A mudança na forma de consumo,
impulsionada não apenas pela pandemia, mas também pelo passar do tempo, fez com
que o público começasse a se sentir saturado com alguns formatos tradicionais
de marketing, como anúncios televisivos e banners online.
Nesse
cenário, as marcas e anunciantes tiveram de encontrar novos caminhos e
principalmente, avaliar aquilo que mais demandava atenção. Diante disso, os
olhos estão voltados para o marketing de influência e conteúdo de qualidade,
pois ambos permitem uma metrificação confiável, com desempenho de qualidade, e
a um custo mais acessível comparados aos investimentos em produções e mídia
tradicional
Já
temos estratégia como as de media for equity, onde o influenciador
se torna uma espécie de embaixador fixo da marca em troca de participação nas
ações da empresa. E tudo isso nos mostra a potência que podemos explorar,
trazendo visibilidade, autoridade, alcançando novos públicos e cada vez mais criando
vínculo com quem queremos conversar.
No entanto, os dados recentes do estudo Influence Marketing Scope, realizado
pela Scopen revelam que apenas 0,23% do faturamento das empresas é
direcionado para o marketing de influência. Em média, as empresas participantes
da pesquisa, que faturaram cerca de R$ 5,8 bilhões em 2022, destinaram apenas
R$ 1,3 milhões para essa categoria em 2023. Isso representa uma alocação
relativamente pequena de recursos para o marketing de influência, equivalente a
apenas R$ 0,23 para cada R$ 100 de faturamento.
É
interessante notar que, em comparação, as marcas investem mais em relações
públicas (R$ 0,36) e marketing e publicidade (R$ 3,50). Esses números destacam
a necessidade de uma maior conscientização sobre o potencial do marketing de
influência e a importância de considerá-lo como parte integrante da estratégia
de marketing das empresas da indústria.
Seria
medo de investir? Entenda por que marcas não devem temer
É
preciso entender que os riscos surgem de toda forma, tudo que colocamos no ar
passará pelo julgamento de quem desejamos atingir. Para o conteúdo ser
percebido pelo usuário com outros olhos, ele precisará se conectar com a
narrativa proposta. Os valores da marca precisam estar alinhados com o
influenciador para assim a conexão acontecer.
Ainda, sim, diferente de um tempo atrás, hoje temos a possibilidade de
encontrar em minutos o histórico de falas ou atitudes não correspondentes com a
marca, graças à tecnologia e o avanço do setor. Claro, precisamos ser humanos e
entender que além do que é conteúdo de marca, esta pessoa influenciadora tem
uma vida em paralelo e nada parará. Por isso, considere que os riscos são
iminentes e não tem como fugir, mas podemos, sim amenizá-los.
Estratégias para controlar os riscos e
cancelamentos à marca
Para que não ocorra cancelamento com sua marca, você pode contar com a
visibilidade que um disaster check pode trazer. Com ele você mapeia conteúdos
sensíveis, conteúdos relacionados e histórico dessa pessoa na internet, e até
mesmo entender se esse influencer já fez conteúdo para concorrentes dentro da
sua categoria.
Esteja
ao menos preparado com os riscos mais superficiais mapeados. Com o alcance
gerado pelo conteúdo, outras problemáticas podem surgir, e responder da forma
correta será imprescindível. Além de contar com apoios de assessorias de
imprensa em caso de gestão de crise.
Então, como escolher o influencer certo para uma parceria?
Com um olhar além dos números de seguidores, já sabemos que total de seguidores
não resume os números de engajamento e principalmente a afinidade do público
com a oferta em questão.
Um movimento bem valorizado é a
massividade aplicada com micro e nanos influenciadores, com foco no conteúdo do
dia a dia e dispersão da mensagem, marcas da indústria obtêm bons resultados.
Dessa forma, antes de escolher, é preciso de um entendimento sobre canais e
mensagens que o seu público mais tem proximidade, isto é, canais para
compreender de onde o seu público consome o conteúdo, e mensagem para dominar o
formato a ser trabalhado. Após estas definições, deve-se fazer um mapeamento de
perfis correspondentes, análise dos números que interessa e por fim a
negociação e operação da sua campanha. Lembre-se de monitorar os resultados e
otimizar o que encontrar de oportunidade.
Por
mais que o Instagram tenha sido a terceira rede social mais utilizada no Brasil
em 2023, ela não está sozinha neste ranking. A variedade de canais é também uma
forma de popularizar sua marca. Como apontam as tendências para 2024, o YouTube
está voltando como grande potencializador de estratégias.
Por
fim, vale frisar que os influenciadores podem trazer uma voz autêntica para as
marcas, ajudando a criar narrativas convincentes que ressoam com os
consumidores. Suas recomendações e avaliações têm o potencial de influenciar as
decisões de compra dos seus seguidores, tornando-os uma poderosa ferramenta de
marketing para as marcas da indústria.
Gustavo Alves - sócio e Head de
Projetos e Atendimento na KARU, agência de marketing especializada em soluções
tailor made.
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