Levantamento ouviu
1,2 mil entrevistados das classes B e C, de 18 a 55 anos, e testado em oito
grupos qualitativos no mês de janeiro
O discurso otimista será peça-chave para a escolha
do próximo presidente do Brasil. Presente na agenda vitoriosa de diversos
governantes ao longo da história (no Brasil e no exterior), a disposição pelo
viés positivo e esperar/buscar uma solução favorável é uma das mais importantes
qualidades do presidente ideal para a maioria dos 1,2 mil entrevistados pela
consultoria CA Ponte. O estudo, realizado no âmbito nacional com pessoas de 18
a 55 anos, das classes B e C, também utilizou oito grupos qualitativos, em São
Paulo e Rio de Janeiro, no cruzamento dos dados.
Para 52,8% dos brasileiros, um líder político deve
ser otimista (11% responderam pessimista). Sobre o posicionamento do próximo
presidente da República sobre a economia, 36,4% entendem que ele deve ser
otimista com a situação econômica brasileira. Para 16,6%, o próximo líder deve
ser pessimista e 47% não souberam responder. O discurso otimista assume
novamente o protagonismo quando perguntado: Você prefere um presidente que nos
diga o tamanho da crise ou como vamos sair da crise? Para a maioria (58,8%) a
resposta é “como sair da crise”. Não souberam responder: 29,5%. E apenas 11,7%
defenderam o “tamanho da crise”.
Quando confrontados com os nomes de alguns
possíveis candidatos, 44,7% dos entrevistados não souberam apontar quem é o
mais otimista. Dos citados, Jair Bolsonaro (PSC) lidera com 23,2%, seguido por
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 18,7%, Marina Silva (Rede), com 6,3%, Ciro
Gomes (PDT), com 5%, e Geraldo Alckmin (PSDB), com 2,3%. “Bolsonaro é
nacionalista e se apresenta como defensor das instituições brasileiras. O
ex-presidente Lula passa uma boa parte do tempo se defendendo, outra parte do
tempo atacando, e um terceiro momento dizendo que o Brasil vai ser a potência
que era dez anos atrás. Os outros não dizem que vão tirar o Brasil dessa
crise”, explica André Torretta, sócio-diretor da CA Ponte.
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