Diminuição ou suspensão completa do fluxo
menstrual; amenização das cólicas menstruais; prevenção da gravidez; regulação
e atenuação dos efeitos da TPM; e a perda de peso são alguns dos principais
benefícios que podem ser trazidos pelo uso do chip anticoncepcional. Além
destas vantagens, o método contraceptivo não afeta a vida sexual da mulher e
não interfere no desenvolvimento e definição dos músculos. Ele ainda pode ser
incluído na prevenção e tratamento de condições e doenças ginecológicas como a
endometriose, miomas, síndrome dos ovários policísticos e menopausa.
Conhecido
também como “implante anticoncepcional”, o dispositivo consiste em um pequeno
tubo flexível de silicone de 4 cm de comprimento e 2 mm de diâmetro, que é
introduzido sob a pele localizada na parte anterior do braço ou na região dos glúteos.
A colocação do chip deve ser feita por um médico ginecologista, que irá
anestesiar a área e introduzir a haste de silicone por meio de um aplicador
descartável.
De acordo com a ginecologista da Clínica
Penchel, Talitha Melo, o implante conta com uma grande quantidade do hormônio
intitulado progestagênio, que é liberado em pequenas doses e de maneira
contínua nos vasos sanguíneos. “O progestagênio, por sua vez, inibe a liberação
mensal dos óvulos por parte dos ovários, e ainda torna o muco cervical mais denso. Esse último efeito dificulta o acesso
dos espermatozoides ao interior do colo uterino e por consequência evita que os
mesmos fertilizem o óvulo. O implante pode durar até três anos no corpo
feminino, dependendo das particularidades de cada paciente”, explica.
Desenvolvido
entre o final da década de 60 e início dos anos 70, os implantes já existem a
um bom tempo, mas estão ganhando maior notoriedade por agora devido a sua
praticidade e eficácia contraceptiva. “O uso deste tipo de método contraceptivo
é uma ótima opção para quem quer largar a pílula anticoncepcional por causa de
seus impactos negativos no bem-estar físico e no âmbito emocional. Ainda é
possível evitar uma situação muito comum dentre as mulheres, que é a de se
esquecer de tomar o medicamento nos horários adequados”, ressalta a ginecologista.
Talitha Melo
aponta que mesmo com todos estes ganhos citados anteriormente, o chip também
possui efeitos colaterais que podem se fazer presentes em algumas mulheres no
período de adaptação ao dispositivo, como a desregulação do ciclo e fluxo
menstrual, o aumento da sensibilidade nos seios, acne, cefaleia, instabilidade
emocional, dores no abdômen e aumento de peso. “O chip não é indicado para
pessoas que tenham ou já tiveram trombose, câncer de mama, problemas hepáticos,
doenças arteriais, diabetes ou sangramentos na vagina sem origem definida”,
destaca.
Segundo a
ginecologista, antes da escolha por uma técnica contraceptiva, é essencial que
as pessoas procurem pela orientação de um profissional qualificado e
especializado na área, pois somente ele saberá dizer qual método é o mais
indicado para cada mulher. “Lembro que o chip ajuda a evitar a gravidez, mas
não atua na proteção contra doenças sexualmente transmissíveis”, conclui.
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