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terça-feira, 9 de junho de 2020

Sharecare ajuda a descobrir como aplicar planejamento estratégico na saúde



O planejamento estratégico é um pensamento sistêmico que ajuda na hora de definir e alcançar objetivos. Na área da saúde, ele ajuda a identificar problemas e mensurar indicadores. Além disso, orienta em relação à tomada de decisões, impedindo que os gestores tomem resoluções equivocadas e acabem investindo em ações que não darão retorno no futuro.

A área da saúde é muito complexa. Em virtude do momento atual com a COVID-19, mais do que nunca, é preciso que as operadoras de planos de saúde invistam em um planejamento estratégico, otimizando o orçamento, garantindo medidas eficientes e ajudando a lidar com os desafios da gestão em saúde suplementar.

Como exemplo de metodologia de planejamento estratégico aplicado à área da saúde, podemos destacar a 5W2H. Ela é uma ferramenta administrativa usada para definir ações necessárias para alcançar determinado objetivo.

Seu nome vem do inglês e é uma espécie de checklist. Significa uma série de perguntas que ajudam a mapear a elaboração de estratégias: o que, por que, onde, quando, por quem, como e quanto custará (what, why, where, when, who, how and how much).

Na área da saúde, a 5W2H atua, por exemplo, na hora de criar um plano de ação para implementar estratégias que visam aumentar o engajamento dos pacientes, melhorar a adesão a medidas preventivas etc.

Hoje, vamos ensinar tudo o que você precisa saber sobre planejamento estratégico na saúde. Confira!




Identifique problemas e objetivos

O primeiro passo do planejamento estratégico na saúde é identificar as carências. Para isso, avalie como e onde os recursos (financeiros, materiais, equipamentos e pessoas) são distribuídos e se são suficientes.

Alguns indicadores mensuráveis para as operadoras de planos de saúde, que podem apontar falhas de processos, são:
  • o número de novos contratos fechados em determinado período;
  • a taxa de sinistralidade ou glosas médicas;
  • o tempo médio entre o acionamento do plano e o atendimento médico;
  • a taxa de adesão às soluções e melhorias propostas;
  • o lucro da operadora.
Também é importante atentar-se aos processos internos da entidade. Pergunte-se, por exemplo: os processos são eficientes? A gestão de contas médicas é transparente? Se não, quais fatores estão contribuindo para isso?

Por fim, é fundamental perceber se a operadora está alinhada com sua missão. Entender o posicionamento da entidade junto ao mercado e aos beneficiários — e como ela reage em relação a fatores externos, ajuda a minimizar ameaças e posicioná-la de forma a alcançar os objetivos.


Mensure indicadores no planejamento estratégico na saúde

É muito importante nortear o planejamento estratégico na saúde por meio de valores mensuráveis e quantitativos. Isso impede a operadora de adotar ações genéricas e acabar investindo tempo e dinheiro em soluções abstratas, que não têm impacto real nos problemas levantados.

Por exemplo, vamos supor que o problema identificado seja o índice elevado de sinistralidade e o objetivo estabelecido seja reduzir em 30% a taxa em relação ao ano anterior.

O gestor poderá — por exemplo — promover ações sobre o uso racional do plano de saúde, diminuindo a quantidade de exames redundantes e/ou desnecessários. Para isso, a operadora poderá estimular os agentes a olharem a validade dos exames médicos já realizados antes de solicitarem novos. Ou, ainda, propor um canal de atendimento como forma de triagem, a fim de reduzir o acionamento do serviço de emergência.

Um levantamento da Sharecare apontou que até 80% dos pacientes que procuram a emergência poderiam ter seus problemas solucionados por meio de um canal telefônico especializado em saúde.

Após o período pré-estabelecido, a operadora deverá mensurar o quão efetiva a estratégia foi, observando se o índice de sinistralidade de fato diminuiu em 30%.


Conte com ferramentas tecnológicas

A tecnologia pode ser uma grande aliada no planejamento estratégico, atuando na identificação do problema — cruzando informações e levantando dados mais confiáveis na mensuração dos indicadores e até mesmo ajudando a implementar a solução (por exemplo, atuando na gestão da operadora de saúde).

Sharecare desenvolve soluções de gestão em saúde, ajudando a reduzir os custos por meio da tecnologia, integrando a saúde digital (high tech) e a saúde humanizada (high touch).

O programa de monitoramento e gestão de pessoas com doenças crônicas, por exemplo, atua oferecendo um tratamento personalizado aos pacientes, buscando minimizar fatores de risco e evitar o agravamento do quadro. Em longo prazo, a medida estratégica melhora a qualidade de vida e diminui a demanda por cuidados em relação a esses pacientes.


Defina um plano de ação

Depois de identificar os problemas e estabelecer os indicadores, é hora de definir quais ações serão tomadas pela operadora de planos de saúde. Para isso, é interessante criar um plano de ação que englobe diversas facetas do problema, integrando os processos em vez de apenas tomar medidas isoladas.

Nesse sentido, o Balanced ScoreCard (BSC) pode ser bastante útil. A ferramenta de planejamento estratégico atua traçando ações sob a ótica de 4 perspectivas diferentes:
  • financeira;
  • de clientes (beneficiário e/ou redes credenciadas);
  • de processos internos;
  • de aprendizado e crescimento.

Aposte na gestão por processo

gestão por processos ressalta a importância de integrar não apenas as soluções, adotando uma série de medidas em relação ao problema, mas também de assumir um olhar integral em relação à operadora, entendendo que todos seus setores são interligados e precisam atuar em conjunto.

Na prática, a gestão por processos mapeia os procedimentos por meio de um fluxograma, descrevendo as tarefas realizadas em cada etapa e identificando obstáculos e/ou dificuldades.


Levante um diagnóstico estratégico

Uma forma eficiente e sistemática de entender mais sobre a operadora e os agentes envolvidos em suas atividades é por meio do diagnóstico estratégico.
Com ele, a operadora deve analisar qual é sua posição em relação ao mercado, considerando tanto questões controláveis (como valores e pontos fortes e fracos), quanto questões não controláveis (como riscos externos, oportunidades e concorrentes).

Ferramentas como SWOT — conhecida como análise FOFA, em português — podem ajudar nesse processo de identificação. A ferramenta propõe uma avaliação das forças, oportunidades, fraquezas e ameaças da entidade, levando em consideração o ambiente interno (como a gestão de contratos e de contas médicas) e externo (como a relação com beneficiários, redes credenciadas e prestadoras de serviço), oferecendo mais embasamento na hora de tomar decisões.


Alinhe as metas à visão da operadora

Vale destacar a importância de adotar ações que ressaltem a missão e os valores da operadora. Além de ditar como a instituição de saúde se comporta em relação aos beneficiários, às empresas prestadoras de serviço e às instituições credenciadas, os valores internos também devem nortear as ações tomadas pelos gestores.


Considere o uso de recursos financeiros

Também é interessante destacar a importância de otimizar os recursos financeiros. A área da saúde é muito suscetível a sofrer oscilações, o que reflete diretamente no caixa interno da operadora — e, consequentemente, na sua estabilidade no mercado.

Por isso, é essencial que o planejamento estratégico na saúde também busque proteger a economia da entidade, utilizando os recursos financeiros de forma inteligente, pensando no retorno em curto, médio e longo prazo.
Ao longo do post, você entendeu que o planejamento estratégico na saúde é fundamental para alcançar os objetivos das operadoras de planos de saúde. Também viu que, para aplicá-lo, é importante identificar os problemas, mensurar os indicadores, adotar medidas integradas e utilizar os recursos da tecnologia.

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