O suicídio é a segunda causa mais comum de morte em pessoas com idade de 15 a 29 anos
No Brasil, o suicídio ocupa o quarto lugar no ranking de causas de mortes mais comuns entre os jovens. Além disso, a cada 40 segundos uma pessoa se mata em algum lugar do mundo. Segundo a OMS, o suicídio é a segunda causa mais comum de morte em pessoas com idade de 15 a 29 anos. Só no Brasil, 32 pessoas morrem por dia tirando a própria vida.
A pesquisa foi realizada
com mais de dois mil brasileiros, a partir dos 13 anos de idade. A pesquisa
contou com entrevistados de diferentes regiões do país. O resultado mostra que uma em cada quatro pessoas já pensou em se matar
durante a adolescência. Além disso, a pesquisa concluiu que ainda existe muita
falta de informação sobre a depressão, bem como muita vergonha do diagnóstico,
do tratamento, de procurar ajuda e das pessoas descobrirem sobre a doença.
De acordo com a Dra. Loretta Campos, a depressão infantil existe sim, e temos visto um aumento enorme de suicídio na faixa etária dos adolescentes e os pais devem ter um olhar mais atento, pois é necessário fazer algumas mudanças em relação a avaliação da dinâmica da criança com a família.
“Normalmente o pediatra percebe que quando a criança está deprimida os sintomas aparecem como uma dor de cabeça, dor na barriga e dores muito frequentes no corpo. Além disso, algumas mudam o seu comportamento tornando-se muito agressivas”, alerta a pediatra.
Muitas vezes a dificuldade que os pais tem de comprovarem o quadro depressivo nos filhos é a dificuldade das crianças e adolescentes de se expressarem, mas é importante destacar que o suicídio é previsível, é uma situação que a gente consegue prevenir. Mas para isso é necessário ter um diagnóstico de um pediatra, para que esse tratamento seja acompanhado por uma equipe multidisciplinar com psiquiatra e psicólogos.
A depressão infantil sempre existiu, mas agora estamos abordando sobre este assunto por causa do aumento do suicídio entre crianças de 11 e 12 anos, e uma grande mudança é que a nossa nova realidade da facilidade ao acesso a internet, estimulando a uso precoce das redes sociais, além de brincadeiras como da baleia azul que incentivava o ato suicida.
A
criança não tem maturidade para utilizar desses meios digitais que acabam
gerando muitas frustrações. E hoje a sociedade vive um grande problema que é a
parentalidade distraída, pois existem pais que trabalham o dia inteiro e quando
chegam em casa não desfrutam um tempo de qualidade com os seus filhos. “Por
isso, é muito importante que exista um momento entre família, mesmo que seja na
hora do jantar, assim facilitará a percepção dos pais em alguma atitude ou
sintoma anormal dos filhos, facilitando assim um possível diagnóstico de
depressão infantil,” finaliza a médica.
Dra. Loretta
Campos: Pediatra e Consultora de Aleitamento Materno - CRM 10819 – GO | RQE 5373 - Pediatra pela Universidade de São Paulo (USP),
Consultora Internacional em Aleitamento Materno (IBCLC), Consultora do sono,
Educadora Parental pela Discipline Positive Association e membro da
Sociedade Goiana e Brasileira de Pediatria. A médica aborda temas sobre aleitamento
materno com ênfase na área comportamental da criança e parentalidade positiva.
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