Reforço na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) contempla novos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e Serviços de Residência Terapêutica (SRT)
O Ministério da Saúde tem
reforçado os serviços de atendimento à saúde mental no Sistema Único de Saúde
(SUS), a partir do incentivo à ampliação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)
que oferta atendimento às pessoas com transtornos mentais de forma integral e
gratuita. Neste mês, em que se comemora o Setembro Amarelo, foram habilitados
mais seis Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e três Serviços de Residência
Terapêutica (SRT). As unidades habilitadas foram publicadas em duas portarias e
os serviços constarão em seis estados.
A portaria de Nº 2.452, habilita municípios dos estados da Bahia,
Maranhão, Paraná e São Paulo a receberem incentivos para a implantação de CAPS.
Os Centros têm caráter aberto e comunitário, e são constituídos por equipe
multiprofissional, atuando de maneira interdisciplinar. As unidades são
montadas para atender uma área territorial determinada, seja em situações de
crise ou nos processos de reabilitação psicossocial. Os CAPS, em suas
diferentes modalidades, são pontos de atenção estratégicos da Rede de Atenção
Psicossocial (RAPS). As unidades habilitadas têm gestão municipal. Neste
âmbito, o Ministério destinou um aporte financeiro de R$ 260 mil aos seis
municípios, são eles:
UF |
Município |
Tipo CAPS |
Valor (parcela única) |
BA |
Nova Canaã |
CAPS I |
R$ 20.000,00 |
MA |
Cidelândia |
CAPS I |
R$ 20.000,00 |
PR |
Cornélio
Procópio |
CAPS AD III |
R$ 150.000,00 |
SP |
Caçapava |
CAPS
Infanto-juvenil |
R$ 30.000,00 |
SP |
Aguaí |
CAPS I |
R$ 20.000,00 |
SP |
Riolândia |
CAPS I |
R$ 20.000,00 |
Já a portaria Nº 2.451 estabelece a implantação de Serviço
Residencial Terapêutico (SRT) a três municípios dos estados de Roraima, Rio de
Janeiro e São Paulo. A Residência Terapêutica tem o objetivo de responder à
necessidade de moradia de pessoas em situação de vulnerabilidade que ficaram
longo período internadas em Hospitais Psiquiátricos ou Hospitais de Custódia.
Neste sentido, os SRTs garantem residência e ajudam na reinserção dos moradores
na rede social existente (trabalho, lazer e educação). Para este serviço, o
Ministério da Saúde fez um investimento de R$ 60 mil, destinados aos seguintes
municípios:
UF |
Município |
Estabelecimento |
Valor (parcela única) |
RO |
Ji-Paraná |
SRT I |
R$ 20.000,00 |
RJ |
Vassouras |
SRT II |
R$ 20.000,00 |
SP |
Ibiúna |
SRT II |
R$ 20.000,00 |
Ambas as portarias levam em
conta a necessidade de aperfeiçoamento e adequação do modelo de atenção
oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) aos usuários de álcool e outras
drogas, além de estruturação e fortalecimento de uma rede de assistência
centrada na atenção comunitária, associada à rede de serviços de saúde e
sociais, com ênfase na reabilitação e reinserção social.
REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
Atualmente, a Rede de
Atenção Psicossocial (RAPS) do SUS conta com 691 Residências Terapêuticas
(SRT); 66 Unidades de Acolhimento (UA adulto e infantojuvenil); 1.641 leitos de
saúde mental em hospitais gerais; 13.877 leitos em hospitais psiquiátricos e 50
equipes multiprofissionais de atenção especializada em saúde mental, e 144
Consultórios na Rua. O SUS também dispõe de, cerca de 42 mil Unidades Básica de
Saúde (UBS), na Atenção Primária, que atendem 63% da população, e 2.657 Centros
de Atenção Psicossocial (Caps) que ofertam acolhimento e tratamento à pessoa em
sofrimento e/ou com transtorno mental e seus familiares. Nesses serviços, o
cidadão é atendido e, caso seja necessário, é encaminhado para outro serviço
especializado RAPS.
Até o momento, foi investido
R$ 1,1 milhão para implantação de 76 novos serviços de saúde mental em 2020,
como CAPS, Residências Terapêuticas, Unidades de acolhimento e leitos
especializados. Além disso, foram habilitadas 21 novas Equipes
Multiprofissionais que atuam no cuidado e atendimento multiprofissional de
pessoas que apresentam transtornos mentais, por meio de atendimento e cuidado
com psiquiatra, psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional,
fonoaudiólogo e outros profissionais, representando um investimento de R$ 10,4
milhões.
Karina Borges
Ministério da Saúde
Nenhum comentário:
Postar um comentário