Ao invés de dar dicas para as
solteiras não ficarem tristes no Dia dos Namorados, resolvi esclarecer o porquê
de ficarem desoladas no Dia dos namorados - o que é mais o nosso estilo, saindo
da superficialidade e fazendo você pensar.
Para começar, analisamos o objetivo das datas comemorativas e o impacto delas nos seres humanos. Começamos com o Dia das Mães, quando, sem pensar nessa matéria, me vi em uma fila com um buquê lindo de flores no supermercado. Ao tirar os olhos do delicado buquê, comecei a reparar em todas as pessoas que estavam na fila à minha frente – que não eram poucas – e todas carregavam um buquê de flores também. Aquela cena confirmou algo que eu suspeitava, mas jamais tinha percebido com tamanha clareza: eu era mais um robô programado para presentear. Diante daquilo eu pensei em sair, mas meu senso de culpa de encontrá-la de mão abanando paralisou meu corpo e não permitiu os passos. Fiquei estagnada na fila e fui mais uma que comprou flores para a mãe.
Daí você pergunta: mas qual é o problema disso? O que isso tem a ver com o Dia dos Namorados? A questão é que, quem me define como ingrata – por mais que eu faça tudo por ela nos outros dias – é a sociedade que iguala todos por meio de um perfil perfeito que deve ser seguido - nunca se esquecendo que a sociedade engloba sua família e as pessoas que você conhece e você mesma –.
Esse perfil define tudo que você tem que fazer durante toda a sua vida: nascer, crescer, ser estudiosa, ser bem-sucedida, escolher um homem bom, casar e, finalmente, ter uma família, ufa! Tudo que sair fora dessa programação vai te deixar triste, ou melhor, deve te deixar triste.
É aí que entra a relação com o fatídico dia para as solteiras: na Páscoa deve-se ter e ganhar ovos de chocolate, no Dia das Mães deve-se dar e ganhar presentes, no Dia dos Namorados, deve-se dar e ganhar romantismo, o que, infelizmente, está quase extinto.
Pense que milhares de mulheres foram criadas para encontrar um príncipe encantado, alguém que fosse perfeito para ela, alguém que cuidasse dela por toda a vida, que a deixasse segura, que a proporcionasse uma família, ou seja, desde pequenas somos ensinadas que nossa felicidade está totalmente e diretamente condicionada a outra pessoa: um homem-marido.
Nessa esteira de acontecimentos, se o homem é o objetivo da vida daquelas que pretendem correr atrás da felicidade ditada, O DIA DOS NAMORADOS SÓ SERVE PARA LEMBRAR AS SOLTEIRAS O QUÃO FRACASSADAS ELAS SÃO, o que é absolutamente cruel e superficial. É a mesma coisa da fila, tudo que você quer é ter o que os que os outros têm, porque se você não tiver, você vai se sentir humilhada e rebaixada por estar fora da vida planejada. O Dia dos Namorados é arrasador porque parece que tem alguém em pé, na frente delas, lhe apontando o dedo na cara e dizendo: nem pra isso você serve! E a pergunta é: quem te aponta o dedo?
Não estamos dizendo para não sair com as amigas, tomar um vinho, cair na balada ou encher a cara, o que queremos dizer, somente, é que um namorado não é a sua salvação. Infelizmente a vida não é tão fácil assim. Não basta casar e colocar toda a sua felicidade nas costas do outro, ele não vai te salvar de uma vida morna e, talvez, esse seja o maior erro dos relacionamentos atuais.
Talvez o vazio que você sente será preenchido quando você descobrir quem você é, quando puder escolher o que quer sem as regras, quando quiser olhar o que te aflige, quando tirar os peso das costas que não te pertence, quando não se importar com as expectativas dos outros sobre você, quando não se definir pelo olhar dos outros, esse é o verdadeiro amor, isso é liberdade, isso é ficar bem com você mesma sem precisar – obrigatoriamente – de alguém para te fazer feliz, alguém para te distrair daquele lugar que você não gosta de estar.
O amor é poderoso, ninguém pode negar, é a sensação mais forte que um ser humano pode sentir, o amor é luz, é felicidade. Se você sabe o poder do amor, porque nunca pensou em dar todo esse amor - que está disposta a dar ao outro - para você mesma? Talvez porque você nunca tenha aprendido a se amar.
A vontade real de se amar, mesmo que você não saiba o caminho, mesmo que tenha que ver coisas que você não gosta de ver, vai ligar uma pequena chama dentro de você e, talvez no ano que vem, o Dia dos Namorados não te incomode tanto se estiver solteira.
De qualquer forma, para aquelas que preferem ficar na superficialidade, sempre haverá amigas, Buenos Aires e seus calientes moradores!
Para começar, analisamos o objetivo das datas comemorativas e o impacto delas nos seres humanos. Começamos com o Dia das Mães, quando, sem pensar nessa matéria, me vi em uma fila com um buquê lindo de flores no supermercado. Ao tirar os olhos do delicado buquê, comecei a reparar em todas as pessoas que estavam na fila à minha frente – que não eram poucas – e todas carregavam um buquê de flores também. Aquela cena confirmou algo que eu suspeitava, mas jamais tinha percebido com tamanha clareza: eu era mais um robô programado para presentear. Diante daquilo eu pensei em sair, mas meu senso de culpa de encontrá-la de mão abanando paralisou meu corpo e não permitiu os passos. Fiquei estagnada na fila e fui mais uma que comprou flores para a mãe.
