Setor varejista
tinha boa expectativa para a segunda edição do evento, mas o consumidor se
mostrou tímido na hora das compras por conta das restrições da pandemia
Para celebrar a semana da pátria, o governo federal
criou em 2019 a Semana do Brasil, que antecede o dia das crianças e a Black
Friday, com o objetivo de movimentar as vendas do varejo em setembro. Uma
pesquisa realizada pela ALSHOP (Associação Brasileiras de Lojistas de
Shopping), entre os dias 15 e 18 de setembro, com varejistas
pequenos, médios e grandes que representam cerca de 1.400 pontos de venda
espalhados por todo o país, mediu como foi a performance desta campanha que
ofereceu descontos para impulsionar as vendas neste momento de recuperação,
após o período mais agudo da pandemia.
O resultado da pesquisa mostra que para 60% dos
lojistas a ação comercial não resultou em alta nas vendas. Para 20% dos
lojistas o aumento chegou a 20% e para outros 20% o crescimento foi de até 30%
por conta da Semana do Brasil.
Fluxo de pessoas e itens mais procurados
Todos os 577 shoppings do país estão abertos, mas
em boa parte dos estados essa abertura ainda é parcial como em São Paulo onde
os centros de compra funcionam das 12h às 20h. Essa restrição reduz a
circulação de pessoas, movimento já esperado pela ALSHOP.
40% dos lojistas registraram aumento do fluxo de
pessoas nos shoppings por conta da Semana do Brasil, enquanto para 60% o
movimento não cresceu. O item mais procurado pelos consumidores durante este
período foram os calçados com 40%, seguido de vestuário e cosméticos com 20% da
preferência, enquanto eletrônicos nem foram citados pelos varejistas.
“Quando falamos em circulação de pessoas em lojas
ou shoppings, sabemos neste momento que muita gente vai aos shoppings, pois
sabem que estes estabelecimentos estão seguindo rigorosamente as medidas de
distanciamento, higiene e segurança, deixando os consumidores mais
seguros. Mas vale ressaltar que existem pessoas que se deslocam até lá,
para terem um momento de lazer e entretenimento, já que outros serviços estão
fechados, mas acabam não comprando nada nas lojas”, afirma Nabil Sahyoun. O
presidente da ALSHOP destaca ainda que o fechamento dos locais de
entretenimento como cinemas, parques temáticos e áreas de recreação ajudam a
reduzir o interesse do consumidor pelos centros de compra neste momento.
Em relação ao e-commerce que trabalhava com
uma expectativa alta para alavancar as vendas, cerca de 60% dos entrevistados
mostraram que não houve aumento no faturamento nesta modalidade de venda.
Apenas para 20% dos empresários deste ramo houve aumento de mais de 50%
nas vendas e outros 20% notaram um aumento de até 30% do total no comércio via
internet.
A ALSHOP seguirá em defesa do setor varejista e segue em diálogo com governos estaduais e municípios para elevar o tempo de abertura das lojas para o horário normal que prevê o funcionamento 12 horas por dia, de segunda a sábado, e oito horas por domingo, bem como a retomada de atividades de recreação e entretenimento como cinemas, teatros e áreas infantis tomando os devidos cuidados recomendados pelas autoridades de saúde.
Índice Cielo
Acompanhando outros índices como o da Cielo, divulgado recentemente, é possível
fazer uma comparação entre os dados. As vendas no comércio eletrônico tiveram
um aumento de cerca de 10%, em relação ao primeiro ano da Semana do Brasil. Por
outro lado, as vendas no varejo físico registraram uma queda de 10%, em relação
ao mesmo período do ano passado.
ALSHOP
www.institutounidospelobrasil.com.br
e @institutounidospelobrasil.
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