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quinta-feira, 12 de junho de 2025

Amor no ar e pés no chão: o que casais apaixonados precisam saber antes de dizer “sim”

Nesta quinta-feira, 12 de junho, Dia dos Namorados, especialista em Direito de Família destaca a importância de pactos nupciais e acordos legais para garantir segurança, clareza e tranquilidade na vida a dois
 

O Dia dos Namorados chega trazendo flores, jantares românticos e promessas de um futuro a dois. Mas, em meio ao clima apaixonado, vale também abrir espaço para conversas práticas, daquelas que ajudam a construir uma relação sólida e sem surpresas. Para quem planeja casar em 2025, esse pode ser o melhor momento para colocar o amor no papel, e no contrato. 

Segundo Ariadne Maranhão, advogada especialista em Direito de Família e Sucessões, o planejamento patrimonial, sucessório ou matrimonial são formas mais conscientes de demonstrar cuidado com a relação e com o parceiro. “Quando um casal decide formalizar a união, ele também precisa decidir como será a gestão da vida em comum. E isso inclui temas como divisão de bens, pacto antenupcial, testamento e até acordos sobre pensão ou guarda de filhos e pets, em caso de separação”, explica. 

Ainda é comum que esses assuntos sejam evitados por parecerem frios ou pessimistas, mas a especialista reforça que abordar esses temas com franqueza é um ato de responsabilidade e respeito mútuo. A escolha do regime de bens, como comunhão parcial, separação total ou comunhão universal, por exemplo, determina como o patrimônio será compartilhado e administrado ao longo do casamento e em caso de divórcio. “Muitos casais acabam assumindo o regime padrão por falta de orientação, sem entender os impactos legais disso no futuro”, pontua. 

Já o pacto antenupcial é uma ferramenta jurídica pouco explorada, mas extremamente eficiente para definir regras específicas sobre a administração dos bens do casal, responsabilidades financeiras e critérios de separação. “O pacto pode ser personalizado conforme a realidade e os interesses de cada casal. É um documento que ajuda a evitar litígios e facilita acordos, caso a união chegue ao fim”, afirma Ariadne. 

Outro aspecto essencial é a proteção de bens anteriores ao casamento, sobretudo em contextos em que um dos cônjuges já possui patrimônio consolidado. Formalizar esses limites e registrar as informações com clareza pode evitar longas disputas judiciais e preservar os direitos individuais de cada parte. 

Além disso, planejar o futuro também envolve considerar a sucessão patrimonial. A elaboração de um testamento ou a revisão de documentos pode garantir que os desejos do casal sejam respeitados em caso de falecimento e que não haja conflitos entre herdeiros, especialmente em famílias com filhos de casamentos anteriores. 

Para Ariadne, esses cuidados não anulam o romantismo, pelo contrário, fortalecem a base da relação. “Planejar juridicamente é um ato de amor. É garantir que, mesmo nos momentos difíceis, haja respeito, segurança e clareza sobre os direitos e deveres de cada um. Quando o casal se alinha desde o início, consegue viver o presente com mais leveza e projetar o futuro com mais confiança”, conclui. 



Ariadne Maranhão - advogada especialista em Direito das Famílias e Sucessões com uma trajetória de mais de 20 anos de atuação na área. Formada em Direito pela Universidade Gama Filho (UGF) em 1999, é membro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RJ) desde 2000. Ao longo de sua carreira, especializou-se em temas fundamentais para a gestão de patrimônios e litígios familiares, destacando-se como uma referência em Planejamento Patrimonial e Sucessório, Mediação Familiar e Direito das Sucessões. Além de sua carreira jurídica, Ariadne é uma mulher multifacetada: atleta de ultramaratona, vegetariana estrita e defensora incansável dos direitos dos animais. Seguindo os princípios do Espiritismo Cristão, ela é comprometida com causas sociais e humanitárias.


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