Conhecimento em inglês é filtro em processos seletivos, diz especialista
Falar
inglês se tornou uma necessidade no mercado de trabalho e isso
independe da área de atuação, só para se ter uma ideia, o idioma é tão
importante na carreira profissional que o simples fato de não tê-lo faz
com que muitos recrutadores excluam o currículo desde o primeiro momento dos
processos seletivos. Se pararmos para observar várias expressões já foram
incorporadas ao nosso dia a dia, termos como feedback, B2B, deadline,
entre outras, estão no vocabulário dos profissionais, mesmo que toda a conversa
seja em português.
Para
os estudantes universitários que sonham com uma oportunidade de estágio, ter o
conhecimento no idioma conta como uma vantagem no currículo, uma vez que, de
acordo com pesquisa especializada, essa é a habilidade mais desejada pelos
candidatos. Além disso, com o advento da internet, aprender a língua dos
britânicos se tornou algo mais acessível, então, o que antes era apenas um
diferencial para as empresas, hoje, se tornou um dos requisitos obrigatórios para
contratação.
A
pesquisa
O
levantamento intitulado como “Perfil do candidato a vaga de estágio – 2019”,
realizado pela Companhia de Estágios, consultoria especializada em
programas de estágio e trainee, mostra que ter conhecimento em um segundo
idioma é habilidade mais desejada por 59% dos jovens entrevistados. A pesquisa
que contou com a participação de mais de 4 mil estudantes em todo o Brasil,
aponta que o desejo da falar outra língua supera o interesse por outras
habilidades, como ter mais desenvoltura (18%), dominar outras tecnologias (13%)
ou melhorar o português e oratória (10%).
Para
Tiago Mavichian, diretor da Companhia de Estágios, o desejo pela fluência em um
segundo idioma por partes dos entrevistados demonstra maior preocupação com a
competitividade. “A maioria das vagas para estágio pedem inglês como um
requisito, principalmente quando se trata de empresas multinacionais, então,
obviamente, se tornou um filtro de seleção. Ter conhecimento no idioma abre
muitas portas e aumenta o valor de mercado que cada profissional tem, ainda
mais porque as vagas que pedem isso como requisito tendem a oferecer uma bolsa
auxilio maior. De um ponto de vista mais abrangente, ainda não são muitas
empresas que pedem outros idiomas no currículo, como espanhol ou alemão, por
exemplo, mas é algo que pode vir acontecer com alguma frequência no futuro, mas
ainda assim o inglês será necessário, pois é o principal idioma para as grandes
empresas”, explica.
Urgência
para carreira
Para
aqueles que não são fluentes em inglês, o assunto deve ser tratado com
urgência, pois, além de valorizar o perfil profissional, o conhecimento no
idioma pode abrir muitas portas. “Não é apenas sobre conseguir um estágio ou
uma vaga de emprego depois de formado, é claro que as melhores vagas pedem o
idioma como requisito, mas o inglês é também importante para outras atividades,
como aumentar o networking, fazer um intercambio ou até mesmo para seguir na
vida acadêmica. E além disso, algumas empresas possibilitam experiência fora do
Brasil, então, para não deixar nenhuma chance passar é importante correr
atrás”, conta Mavichian.
Crise
X investimentos na carreira
Mesmo
com a necessidade, o levantamento da Companhia de Estágios mostra que 39% dos
entrevistados que responderam à pesquisa deixaram de lado o plano de estudar um
idioma no último ano por conta da crise econômica, por outro lado, no mesmo
período, 18,6% dos estudantes optaram em fazer cursos complementares de língua
estrangeira para investir mais na carreira.
Para
o diretor da Companhia de Estágios, o número de pessoas que deixaram de estudar
um segundo idioma é um reflexo do levantamento divulgado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) que mostra que a taxa de desemprego ficou em
12,5% no trimestre encerrado em abril, atingindo 13,2 milhões de pessoas. O
dado aponta que a parcela de desempregados há mais de dois anos teve um aumento
de 42,4% em quatro anos, sendo que, os mais atingidos são os jovens.
Segundo
ele, o jovem vive um momento paradoxal, pois ao mesmo tempo que ele é o
principal alvo das consequências do recesso econômico, ele também precisa
buscar as qualificações que as empresas exigem. “O jovem que está buscando um
estágio ou uma vaga formal passa por um momento desafiador, pois, a taxa de
desemprego é alta, mas em contrapartida, muitas vagas deixam de ser preenchidas
por falta de qualificação, porque mesmo em crise, as empresas ainda precisam de
pessoas capacitadas, então, uma coisa acaba esbarrando na outra. O próprio
conhecimento em inglês sempre está na lista de requisitos não preenchidos.
Então, o conselho é buscar formas de aprendizado para se qualificar”, diz.
E
as outras habilidades?
Independente
do momento econômico, o inglês sempre vai ser um requisito primordial para as
vagas, mas os candidatos também precisam se preocupar com outras habilidades
que são importantes para as empresas. “O perfil comportamental é algo muito
valorizado pelas companhias, então ter fluência em um segundo idioma não é o
suficiente, os recrutadores buscam outras competências também. Alguns aspectos
que foram abordados na pesquisa como melhor desenvoltura e oratória são muito
importantes para a carreira profissional e o estudante tem oportunidade de
trabalhar isso desde cedo dentro da própria universidade, até porque são
características muito avaliadas para as vagas de estágio”, finaliza Mavichian.
Companhia de Estágios
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