Freepik
Setembro
é o mês dos veterinários e a Nutrire preparou uma matéria especial sobre a
profissão, revelando desafios e oportunidades para essa carreira tão
especial.
Ser
veterinário é muito mais do que amar os animais, requer responsabilidade e
agilidade nas decisões, paciência e resiliência, além de muito estudo e
dedicação para se destacar diante da concorrência cada vez mais acirrada no
país.
O
Brasil é um dos países com o maior número de veterinários no mundo, sendo que
as mulheres representam mais da metade de profissionais registrados. São Paulo
lidera a lista de profissionais em exercício com 33,6 mil médicos. Minas Gerais
e Rio Grande do Sul também estão no topo com, respectivamente, 13,8 mil e 11
mil.
A
carreira é promissora, visto que já são mais de 132,4 milhões de pets no
Brasil, sendo a segunda maior população de aves, cães e gatos do mundo. No
entanto, conforme explica Luana Sartori, médica veterinária da Nutrire -
indústria de alimentos de alta performance para cães e gatos, os desafios que
acompanham a carreira também crescem a todo momento.
“Há
um mito em torno da profissão, uma ideologia de que basta o diploma para
conseguir oportunidades, o que não é verdade. Hoje em dia, e a cada dia mais, o
veterinário precisa ter uma visão empreendedora em qualquer área que atue,
compreender que a realidade é muito diferente dos sonhos que se tem antes da
faculdade, além de muita paciência para lidar com situações onde nós ficamos de
mãos atadas, como é o caso de profissionais que atuam em clínicas e
atendimentos emergenciais”, explica Dra. Luana.
Para
adquirir experiência, a especialista indica que o estudante faça o máximo de
estágios que puder. “Isso é fundamental para que ele se forme com alguma noção
do que vai enfrentar, independente do setor que escolher trabalhar.
Profissionais sem experiência são muito facilmente devorados pelo mercado”,
alerta.
Cuidar
da mente
Outro
ponto fundamental para esses profissionais é investir no cuidado com o
psicológico, visto que o suicídio entre veterinários é três vezes mais do que
em qualquer outra profissão. Luana alerta para um estudo da American Veterinary
Medical Association (JAVMA), que revelou os dados. A revista científica Journal
of the, que publicou o resultado de 30 anos de pesquisa, destaca que a
ansiedade e a depressão são frequentes na vida dos médicos veterinários. A
especialista acredita que isso se deva às horas de trabalho em excesso e toda
responsabilidade que a profissão exige. “Lidamos mais com notícias ruins do que
boas e isso torna as jornadas mais complexas, onde os procedimentos de
eutanásia, por exemplo, exigem muito preparo e equilíbrio emocional. Estamos
lidando com vidas que nem sempre conseguimos salvar e essa frustração é muito
difícil de superar”, lamenta.
O
mercado de trabalho
O
veterinário pode atuar em diversas áreas, passando por clínicas de pequenos e
grandes animais até na pesquisa e produção de vacinas e medicamentos. “O
mercado oferece uma ampla gama de setores onde o profissional pode exercer a
medicina veterinária. É possível trabalhar na inspeção de produtos, em
laboratórios de controle microbiológico de alimentos, em centros de zoonoses,
em indústrias como gestor técnico, em órgãos fiscalizadores, em zoológicos,
além de atuar como consultores, peritos criminais, pesquisadores genéticos e
por aí vai”, diz.
Dicas
Para
ter sucesso nessa profissão, além do amor incondicional aos animais, é preciso
saber escolher a área certa. “O primeiro passo é estudar todas as
possibilidades para avaliar qual vai satisfazer mais o profissional. Ir além do
atendimento nas clínicas tem sido um fator comum hoje em dia, visto que muitos
estudantes desejam trabalhar com grandes animais e focados na produção e
reprodução dos mesmos. Há também aqueles que preferem os silvestres e vemos
muitos jovens que desejam atuar na saúde pública para transformar a realidade
em algo mais bonito para os animais em situação de abandono”, conta.
Seja
qual for o caminho escolhido, Luana indica estudo e muito trabalho. “É
obrigatório estar sempre aprendendo, ler artigos científicos, buscar orientação
com os mais experientes e se qualificar o tempo todo. Além disso, somente a
experiência prática forma o veterinário realmente. É preciso colocar a mão na
massa, enfrentar a rotina pesada da profissão”, completa.
Entre
os prós e contras e todos os desafios ao longo do percurso, ser veterinário
ainda é uma vocação. “Embora seja importante derrubar mitos e ideologias sobre
o tema, um profissional que não sonha também não vai muito longe. A magia da
carreira está em se apaixonar todos os dias pelo que se faz. Esse sim é o
profissional de verdade”, finaliza Dra. Luana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário