Doença atinge mais
de 6 milhões de brasileiros, 60% deles mulheres. Atividades físicas e cuidados
especiais contribuem para amenizar sintomas.
Dia 21 de junho é o Dia Nacional de Controle da
Asma, doença inflamatória crônica das vias aéreas que afeta os brônquios,
responsáveis por levar o ar para dentro dos pulmões. A condição atinge 6,4
milhões de brasileiros acima de 18 anos, de acordo com a Pesquisa Nacional de
Saúde (Ministério da Saúde/IBGE).
A principal característica da asma é a dificuldade
de respirar quando a pessoa é exposta a agentes alergênicos, o que varia muito
de pessoa para pessoa. O pulmão de pessoas asmáticas é mais sensível, fazendo
com que fatores que disparam a alergia causem falta de ar (ou dificuldade para
respirar), sensação de aperto no peito, chiado e tosse.
Cerca de 3,9 milhões de mulheres brasileiras são
acometidas pela enfermidade, em comparação com 2,4 milhões de homens
(prevalência de 39% a mais entre o sexo feminino). De acordo com a OMS
(Organização Mundial de Saúde), atualmente há mais de 235 milhões de pessoas
com asma no mundo. Mais de 80% das mortes relacionadas a ela acontecem em
países em desenvolvimento.
Questões genéticas, ambientais e biológicas
influenciam no quadro. Poeira, ácaros, mofo, pelos de animais, infecções,
gripes, resfriados, sinusites, viroses, mudanças no clima, fumaça, poluição,
frio, medicamentos e aspectos emocionais podem todos engatilhar crises.
Portanto, é importante que travesseiros, camas,
estofados, carpetes, tapetes, estantes de livros e cortinas estejam sempre
limpos, principalmente nos locais onde o alérgico fica a maior parte do tempo.
Além disso, atividades físicas também melhoram consideravelmente o quadro,
contribuindo para tornar os pulmões mais resistentes, os sintomas mais amenos e
as reações alérgicas menos recorrentes.
A doença tem tratamento para diminuir a inflamação,
de acordo com o grau da crise. No Brasil, o SUS oferece tratamento integral a
pacientes com asma. É importante a constância e atenção plena nos cuidados,
ainda que os sintomas sejam fracos, ou ausentes por períodos mais prolongados.
Marcus Vinícius Vaz Cavalcante -
Pneumologista do HSANP, graduado
pela faculdade de medicina de Jundiaí, desde 1989. Atua também como médico
pneumologista preceptor na enfermaria do Conjunto Hospitalar do Mandaqui
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