Daí você pergunta: mas qual é o problema disso? O que isso tem a ver com o Dia dos Namorados? A questão é que, quem me define como ingrata – por mais que eu faça tudo por ela nos outros dias – é a sociedade que iguala todos por meio de um perfil perfeito que deve ser seguido - nunca se esquecendo que a sociedade engloba sua família e as pessoas que você conhece e você mesma –.
Esse perfil define tudo que você tem que fazer durante toda a sua vida: nascer, crescer, ser estudiosa, ser bem-sucedida, escolher um homem bom, casar e, finalmente, ter uma família, ufa! Tudo que sair fora dessa programação vai te deixar triste, ou melhor, deve te deixar triste.
É aí que entra a relação com o fatídico dia para as solteiras: na Páscoa deve-se ter e ganhar ovos de chocolate, no Dia das Mães deve-se dar e ganhar presentes, no Dia dos Namorados, deve-se dar e ganhar romantismo, o que, infelizmente, está quase extinto.
Pense que milhares de mulheres foram criadas para encontrar um príncipe encantado, alguém que fosse perfeito para ela, alguém que cuidasse dela por toda a vida, que a deixasse segura, que a proporcionasse uma família, ou seja, desde pequenas somos ensinadas que nossa felicidade está totalmente e diretamente condicionada a outra pessoa: um homem-marido.
Nessa esteira de acontecimentos, se o homem é o objetivo da vida daquelas que pretendem correr atrás da felicidade ditada, O DIA DOS NAMORADOS SÓ SERVE PARA LEMBRAR AS SOLTEIRAS O QUÃO FRACASSADAS ELAS SÃO, o que é absolutamente cruel e superficial. É a mesma coisa da fila, tudo que você quer é ter o que os que os outros têm, porque se você não tiver, você vai se sentir humilhada e rebaixada por estar fora da vida planejada. O Dia dos Namorados é arrasador porque parece que tem alguém em pé, na frente delas, lhe apontando o dedo na cara e dizendo: nem pra isso você serve! E a pergunta é: quem te aponta o dedo?
Não estamos dizendo para não sair com as amigas, tomar um vinho, cair na balada ou encher a cara, o que queremos dizer, somente, é que um namorado não é a sua salvação. Infelizmente a vida não é tão fácil assim. Não basta casar e colocar toda a sua felicidade nas costas do outro, ele não vai te salvar de uma vida morna e, talvez, esse seja o maior erro dos relacionamentos atuais.
Talvez o vazio que você sente será preenchido quando você descobrir quem você é, quando puder escolher o que quer sem as regras, quando quiser olhar o que te aflige, quando tirar os peso das costas que não te pertence, quando não se importar com as expectativas dos outros sobre você, quando não se definir pelo olhar dos outros, esse é o verdadeiro amor, isso é liberdade, isso é ficar bem com você mesma sem precisar – obrigatoriamente – de alguém para te fazer feliz, alguém para te distrair daquele lugar que você não gosta de estar.
O amor é poderoso, ninguém pode negar, é a sensação mais forte que um ser humano pode sentir, o amor é luz, é felicidade. Se você sabe o poder do amor, porque nunca pensou em dar todo esse amor - que está disposta a dar ao outro - para você mesma? Talvez porque você nunca tenha aprendido a se amar.
A vontade real de se amar, mesmo que você não saiba o caminho, mesmo que tenha que ver coisas que você não gosta de ver, vai ligar uma pequena chama dentro de você e, talvez no ano que vem, o Dia dos Namorados não te incomode tanto se estiver solteira.
De qualquer forma, para aquelas que preferem ficar na superficialidade, sempre haverá amigas, Buenos Aires e seus calientes moradores!
Renata Cagnin - Graduada em Direito, Renata Cagnin é escritora e responsável pelos assuntos jurídicos da Mulheres do Futuro Class
(www.mulheresdofuturoclass.com), que fundou, juntamente com sua amiga, a psicóloga Bruna Alonso, com o objetivo de ajudar outras mulheres a melhorarem suas vidas, compartilhando experiências e estudos. Com paixão por livros desde a juventude, Cagnin, além da sociedade com Alonso no projeto inovador de autoconhecimento para libertar mentes, divide com ela a construção do livro “Entrevista com a Mulher do Futuro”.
Bruna Alonso -Psicóloga com especialização em estratégias de negócio e empreendedorismo, Bruna Maria Alonso Alfieri, mais conhecida como Bruna Alonso, já utilizou sua expertise para atuar como consultora financeira, antes de fundar, juntamente com sua sócia, a advogada Renata Cagnin, a “Mulheres do Futuro Class” (www.mulheresdofuturoclass.com). Com o objetivo de inovar e ajudar as pessoas, Bruna fez diversos cursos antes de começar o seu empreendimento, para, assim, aumentar sua experiência na hora da troca de conhecimentos.
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