo de corticoides, os sintomas podem persistir e comprometer
atividades do dia a dia, como sentir cheiros, dormir bem ou respirar com
facilidade”, afirma o Dr. Bezerra.
Consulta pública pode ampliar acesso ao tratamento
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) abriu recentemente uma Consulta Pública⁵ para avaliar a ampliação do acesso a um tratamento para sinusite com pólipos nasais grave e refratária. O objetivo é ouvir pacientes, médicos, familiares e toda a sociedade sobre a possível incorporação desse tratamento ao rol de coberturas obrigatórias dos planos de saúde.
“A Consulta Pública é uma oportunidade única para dar visibilidade a um grupo de pacientes que sofre em silêncio. Muitos convivem com dor facial, obstrução nasal, perda de olfato, alterações do sono e da alimentação, sem saber que há alternativas. A participação ativa da sociedade é um gesto de empatia e de reconhecimento do direito ao acesso à saúde com base em evidências”, reforça o especialista.
A Consulta Pública estará
aberta até 1º de julho de 2025 e todos podem participar.
Como participar da consulta pública
- Basta
acessar o site da Agência Nacional de Saúde Suplementar pelo link Link
e rolar a tela até encontrar o link de acesso à consulta pública n° 157.
- Ler o
relatório técnico e entender os critérios e evidências científicas avaliadas.
- Preencher o
formulário de consulta pública compartilhando as considerações e apoio à
incorporação do tratamento.
Fonte: Dr. Thiago Bezerra, otorrinolaringologista do Hospital das Clínicas da UFPE, professor da UFPE e membro da Diretoria da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e da Academia Brasileira de Otorrinolaringologia e da Academia Brasileira de Rinologia.
Referências:
- Staudacher
AG; Ann Allergy Asthma Immunol; 2020;124;318–325
- Pilan, R. et
al. Prevalence of chronic rhinosinusitis in São Paulo. Rhinology.
2012;50:129-138
- Bachert C,
et al. J Asthma Allergy. 2021;14:127–134
- Laidlaw TM,
et al. J Allergy Clin Immunol Pract. 2021;9:1133-41
- Diário
Oficial da União - Edição Nº 108 de 10/06/2025 - Pág. 78 - Disponível em: Link
Material dirigido ao público em geral. Consulte sempre seu médico.

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