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quinta-feira, 18 de abril de 2024

A culpa é dos hormônios!

 

A Dra. Elaine Dias JK, PhD em endocrinologia pela USP e metabologista, explica como as mudanças hormonais podem interferir nas emoções, no humor e na rotina das pessoas.

 

Quem nunca ouviu a “justificativa” de que o mau humor era culpa dos hormônios? Acredite, eles realmente podem ser os responsáveis pelas alterações de comportamento no dia a dia, além de muitas disfunções, como aquelas relacionadas a fome, ansiedade, disposição, alteração do cabelo, das unha, da libido etc. “Eles têm grande interferência na rotina das pessoas, no bem-estar e no mal-estar. Por isso, precisam ser analisados por um médico especialista, podendo haver a necessidade de tratamento medicamentoso para equilibrá-los”, explica a PhD em endocrinologia pela USP, Dra. Elaine Dias JK.

A médica exemplifica que em um dia estressante, pode acontecer o descontrole na produção de leptina, que é um hormônio anorexígeno, associado à diminuição da fome, e aumentar a grelina -hormônio orexígeno-, que estimula a vontade de comer.

Além disso, sintomas como cansaço, desânimo, queda de cabelo, unhas quebradiças, dificuldade para emagrecer, falta de foco, entre outros, podem aparecer por conta da alteração do TSH, hormônio da tireoide. “Durante as fases da vida, existem disfunções hormonais que correspondem à evolução corporal, como na adolescência, quando há um pico de estrogênio e progesterona e, consequentemente, uma redistribuição de gordura subcutânea, com aumento de glúteos, coxas, braços, provocando os primeiros sinais de celulite e retenção de líquido. Ainda nessa fase, acontece o aumento da testosterona, que traz o excesso de oleosidade na pele e no cabelo, provocando acne, queda capilar e alterações de humor”, comenta a endocrinologista Dra. Elaine.

A especialista ressalta que à medida que vamos envelhecendo, temos uma diminuição do metabolismo. Isso começa, geralmente, aos 30 anos de idade e vai reduzindo a cada ano que passa. Essa alteração do metabolismo se acentua após os 40 anos, fase em que começamos a perder 1% de músculo ao ano se não nos cuidarmos.

“No climatério, o pico dos hormônios LH e FSH resulta na perda de massa muscular, diminuindo o metabolismo. Além da redução da progesterona e, principalmente, do estrogênio. Com isso, vem a diminuição da libido, surgem as alterações de humor mais frequentes, como irritabilidade e labilidade emocional, insônia, fogachos -conhecidos como os calores-, pele seca, cabelos finos e as mudanças corporais com a flacidez de pele, redistribuição das gorduras de forma centrípeta, gordura abdominal, além das alterações cognitivas, como esquecimento, dificuldade de foco e raciocínio, como se houvesse uma nuvem no cérebro”, alerta a Dra. Elaine.

Por isso, é fundamental a consulta com o endocrinologista e o ginecologista a cada doze meses, para realização de exames hormonais como da tireoide, ovários e hipófise. Além de TSH, T4 Livre, estrogênio, progesterona, FSH e LH.

“Para garantir um resultado hormonal positivo, também é necessário um estilo de vida saudável, com atividade física regular, alimentação saudável e dormir de 7 a 9 horas por noite. Dessa forma, a possibilidade de se ter alguma alteração hormonal é bem menor em relação a quem não tem uma vida saudável”, finaliza a médica PhD em endocrinologia pela USP.

  

Dra. Elaine Dias JK - PhD em endocrinologia pela USP, também é membro ativo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, onde foi professora no curso de USG de Tireoide. Em sua clínica-boutique na Oscar Freire, atua com uma equipe de profissionais multidisciplinares em um espaço acolhedor e humanizado, com tecnologias de última geração. É uma das poucas no Brasil a realizar o exame de epigenética, que permite a personalização do tratamento com a orientação de dieta e atividade física ideal para cada paciente, apontando os melhores caminhos para resultados mais efetivos.
www.elainedias.com.br
Instagram @draelainedias.


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